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Estagio supervisionado em Educação Física: um momento de 

aprendizado na construção do conhecimento do graduando

La pasantía supervisada en Educación Física: un momento de aprendizaje en la construcción del conocimiento del estudiante

 

*Graduanda/o em Licenciatura em Educação Física

pela Universidade Federal do Amapá, UNIFAP. Macapá, Amapá

**Especialista em Educação Física Escolar. Tutora Presencial

Universidade Aberta do Brasil, UAB. Macapá, Amapá

***Mestre em Educação Física. Universidade Federal de Pelotas, UFPEL

Pelotas, Rio Grande do Sul

(Brasil)

Renata Ribeiro Rabelo*

Daiane Nascimento Melo*

Marco Aurélio da Silva Gomes*

Francisco Marlon da Silva Gomes**

Marceli Pureza de Melo***

marlonmacapa@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O Estágio Supervisionado é um instrumento imprescindível, que proporciona ao aluno o contato com a realidade na qual o mesmo atuará. Caracteriza-se como um momento de análise e apreensão do contexto real, sendo um elemento fundamental para a formação profissional. É parte integrante do processo de formação inicial e constitui-se como o espaço, por excelência, da relação dialética entre a teoria e a prática. Esse trabalho foi elaborado com o objetivo de divulgação do estagio supervisionado em educação física. As intervenções no ensino infantil foram realizadas no ano de 2012 na Escola Jardim de Infância “O Pequeno Príncipe”, do 2º Período, o ensino fundamental foi realizado na Escola Estadual Roberto José Moraes de Castro, em duas turmas do 1º Ano e duas turmas do 4º Ano. Temos como proposta de aproximar cada vez mais o graduando e seu futuro espaço de trabalho oportunizando a utilização da práxis pedagógica no ambiente escolar. O referido trabalho é um estudo qualitativo e descritivo, com relatos registrados na execução e na observação das tarefas. Entendemos que o estágio é um grande instrumento nas mãos do educador, e dependendo da forma como é estruturado e direcionado pode ser uma estratégia de ensino para a formação do educando, além de nos proporcionar conhecimento e participação da realidade do futuro exercício de profissão escolhida.

          Unitermos: Estágio supervisionado. Ensino infantil. Ensino fundamental. Formação profissional.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 177, Febrero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O Estágio de Licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9394/96). O estágio é necessário à formação profissional a fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. Assim o estágio dá oportunidade de aliar a teoria à prática.

    O Estágio Supervisionado é um instrumento imprescindível, que proporciona ao aluno o contato com a realidade na qual o mesmo atuará. Caracteriza-se como um momento de análise e apreensão do contexto real, sendo um elemento fundamental para a formação profissional. É parte integrante do processo de formação inicial e constitui-se como o espaço, por excelência, da relação dialética entre a teoria e a prática.

    O estagio curricular é a etapa que precede a profissão futuro professor ou seja é possível entender a carreira docente e decidir sobre ela, aprendendo e ao mesmo tempo se descobrindo como futuro profissional.

    O estágio é concebido como um campo de treinamento, um espaço de aprendizagem do fazer concreto do Serviço social, onde, um leque de situações de atividades de aprendizagem profissional se manifesta para o estagiário, tendo vista a sua formação. O estágio é o lócus onde a identidade profissional do aluno é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, reflexiva e crítica e, por isso, deve ser planejado gradativamente e sistematicamente (BURIOLLA, 1999).

    O Estágio visa fortalecer a relação teoria e prática baseado no princípio metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conhecimentos adquiridos, quer na vida acadêmica quer na vida profissional e pessoal. Sendo assim, o estágio constitui-se em importante instrumento de conhecimento e de integração do aluno na realidade social, econômica e do trabalho em sua área profissional.

    Segundo Pimenta (1997, p. 21) o estágio Supervisionado é "as atividades que os alunos deverão realizar durante o seu curso de formação, junto ao futuro campo de trabalho". Como afirma Piconez (2000, p. 16) "os estágios são vinculados ao componente curricular Prática de Ensino cujo objetivo é o preparo do licenciamento para o exercício do magistério em determinada área de ensino ou disciplina de 1º e 2º graus".

