Relação do estado nutricional com risco cardiovascular de idosos Relación del estado nutricional con el riesgo cardiovascular de personas mayores The relation of nutritional status with cardiovascular risk of elderly |
|||
*Acadêmicos. Curso de Educação Física. Faculdade Assis Gurgacz **Professora Doutora Orientadora. Curso de Educação Física Faculdade Assis Gurgacz (Brasil) |
Leonardo Trevisol Possamai* Ktstler da Silva De Carli* Vanosseia Piran* Débora Bourscheid Dorst** |
|
|
Resumo O objetivo foi investigar a relação do estado nutricional de pessoas idosas praticantes de exercício físico e possíveis riscos cardiovasculares. A amostra perfez um total de 64 idosos dos programas de Cascavel. Foram verificadas medidas de Peso, estatura, IMC e circunferência de cintura e quadril e sua relação e circunferência abdominal. Dos idosos avaliados 70,0% deles apresentaram-se com alto risco para hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes, seguido por 17,5% com marcador de risco e 12,5% fora de risco. Correlacionando os dados da relação cintura/quadril com os dados do IMC, verifica-se que essa correlação é positiva e significativa. Ou seja, quanto maior for o IMC maior encontram-se os riscos cardiovasculares, pois maior também está à relação cintura quadril. Conclui-se que se observa que a maior porcentagem de participantes do grupo de exercício físico para terceira idade encontra-se com sobrepeso e dentro da classificação de risco cardiovascular conforme a classificação. Unitermos: Longevidade. Exercício. Sobrepeso. Qualidade de vida.
Abstract The aim was to investigate the relationship of the nutritional status of elderly practitioners of physical exercise and possible cardiovascular risks. The sample makes a total of 64 elderly from the programs from Cascavel. It was verified the Weight, height, BMI and waist circumference measures, and hip and waist circumference and their relationship. From the evaluated Elderly, 70.0% of them presented with high risk for hypertension, dyslipidemia and diabetes, followed by 17.5% with a risk marker and 12.5% out of risk. Correlating data from waist / hip ratio with BMI data, it appears that this correlation is positive and significant. That is, the higher the BMI are cardiovascular risks, as is also the largest waist-hip ratio. We conclude that it is observed that the highest percentage of participants in the exercise group for seniors is overweight, and, within the classification of cardiovascular risk according to the classification. Keywords: Longevity. Exercise. Overweight. Quality of life.
Recepção: 19/06/2015 - Aceitação: 09/09/2015
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 210, Noviembre de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
1. Introdução
O envelhecer “é um processo normal que acontece a todas as pessoas; porém, associado a este processo estão às sucessivas perdas em função do declínio do ritmo biológico e essas perdas terão uma relação diretamente na forma de se alimentar deste idoso”. A velhice é a última fase da vida do ser humano, ou seja, a terceira idade. O “envelhecimento é um processo multifatorial resultante da combinação de diferentes elementos, dentre eles o estilo de vida”. Assim tal processo engloba aspectos cronológicos, psíquicos, funcionais, culturais, sociais e biológicos, relacionado com a morte de células somáticas e a não substituição das mesmas, acarretando prevalência de enfermidades agudas e crônicas (Valentin, 2012).
A rotina alimentar do idoso é determinado, não somente por precedências ou alterações fisiológicas, mas também por pontos de relação social como solidão, isolamento social, condição socioeconômico e falta de apetite. Esses fatores levam com que os idosos percam o interesse de cuidados consigo, fazendo com que se alimente de maneira errada em termos de quantidade e qualidade (Vitolo, 2008).
No momento em que se tem intervenção nutricional, é que se decide o uso de nutrientes, tendo-se em vista o tratamento de doenças. Por esse motivo, recomenda-se que os idosos tenham por objetivos iniciar uma quantidade mínima de nutrientes que por si é a apropriada para a maioria das pessoas em seu espaço habitual, sem traumas ou doenças (Marchini, Ferriolli, & Moriguti, 1998).
O balanceamento da distribuição da gordura corporal é identificado através da circunferência da cintura (CC) e ou razão cintura/quadril (RCQ). Estas duas variáveis permitem estabelecer cuidados para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (Tinocoa, 2006). A medida da circunferência da cintura tem sido proposta como um dos melhores preditores antropométricos de gordura visceral. Uma das principais limitações desses dois indicadores de distribuição de gordura corporal é a ausência de pontos de corte exclusivos para a população idosa (Sampaio, 2004).
