efdeportes.com
Capacidade aeróbia e composição corporal
nas diferentes posições do futebol

 

*Curso de Educação Física

**Coordenador Educação Física

Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP

(Brasil)

Danilo Mendonça Mattos*

Marcelo Nogueira Jabur**

danilomattos11@terra.com.br

 

 

 

Resumo

          Cada vez mais o futebol torna-se uma modalidade extremamente competitiva e de alto rendimento; nesse sentido, a preparação física tem papel fundamental para que as equipes atuem em alto nível. Tendo em vista a grande evolução do futebol, onde os atletas vêm se tornando especialistas em suas funções dentro de campo, sendo cada vez mais exigidos técnica, tática e fisicamente, com distintas necessidades, estímulos e demandas de acordo com suas respectivas posições, a busca pela melhor performance exige uma evolução contínua das formas de treinamento. Com isso, o objetivo do presente estudo foi verificar a capacidade aeróbia e composição corporal em atletas de diferentes posições do futebol. Observaram-se diferenças significativas nos níveis de capacidade aeróbia, em que os indicadores utilizados foram avaliações do VO2max e limiar anaeróbio, onde os goleiros e zagueiros obtiveram os menores valores e os meio-campistas e laterais apresentaram maiores valores. Também foram observadas diferenças nas características antropométricas e composição corporal dos atletas como: estatura, massa corporal, massa magra e massa gorda em que os goleiros e zagueiros demonstram os valores mais elevados assim como nas medidas de perímetros de tórax, antebraço. Na somatória de dobras cutâneas o grupo de laterais apresenta média abaixo dos demais atletas, ocorrendo o mesmo para os valores referentes ao percentual de gordura, sendo que os maiores valores foram alcançados pelo grupo de goleiros. Essas diferenças nos níveis da capacidade aeróbia, na composição corporal e nas características dos jogadores, podem ser decorrentes das exigências de cada posição, dos estímulos e sobrecargas sofridas durante as partidas e treinamentos, já que essas características estão intimamente ligadas às distintas funções exercidas em campo.

          Unitermos: Especificidade. Capacidade aeróbia. Composição corporal.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 123 - Agosto de 2008

1 / 1

Introdução

    O futebol cada vez mais se torna uma modalidade muito competitiva, na qual as capacidades físicas são relevantes para sua prática em alto nível.

    Durante muitos anos observou-se que a preparação física para atletas de futebol, muitas vezes era executada de forma inadequada.

    Observa-se nas partidas de futebol que atletas de diferentes posições sofrem estímulos distintos, verificando-se respostas físicas variadas, e de capacidades físicas desenvolvidas para determinadas exigências.

    Porém grande parte dos treinamentos para atletas da modalidade ainda são realizados de maneira não individualizada e especifica para sua real função na pratica do futebol.

    Com essas variadas exigências, em que os jogadores desenvolvem diferentes características, a composição corporal e os níveis de capacidade aeróbia, tornam-se distintos em uma modalidade que vem formando especialistas em determinadas ações, necessitando de uma maior especificidade e individualidade na preparação física.

    Tendo em vista a dinâmica tática, técnica e física do futebol busca-se encontrar e avaliar o melhor método de treinamento para atletas de diferentes posições na pratica do futebol.

Objetivo

    Verificar níveis de capacidade aeróbia e composição corporal em resposta a especificidade das funções realizadas por jogadores de diferentes posições do futebol.

Evolução competitiva do futebol

    O futebol é hoje o esporte mais popular do mundo e que a cada dia atrai mais e mais pessoas, sejam como praticantes, torcedores, espectadores ou investidores (MARTURELI, 2002).

    De forma geral o futebol torna-se mais que um esporte, tendo a capacidade de arrastar multidões, despertar paixões e ódio, sorrisos e lágrimas, transformar jogadores em ídolos; todos esses aspectos tornam o futebol algo complexo para explicações.

    De acordo com Garganta (2002) o futebol é uma modalidade com características próprias e comuns, ocupando um lugar muito importante no contexto desportivo contemporâneo, pois se tornou também um meio de comunicação, educação e aplicação da ciência.

