O corpo excludente: inclusão e exclusão social El cuerpo excluyente: inclusión y exclusión social The exclusionary body: social inclusion and exclusion |
|||
* Discentes da graduação em Educação Físicada Universidade Castelo Branco (UCB/RJ) **Co-orientadores. Graduandos em Educação Física da Universidade Castelo Branco (UCB/RJ) ***Orientador. Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela UCB/RJ Licenciado em Educação Física pela UCB/RJ. Docente da UCB/RJ (Brasil) |
Tamara Claro* Beatriz Falbo* Camila Cristine* Alice Balbuena* Thamara Souto Lima** Romulo Caccavo** Sergio Ferreira Tavares*** (Brasil) |
|
|
Resumo O presente artigo tem por objetivo abordar o tema inclusão e exclusão social da mulher, focando traços da cultura brasileira da exclusão da mulher as diversas fases, históricas e discriminatórias e levando em consideração a exclusão social no âmbito trabalhista e escolar se transformando em problemas que são levados para dentro de um ambiente familiar. Justificando em conhecimentos e aplicação de questionários, procura-se identificar as causas que levam a exclusão, medir os seus níveis e identificar os problemas causados pela violência excludente, propondo uma forma de suavizá-la. Com conclusão, exarou-se a necessidade urgente da sociedade adotar novas posturas, visando enfrentar as problemáticas da violência verbal e excludente, esperando o corpo, por sua vez, reduzem-se em depositário falível de males, fruto tanto do insucesso da força do coletivo, quanto do poder individual. Unitermos: Corpo. Inclusão. Exclusão. Sociedade. Mulheres.
Abstract This article aims to go through social inclusion and exclusion of women, focusing on traits of Brazilian culture exclusion of women at different levels, historical and discriminatory, taking into account the labor of social exclusion in the school setting turning into problems that are brought into a family environment. Justified in knowledge and questionnaires, we seek to identify the causes which lead to exclusion, measuring its levels and identifying problems caused by exclusionary violence, proposing a way to smooth it. In conclusion, an urgent need for society to adopt new attitudes is missing, in order to face the problems of verbal violence and exclusionary, waiting for the body, in turn, are reduced in unreliable custodian of evils, both the result of the collective failure of strength , as the individual power. Keywords : Body. Inclusion. Exclusion. Society. Women.
Recepção: 18/03/2015 - Aceitação: 20/04/2015
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 203, Abril de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
Introdução
Atualmente as diferenças entre homens e mulheres associado ao gênero, trabalho, educação na sociedade se tornaram um foco de pesquisas de área e uma das realidades atualmente de grande importância social. Tanto o homem quanto a mulher ocupam os mais variados papeis na nossa sociedade. Desde o período dos primórdios das sociedades mais antigas a mulher sempre foi marginalizada, não faziam partes de diversos rituais religiosos, políticos, não estudavam.
Tornam-se necessário e evidente, buscar a história de muitas mulheres que permanecem invisíveis à história da humanidade. As questões de poder, cultura, mudanças de gênero estruturam todas as fases da vida. No tal momento temos que focar nos aspectos presentes no contexto social, desde o Brasil colônia imperial, nas sociedades patriarcais, altamente influenciada pelo pensamento européia da época, como todas as representações sócias que contribuíram para a ocupação do espaço feminino.
Uma reflexão do papel da mulher na sociedade e os caminhos que traçam suas vidas, mas é preciso que o homem se conscientizem da sua real importância e se vejam como ser incompleto, que necessita do seu apoio mútuo para se desenvolver a sua condição humana.
Metodologia
Este presente estudo foi realizado com a pesquisa experimental estudo de caso que teve por objetivo quantificar em níveis a satisfação com a auto imagem corporal. A pesquisa foi realizada com 19 alunas do 1º e 2º períodos do curso de graduação de Educação Física da Universidade Castelo Branco.
O instrumento utilizado para a diagnose foi um questionário do protocolo “Questionário sobre Imagem Corporal” do The Body Shape Questionnaire (BSQ). Este continha trinta e quatro perguntas e quatro níveis posturais a serem classificados de acordo com suas respostas. Divididos da seguinte maneira:
Exclusão Social. Conceito histórico
A mulher sempre viveu num mundo machista e preconceituoso, onde só o homem tinha poder e supremacia, sua liberdade e diretos eram restritos, dentro da história, ocorreu uma veneração pela mulher no período da idade média, naquela época era considerada uma concepção de natureza superior, o poder gerador da vida, associada às divindades femininas e rios, quanto maior o rio era, mais a deusa era.
