efdeportes.com

A formação do treinador de futebol e sua relação 

com os resultados no campeonato brasileiro de 2008

La formación del entrenador de fútbol y su relación con los resultados en el campeonato brasileño de 2008

 

*Universidade Nove de Julho

**Universidade Paulista

(Brasil)

Erick Miguel de Oliveira*

erick09tnv@yahoo.com.br

Anderson Caetano Paulo* **

andersoncaetano@gmail.com

 

 

 

Resumo

          O objetivo desse estudo foi verificar se a formação dos treinadores de futebol interferiu nos indicativos de rendimento aproveitamento, porcentagem de vitórias, empates e derrotas no campeonato brasileiro de 2008. Houve 28 treinadores para os 20 clubes durante a competição. Eles foram classificados em três categorias: Grupo A - Formação superior em cursos de Educação Física ou Esporte (n = 7) Grupo B - Formação Técnica (n = 7) e Grupo C - Sem Formação Específica (n = 14). Assim os principais achados desse estudo foram que os treinadores que não possuem formação específica (grupo C) tiveram piores resultados que os treinadores que tem formação técnica em futebol (Grupo B). E o grupo com curso superior em Educação Física (Grupo A) não se diferenciou dos grupos B e C nos indicativos de rendimento, porém o grupo A participou de um maior número de jogos que o grupo C. Portanto esses dados revelam a importância de uma formação teórica para os treinadores de futebol.

          Unitermos: Futebol. Formação do treinador. Resultados

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 143 - Abril de 2010

1 / 1

Introdução

    O futebol é um dos esportes mais praticados do mundo (Tomas, et. al, 2005) e o mais popular do Brasil. O número de torcedores que assistem o futebol nos Jogos Olímpicos supera a soma dos torcedores de outras modalidades esportivas. O futebol é uma espécie de cultura particular que norteia os brasileiros, é “uma paixão nacional”, “um estilo de vida” e os grandes clubes de futebol são produtos que mobilizam grandes fontes de renda. Além disso, a IFFHS considerou o Campeonato Brasileiro como o 4º mais disputado campeonato nacional do mundo (IFFHS, sd). Diante dessa popularidade e importância econômica, existe um cargo importante em cada clube denominado de técnico, professor ou treinador.


    O treinador de futebol é auxiliado por uma comissão técnica, formada por uma equipe multiprofissional de professores de educação física, nutricionistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, assessores de imprensa, entre outros. Normalmente, ele é o responsável por toda a programação a ser desenvolvida pela equipe e assim ele deve ter competências e habilidades para exercer essas múltiplas funções para conduzir adequadamente seu trabalho técnico-tático com a equipe (Marturelli e Oliveira, 2005).

    Neste processo, as funções de um treinador exigem tanto um conhecimento amplo da modalidade bem como a necessidade de uma boa comunicação entre os outros profissionais da comissão técnica (Maturelli, 2002; Marturelli e Oliveira, 2005). No entanto, Leal (2000) aponta que o fato de muitos treinadores serem apenas ex-jogadores, que, ao encerrarem a carreira, mantêm vínculos com os clubes sem uma formação de ensino superior poderia atrapalhar esse trabalho. Costa e Samulski (2006) entrevistaram 20 treinadores do campeonato brasileiro da série de 2005 e apenas 45% possuíam graduação em educação física.

    Esse resultado tem relação com o contexto histórico do futebol brasileiro. Leal (2000) aponta que foi a partir do Decreto-Lei 3.199 de 1941 que se reconheceu a presença de um profissional qualificado para trabalhar como treinador o indivíduo formado pela Escola de Educação Física e Desporto da Universidade do Rio de Janeiro. Já 35 anos depois a Lei 6354 de 1976 diz no artigo 27 “Todo ex-atleta profissional de futebol que tenha exercido a profissão durante 3 (três) anos consecutivos ou 5 (cinco) anos alternados, será considerado, para efeito de trabalho, monitor de futebol” (Brasil, 1976). No entanto, a regulamentação da ocupação de treinador profissional de futebol onde se estabeleceu as mesmas legislações do trabalho e da previdência social foi regulamentada pela Lei 8650 de 1993 que diz no seu artigo 3:

    “O exercício da profissão de Treinador Profissional de Futebol ficará assegurado preferencialmente:

I - aos portadores de diploma expedido por Escolas de Educação Física ou entidades análogas, reconhecidas na forma da lei;

II - aos profissionais que, até a data do início da vigência desta Lei, hajam, comprovadamente, exercido cargos ou funções de treinador de futebol por prazo não inferior a seis meses, como empregado ou autônomo, em clubes ou associações filiadas às Ligas ou Federações, em todo o território nacional.”