Portanto, a avaliação do estado nutricional do idoso colabora para a ampliação de melhora na qualidade de vida equilibrada, pois com a assistência da avaliação nutricional é provável identificar precocemente indivíduos em risco nutricional e estabelecer medidas de intervenção (Maciel, 20012).
Diversos estudos epidemiológicos têm fornecido uma visão sobre os fatores de risco envolvidos na etiologia da doença cardiovascular. Entre os fatores de riscos considerados de maior importância destacam-se a hipertensão arterial, as dislipidemias, a obesidade, o diabetes melito e alguns hábitos relacionados ao estilo de vida, como dieta rica em calorias, gorduras saturadas, colesterol, sal, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e sedentarismo (Cervato, 1997).
Devido a alguns processos auxiliarem no fortalecimento do organismo do ser humano, a prática regular de exercício físico estabelece um fortalecimento e aumento evidente da imunidade do idoso perante doenças cardiovasculares. Nessa fase é habitual ocorrerem distúrbios cardiovasculares, tais que afetam o sistema circulatório resultando em enfarte do miocárdio, angina no peito, arritmia cardíaca, aterosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e outros. A mortalidade e a obesidade morbida estão relacionadas com doenças cardiopatas, onde em média causam 80% das mortes tanto em mulheres quanto em homens. No Brasil, as doenças cardiovasculares (DCV) exibem aproximadamente 30% de óbitos. Ainda que a seriedade das DCV e do acréscimo de sua incidência com a evolução da idade, a maior parte dessas doenças poderiam ser evitadas (Zaslavsky & Gus, 2002).
Contudo o objetivo do estudo foi investigar a relação do estado nutricional de pessoas idosas praticantes de exercício físico e possíveis riscos cardiovasculares.
2. Desenvolvimento
2.1. Materiais e métodos
O artigo contou com os procedimentos éticos de pesquisa cumprindo com as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos” (196/96) editadas pela Comissão Nacional de Saúde, obtendo o aceite do Comitê de ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade Assis Gurgacz sob parecer número 089/2013.
A população do estudo contou com praticantes do programa de terceira idade do projeto da Faculdade Assis Gurgacz, do Município de Cascavel e com os participantes do programa de exercício físico da Secretaria de Esporte e Lazer do Município de Quatro Pontes no estado do Paraná. A amostra perfez um total de 64 idosos do programa de Cascavel. Os idosos foram avaliados individualmente, na própria sede de encontro dos grupos durante o horário normal de freqüência, nos dias combinado com a direção e professores do estabelecimento, sem prejuízo às atividades. Foram verificadas medidas de Peso, estatura, IMC e circunferência de cintura e quadril e sua relação.
Para a medida de peso foi utilizada uma balança com capacidade para 200 quilogramas e com precisão de 100 gramas era colocado em pé de frente para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés, ereto e com olhar fixo para frente. Quanto a Estatura total foi utilizado um estadiômetro, fixado á parede e um esquadro antropométrico. A o estadiômetro estava graduados em centímetros e décimo de centímetros. O avaliado descalço ficava na posição ortostática com os pés unidos, procurando por em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A medida era realizada com o indivíduo em apnéia inspiratória e com a cabeça orientada no plano de Frankfurt, paralela ao solo. A medida era feita com o cursor em ângulo de 90 graus em relação á escala. O Índice de massa corporal foi calculado a partir da fórmula: IMC= Pesokg/Estatura²m. Como referência do IMC foi utilizada classificação do estado nutricional de idosos que corresponde á recomendação proposta pela Associação Dietética Norte America (ADA 1994). Analise dos dados antropométricos na população idosa correspondente na publicação “Vigilância Alimentar e Nutricional-SISVAN”. Os pontos de coorte da referência IMC<22 kg/m2= Baixo peso, ≥ 22 e < 27 kg/ m2 = Eutrófico; ≥ 27 kg / m2= Sobrepeso.
Para as medidas de Circunferência de cintura e quadril foi utilizada uma fita métrica metálica flexível com precisão de 1 milímetro. Circunferência da cintura foi mensurada considerando dois padrões citados por Heyward (1996): a parte mais estreita do tronco ou, em caso de não poder ser visualizada, considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (1988) de medir o ponto médio entre a borda inferior da ultima costela e a crista ilíaca. Para realização da medida, o avaliado estava com roupas intimas ou no caso de não ter um local isolado pode levantar a camiseta na altura da borda inferior dos seios. A Circunferência do quadril era medida considerando o maior volume dos glúteos estando o avaliado em posição lateral direita em relação ao avaliador e com a calça ou calção abaixo dos glúteos. A medida é realizada eventualmente sobre a roupa intima.
