O Marxismo: diálogos com a Educação e Educação Física El Marxismo: diálogos con la Educación y la Educación Física |
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Universidade Federal de Santa Maria Especializanda em Educação Física Escolar, CEFD/UFSM (Brasil) |
Laís Cavalheiro Rigo Marcele da Silva do Nascimento Paula Lucion |
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Resumo O presente artigo objetivou realizar um estudo acerca do Marxismo, buscando relações com a Educação e a Educação Física. A pesquisa se caracterizou como bibliográfica, sendo realizadas leituras de diferentes referenciais teóricos que contemplam o tema do estudo. Assim, mencionam-se algumas reflexões e considerações, possibilitando a construção de conhecimentos. Unitermos: Marxismo. Abordagem crítico superadora. Educação Física.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com |
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1. Introdução
O estudo contempla uma investigação bibliográfica acerca do Marxismo e trás, assim, como proposta fazer uma síntese dos principais aspectos que regem o assunto. Neste sentido, será abordado o marxismo, o materialismo histórico dialético, bem como a teoria crítico superadora.
Karl Marx (1818-1883), idealizador de uma sociedade com distribuição de renda justa e equilibrada; cursou Filosofia, Direito e História, atuando direta/indiretamente como economista, filosofo, historiador, teórico político e jornalista. É um dos pensadores que mais influenciou a história da humanidade; o conjunto de suas ideias sociais, econômicas e políticas transformaram as nações e criou blocos hegemônicos.
A constituição do marxismo, o qual envolve ideias filosóficas, econômicas, políticas e sociais, buscando interpretar a vida social, compreende também a proposta de Hegel, a filosofia materialista de Ludwig Feuerbach, as teorias econômicas de Adam Smith e David Ricardo, as concepções e experiências dos socialistas utópicos e principalmente de Engels.
Pode-se considerar que os dois elementos principais do marxismo são o materialismo dialético: a natureza, a vida e a consciência se constituem de matéria em movimento e evolução permanente, e o materialismo histórico: o modo de produção é a base determinante dos fenômenos históricos e sociais, inclusive as instituições jurídicas e políticas, a moralidade, a religião e as artes.
Dentro da perspectiva dialética encontramos a Pedagogia Crítico-superadora que defende uma visão de transformação qualitativa, considerando as constantes mudanças da realidade, visando à totalidade para, então estabelecer um processo de construção do conhecimento, auxiliando assim na formação de um indivíduo inserido na sociedade com potencialidades de ser um agente transformador da sociedade.
2. Metodologia
Como estratégia metodológica, delineamos a pesquisa como bibliográfica, pois de acordo com Mattar (1993), essa é uma maneira relativamente rápida de conhecer, amadurecer e aprofundar conhecimentos por meio de trabalhos já elaborados. Utilizam-se, nesse processo, livros, revistas, arquivos de dados, dentre outros meios. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica é permitir ao pesquisador uma cobertura mais ampla do que ele poderia pesquisar diretamente (CHIZZOTTI, 2001; GIL, 2002; MATTAR, 1993).
Também, a pesquisa bibliográfica, segundo Moresi (2003) é o processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema de pesquisa escolhido, permitindo efetuar um mapeamento do que já foi escrito e de quem já escreveu algo sobre o tema da pesquisa.
3. Referencial teórico
3.1. Marxismo: algumas características
O século XIX foi marcado pelo grande desenvolvimento do capitalismo e por significativas mudanças no mundo. De acordo com Andrey et. Al. (1996) esse período pode ser dividido em dois momentos: no primeiro, até 1848, teve-se o crescimento do capitalismo nos países industrializados, e o segundo, a partir da segunda metade do século, é marcado pelo defrontamento com um novo momento do capitalismo, com a expansão do sistema em nível mundial, com a segunda fase de expansão da indústria nos países industrializados e com a formação de um sistema capitalista internacional.
Neste contexto, Marx (1818-1883) desenvolveu seu pensamento, envolvendo-se com os acontecimentos econômicos, políticos e históricos de seu tempo, bem como com o serviço da classe trabalhadora. Destaca-se que a constituição do marxismo envolve a proposta de Hegel, a filosofia materialista de Ludwig Feuerbach, as teorias econômicas de Adam Smith e David Ricardo, as ideias e experiências dos socialistas utópicos e de Engels.
