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Exploração das funções auditivas dos sons das
onomatopéias utilizados na língua portuguesa falada no Brasil

Exploración de las funciones auditivas de los sonidos de las onomatopeyas utilizadas en la lengua portuguesa hablada en Brasil

 

Fonoaudiólogo. Especialista em Motricidade Orofacial pelo Conselho Federal

de Fonoaudiologia. MBA, Gestão em Saúde Auditoria e Acreditação pela Universidade

Federal de Juiz de Fora. Doutorando em Ciências Biomédicas. Instituto Universitário

de Rosário, Argentina. Coordenador Curso Aprimoramento em Linguagem e Dislexia, JF

Responsável pelo Ambulatório de Fonoaudiologia de Dores do Turvo, MG

Responsável pelo serviço de Fonoaudiologia do Centro de Referência em Saúde

do Trabalhador, Ubá. Laboratório de Pesquisa em Voz e Disfagia-HSVP

Adriano Avelino Ribeiro*

Dirlene de Oliveira Ribeiro

adrianofonomo2@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do artigo é selecionar a maioria das onomatopéia existente na língua portuguesa falada no Brasil, com essa intensão pode ser observado que na terapia da fala há muito a ser explorado ao trabalhar com a crinça em seu desenvolvimento a fala e a linguagem.

          Unitermos: Funções auditivas. Sons. Onomatopéias. Língua portuguesa. Brasil.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Onomatopeia é uma figura de linguagem que reproduz os sons do meio ambiente através dos fonemas ou palavras. Podemos presenciar essa figura de linguagem através de ruídos, gritos, sons da natureza, canto de animais, barulho de motores entre diversos sons. O timbre da voz faz parte do universos das onomatopéias. Através delas pode se exemplificar os sons toc, toc, som do bater na porta; Bang, sonorização de um tiro; au, au, latido do cachorro.

    Essa figura de linguagem é encontrada geralmente em historinhas de quadrinhos ou teatros, na fala, é importante para a criança aprender a distinguir os sons, processar a informação, discriminar e associar o som à imagem ou situação apresentada.

    No meio Científico acadêmico e intelectual está aumentando a mentalidade para um crescente interesse das ciências sociais e da saúde pela função da voz como, por exemplo, os estudos da Fonoaudiologia, tais estudos começam a ser notado significativamente na área da leitura, canto e expressividade. Com o trabalho das onomatopéias podemos gerar sensações mover sentimentos gerar estímulos auditivos, coisas que apenas se conhecia pela leitura e que se transformara em pensamentos, hoje graças à interpretação da língua falada e expressa com qualidade seja na música ou no teatro podemos sentir as vibrações e emoções pelas vias auditivas estimuladas pela figura de linguagem onomatopaica.

    Zumthor (1993, p. 160) acentua a plenitude da função da voz e explora os meios corporais e físicos da comunicação, imprime mais força à sua estrutura modal, que dá ênfase à vocalidade e ao ritmo.

    Segue abaixo a lista de algumas onomatopéias que foram encontradas nessa pesquisa:

  • Toc , Toc – Bater da porta

  • Hmm - pensamento

  • Ha Ha Ha!– risada

  • Atchim! - espirro

  • Au! – latido

  • Bang! – tiro

  • Buáá! – choro

  • Clap! – palmas

  • Cof, Cof – Tosse

  • Grrr! – grunhido

  • Miau! – miado

  • Nhec – rangido

  • Oops! – espanto; medo; surpresa

  • Tic-tac! – relógio

  • Toclof! – passos com botina

  • Splash – mergulho

  • Zzz! – zumbido ou alguém dormindo

  • Quack! – pato

  • Blin Blong! – campainha

  • Muuu – mugir do boi ou da vaca

  • Arghn! / Urgh! – som de nojo ou repulsa.

  • crash! - batida

  • Au Au! - Cão latindo

  • Cócóricó - Galo cantando

  • Bii Bii – Buzina

  • Smack – beijo

  • Cri Cri Cri ! – grilar do grilo

  • Có coró cóóó – cantar ou cocorocó do galo.

  • Crrrr – Rangido

  • Ding Dong! – som da campainha de dois tempos ou dos relógios

  • Glu gluuu gluuu ! – gorgoletar do peru

  • Grrr! – Grunhido ameaçador

  • Gri gri gri ! – fratenir da andorinha, do grilo e da cigarra

  • Miau! – miado

  • Hiin in in – Relincho do cavalo

  • Mééé – balido da ovelha

  • Muuu – mugir(boi, vaca, etc)

  • Nhéque – rangido

  • Oops! – espanto; medo; surpresa

  • Pás! – imitação de pancada seca, ou forte na madeira

  • Pi Piii ! – Buzina

  • Plim plão – badalar do relógio de pêndulo

  • Plim plim – Som das moedas a bater umas nas outras

  • Pumba – imitação de pancada com estrondo, repetindo é dar pancada/porrada

  • Pam! – tiro seco

  • Pum! – tiro estrondoso, peido (dar um pum!)

  • Quá Quá quá ! – grasnar do pato

  • RaTimBum - rufar de tambores

  • Ronrom - ronronar do gato

  • Rrrrr - Rosnar dos canídeos

  • Ssssss - sibilar da cobra e de alguns insetos

  • Shhhhh! – Pedido silencioso para se fazer silêncio

  • Shiu! / Chiú! – Pedido imperativo para se fazer Silêncio

  • Splash – mergulho

  • Gobt Gobt! - Som do gole ao tomar líquido

  • Tique-taque! – relógio

  • Toque – imitação de pancada seca na madeira

  • Trim triim ! – som da campainha da Porta ou dos telefones analógicos antigos

  • Trriim ! – telefones analógicos antigos, das campainhas

  • Ui ! - grito breve de dor quando alguém é picado

  • Ui ui ! - Diz-se a uma pessoa bonita quando passa

  • Veee /Vvvv - lufar do vento

  • Zumba – imitação de pancada com zumbido

  • Aff's- Tedio, Raiva..

  • Burp! –arroto

  • Chomp - mastigar ou comer

Conclusão

    Um pressuposto interdisciplinar básico neste processo situa-se no acreditarmos que, nenhum modo de conhecer, de saber, é tão somente racional, pois conhecer e saber acabam por ser, isso sim, espécies de ininterruptos diálogos com outras formas de perceber a vida e a complexidade de seus movimentos (Beauclair, 2012).

    Os resultados dependem da idade da criança e podem ser trabalhados em pré-escola ou com crianças com dificuldades na fala, seja no consultório por pedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta Psicólogo e áreas afins, sempre é importante trabalhar os sons do meio ambiente. Seu paciente precisa adquirir fala e para isso necessitam de amor, carinho e cuidado. Trabalhe de forma interdisciplinar coesa e precisa.

Referencias

  • Alcoforado, Doralice Fernandes Xavier. Ecos e ressonâncias: a onomatopéia na literatura oral. Sapientia, 1996.

  • Lima, Fabio Fernandes de. Onomatopéia: Som para ver. Disponível em http://www.vinetas-sueltas.com.ar/congreso/pdf/HistorietaLenguajeyRepresentacion/fernandesdelima.pdf. Acesso em: 08 de abril de 2012.

  • Onomatopéia , a escrita do som. Disponível em: http://meganakas.blogspot.com.br/2011/04/o-que-e-onomatopeia.html. Acesso em 5 de abril de 2012.

  • Rosa, Maria Fernanda Vieira. O sentido da Poesia na Educação Infantil: A função social e algumas possibilidades pedagógicas. Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Departamento de Educação, Campus I, Curso de pedagogia. Salvador, 2009.

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