    Atualmente a LEI Nº 9.696, DE 1º DE SETEMBRO DE 1998 que regulamenta a profissão de Educação física diz no Art. 3º:

    “Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto” (Brasil, 1998).

    Benites, Barbieri e Souza Neto (2007) fizeram uma revisão sobre essa evolução histórica do treinador profissional de futebol e percebe-se que está bem alicerçada e permite que todo um contexto de reprodução seja “passado adiante”.

    No entanto para Marques (2001), quem quer ter sucesso como treinador no desporto de alto rendimento tem que ser dono de um conjunto vasto de recursos em conhecimentos e competências, uma vez que somente intuição e inspiração não se obtém resultados. E neste recente processo advindos da escola de ex-jogadores sem formação e/ou recentes de cursos superiores de Educação Física ou Esporte leva a crer que a formação de profissionais qualificados para atuarem neste setor, mais especificamente a de treinadores de futebol, ainda é deficiente.

    Com a criação do conselho da classe em 1998, para atuar na área como treinador de qualquer modalidade esportiva, o treinador deve passar por uma qualificação para adquirir o registro no conselho e atuar na profissão. Isso tem o intuito de melhorar a qualidade do trabalho nesse segmento de mercado. Neste quesito, muitos treinadores de futebol não possuem uma formação específica, que preencha os requisitos mínimos de um profissional competente, resultando em trabalhos repetitivos e adestrados que foram construídos através dos anos por profissionais que obtiveram sucessos clubes de futebol do passado.

    Já foram realizados muitos estudos no âmbito da psicologia e nos aspectos técnicos, táticos e físicos no futebol (Costa, 2003; Papanikolaou, Patsiaouras & Keramidas, 2005; Simões, Rodrigues & Carvalho, 1998; Costa, 2003; Costa, Samulski & Marques, 2006). Muitos autores discutem a importância da formação do treinador de futebol para atuação profissional (Leal, 2000, Benites, Barbieri & Souza Neto, 2007; Santos, 1981). Mas não foram encontrados estudos que relacionassem a formação profissional com os resultados em jogos durante uma temporada.

    Seguindo esse contexto este estudo identificou se os indicativos de rendimento aproveitamento, porcentagem de vitórias, empates e derrotas da equipe teve relação com o tipo de formação dos treinadores de futebol da 1º divisão do campeonato brasileiro de 2008.

Materiais e métodos

Amostra

    A amostra desse estudo constou com a análise dos 28 treinadores que aturam na 1º divisão do campeonato brasileiro de 2008. Os treinadores apresentam uma idade de 50,6 ± 8,2 anos e um tempo de atuação profissional de 15,2 ± 8,1 anos.

Formação profissional dos treinadores de futebol

    Através dos dados fornecidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) identificou-se a formação dos 28 treinadores. A formação profissional foi classificada em três categorias: A) Formação Superior em cursos de Educação Física ou Esporte; B) Formação Técnica; C) Sem Formação Específica.

    O grupo A corresponde aqueles que possuem a formação acadêmica específica, ou seja, curso superior na área da Educação Física (licenciatura e bacharelado) ou do Esporte, que são oferecidos pelas universidades credenciadas pelo Ministério da Educação, e tem um período mínimo de três anos de duração.

    O grupo B é correspondente aqueles treinadores que possuem cursos técnicos ou de extensão na área especifica de futebol ou treinamento desportivo. Esses cursos são oferecidos pela Confederação Brasileira de Futebol, Federações Estaduais e pelas instituições de ensino superior.

    O grupo C são os treinadores que são apenas ex-jogadores ou possuem formação em outros campos do conhecimento distinto da área do treinamento desportivo.

Indicativos de rendimento do treinador na equipe

    Computaram-se todos os jogos dirigidos pelo treinador independente da equipe que ele estava inserido. Como existiram números diferentes de jogos entre os treinadores os dados foram relativizados.

    Os indicativos de rendimento foram:

  • Números de jogos – quantidade média de jogos disputados por treinador segundo a sua formação.

  • Aproveitamento – relação entre os pontos conquistados pelo treinador com o total de pontos possíveis durante a temporada.

  • Porcentagem de vitórias – relação entre o número de vitórias com o total de jogos disputados pelo treinador.

  • Porcentagem de Empates - relação entre o número de empates com o total de jogos disputados pelo treinador.

  • Porcentagem de Derrotas - a relação entre o número de derrotas com o total de jogos disputados pelo treinador.