A relação cintura/quadril (C/Q) é fortemente associada com a gordura visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal, embora alguns autores considerem que a circunferência da cintura parece ser o melhor preditor de depósito de gordura visceral do que a relação C/Q. Por outro lado, a circunferência do quadril é influenciada somente pelo depósito de gordura subcutânea e a relação C/Q pode mudar dependendo do padrão de menopausa da mulher (Heyward, 1996). A relação cintura/quadril (C/Q) é calculada dividindo o valor da circunferência da cintura (em centímetros) pelo valor da (circunferência do quadril em centímetros), dessa forma: C/Q = Circunferência da cintura (cm)/Circunferência do quadril (cm).
Para a Circunferência abdominal o avaliador permanecia a frente do avaliado. O avaliado permanece em pé com os braços ao lado do corpo e os pés juntos. Os procedimentos são os mesmos daqueles a serem seguidos para a circunferência de cintura, exceto que a fita de medida é colocada em volta do avaliado no nível da maior distensão anterior do abdômen em um plano horizontal. Esse nível é usualmente, mas não sempre, na altura do umbigo. A fita é mantida confortavelmente junto à pele sem comprimir os tecidos com a ponta do zero sobre o valor anotado. A medida é coletada ao fim de uma expiração normal com aproximação para o milímetro (0.1 centímetros) mais próximo (Lohman et al., 1998). A medida isolada da circunferência da cintura tem mostrado ser suficiente para estabelecer riscos, sendo considerados os limites normais a circunferência,<95 cm para homens e <80 cm para mulheres. O risco de existir pelo menos um fator clássico de risco coronariano aumenta substancialmente quando a medida em homens ultrapassa 104 cm em mulheres ultrapassa 88 cm. O limite de circunferência abdominal nos vários estudos varia de 95 á 105 cm, embora não haja dados disponíveis para a população brasileira.
A análise dos dados foi através de estatística descritiva com o teste de correlação de Pearson e Tukey ao nível de 5% de significância.
2.2. Resultados
O Programa conta com 100 idosos que são oriundos de toda a região de Cascavel. Estes são selecionados a partir do nível socioeconômico, faixa etária e também condições de saúde, ou seja, aqueles que tiverem em condições mais precárias estarão em primeiro lugar no processo de seleção. Como requisito para a estada no programa o idoso deve ter no mínimo 60 anos de ambos os sexos, havendo exceção para pessoas com menos idade com indicação médica.
As aulas de exercício são divididas três vezes por semana, sendo segunda, quarta e sexta feira. São realizados exercícios na academia com musculação e ginástica, no ginásio poliesportivo com esportes, danças, teatros, caminhadas na trilha, jogos recreativos, nas salas de aulas com alfabetização, artes integradas, laboratórios para aula de informática, e no salão do centro de convivência onde são realizados aulas de coral, palestras multidisciplinares e artesanato.
Foram estudados 64 idosos do programa de atividade física da Fundação Assis Gurgacz FAG, sendo que 29 (45,3%) eram do sexo feminino e 11 (17,2%) do sexo masculino. 24 (37,5%) não responderam no questionário em relação ao sexo.
De acordo com a Tabela 1, a idade mínima é de 51 anos e a máxima de 83 anos, a média de 67,28 anos e desvio padrão 6,51 anos. O peso mínimo é de 44 kg, o máximo 122 kg, a média igual a 74,94kg e o desvio padrão de 16,35kg. A estatura variou de 143 cm a 178,5cm, com média de 162,60cm e desvio padrão de 7,44cm. O IMC mínimo da amostra foi 17.85 e o máximo 40.76, com média 28.21 e desvio padrão 5.03.
Tabela 1. Estatística descritiva em relação a medidas de Idade, Peso, Estatura e IMC
A classificação do IMC demonstrou que os idosos apresentam uma maior porcentagem em sobrepeso, sendo 56,3% (Tabela 2).
Tabela 2. Classificação do IMC do grupo de terceira idade da Fundação Assis Gurgacz
Comparando as médias da relação cintura quadril, observa-se que nos idosos da FAG não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre as médias dos idosos com baixo peso, eutróficos ou obesos.
Tabela 3. Comparação da relação cintura quadril entre as classes do IMC (FAG)
Dos idosos avaliados 70,0% deles apresentaram-se com alto risco para hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes, seguido por 17,5% com marcador de risco e 12,5% fora de risco.