    Como conhecem Rodrigues e Esteves (1999), o docente hoje não detém o privilégio exclusivo do saber e novos são os papéis que se quer que ele exerça.

    Nesse sentido, quando meditamos o conceito de alargamento profissional é necessário avaliar que a formação inicial tem tido problemas de satisfazer as necessidades impostas pelas demandas que a realidade apresenta, e diante disso a articulação entre a formação inicial, formação contínua, o aprendizado docente e as condições de trabalho do professor precisa ser considerada em frente ao desafio de melhorar a qualidade da formação docente.

Escolas campo do Estágio Supervisionado II

    O estágio foi realizado em duas instituições sendo uma municipal e uma estadual e foram realizados no ano de 2012. As intervenções no ensino infantil foram realizadas na Escola Jardim de Infância “O Pequeno Príncipe”, na turma F do 2º Período no turno da tarde, o ensino fundamental foi realizado na Escola Estadual Roberto José Moraes de Castro, em duas turmas do 1º Ano da manhã e duas turmas do 4º Ano no turno da tarde.

Histórico da Escola Roberto José Moraes de Castro

    A Escola Roberto José Moraes de Castro antigo Centro de Aprendizagem do Amapá – CENAP, está localizada na Rua Jovino Dinoá, nº 3087, no bairro do Beirol. Foi criada com a finalidade de atender especificamente alunos encaminhados pela FCRIA, em 28 de Março de 1993, através da portaria nº 032/93 – GAB/FCRIA, visando oferecer o Ensino Fundamental Regular e Educação de Jovens e Adultos, garantindo assim, naquela época, a escolaridade somente para crianças e adolescentes que estavam em situação de risco. A partir do ano de 1997 a escola foi aberta parcialmente as crianças e adolescentes da comunidade como forma de garantir a educação para todos de maneira qualitativa e igualitária.

    Atualmente a escola possui dez turmas de 1ª a 4ª série, matriculados no Ensino Fundamental Regular. No ano de 2008 a educação de jovens e adultos foi desmembrada da escola. A escola conta com os seguintes serviços Extra-Classes: TV Escola e Sala de Leitura, e ainda funcionários contratados através do Caixa Escolar que são: 02 merendeiras e 04 auxiliares de serviços gerais. Desde o ano de 2008, a direção da escola está sob a administração da professora Luz de Fátima Araújo da Silva.

Histórico da Escola Jardim de Infância “O Pequeno Príncipe”

    O Jardim de Infância “O Pequeno Príncipe” iniciou suas atividades em 20 de setembro de 1972, porém foi inaugurado somente em 12 de outubro do mesmo ano, com classes formadas por crianças de 4 a 6 anos, cursando 1º, 2º e 3º período.

    A escola Jardim de Infância “O Pequeno Príncipe” está localizada na Av. Presidente Vargas nº 651 Centro, funcionando no 1º e 2º turno. Atualmente está sob a direção de Adilson Mendes da Silva, como Secretaria Administrativa a senhora Marlete Ferreira da Silva, Secretário Escolar o senhor Rhuam Rosselly Monteiro Marinho, conta com os Coordenadores Pedagógicos Kátia Cilene Marques e Marques Amorim, Alcijone Rangel Lima Almeida, Núbia Caroline Castro Pastana e Rosa Maria dos Santos Souza. Conta com vinte e um professores em seu corpo docente (oito estaduais e treze municipais) e dezessete funcionários no pessoal de apoio.

    O atendimento a comunidade está dividido em quatro turmas de 1º Período, com cento e quatorze alunos, seis turmas no 2º Período, com cento e noventa e dois alunos, sendo dez turmas, trezentos e seis alunos da Educação Infantil. Possuem ainda seis turmas de 1º Ano, com cento e noventa e dois alunos de Ensino fundamental, totalizando quatrocentos e quarenta e oito alunos atendidos pela instituição. Atualmente, além da Educação Infantil a instituição colabora com quatro turmas do Ensino Fundamental da Escola Rondônia.