Análise estatística

    A estatística descritiva foi utilizada para cálculo das médias e desvios padrão para demonstrar os indicativos de rendimento em função da formação do treinador.

    Para estabelecer as comparações das médias entre formação do treinador e os indicativos de rendimento foi adotada a análise de variância para medidas repetidas (ANOVA Two Way) do pacote estatístico Number Cruncher Statistical System (NCSS 2000). e quando necessário, o post hoc de Fisher's LSD Multiple-Comparison Test (p £ 0,05).

Resultados

    Um total de 28 treinadores comandou as 20 equipes do Campeonato Brasileiro da série A de 2008. Destes treinadores 7 pertencem ao grupo A (25%), 7 pertencem ao grupo B (25%) e 14 pertencem ao grupo C (50%).

    Os resultados do número de jogos, aproveitamento, porcentagem de vitórias, de empates e de derrotas estão descritos na tabela 1.

Tabela 1. Indicativos de rendimento segundo a formação do técnico

 

Grupo A

Grupo B

Grupo C

Número de jogos

30,6 ± 11,65*

24,2 ± 17,1

17,9 ± 11,7

Aproveitamento (%)

50,2 ± 10,3

59,3 ± 20,8**

40,0 ± 12,8

Vitórias (%)

41,4 ± 10,8

52,7 ± 23,3**

30,3 ± 13,1

Empates (%)

26,3 ± 4,5

19,8 ± 11,1

28,9 ± 13,2

Derrotas (%)

32,3 ± 9,53

27,5 ± 17,0

41,1 ± 15,6

* Grupo A apresenta um valor estatisticamente maior que o grupo C

**Grupo B apresenta valor estatisticamente maior que o grupo C

Discussão

    O objetivo desse estudo foi verificar se a formação dos treinadores de futebol interferiu nos indicativos de rendimento no campeonato brasileiro de 2008. Assim os principais achados desse estudo foram que os treinadores que não possuem formação específica (grupo C) tiveram piores resultados que os treinadores que tem formação técnica em futebol (Grupo B). E o grupo com curso superior em Educação Física (Grupo A) não se diferenciou dos grupos B e C nos indicativos de rendimento, porém o grupo A participou de um maior número de jogos que o grupo C.

    No Campeonato Brasileiro de 2008, composto por vinte equipes, observa-se que as cinco primeiras equipes mantiveram seus treinadores do inicio ao final do campeonato e nenhum destes cinco treinadores faziam parte do grupo C, foram 2 treinadores do grupo A e 3 do grupo B. Nesse campeonato apenas 7 equipes mantiveram seus treinadores e treze equipes trocaram o comando técnico durante a competição. Além disso, todas as quatro equipes rebaixadas trocaram o comando técnico durante a competição. Acredita-se que esse comportamento prejudica o planejamento a médio e a longo prazo das equipes e esses dados revelam volatilidade dos clubes de futebol em manter o treinador no cargo do inicio ao fim da competição.

    Marturelli e Oliveira (2005) questionaram sobre as principais dificuldades enfrentadas no trabalho dos treinadores de futebol e os autores verificaram os treinadores enfrentam diversos problemas como calendário, interferência da diretoria do clube, da imprensa e relacionamento com os jogadores. Mas a instabilidade profissional, com 42%, foi considerada como o principal problema da classe.

    A tabela 1 do nosso estudo demonstra que o grupo A obteve uma média de jogos maior que o grupo C. Isso significa que os treinadores com formação específica em curso superior se mantiveram mais tempo no cargo que os treinadores sem nenhuma formação específica. Apesar de indicativos de rendimento como aproveitamento e percentagem de vitórias não se diferenciar estatisticamente entre os dois grupos, acredita-se que esse resultado se deva a facilidade de comunicação desenvolvida pelos profissionais de curso superior.

    A atuação dos profissionais do grupo A e B no campeonato Brasileiro de 2008 foi mais consistente, no que diz respeito ao período maior de trabalho, pois não se diferenciaram estatisticamente nesse indicativo e, isso refletiu em melhores resultados. Já o grupo C teve maior volatilidade na permanência no cargo de treinador, fator que pode ser apontado como uma das variáveis importantes para o resultado desfavorável comparado com os outros dois grupos.

    Um importante resultado no nosso estudo foi que o grupo A não se diferenciou do grupo B em nenhum dos indicativos de rendimento. Isso demonstra que os conhecimentos e competências fornecidos pelos cursos superiores em Educação Física ou Esporte para exercício da profissão de Treinador de futebol não se diferenciaram do curso técnico oferecido pelas Confederações, Federações e Universidades.