Marx durante o período que residiu em Berlim teve contato com a filosofia de Hegel (1770 -1831). Neste momento, os seguidores de Hegel, estavam divididos em dois grupos distintos: hegelianos de direita (sistema de Hegel – criador da realidade) e hegelianos de esquerda (buscavam destacar o papel critico da filosofia de Hegel). Marx, inicialmente, ancorou-se e defendeu as concepções do segundo grupo, porém, com o desenvolver de estudos e novas experiências contesta alguns princípios de Hegel.
O artigo de Friedrich Engel (1820-1895) que retrata uma crítica à economia política influenciou Marx a dedicar-se ao estudo do assunto, em colaboração com o autor mencionado. Assim, no ano de 1884 dissertaram: “A sagrada família”, livro este que marcou seu rompimento com a esquerda hegeliana. Logo após publicaram “A ideologia alemã”, sendo que neste aparece a primeira formulação geral das bases do materialismo histórico. Segundo Sebah (2008) Marx afirmou que foi a análise da filosofia do Estado de Hegel que o levou a conclusão de que “as relações legais, tal como as formas de Estado, têm de ser estudadas não por si próprias, ou em função de uma suposta evolução geral do espírito humano, mas antes como radicando em determinadas condições materiais da vida”. Nesta perspectiva, Engels foi, conforme Gorender (1983), o interlocutor de Marx.
Ressalta-se, também, que a filosofia materialista e naturalista de homem, os economistas clássicos ingleses: Adam Schmith e David Ricardo e os socialistas utópicos: Ower, Fourir e Saint Simom, bem como a filosofia de Ludwig Feuerbach marcaram o pensamento de Marx. Os economistas clássicos por algumas concepções reinterpretadas por Marx que passaram a integrar o corpo teórico marxista, como a noção de valor de trabalho. “Dos socialistas utópicos e da análise de suas propostas surge o problema, enfrentado por Marx, de basear a possibilidade de construção de uma nova sociedade numa abordagem cientifica da sociedade capitalista e das noções de transformação” (ANDREY et. al, 1996, p.396).
No que refere à compreensão de Marx em relação à sociedade, concebe que o entendimento acerca da sociedade, envolve o entendimento das suas relações históricas, políticas e ideológicas. Neste sentido
(..)Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser que determina sua consciência. Em uma certa etapa de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais as sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes ou, o que nada mais é do que a expressão jurídica, com a relação de propriedade dentro dos quais aqueles até então se tinham movido. De formas de desenvolvimento das forças produtivas essas relações se transformam em seus grilhões. Sobrevém então uma época de revolução social. Com a transformação da base econômica, toda a enorme superestrutura se transforma com maior ou menos rapidez (Prefácio de Para a crítica da economia política, 1982, p. 25-26).
Diante destas concepções, destaca-se que a base da sociedade, das mudanças são as condições materiais. Sendo assim, segundo Marx, a base da sociedade, bem como a principal característica do homem, está no trabalho, visto que, através do trabalho o homem se faz homem, constitui a sociedade e produz história. Quando efetiva este trabalho, o homem se descobre como ser produtivo e passa a ter consciência de si e do mundo. Nota-se então, que "a história é o processo de criação do homem pelo trabalho humano".
Marx reconhece que a história, a transformação da sociedade ocorre através de contradições e conflitos. Em relação a este aspecto, embora tenha retirado de Hegel a noção de contradição, o qual defende que essa se dá prioritariamente no pensamento, Marx concebe que ela existe no pensamento, constitui sua lógica, existindo antes, primeiro, como parte do real. E, esses acontecimentos não são lineares, são consequências de contradições criadas dentro dela, da ação dos homens. Assim
Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado (O dezoito brumário de Luis Bonaparte, p.1).
O homem não objetiva unicamente sua sobrevivência, mas também transformações de si e da natureza, e é capaz por reconhecer o outro. Nesta perspectiva, o homem deve ser compreendido como espécie natural, diferenciando-se das espécies animais, visto que, sua a atividade é consciente. Sendo assim, ao se preferir a produção da vida pelo homem, está se abordando uma “atividade produtiva concreta, a uma atividade produtora de bens materiais e, mais, a uma atividade que produz a maneira de viver do homem” (ANDREY, et. al 1996, p. 400).
