Avaliação antropométrica das tunas académicas da Universidade Fernando Pessoa |
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*Professora Auxiliar na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa Doutorada em Ciências da Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto Licenciada em Desporto e Educação Física pela Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto **Estudante do curso de Reabilitação Psicomotora na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa |
Maria Raquel Gonçalves e Silva* Hermenegildo Silva** Paulo Santos*** (Portugal) |
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Resumo Este trabalho é o resultado de um trabalho transversal com estudantes universitários de ambos os sexos, onde se avaliaram alguns e importantes indicadores antropométricos, tais como o peso, a estatura, os perímetros da cinta e da anca e calculados a relação destes dois últimos e o índice de massa corporal, a partir dos procedimentos internacionalmente recomendados. Foram avaliados 20 indivíduos da tuna académica masculina [n= 10; 24,0 (3,7) anos] e da tuna académica feminina [n= 10; 20,2 (1,3) anos], pertencentes à Universidade Fernando Pessoa, em Ponte de Lima, em Portugal. Os indivíduos da tuna masculina apresentaram valores superiores em todos os parâmetros avaliados, sendo os valores do perímetro da anca, os mais próximos dos da tuna feminina. Unitermos: Antropometria. Estudantes universitários. Índice de massa corporal. Relação perímetro da cinta/perímetro da anca. |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 126 - Noviembre de 2008 |
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Introdução
Hoje em dia, na comunidade estudantil, a palavra “Antropometria” começa a fazer mais sentido para a utilização de simples trabalhos de investigação sobre a massa corporal ou para trabalhos de carácter mais científico.
Este estudo surgiu do resultado de um trabalho transversal com estudantes universitários de ambos os sexos, onde se avaliaram alguns e importantes indicadores antropométricos (peso, o peso, a estatura, os perímetros da cinta e da anca e calculados a relação destes dois últimos e o índice de massa corporal, a partir dos procedimentos internacionalmente recomendados – Malina, 2004; Norgan, 1994).
Dos estudantes examinados, destacam-se dois grupos: a tuna académica masculina e a tuna académica feminina da Universidade Fernando Pessoa, em Portugal.
O principal objectivo deste trabalho residiu em avaliar o perfil antropométrico das duas tunas académicas.
Metodologia
Na avaliação antropométrica utilizou-se uma balança, uma folha de registo, o estadiómetro, uma fita métrica flexível e uma caneta para a avaliação do peso corporal, da estatura e dos perímetros da cinta e da anca.
Todos os indicadores antropométricos foram medidos, de acordo com os procedimentos estandardizados (Silva et al, 2004; Silva et al, 2006; Silva, 2007), partindo da posição antropométrica. Nesta posição, os participantes devem estar de pé, com a cabeça orientada para a frente. Os membros superiores devem estar pendentes com as mãos em extensão completa, apoiada sobre as coxas. Os pés devem estar unidos pelo calcanhar. O peso do corpo deve estar igualmente distribuído pelos dois pés.
O peso corporal foi avaliado numa balança digital, na qual os participantes encontravam-se vestidos, descalços e a olhar em frente.
A estatura foi medida por uma fita métrica do comprimento máximo de um metro e meio. Quando essa não chegou para medir, marcou-se com um ponto e voltou-se a medir desse ponto. Na altura da medição da estatura o participante encontrava-se descalço.
No perímetro da cinta, os participantes encontravam-se em posição antropométrica. Seguidamente localizou-se a última costela e a parte superior da crista ilíaca. No meio destes dois pontos registou-se o perímetro da cinta, com o auxílio da fita métrica.
O perímetro da anca foi avaliado com a posição do corpo igual à anterior. O registo foi tirado com uma fita no plano horizontal, sobre a circunferência máxima das nádegas (Silva et al, 2004; Silva et al, 2006; Silva, 2007).
Resultados
Foram avaliados 20 indivíduos da tuna académica masculina [n= 10; 24,0 (3,7) anos – Quadro 1] e da tuna académica feminina [n= 10; 20,2 (1,3) anos – Quadro 2], pertencentes à Universidade Fernando Pessoa, em Ponte de Lima, em Portugal.
Quadro 1. Caracterização dos estudantes pertencentes à tuna masculina da Universidade Fernando Pessoa – Ponte de Lima, Portugal.
Variáveis |
Média (dp) |
Mínimo |
Máximo |
Idade (anos) |
24,0 (3,7) |
19 |
31 |
Peso (Kg) |
80,6 (5,3) |
61 |
124 |
Estatura (m) |
176,0 (4,8) |
169 |
176 |
Perímetro cinta (cm) |
94,8 (11,5) |
80 |
120 |
Perímetro anca (cm) |
92,4 (4,4) |
71 |
127 |
De acordo com os resultados encontrados e analisando ambos os quadros (Quadros 1 e 2) verificamos que os estudantes da tuna masculina eram mais velhos, mais pesados, mais altos e com maiores perímetros da cinta e da anca, do que as estudantes da tuna feminina (Zanker et al, 2003). Contudo, o valor mínimo do perímetro da anca foi maior nos indivíduos do sexo feminino.
Quadro 2. Caracterização dos estudantes pertencentes à tuna feminina da Universidade Fernando Pessoa – Ponte de Lima, Portugal.
Variáveis |
Média (dp) |
Mínimo |
Máximo |
Idade (anos) |
20,2 (1,3) |
13 |
29 |
Peso (Kg) |
59,7 (14,3) |
47 |
98,5 |
Estatura (m) |
163,1 (5,7) |
153 |
171 |
Perímetro cinta (cm) |
74,3 (13,9) |
62 |
111 |
Perímetro anca (cm) |
89,5 (12,6) |
77 |
122 |
Conclusões
Os indivíduos da tuna masculina apresentaram valores superiores em todos os parâmetros avaliados, sendo os valores do perímetro da anca, os mais próximos dos da tuna feminina. Por outro lado, os valores mais distantes entre os dois grupos de indivíduos foram os do peso corporal com uma diferença aproximada de vinte quilogramas.
Referências bibliográficas
Malina RM, Bouchard C, Bar-Or O (2004). Body composition. In Malina RM, Bouchard C, Bar-Or O (Eds). Growth, maturation, and physical activity. 2nd Edition. Human Kinetics. Champaign IL; 5 101-120.
Norgan NG (1994). Anthropometry and physical performance. In Ulijaszek SJ, Mascie-Taylor CGN (Eds). Anthropometry: the individual and the population. Cambridge. Cambridge University Press: 141-59.
Silva MR, Lebre E, Almeida MDV (2004). Estudo longitudinal da composição corporal de ginastas de competição. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto: Set. 4 (2): 249-250.
Silva MR, Silva H (2006). Actividade física, composição corporal e sintomatologia depressiva em adolescentes do sexo feminino. Actas do 7º Congresso Nacional de Educação Física. Maia: 13.
Silva MRG (2007). Avaliação nutricional e composição corporal. Edições Universidade Fernando Pessoa. Porto.
Wilmore JH, Costill DL (1994). Physiology of sport and exercise: Gender issues and the female athlete. Human Kinetics. Champaign.
Zanker CL, Gannon L, Cooke CB, Gee KL, Oldroyd B, Truscott JG (2003). Differences in bone density, body composition, physical activity, and diet between child gymnasts and untrained children 7-8 years of age. J Bone Miner Res; 18 (6): 1043-50.
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