Tabela 4. Classificação da circunferência abdominal
Correlacionando os dados da relação cintura/quadril com os dados do IMC, verifica-se que essa correlação é positiva e significativa. Logo, quanto maior o IMC maior será a relação cintura/quadril. Ou seja, quanto maior for o IMC maior encontram-se os riscos cardiovasculares, pois maior também está à relação cintura quadril (Tabela 5).
Tabela 5. Correlação entre a relação cintura quadril e o IMC
2.3. Discussão
Conforme o objetivo do presente estudo, que foi investigar a relação do estado nutricional de pessoas idosas praticantes de exercício físico e possíveis riscos cardiovasculares, observa-se que a maior porcentagem de participantes do grupo de exercício físico para terceira idade encontra-se com sobrepeso e dentro da classificação de risco cardiovascular conforme a classificação. Sendo assim mesmo o grupo estar frequentando regularmente um programa de exercício, para estas variáveis, os resultados não se apresentaram eficientes.
Segundo Vitolo (2008) em estudo realizado com mulheres demonstrou que após sessões de exercício intenso houve aumento de consumo energético. A atividade física promove adaptações fisiológicas favoráveis, resultando que o gasto energético seja maior que o consumo energético diário, o que nos faz pensar que uma simples redução na quantidade de alimentos através da dieta seja suficiente. Exercício físico é uma forma estabelecida para manter a saúde e prevenir à obesidade e outras doenças degenerativas, pois conforme a idade é acompanhada uma tendência a um declínio do gasto energético médio diário à custa de uma menor atividade física (Vitolo, 2008).
Um programa de treinamento de força planejado adequadamente pode resultar em aumentos significativos na massa muscular, na hipertrofia das fibras musculares, na densidade óssea e nos aperfeiçoamentos no desempenho relacionados à força (Fleck & Kraemer, 1997).
Em estudo realizado por Frontera et al. (1988) treinaram um grupo de homens idosos sedentários de 60 a 72 anos usando um regime de treinamento de força de alta intensidade (três séries de oito repetições a 80% de 1 RM, 3 dias por semana durante 12 semanas). Estes homens demonstraram substanciais ganhos em força (até 200% de aumento em 1 RM), e a tomografia computadorizada e a análise da biópsia dos músculos mostraram evidências de hipertrofia muscular.
Mais recentemente, Fiatarone et al. (1994) examinaram um grupo maior de homens e mulheres muito frágeis e demonstraram que o treinamento de força de alta intensidade (80% de 1 RM durante 10 semanas) é seguro para esta população e produziu aumentos significativos em força muscular, sem aumento relevante no tamanho do músculo.
Atualmente as causas mais comuns de mortes nos idosos nos países desenvolvidos são as doenças cardiovasculares e o câncer, portanto o controle dessas doenças teria um profundo impacto na qualidade de vida do idoso, propiciando um aumento na expectativa de vida (Furtado, 1996). As tentativas de reduzir ou até mesmo adiar a incidência de doenças associadas ao envelhecimento, concentram-se principalmente na mudança de estio de vida apoiada na prática regular de exercício físico e em uma alimentação balanceada na qualidade de alimento e na quantidade de calorias ingeridas (Furtado, 1996).
O envelhecimento precoce apresenta sua base em condições inadequadas de saúde como, por exemplo, a obesidade que foi representativa nesta amostra, já que esta esteve em sua maioria classificada como sobrepeso estando acima da referência que é ≥ 27, já o estudo apresentou 28,21% da amostra com sobrepeso. Este resultado pode estar associado devido à maioria da mostra ser do sexo feminino, isto porque, a mulher tem uma substituição de massa magra por massa gorda bem mais crescente do que o homem ao longo do ciclo vital. Confirmando estas informações o estudo de Guimarães, Duarte e Dias (2011), mostrou que a porcentagem de massa gorda aumenta com a idade a partir dos 60-65 anos, em ambos os sexos, sendo maior em mulheres do que em homens.
Conforme pesquisa de Santos e Sichieri (2005), com o objetivo de avaliar o estado nutricional de 699 idosos com 60 anos e comparar o IMC com vários indicadores de adiposidade e de localização de gordura em idosos e adultos de meia idade verificaram que 50,6% dos indivíduos com idade entre 60 e 69 anos estão em nível de pré-obesidade, resultado semelhante ao exibido no presente estudo. Portanto, os estudos mostram que nesta idade ocorre uma tendência ao alto índice de massa de gordura em relação à massa magra no organismo, fator que deve ser controlado pelos programas de exercício físico.