Com o passar dos séculos, a mulher começou a luta para se libertar da submissão, no decorrer dos acontecimentos da história, verifica a sua participação em diversas lutas, com o objetivo de garantir o seu papel na sociedade e até mesmo sua própria identidade.
Mas suas grandes conquistas foram propriamente vista no século XX e XXI. No processo histórico a entrada das mulheres em algumas lutas foi através da conquista do seu voto feminino.
Através dos grandes movimentos feministas, muitas lutas foram conquistadas, cujo movimento é para garantir a igualdade entre ambos os gêneros, tratar também em modificar essa vista de que a mulher é conhecida como sexo frágil, a discussão é a acerca das raízes culturais entre homens e mulheres.
A mulher na sociedade
A história da mulher na sociedade brasileira tem seus primórdios nos tempos da colonização quando, escrava, negra ou sinhá, a mulher co-existia para apenas algumas funções: mãe, dona-de-casa ou amante.
O corpo feminino está em constante mudança. Sua fragmentação em padrões e estilos data de séculos chegando à época da mulher na colonização brasileira. Seus ideais se modificaram à luz dos interesses de cada época.
Para Freyre (2006) a verdade é que a especialização de tipo físico e moral da mulher, em criatura franzina, neurótica, sensual, religiosa, romântica, ou então, gorda, prática e caseira, nas sociedades patriarcais e escravocráticas, resulta, em grande parte dos fatores econômicos, ou antes, sociais e culturais, que a comprimem, amolecem, alargam-lhe as ancas, estreitam-lhe a cintura, acentuam-lhe o arredondado das formas, para melhor ajustamento de sua figura aos interesses do sexo dominante e da sociedade organizada sobre o domínio exclusivo de uma classe, uma raça e de um sexo.
Frente às questões sexuais do passado, a repressão e a anulação da mulher foram substituídas pela liberação e pela independência dos dias atuais. Assim, a mulher contemporânea, com base em novas redes de poder, impõe-se na sociedade em diferentes áreas, inclusive na sexual, tendo espaço para preferências e vontade em assuntos que antes não podiam sequer ser mencionados em discurso privado, quanto mais ser objeto de discurso público.
Assim, identidade e diferença são, para ele, dois lados da mesma moeda e representam atualmente os maiores dilemas da vida social.
O corpo na sociedade
O corpo é um vetor muito importante para a construção da identidade do indivíduo também percebemos a sua importância para interação de grupos sociais. Há uma idéia que o corpo é construído a partir de várias significações, culturalmente usadas e associadas ás pessoas vista como corporeidade.
O corpo não é só produto, mas também quem constrói a Sociedade. Os significados culturais das práticas corporais o símbolo do corpo na cultura e através dele podemos obter o conhecimento de nossa sociedade.
O corpo é algo primordial para interagirmos na sociedade, pois dependendo da forma que ele se encontra somos sociais, isto é, se ele estiver em forma Ideal de acordo com o padrão que a mídia tenta nos influenciar caso contrário se não estivermos nesse padrão estético somos sociais, dificultando assim a interação social.
A estética favorece na vida social porque a sociedade atual impôs uma limitação que devemos manter o corpo e forma, ou seja, padrão, malhado então dessa maneira a pessoa que tem seu corpo considerável perfeito em muitos casos é mais favorecido na vida social de que outra que não tem o chamado corpo ideal.
Corpo com forma de auto exclusão
Todos nós possuímos um corpo. O corpo é inerente a nós. Nascemos, crescemos e morremos com ele. Faz assim parte de cada um, tal como os nossos pensamentos, os nossos valores, a nossa formação, contudo algumas dessas alterações são inevitáveis pois resultam do processo de crescimento, acompanham-nos na puberdade e depois acompanham-nos ao longo do processo de envelhecimento, tornando visíveis outras marcas que correspondem à nossa história e ao que de mais íntimo temos. Nosso corpo sofre com normas e métodos rigorosos, constituídos por renúncias, sacrifícios, auto-confinamento, exclusão social ou até mesmo a morte. Além de uma luta física, torna-se uma guerra psíquica onde uma grande culpa cresce no indivíduo por não conseguir se enquadrar na sociedade, não estar dentro dos padrões, a auto exclusão acaba se tornando uma forma de punição o que gera um ciclo:
Em meio a uma sociedade onde a imagem é cada vez mais valorizada e as relações sociais usam as imagens como meio, o corpo torna-se o protagonista, nesse contexto, quanto melhor for o seu corpo maior é a garantia de visibilidade, sucesso, auto-estima, saúde e felicidade; enquanto um corpo "feio" e "disforme" é tratado como simples conseqüência do desleixo e da falta de vontade de seus "proprietários", que findam por serem tachados de "fracos de vontade" e "desregulados".