    Apenas 25% dos treinadores que disputaram o campeonato brasileiro de 2008 pertenciam ao grupo A. Segundo Costa e Samulski, (2006) esse percentual era de 45% no campeonato brasileiro de 2005, portanto houve uma redução no número de treinadores com formação superior em Educação Física ou Esporte.

    Marturelli (2002) aponta que 77% dos treinadores do campeonato brasileiro de 2001 eram ex-jogadores e 35% não tinham formação em Educação Física. Outro dado importante demonstrado por Marturelli (2002) é de que 66% dos treinadores acham importante a formação especifica. Isso vai de encontro com que diz Woodman (1993) apontando que os treinadores devem ter a preocupação de se atualizarem e buscarem uma formação especifica.

    Um estudo realizado por pesquisadores portugueses analisou as concepções de 230 treinadores de voleibol acerca do perfil de conhecimentos e competências, que os mesmos devem possuir para o exercício da função, de acordo com a experiência profissional. Os resultados revelaram que foi possível extrair oito fatores: (1) Conhecimentos de psicopedagogia; (2) Conhecimentos de metodologia do treino; (3) Conhecimentos sobre os fundamentos do comportamento motor; (4) Gestão do desporto; (5) Conhecimentos didáticos; (6) Competências de formação; (7) Conhecimentos sobre os fenômenos sociais do desporto; (8) Conhecimentos sobre a implementação de decisões dinâmicas. Desses fatores o mais valorizado entre os foi os conhecimentos de metodologia do treino (Resende; Mesquita; e Fernandez, sd).

    Esses conhecimentos e competências específicos para exercer a função de treinador de futebol são, exclusivamente, abordados nos cursos de formação técnica, enquanto nos três ou quatro anos do curso de Educação Física são abordados diversos outros conteúdos de competência do profissional de Educação Física que, necessariamente, não tem transferência funcional para atuação no futebol profissional. Por outro lado, existem poucos cursos superiores que tratam especificamente de Esporte no Brasil o primeiro curso com esse nível de especialização surgiu na década de 90 e um dos 7 treinadores do grupo A tem formação superior neste curso.

    Segundo Marturelli (2002), a formação técnica consiste na especificidade da modalidade, esta direciona o profissional para a atuação técnica tática da equipe. Ela não seria eficiente na questão da preparação fisiológica da equipe, tornando o treinador dependente de outros profissionais para a montagem e execução do planejamento de treinos da equipe. No entanto, existem diferentes matrizes curriculares nos cursos superiores de educação física que focam a área escolar ou o trabalho em academia isso também não seria eficiente para atuação do treinador de futebol. Assim acredita-se que esses apontamentos justificam o motivo de não haver diferenças entre o grupo A e grupo B.

    O que fica claro neste estudo é que o grupo C, tendo apenas uma formação empírica no futebol, é o grupo que está mais longe da ciência do esporte, obteve piores resultados. É importante ressaltar que não descartamos o conhecimento empírico desse contexto, mas os grupos A e B também têm esse tipo de conhecimento inserido (Freitas, 2000).

    Entretanto os resultados mostram que os clubes brasileiros ainda contratam treinadores com esse perfil. Esses profissionais são em sua maioria ex-atletas que ao encerrarem suas carreiras, tornam-se treinadores levando consigo suas experiências enquanto atletas. Tornando o profissional um simples reprodutor de uma metodologia de trabalho, não levando em consideração todas as evoluções de treinamento técnico e fatores de controle de cargas de treinamento. No entanto, esses profissionais estão respaldados no decreto Lei nº 6.354 que dispõe sobre a atuação deste profissional.

    As recentes edições do Campeonato Brasileiro têm em média um período de competição de oito meses. Este tempo de competição, exige um planejamento de treinos bem estruturado, tornando a periodização do treinamento um fator muito importante nesse processo. Tendo em vista que a periodização dos treinamentos é pautada pela ciência o treinador deve ter uma formação que contemple este tema em seu currículo de formação.

    Assim os resultados mostraram que o grupo C obteve resultados inferiores aos grupos que tiveram uma formação específica. Esses dados revelam que está evidente que um dos fatores que pode levar ao fracasso das equipes pode estar relacionada com a formação de seus treinadores.

Considerações finais

    Com o estudo realizado pode-se chegar a importantes conclusões sobre a formação e atuação dos treinadores de futebol no Brasil. Identificou-se através da revisão de literatura que os treinadores possuem três tipos de formação para atuação profissional.

    Além disso, os dados indicam que os grupos A e B são semelhantes, pois não houve diferença estatisticamente significante entre eles nos indicativos de rendimento. Porém, os dois grupos se mostraram superiores estatisticamente em relação ao grupo C.