É a partir da produção que Marx explica a sociedade, e será o destaque atribuído ao social e histórico do homem que afastará Marx de Feuerbach. Apesar de ter partido do materialismo de Feuerbach, Marx o supera, conforme Andrey et al (1996), quando propôs que as próprias leis que regem o homem como ser genérico são elaboradas no decorrer da história.
Os fenômenos constituem-se por meio de múltiplas determinações que são determinadas por esse, mas que fazem parte de outras relações. Marx afirma “As relações de produção de toda sociedade formam um todo”. Neste sentido, Andrey et. al. (1996) afirma que
Essa síntese que é a totalidade, a unidade, não pode se vista apenas como a soma de partes ou como o mero conjunto de dados empíricos de um objeto. Se a totalidade é concreta e se o concreto é a síntese de múltiplas determinações, como síntese deve conter as determinações do todo reordenadas em uma nova unidade (ANDREY, et. al. 1996, p. 400).
Marx concebe a necessidade de se partir do real para se produzir o conhecimento, de procurar do fenômeno com a totalidade que o torna concreto, reconhecendo o modo de analise como o momento de abstração, que torna a reinserção do fenômeno na realidade passo imprescritível de método. Marx quer dizer que o estudo de qualquer fenômeno da realidade implica compreende-lo a partir de e na realidade concreta de que é parte, e não compreendê-lo abstraindo-se essa realidade, retirando-o dela como se o fenômeno dele independesse (ALVES, 2003).
Portanto, diante das considerações pode-se considerar que os dois elementos principais do marxismo são o materialismo dialético: a natureza, a vida e a consciência se constituem de matéria em movimento e evolução permanente, e o materialismo histórico: o modo de produção é a base determinante dos fenômenos históricos e sociais, inclusive as instituições jurídicas e políticas, a moralidade, a religião e as artes.
3.2. Dialética do Materialismo Histórico
Os princípios básicos que fundamentaram o socialismo marxista podem ser sintetizados em três teorias: a teoria da mais-valia (demonstrava o modo pelo qual o trabalhador é explorado na produção capitalista), a teoria da luta das classes (a história da sociedade humana é a história da luta das classes ou do conflito permanente entre exploradores e explorados) e a teoria do materialismo histórico.
Frigotto (1997) ao abordar a dialética do materialismo histórico, ressalta inicialmente que concebe a dialética como método de investigação. Nesta perspectiva, afirma que para a dialética ser materialista e histórica não pode se constituir numa “doutrina”. “Para ser materialista e histórica tem de dar conta da totalidade, do especifico, do singular e do particular. Isso implica dizer que as categorias totalidade, contradição, alienação não são apriorísticas, mas constituídas historicamente” (FRIGOTTO, 1997, p. 73).
Neste sentido, ressalta-se que a dialética materialista não se constitui como verificadora do conhecimento obtido, mas como um meio e método de modificação do conhecimento real através da analise crítica do material, uma maneira de análise concreta do objeto e fatos reais. O método, então, esta ligado a um entendimento de realidade, de mundo e de vida no seu conjunto.
Desta forma, é importante reconhecer que a atitude primordial e imediata do homem, em face da realidade não é a de um abstrato sujeito cognoscente, de uma mente pensante que examina a realidade especulativamente, mas a de um ser que age objetiva e praticamente, de um indivíduo histórico que exerce a sua atividade prática no trato com a natureza e com os outros homens, tendo em vista a consecução dos próprios fins e interesses dentro de um determinado conjunto de relações sociais (HABERMAS, 2006).
Marx distingue sua concepção de investigação da realidade, formalmente, enquanto método de pesquisa e método de exposição. Cabe esclarecer que por método de pesquisa (ou apropriação em pormenor da realidade estudada) se define a análise que evidenciará as relações internas de cada elemento em si: as leis particulares que regem o início, o desenvolvimento e o término de cada objeto investigado ou fenômeno (MARX, 1989).
“O capital Marx” menciona seu método de forma concisa, por meio de um de seus críticos.