Seja por considerar-se além do padrão ideal, seja por defesa frente ao suposto olhar acusador do outro. Há, aqui, uma íntima relação entre essas exclusões. Só se pode sair quando se atinge o ideal, mas, ao mesmo tempo, essa interação social representa o perigo de desperdiçar todo um árduo esforço e, ainda, de ser ridicularizada pelos pares. A exclusão, assim como o mal-estar causado pela "fraqueza de vontade", age, mais uma vez como um mecanismo de retro alimentação. (Severiano, 2010).
A exclusão no mercado de trabalho
Esse tipo de restrição atinge todas as profissões. Alguns empresários acham, por exemplo, que é ruim para a imagem da companhia ter uma recepcionista gordinha. Consultores de recursos humanos dizem: eles recebem, sim, orientação para não contratar quem está mais de dez quilos acima do peso. É mais uma das contradições do Brasil, que enfrenta uma epidemia de obesidade.
Segundo o Ministério da Saúde em 2006, quase 43% dos brasileiros estavam acima do peso. Em 2009, esse número aumentou para quase 47%. Por outro lado, uma pesquisa mostrou que mais de 70% dos empresários brasileiros têm restrições para contratar pessoas. obesas. Como conviver com essa contradição: a população engorda, e os empregadores não querem funcionários gordos?
A aparência representa de 25% a 30% do critério de triagem inicial. Ela pode representar, por ser gordo, um processo de filtragem que representa a eliminação de 80% a 90% dos candidatos que se candidataram com o mesmo perfil desejado.
Resultados
O resultado do questionário de diagnose mostrou que o nível de preocupação moderada com a forma física foi bem superior aos de preocupação de forma acentuada, nenhuma preocupação e leve preocupação, mesmo se tratando de pessoas cursando o nível superior em educação física ficou claro que muitas não se encontram dentro dos padrões referentes a quem é profissional de educação física, mas mesmo assim isso não as impede de realizar as atividades e participar dos eventos.
Conclusão
Buscamos por meio de essa pesquisa entender quais os reais motivos que as pessoas se preocupam tanto com o corpo, chegando ao ponto de investir todos os recursos como tempo, dinheiro e vida social em busca da dita “perfeição”, para assim se encaixar em ideais que são quase inatingíveis. A exigência da sociedade a respeito do corpo determina um modelo padrão não apenas as mulheres, mas também para os homens. Constatamos que havendo um meio de intervenção como forma de reflexão seria possível preparar a sociedade para que não perceba o outro apenas como corpo físico, mas sim como um todo, um conjunto de opiniões, valores e características.
Referências bibliográficas
Alves, P. (1998). Kant E O feminismo. In M.L.R. Ferreira, O que pensam os filósofos sobre as mulheres. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa.
Bruckner, P. (2002). A euforia perpétua. São Paulo: Difel.
Del Priore, Mary (2000). Corpo a corpo com a mulher: pequena história das transformações do corpo feminino no Brasil. São Paulo: Editora SENAC.
Le Breton, D. (2006). A sociologia do corpo. Petrópolis, RJ: Vozes.
Mattos, Rafael (2010). A Sociologia do corpo é a Sociologia da Educação Física. Rio de Janeiro, RJ.
Medina, João Paulo (1990). O Brasileiro e seu Corpo. São Paulo: Papirus, 136p.
Parâmetros Curriculares Nacionais (1997). Brasília: Ministério da Educação e do Desporto.
Priore, M.D. (org.) (2006). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto.
Severiano, Maria de Fátima Vieira; Rego, Mariana Oliveira do; Montefusco, Érica Vila Real (2010). O corpo idealizado de consumo: paradoxos da hipermodernidade. Rev. Mal-Estar Subj., Fortaleza, v. 10, n. 1, mar.
Soares, C. L. (1997). Imagens do corpo “Educando”: Um olhar sobre a Ginástica no Século XIX. Pesquisa Historia em Educação Física, v. 02. , v. 02. Vitória: CEFD/UFES, p. 05-20.
Vieira, Ricardo (2005). Corpos, diferenças, inclusões e exclusões. Projecto Identidades(s) e Diversidade(s) da ESSE-IPLeiria.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 20 · N° 203 | Buenos Aires,
Abril de 2015 |