    Portanto pode-se concluir através deste estudo que uma formação teórica para a atuação como treinador de futebol é essencial para o êxito das equipes em uma competição de alto nível. Estas formações sejam elas em Educação Física ou Formação Técnica são segundo este estudo semelhantes em relação a performance. Sendo que o profissional que detenha uma dessas duas formações – Educação Física ou Técnica – estará preparado para atuar como treinador de futebol, interferindo positivamente no resultado final de sua equipe em uma competição de alto nível.

    Existe a necessidade de outros estudos similares em outras edições do campeonato brasileiro e em outras competições para confrontar os resultados aqui apresentados.

Referências bibliográficas

  • BENITES, L.C.; BARBIEIRI, F.A.; SOUZA NETO, S. O futebol: questões e reflexões a respeito dessa “profissão” Pensar a Prática, v. 10, n 1, 2007.

  • BRASIL. Lei nº 9.696, de 1 de setembro de 1998. Dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 02/09/1998.

  • BRASIL. Lei nº 6.354, de 2 de setembro de 1976. Dispõe sobre as relações de trabalho do atleta profissional de futebol e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 02/09/1976.

  • CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL (CBF). Campeonato Brasileiro série-A. Campeões. Disponível em: http://www.cbf.com.br. Acesso em: 15/10/2009.

  • CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Profissionais. Disponível em: www.confef.org.br. Acesso em 15/10/2009.

  • COSTA, V.T. Análise do perfil de liderança atual e ideal de treinadores de futsal de alto rendimento, por meio da escala de liderança no desporto. 2003. 185f. Dissertação (Mestrado em Treinamento Esportivo) – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Educacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.

  • COSTA, I.T.; SAMULSKI, D.; MARQUES, M. Análise do perfil de liderança dos treinadores de futebol do Campeonato Mineiro 2005. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v.14, n.3, 2006.

  • FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA E ESTATÍSTICA DO FUTEBOL (IFFHS). La Mejor Liga de Fútbol del Mundo 2009. Disponível em: http://www.iffhs.de/?b6e28fa3002f71504e52d17f7370eff3702bb1c2bb11. Acesso em 07/01/2010.

  • FREITAS JR., Miguel A. Algumas reflexões sobre o esporte espetáculo: como vai o nosso futebol? Curitiba: UFPR, 2000.

  • LEAL, Júlio César. Futebol, Arte e Ofício. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

  • MARQUES, A. Centro de Estudos e Formação Desportiva. Revista Treino Desportivo, Lisboa: CEFD, mar. 2001.

  • MARTURELLI, M. J. A organização do trabalho de treinadores de futebol: Estratégias de Ação e Produtividade de Equipes Profissionais. Florianópolis. 2002. 81p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina.

  • MARTURELLI, M. J.; OLIVEIRA, A.L. Treinadores de futebol de alto nível: as evidentes dificuldades que cercam a produtividade destes profissionais. IX Simpósio Internacional Processo Civilizador: Tecnologia E Civilização, Ponta Grossa (2005).

  • PAPANIKOLAOU, Z.; PATSIAOURAS, A.; KERAMIDAS, P. Leadership behaviour of the coach in amateur soccer teams. In: REILLY, T.; CABRI, J.; ARAÚJO, D. (Eds.). Science and football V: the proceedings of the Fifth World Congress on Science and Football. London: Routledge, 2005. p.584-6.

  • Resende, R., I. Mesquita, I.; Fernandez, J. Concepções dos treinadores conhecimentos e competências no exercício da função e de acordo com o género e a experiência Disponível em: http://www.antvoleibol.org/Artigos/Metodologia_do_Treino_no_Voleibol/H-50%20-%20Resende.PDF (Acesso 7 de janeiro de 2010)

  • SANTOS, Joel Rufino dos. História política do futebol brasileiro. São Paulo: Brasiliense, 1981. p.12-13.

  • SIMÕES, A.C.; RODRIGUES, A.; CARVALHO D. Liderança e as forças que impulsionam a conduta de técnico e atletas de futebol em convívio grupal. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.12, p.134-44, 1998.

  • TOMAS, S.; KARIM, C.; CARLO, C.; ULRIK, W.; Physiology of Soccer: An Update. Sports Medicine. v. 35, n.6, p. 501-536, 2005.

  • WOODMAN, L. Coaching: A Science, an art, an emerging profession. Sport Science Review, v. 2, n. 2, p. 1-13, 1993.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

revista digital · Año 15 · N° 143 | Buenos Aires, Abril de 2010  
© 1997-2010 Derechos reservados