Quando comparado o IMC com a relação cintura e quadril foi verificado que o protocolo é proporcional, ou seja, demonstrou relação consistente. Contudo vale ressaltar que muitas vezes se tem criticado a utilização do IMC sozinho pra identificar risco cardiovascular. De acordo com Da Costa (2001) o IMC tem sido largamente utilizado, em saúde pública e na clínica, como um preditor de sobrepeso e obesidade, esse índice apresenta resultados satisfatórios para avaliações populacionais, porém, para avaliação clínica individual, deixa a desejar, já que leva em consideração apenas a massa e a estatura para avaliar a composição corporal.
Com isso, observa-se que a intensidade do exercício realizado pelo grupo pode ser a razão dos valores encontrados. E, é por isso que se pode entender que o grupo estudado não esteja cumprindo com uma intensidade progressiva de exercício físico e ainda esteja fazendo parte de um ciclo de treinamento inadequado.
3. Conclusão
Considera-se que a avaliação do estado nutricional do idoso coopera para a amplificação da melhoria na qualidade de vida, pois com o acompanhamento da avaliação física e nutricional é presumível constatar prematuramente a pessoa em risco cardiovascular, e estabelecer atitudes de interferência para obter equilíbrio em sua saúde.
Conforme o objetivo do presente estudo, que foi investigar a relação do estado nutricional de pessoas idosas praticantes de exercício físico e possíveis riscos cardiovasculares, observa-se que a maior porcentagem de participantes do grupo de exercício físico para terceira idade encontra-se com sobrepeso e dentro da classificação de risco cardiovascular conforme a classificação mesmo o grupo frequentando regularmente um programa de exercício.
Bibliografia
Cervato, A. M. et al. (1997). Dieta Habitual e Fatores de risco para doenças cardiovasculares. Revista Saúde Pública, v. 31, n. 3, p. 227-235.
Da Costa, R. F. (2001). Composição corporal: teoria e prática da avaliação. São Paulo: Manole.
Fiatarone, M. A., O’Neill, E. F., Ryan, N. D. et al. (1994). Exercise training and nutritional supplementation for physical frailty in very elderly people. New England Journal of Medicine. 330:1769-75.
Fleck, S. J., Kraemer, W. J. (1997). Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. Porto Alegre: Artmed.
Frontera, W. R., Meredith, C. N., O'Reilly, K. P. et al. (1988). Strength conditioning in older men: Skeletal muscle hypertrophy and improved function. Journal of Applied Physiology. 64: 1038-44.
Furtado, E. S. (1996). O sentido da atividade física na terceira idade. 2004. Dissertação (Mestrado em Educação Física), UGF, Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, RJ.
Guimarães, E. C., Duarte, N. M. de F., Dias, V. B. (2011). Análise dos riscos coronarianos por meio da relação cintura-quadril e concordância com o índice de massa corporal em idosas. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, Ano 15, Nº 153. http://www.efdeportes.com/efd153/riscos-coronarianos-por-meio-da-relacao-cintura-quadril.htm
Maciel, A. (2002). Avaliação multidisciplinar do paciente geriátrico. Rio de Janeiro: Revinter.
Marchini, J. S., Ferriolli, E. e Moriguti, J. C. (1998). Suporte nutricional no paciente idoso: definição, diagnóstico, avaliação e intervenção. Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: Nutrição Clínica 31: 54-61.
Sampaio, L. R. (2004). Avaliação nutricional e envelhecimento. Rev. de Nutrição. v. 17, n.4, p. 507-14.
Santos, D. M. e Sichieri, R. (2005). Índice de massa corporal e indicadores antropométricos de adiposidade em idosos. Rev. Saúde Pública [online]. vol.39, n.2, p. 163-168.
Tinocoa, A. L. A. et al. (2006). Sobrepeso e obesidade medidos pelo índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e relação cintura/quadril (RCQ), de idosos de um município da Zona da Mata Mineira. Rev Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 9, n. 2.
Valentim, A. A. F. (2012). Nutrição no Envelhecer. São Paulo: Atheneu.
Vitolo, M. R. (2008). Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio.
Zaslavsky, C. e Gus, I. I. (2002). Doença Cardíaca e Comorbidades. Arq. Bras. Cardiol. vol.79 no. 6.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 20 · N° 210 | Buenos Aires,
Noviembre de 2015 |