Projeto “Convivendo em Família”

    Nos dias 28 de abril e 09 de maio de 2012, foi realizado o projeto “Convivendo em Família” que teve como objetivo unir a família na escola, surgindo um cenário marcado por relações sociais mais fortes e por uma solidariedade vinculante para o qual a preocupação com o outro foi constitutiva.

    Mesmo com poucos presentes na escola, família e alunos fizeram uma caminhada pelo bairro, convidando a população a ir à escola, ressaltando o alongamento coletivo que foi feito antes de se iniciar a caminhada, jogos esportivos, jogos de mesa, brincadeiras, cinema, atividades recreativas foram os elementos chave para a participação da comunidade, funcionários, pais e alunos inerente as relações interpessoais.

    Esse projeto foi uma parceria feita com o Serviço Social do Comércio do Amapá – SESC/AP, que desempenhou um papel muito importante na escola, procuraram fazer a integração do que estava fragmentada, pois com a inclusão feita resulta numa solidariedade mútua e construtiva essencial para todos os cidadãos.

    A programação do projeto no dia 09 de maio foi sobre os dias das mães. A escola estava com uma parceria com vários órgãos que estavam beneficiando a comunidade com, corte de cabelo, verificação da pressão, emitindo carteiras de identidade, além de jogos e esportes variados para as crianças, brindes e sorteios de prêmios e cesta básica para os pais e toda a comunidade que participou do evento.

Relatório das aulas de Educação Física no ano de 2012, na Escola Jardim de Infância “O Pequeno Príncipe”.

Desenvolvimento das atividades

    No dia 10 de outubro, o estágio de observação teve início na turma F, no período vespertino. A professora a qual acompanhamos as aulas chama-se Eliane, no qual foi bastante receptiva. A escola não possui ambiente apropriado para as aulas, então reunimos a turma no salão que fica perto da área da cozinha.

    As atividades propostas tiveram o intuito de conhecer os alunos. A maioria deles nos mostrou ser bastante indisciplinados, e com bastante energia, a maioria participou das atividades por ser uma atração diferente para todos, porém são muito distraídos não ficando na atividade por muito tempo. A dificuldade em se manter concentrados é freqüente formando uma cadeia, um desconcentra e chama atenção do outro e assim sucessivamente.

    Relato do dia 16 de abril. Nos dia de segunda-feira os alunos vão para a TV escola, logo nosso plano de aula foi voltado para Interesses Culturais do Lazer, usando filme, porém ocorreu um imprevisto com uma professora de outra turma que teve prioridade em usar a sala da TV escola e tivemos que improvisar as atividades para as crianças, que ficaram primeiramente numa área perto da sala de aula, onde o chão era de terra batida com muitos galhos de arvores, folhas secas e frutos estragados que tiravam a atenção dos alunos, se sujando rapidamente, contudo a área é maior para comportar a turma, mas ficaram com sede muito rápido, e no segundo momento passamos para o salão existente perto da área do refeitório, como era menor, ficaram menos dispersos, porem alguns interrompiam as atividades. O desafio de improvisar nos instiga os conhecimentos e criatividades mais intrínsecos da nossa identidade pessoal e cultural aprendida nas aulas por esses longos semestres.

    No dia 17 de abril, este dia tínhamos nos planejado para desenvolver com as crianças atividades voltadas para os Aspectos Afetivos e Sociais, mas infelizmente ocorreu um imprevisto com a professora Eliane e as crianças logo quando chegaram à escola foram avisadas que neste dia não haveria aula. Ainda aguardamos elas chegarem para avisarmos e após as outras turmas começarem a aula, fomos dispensadas pela orientação da escola.

    No dia 23 de abril, a professora nos avisou que iríamos para a sala da TV Escola, na aula de hoje e de amanhã. A escola possui uma área ampla com parquinho, porém esta interditada para a reforma e restringindo nossa área de contato para as aulas, se a área estivesse disponível, não seria necessário que as crianças fossem tantas vezes para a sala da TV Escola, seria mais produtivo para elas que pudessem vivenciar atividades no parquinho. Nesse dia muitos alunos faltaram e com o numero reduzido de alunos foi mais maleável a aula.