    De acordo com Guia; Ferreira; Peixoto (2004) desde sua origem até os dias de hoje o futebol tem como característica de sua essência o jogo de bola, no entanto suas mudanças como: regras, tempo de jogo, local de jogo e suas dimensões e sua sistematização e modernização o tornaram um esporte de alto rendimento, cada vez mais competitivo refletindo assim em suas características técnicas, táticas e físicas.

    Tais mudanças de características tornam necessárias adaptações na forma de se preparar e até mesmo de jogar. Essa propagação do futebol como espetáculo está intimamente ligada a sua evolução, na mudança de regras, no desenvolvimento dos sistemas de jogo, na tática, no posicionamento dos jogadores, na condição física que hoje ocupa um lugar de destaque no contexto do jogo, entre outros fatores (SOARES, 2000).

    Essa evolução trouxe modificações nos padrões e nas formas das equipes atuarem, passando também pelas evoluções na preparação física, na parte médica, nutricional e até mesmo psicológica; todos esses fatores tornam o futebol cada vez mais dinâmico e competitivo (VENDITE, 2006).

    Esse aumento da dinâmica e competitividade nos jogos de futebol, fez com que a exigência física se tornasse cada vez maior, com isso a importância da preparação física se fez notória, sendo alvo de pesquisas cientificas em busca das melhores formas de treinamento.

Evolução tática do futebol

    Hoje em dia observamos as equipes com sistema de jogo bem definido, para serem utilizados esses sistemas passaram por várias mudanças no decorrer dos anos a fim de aperfeiçoá-los para se tornarem mais eficazes. Enfim descobrir melhor forma de posicionar a equipe dentro de campo vem sendo uma constante preocupação em busca do melhor rendimento.

    Para Frisselli e Montovani (1999) sistema de jogo é a forma no qual a equipe se distribui em campo para o início da partida procurando o melhor preenchimento dos espaços, onde cada jogador tem sua função, assim a estratégia se dá em como esses jogadores se movimentaram durante a partida, seja individualmente ou coletivamente.

    Segundo Frisselli e Montovani (1999) tática são ações de ataque e defesa com objetivo de surpreender ou bloquear o adversário com movimentações individuais ou coletivas, durante as partidas.

    Os primeiros dados sobre a formação dos jogadores em campo são italianos onde eram distribuídos 27 pessoas para cada equipe sendo 15 atacantes 5 meio-campistas e 7 defensores.

    Há dados de equipes que em 1660 utilizavam 17 jogadores posicionados em 7 defensores sendo 3 recuados e 4 mais avançados tendo uma linha de 5 jogadores no meio-campo e 5 atacantes (MELO, 1999).

    Posteriormente o número de jogadores passou para 11 na Inglaterra em 1860, começando esboçar o formato que conhecemos nos dias de hoje.

Figura 1. Sistema de jogo 1x1x8 (VENDITE, 2006).

 

Figura 2. Sistema de jogo 2x2x6 (VENDITE, 2006).

 

Figura 3. Sistema de jogo 2x3x5 (VENDITE, 2006).

 

Figura 4. Sistema de jogo WM (VENDITE, 2006).

 

Figura 5. Sistema de jogo 4x2x4 (VENDITE, 2006).

 

Figura 6. Sistema de jogo 4x3x3 (VENDITE, 2006).

 

Figura 7. Sistema de jogo 4x4x2(VENDITE, 2006).

 

Figura 8. Sistema de jogo 3x5x2(VENDITE, 2006).

    Além desses sistemas que se consolidaram durante seus respectivos períodos e épocas, algumas variações ocorreram criando alguns sistemas e formações muito peculiares de algumas equipes, como a seleção holandesa em 1974, que apresentou um sistema de jogo em que todos componentes da equipe se movimentavam por todos os setores do campo, fazendo com que os adversários tivessem dificuldades para realizar a marcação. A seleção da Noruega em 1998 também se diferenciou jogando no 4x5x1, com uma forte marcação e um perigoso contra-ataque (MELO 1999).