Para Marx, só importa uma coisa: descobrir a lei do fenômeno de cuja investigação ele se ocupa. E para ele é importante não ó a lei que o rege, à medida que ele têm forma definida e estão numa relação que pode ser observada em determinado período de tempo. Para ele o mais importante é a lei de sua modificação, de seu desenvolvimento, isto é, transição de uma forma para a outra, de uma ordem de relação para outra. Uma vez descoberta essa lei, ele examina detalhadamente as consequências por meio das quais ela se manifesta na vida social (..). Por ISS Marx só se preocupa com uma coisa: provar mediante escrupulosa pesquisa cientifica a necessidade de determinados ordenamentos de relações sociais e, tanto quanto possível, constatar de modo irrepreensível os fatos que lhes servem do ponto de partida e de apoio (MARX, 1983, p. 34).
Diante desta concepção, pode-se compreender a dialética materialista como uma postura, um método de investigação, uma práxis, um movimento de superação e transformação. No processo dialético de conhecimento da realidade o que importa é a crítica e o conhecimento crítico para uma prática que modifique a realidade anterior no que refere ao conhecimento e plano histórico-social. Nesta perspectiva, afirma que “Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diferentes maneiras; o que importa é transformá-lo” (tese XI).
Assumir o Materialismo histórico dialético enquanto pressuposto epistemológico que orienta a investigação implica entender que este é atributo da realidade e não do pensamento. No campo das ciências humanas e sociais, especificamente na pesquisa educacional, isso aponta o caráter sincrônico e diacrônico dos fatos, a relação sujeito-objeto, ou seja, o caráter histórico dos objetos investigados (KOSIK, 1969).
Assim, enquanto método de investigação é na prática que os homens devem demonstrar a veracidade do pensamento, pois o critério de verdade da teoria está no seu caráter prático. Desta forma, o conhecimento produzido através da compreensão da totalidade do fenômeno investigado deve apresentar elementos que contribuam para a compreensão e intervenção no real, efetivando, assim, o seu caráter prático. É através da articulação entre reflexão teórica e inserções empíricas que se é capaz de recolher a matéria em suas múltiplas dimensões (FRIGOTTO, 1997).
No que refere ao meio educacional, Saviani (1991), discutindo a necessidade de o educador brasileiro passar do senso comum para a consciência filosófica na compreensão de sua prática educativa, aponta o método materialista histórico dialético como instrumento desta prática e explica, para isto, a superação da etapa de senso comum educacional (conhecimento da realidade empírica da educação), por meio da reflexão teórica (movimento do pensamento, abstrações), para a etapa da consciência filosófica (realidade concreta da educação, concreta pensada, realidade educacional plenamente compreendida).
3.3. Abordagem crítico superadora: uma proposta pedagógica
A Abordagem Crítico Superadora está fundamentada no marxismo e néo-marxismo, embasada no discurso da justiça social no contexto da sua prática. Na Educação Física a grande influência advêm dos educadores José Carlos Libâneo e Dermeval Saviani, que em suas obras (“Democratização da Escola Pública – Revisão Crítico-Social dos conteúdos” e “Escola e Democracia”, respectivas), apontam um modelo de escola onde se estabeleça uma integração entre as esferas Administrativas, Políticas e Sociais, proporcionando atenção às classes menos favorecidas, buscando a melhoria de vida no âmbito individual e coletivo, potencializando o aluno para que este seja um agente transformador da sociedade (DARIDO, s. d.).
A abordagem encaminha propostas de intervenção para uma reflexão critica social da realidade dos homens, principalmente sobre questões de poder, interesse e contestação, desempenhando um papel politico-pedagógico. Encontramos nesta proposta pedagógica o trabalho com uma perspectiva dialética, uma visão de transformação qualitativa, de mudanças. Há uma visão de totalidade na construção do conhecimento, levando em consideração o constante movimento da realidade, auxiliando assim na formação de um indivíduo inserido na sociedade. A realidade dos alunos estará sempre presente para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados, para que estes possam aprender realmente, assimilando o apreendido com suas vivências reais, andando além do apenas decorar e praticar naquele momento de aula, mas entendendo o significado para a sua vida.
Assim, o Coletivo de Autores (1992) estabelecem princípios curriculares que norteiam a seleção de conteúdos, como: a relevância social do conteúdo, a contemporaneidade do conteúdo, a adequação às possibilidades sócio-cognitivas do aluno, a simultaneidade dos conteúdos enquanto dados da realidade e a provisoriedade do conhecimento. A importância do trato dos conteúdos verifica-se a partir de Libâneo (1994), pois compreende-se os conteúdos como um conjunto de conhecimentos e ações que refletirão na assimilação e aplicação pelos alunos no seu cotidiano e realidade, concretizando a real transformação da sociedade.