    Nessa turma os poucos indisciplinados manipulam os demais a fazerem o que eles julgam conveniente, entre os alunos existe um que é especial, muita falta de concentração é o que o caracteriza, saindo das aulas, chamando os outros alunos, atrapalhando a aula, contudo é o mais carinhoso.

    No dia 24 de abril, a aula foi feita por com recursos de áudio- visual na sala da TV escola, onde os alunos assistiram ao filme “Deu a louca na Branca de Neve”. O espaço era do tamanho de uma sala de aula normal, sem cadeiras apenas com espaço onde os alunos colocavam suas toalhas para assistir.

    A maioria se comportou, e prestou atenção, porem sempre existe aqueles que não conseguem ficar quietos, chamando a atenção e conversando e tirando a concentração dos demais. No modo geral, a aula foi pacifica e proveitosa.

    Na aula do dia 17 de abril, com o tema ginástica, criamos condições para satisfazer as necessidades básicas das crianças, com instrumentos como: bambolês e bolas que os deixaram ainda mais agitados para usufruir dos recursos levados.

    Correr, pular, saltar e lançar, foram as habilidades mais usadas, uns ficaram inicialmente com remorso de fazer a atividade proposta, alegando ter medo e não saber, mas quando viram os coleguinhas fazendo, perderam o medo e fizeram o mesmo, alguns mostraram dificuldades com a lateralidade, coisa que foi corrigida na hora.

    As crianças são constantemente ativas, algumas egocêntricas, querendo que apenas ela jogue. O espaço é aberto, logo proporciona o dispersamente de muitos, e ainda possui alunos de outras turmas que saem da aula e vão para as nossas atividades e esses são os que mais atrapalham a aula, pois tem a liberdade de fazer o que querem na escola.

    Respeitamos a espontaneidade da criança e o seu jeito, a exemplo de um único aluno que não brincar em grupo, gosta de ficar isolado, apesar dos esforços para sua socialização, apenas algumas vezes tivemos êxito.

    No dia 05 de maio, acompanhamos as crianças no desenvolvimento das atividades em sala de aula, a professora propôs que eles fizessem um cartão para que eles pudessem presentear as mães. Ao término desta atividade levamos as crianças para o lanche e após o intervalo, fomos para a sala de vídeo. A exibição de filme para eles sempre foi bem recebida, eles adoravam ir para outro ambiente fora da sala de aula convencional. Estávamos trazendo filmes e desenhos da Disney, neste dia foi do Pato Donald e Mickey. Apesar de mostrarem muito interesse no filme, a turma no geral era muito agitada, alguns faltavam nas aulas anteriores e quando retornavam ficavam dispersos e faziam de tudo para chamar a atenção dos outros colegas, mas apesar dos imprevistos o filme foi exibido até o final e após o término, retornamos para a sala de aula, ajudamos as crianças a guardarem o material e logo após já era o horário de saída.

    No dia 11 de maio, a professora Eliane pediu para nos ficássemos com a turma, pois ela teria que sair, com o conhecimento do coordenador pedagógico, ficamos ministrando a aula. Iniciamos com alongamento, depois atividades com bambolês, saltar de um a um bambolê que estava no chão, quando chegava ao ultimo, tinha que arremessar a bola em um bambolê que se encontrava pendurado na arvore, descobrindo-se assim que alguns não possui muitas habilidades em arremessar e acertar o alvo.

    O resto do tempo foi livre para as crianças se movimentarem como quisessem com balões, bolas e bambolês, revezando os recursos entre si de maneira harmoniosa e amigável.

    No dia 14 de maio, neste dia tínhamos como proposta de desenvolver atividades voltadas para os aspectos afetivos e sociais com as crianças. Logo no inicio da tarde, elas fizeram atividades de pintura, colagem e recortaram desenhos que formariam o corpo de um boneco. A professora quis que cada um reconhecesse que as mesmas partes da figura também eram as do seu corpo. Foi interessante perceber que durante a atividade alguns conseguiam principalmente colorir os desenhos com bastante habilidade, enquanto outras crianças tinham dificuldades para segurar o lápis de cor.

    Nós ajudamos as crianças a recortarem as partes do bonequinho para que depois elas as colassem em um papel cartão, que estava identificado com o nome de cada criança. Ao término desta atividade, acompanhamos as crianças até o refeitório, cada turma tinha um horário para o lanche e não podíamos nos atrasar para não atrasar as demais turmas. Um grande problema do horário do lanche era que o refeitório ficava ao lado do pátio onde outras crianças ficavam correndo e brincando antes de retornarem a sala de aula. Isso tirava a atenção das crianças, fazendo com que muitas vezes elas não quisessem lanchar, dizendo que não estavam com fome, pois queriam logo ir brincar.

    Após o lanche, levamos as crianças para a área lateral da escola e lá desenvolvíamos as atividades, que neste dia foram voltadas com o intuito de colaboração, umas crianças precisavam da outra para brincar, o foi bem divertido para turma.

    No dia 15 de maio, hoje foi o nosso último dia de estágio na escola, tínhamos combinado de falar para as crianças, mas a professora Eliane achou melhor que não falássemos nada, pois as crianças não iriam gostar, já estavam acostumadas com a nossa presença, esperavam ansiosos pelos dias em que nos participavam das aulas com eles e por isso com certeza sentiriam muito nossa falta.

    A turma F iria para a sala de vídeo. Ainda na sala de aula, todos pegaram a sua toalha para levarem, nos organizamos em fila e fomos para a sala de vídeo. Neste dia foram exibidos desenhos animados da Disney, Tico e Teco. A turma adorou o desenho, estavam até mais concentrados durante a exibição, praticamente ficou cada um sentadinho em seu lugar, o tempo passou tão rápido que quando fomos avisados que já era o horário para encerrar, eles nem queriam ir embora. Levamos todos de volta para a sala de aula, organizaram o material e em seguida os responsáveis já estavam lá para buscá-los.

Relatório das aulas de Educação Física na Escola Estadual Roberto José Moraes de Castro

    Nesta escola começamos o nosso estágio em 18 de abril, na turma 1B, a escola não possui uma estrutura para as aulas praticas de educação física, possui uma área sem cobertura, a turma 1B trabalhamos inicialmente com intuito de conhecê-los para poder explorar o conhecimento inerente a eles. Jogos de cooperação, atividades em grupo eles mostraram dificuldades, modificamos a brincadeira e chegamos perto do que seria ideal.

    A maioria deles mostrou-se bastante entusiasmado com a aula, e não sentimos dificuldade em dominar a turma.

    No dia 18 de abril na turma 1 C da manhã, o plano de aula foi o mesmo desenvolvido na turma 1B com algumas pequenas alterações, tivemos um incidente com uma aluna que caiu e se machucou. A turma mostrou-se mais comportada que a primeira, animação e criatividade não faltaram.

    No dia 20 de abril na turma 421 da tarde, essa turma entre outras se destacou pela disciplina e obediência, sendo julgado assim de maneira positiva todos os aspectos da aula, pois além de se desenvolver as brincadeiras, os alunos ainda sugeriam e modificavam as brincadeiras iniciais, tornando a aula construtiva.

    No dia 20 de abril na turma 422 da tarde, a turma 422 a professora nos informou que a turma não poderia participar pois estavam de “castigo” por uma indisciplina, processo pelo qual não concordamos pois excluí-los da aula de recreação, educação física é absurda, não podem proibir de fazer tal aula por castigo.

    No dia 25 de abril na turma 1 B da manhã, a aula começou com aquecimento e umas brincadeiras sem materiais, em um todo a turma é esperta, assimila rápido os conteúdos, prevalecendo todas as explicações, uma ótima turma.

    Na turma 1 C da manhã, no dia 25 de abril, apresentou dificuldades comparado com a turma 1B, mas com insistência as dificuldades foram sanadas, e o saldo foi positivo chegando ao alvo previsto que era atingir o afetivo-motor de cada uma das crianças.

    No dia 27 de abril nas turmas 421 e 422 da tarde, quando chegamos à escola tivemos que esperar as professoras terminarem de aplicar a prova e os alunos lancharem para então podermos iniciar as aulas, que teve como proposta: o esporte.