Dentro desta perspectiva, o Coletivo de Autores (1992) apresentam a Cultura Corporal e seus diferentes temas (o esporte, a ginástica, o jogo, as lutas, a dança e a mímica) é o que permeia as discussões no âmbito da área do conhecimento da EF nesta proposta Crítico Superadora. Há uma sistematização em ciclos, onde o 1º relaciona-se a aspectos da organização da identidade dos dados da realidade; o 2º trata da iniciação à sistematização do conhecimento; o 3º problematiza acerca da ampliação da sistematização do conhecimento; e o 4º onde há um aprofundamento da sistematização do conhecimento. A proposta da abordagem metodológica implica que este seja tratado de forma historicizada, de maneira a ser apreendido em seus movimentos contraditórios (BRACHT, 1999).
Compreende-se que a reflexão pedagógica atrelada a reflexão crítica possibilitam que o homem seja transformador da realidade e sociedade vigente, desde que a intervenção do educador permita essa reflexão político- pedagógica, pois
(...) não cabe a escola básica formar o historiador, o geógrafo, o matemático, o linguista, enfim, o cientista. Cabe-lhe formar o cidadão crítico e consciente da realidade social em que vive, para poder nela intervir na direção dos seus interesses de classe (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 36).
Assim, a Educação Física, enquanto disciplina, também buscará dentro desta proposta pedagógica compreender a magnitude do ensinar. Onde o conhecimento é construído visando a criação de possibilidades de produção crítica, a valorização e contextualização de fatos e do resgate histórico, possibilitando a real intervenção do indivíduo na sociedade.
4. Considerações finais
A partir da efetivação desse estudo apontamos fatores atrelados ao Marxismo, e consequentemente abordamos a bibliografia de Karl Marx, vinculamos estudiosos que o influenciaram, além do materialismo histórico dialético, assim como a teoria critico superadora. Nesta perspectiva, diante do pensar e estudar tais aspectos é possível relacionar a Educação e a Educação Física às concepções apontadas, na busca da melhor forma de construção do conhecimento.
Como estudiosos, educadores, almejamos um espaço formativo que seja capaz de possibilitar condições de transformação, para isso compreendemos que a relação professor aluno faz-se significativamente importante para a fluência de um processo de construção de saberes. Que a esfera social, em seus contextos históricos e político, embasa a possibilidade de uma educação transformadora que potencializa o aluno enquanto agente modificador de sua própria realidade.
Portanto, com leituras e reflexões acerca de livros e artigos relacionados à temática, é possível obter maior embasamento sobre a abordagem de diferentes autores, podendo, associar conhecimentos e contribuir com a prática de educadores e pesquisadores.
Referências
ALVES, R. D. Passos e descompassos da educação profissional: a experiência do turismo em Mato Grosso do Sul. 2003. 212f. Monografia – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2003.
ANDREY, A. A. et. al. Para compreender a ciência: uma perspectiva Histórica. Fontes, 1996.
BRACHT, V. A Constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Cadernos CEDES, ano XIX, nº 48, Agosto de 1999.
CHIZZOTTI, A. Pesquisas em Ciências humanas e sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
DARIDO, S. C. As principais tendências pedagógicas da Educação Física escolar a partir da década de 80. Revista Motricidade.
FRIGOTTO, G. Trabalho e conhecimento: dilemas na educação do trabalhador. São Paulo: Cortez, 1977.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GORENDER, J. Apresentação. In.: Marx, K. O capital. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
HABERMAS, J. Técnica e Ciência como Ideologia. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2006.
KOSIK, K. Dialética do concreto. Trad. Célia Neves e Alderico Toríbio, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
LIBÂNEO, J. C. Didática – São Paulo: Cortez, 1994 (coleção Magistério. Série formação do professor).
MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing. São Paulo: Atlas, 1993.
MORESI, E. (Org.). Metodologia de Pesquisa. Universidade Católica de Brasília, 2003.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados, 1991.
SEBAH. O socialismo marxista. Disponível em: http://wwwsebantropologiacom.blogspot.com.br/2008/02/sociologia-marxista.html. Acessado em: 14 maio 2013.
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