    Desfrutando da pluralidade da manifestação da cultura corporal, unimos meninos e meninas para jogarem futebol percebendo que os recursos usados foram valiosos para a integração entre os gêneros, porem foi interrompido pela coordenadora com o pedido de liberação dos alunos, pois precisavam da escola vazia para organizar e ornamentar a escola para a confraternização de um projeto que ocorreria no dia seguinte.

    Na Turma 1B da manhã, no dia 02 de maio, com a temática de jogos cooperativos, o alongamento e aquecimento indispensável foram feitos.

    Uma bola e bambolê foram os recursos necessários para auxiliar na aula, a turma mostrou resultados positivos quando treinavam sós, quando formava equipe o individualismo surgia, mostrando então que a parte cooperativa não foi entendida como deveria.

    Na Turma 2B, no dia 02 de maio, também utilizamos os jogos cooperativos e os mesmos recursos, a diferença de turma foi gigantesca, totalmente contraria, pois essa turma mostrou não gostar de individualismo, preferiram participar em equipes tendo mesmo assim uma pitada de egoísmo. Preferem está em constante movimento, o dinamismo que os caracteriza fez com que um dos colegas empurrar o outro o que resultou em choro e o fim da aula.

    As turmas 421 da tarde, no dia 04 de maio não tiveram aula, a professora estava doente e a turma foi dispensada logo no inicio da semana.

    No dia 04 de maio na turma 422 da tarde, quando chegamos à escola a orientadora pedagógica, professora Mara nos informou que iríamos ficar apenas com a turma 422, pois essa semana a professora da 421 não está podendo dar aula e por isso os alunos não estavam na escola.

    Quando deu o horário para irmos para a aula, esperamos que as outras turmas entrassem nas salas, pois tinham muitos alunos dispersos pela escola. Assim que entramos na sala da turma 422, a professora falou para eles nos obedecessem e se comportassem durante a aula, organizou todos em fila e fomos para a área onde eram desenvolvidas as atividades. A nossa proposta para essa aula era desenvolver atividades baseadas na temática de jogos. Iniciamos com a atividade “bandeirinha” (atividade que se divide em 2 equipes, onde ambas tem o objetivo de pegar a bandeira da equipe adversária, que pegar primeiro sem deixar ser pego, ganhará o jogo) dividimos a turma em dois grupos, equilibrados em meninos e meninas, na primeira tentativa vimos logo que teríamos dificuldades.

    Eles não respeitaram as regras do jogo, saiam da área da atividade e principalmente agiram com muita agressividade com os colegas do grupo contrário.

    Paramos a atividade, explicamos novamente e a professora avisou que se eles continuassem se comportando dessa maneira, eles voltariam para a sala de aula. Resolvemos iniciar outra atividade onde não houvesse tanto contato, iniciamos o “jogo dos números” (divide em 2 equipe enumerando os alunos de igual, posicionam-se em 2 fileira uma de frente para outra e ao sinal do professor quando solicitado o número, este correrá e pegará o objeto posto entre as fileiras, quem pegar primeiro vencerá o jogo), permaneceram os mesmos grupos, cada um bem longe um do outro.

    Quando começamos a chamar um número e de cada equipe saía um para pegar a fita de TNT que estávamos segurando bem ao centro da quadra. O problema foi que ao invés de pegar a fita, eles se empurravam, chutavam etc. Até que um momento dois alunos deu de encontro um com o outro e caíram violentamente um para cada lado. Nesse momento a professora parou a atividade e falou que todos deveriam voltar para a sala de aula, ou seja, praticamente não teve aula.

    No dia 09 de maio a turma 1 B e 1C, com uma parceria com o SESC/AP a aula com a turma1B era para ter sido realizada na sala de aula, porem a professora não permitiu pois ainda tinha alunos fazendo atividade proposta, sendo assim nos deslocamos para a quadra.

    Foram desenvolvidas atividades com o intuito de iniciação para o voleibol, onde desenvolvemos atividades bem lúdicas usando a lateralidade, motricidade e a coordenação na aula como componentes do desenvolvimento psicomotor, foram observados que, na maioria deles os movimentos não eram precisos, utilizando a coordenação manual (movimentos com ambas as mãos) e exercício que solicitem movimentos com as mãos direita e esquerda para identificar a lateralidade dominante, que foi percebida em geral pelo lado direito.

    No dia 10 de maio, desenvolvemos atividades voltadas para esporte, como eles são das turmas do 4º ano, preferiam atividades desse tipo, principalmente futebol, o interessante foi que as meninas também participavam nos mesmos times que os meninos, mesmo assim algumas preferiam jogar queimada onde alguns meninos que não jogavam e nem gostavam de futebol também jogavam.

    No dia 16 de maio, a professora sugeriu que as duas turmas fossem unidas para esta aula, os alunos estavam ansiosos para o inicio da aula, como a professora já havia falado que seria “bola” eles ficavam muito animados. Teve uma partida de futebol em duplas, jogaram basquete, pois foi improvisada uma cesta com um arco fixado na trave de futebol, foram diversas variações entre futebol e basquete. Os alunos se mostraram bastante interessados com as partidas de basquete pois muitos deles nunca tinham jogado alguma atividade parecida com o mesmo. No geral a aula foi muito produtiva, eles foram bem participativos e souberam respeitar os colegas adversários durante as partidas.

Considerações finais

    No estágio supervisionado devemos elaborar novas experiências, enfrentando desafios e descobrir a realidade do que é ser um professor e de como lidar com situações diversas no âmbito da materialidade profissional.

    Segundo Rabelo (2011, p.3) observamos que:

    O estágio também é um momento intrínseco de reconhecimento do nosso perfil profissional, e um grande momento de autoconhecimento perante a futura profissão, onde colocamos também em prática nossos valores morais e éticos, nossa personalidade e nossos sentimentos.

    Sendo então o estágio é essencial para que o acadêmico passe a conhecer e descobrir o campo de trabalho desse futuro profissional.

    O estágio curricular difere do estágio profissional, e não deve ser confundido. (PIMENTA, 2004 p.24) nos mostra abaixa, conceituando as formulações:

    O estágio curricular, cuja finalidade é integrar o processo de formação do aluno, futuro profissional, de modo a considerar o campo de atuação como objeto de análise, de investigação e de interpretação crítica, a partir dos nexos com as disciplinas do curso. O estágio curricular é campo de conhecimento, portanto volta-se a uma visão ampla deste. O estágio profissional, por sua vez, tem por objetivo inserir os alunos no campo de trabalho, configurando uma porta de entrada e este, portanto volta-se à especialização e treinamento nas rotinas de determinado segmento do mercado de trabalho.

    A regência em sala de aula nos proporcionou vivenciar as dificuldades e as inúmeras possibilidades encontradas no âmbito escolar, aprendendo gradativamente a cada aula ministrada um pouco da realidade de nossa profissão. Percebemos que nunca podemos ir com um plano de aula único, sempre temos que ir com atividades e planos de aulas alternativos, pois podemos enfrentar dificuldades na realização das aulas e até mesmo resistência de certos alunos a determinadas atividades.

    As aulas foram sendo repensadas e melhor elaboradas a cada dia, pois com a socialização de ambos (alunos e estagiários) detectamos os gostos e as dificuldades inerentes a realidade das escolas e principalmente dos alunos.

    Contudo tivemos uma boa explanação dos conteúdos desenvolvidos, pois sanávamos as possíveis rupturas com pesquisas e orientações de professores.

    Finalizando que, cada aluno é único respeitando sua espontaneidade, inserimos nas aulas momentos e condições para seu reconhecimento pessoal, física, psíquica e emocional, visando o aprendizado dos mesmos, através das atividades lúdicas, jogos, esporte, ginásticas, atividades rítmicas e expressivas e outros, para tornar as aulas de Educação Física mais interessantes e desafiadoras, com o intuito de atrai os alunos a realizarem as práticas propostas.

    Apesar de algumas contingências, entendemos que o estágio é um grande instrumento nas mãos do educador, e dependendo da forma como é estruturado e direcionado pode ser uma estratégia de ensino fundamental para a formação do educando, além de nos proporcionar conhecimento e participação da realidade do futuro exercício de profissão escolhida. Tendo um novo olhar sobre a área escolar, depois da prática.

Referências bibliográficas

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