    As mudanças ocorridas nos sistemas de jogo ao longo da história do futebol são resultantes da evolução competitiva do próprio jogo, na qual a necessidade e vontade de obter vitórias fizeram com que se buscasse um equilíbrio entre ataque e defesa.

A especificidade da preparação física no futebol

    Apesar de muitos ainda observarem o futebol como um esporte onde a sorte é determinante para obter resultados e muitas equipes continuarem a utilizar métodos de treinamento conservadores, a evolução e os trabalhos com bases científicas vem ocupando de forma importante o espaço que diz respeito à preparação adequada e específica no futebol (CUNHA; BINOTTO; BARROS, 2001).

    Para Menezes et al (2005) o futebol torna-se cada vez mais um instrumento de investigação cientifica, devido ao aumento de suas exigências físicas e técnicas, com isso busca-se conhecer o real comportamento de determinadas variáveis e aprimorar métodos de treinamento que possam reproduzir com fidedignidade as situações específicas de jogo.

    Hoje os aspectos científicos do treinamento físico estão muito desenvolvidos, os profissionais se especializam cada vez mais utilizando computadores e os mais variados aparelhos eletrônicos possíveis, para determinar o nível de condicionamento e a evolução dos atletas. Portanto, percebe-se que a preparação física evoluiu de tal maneira que seria impensável a falta de um profissional especializado em treinamento físico integrando a comissão técnica de uma equipe (CUNHA, 2005).

    A evolução do futebol caracteriza-se por uma alta exigência física, técnica, psicológica, além do aspecto tático que vem se constituindo num fator decisivo para a obtenção de sucesso de uma equipe (FERNANDES, 1994).

    Para Cunha (2005) o futebol se demonstra como esporte de alta intensidade e essencialmente intervalado com aspectos e impactos que devem ser respeitados no planejamento do treinamento, para isso é necessário conhecimentos com alto grau de precisão das exigências físicas e fisiológicas que norteiam a modalidade.

    Segundo Garganta (1997) “conforme se quer jogar assim se deve treinar”, sugerindo uma relação de interdependência e reciprocidade entre a competição e preparação.

    O princípio da especificidade preconiza que sejam treinados os aspectos que se prendem diretamente com o jogo, estrutura do movimento, tipos de esforços, natureza das tarefas, no sentido de viabilizar a maior transferência possível das aquisições conseguidas no treino para o contexto específico no jogo. Prentende-se, portanto, que a preparação seja adequada, isto é, que induza adaptações específicas que viabilizem uma maior eficácia de processos na competição (GARGANTA, 1997).

    De acordo com Mcardle et al (2003) a especificidade do treinamento refere-se às adaptações nas funções metabólicas que dependem do tipo de sobrecarga imposta onde um estresse especifico induz a uma adaptação também especifica.

    Para Weineck (2003) o ensino especifico de técnicas baseia-se nos movimentos treinados na instrução geral que vão sendo aperfeiçoados nos treinamentos específicos, também sugere que em diversos esportes não se pode obter um elevado desempenho sem que haja uma especialização.

    Dantas (2003) afirma que o principio da especificidade tem como ponto essencial o treinamento voltado para requisitos específicos da performance desportiva, em termos de qualidades físicas, sistema energético predominante, segmento corporal e coordenação psicomotora utilizadas.

    Tubino (1984) sugere que o princípio da especificidade é uma das orientações mais importantes do treinamento, pois permite a otimização da preparação dos atletas com exercício do próprio desporto praticado.

    Para Fonseca et al (2004) o desenvolvimento das capacidades físicas especificas torna-se extremamente importante, pois estas funcionam como suporte para um futuro desenvolvimento técnico individual condicionando o atleta para o correto cumprimento de suas funções táticas de jogo.

    A busca no sentido de caracterizar o perfil energético-funcional dos jogadores de futebol, baseados nas exigências da competição tem sido constante, usando indicadores externos como: distância percorrida, freqüência e intensidade de deslocamentos, relação entre tempo de atividade e pausas entre outros aspectos.

    O futebol se utiliza de fontes energéticas claramente distintas tendo ações de esforço com grande diversidade em termos metabólicos fazendo com que a modalidade torne-se altamente complexa no ponto de vista fisiológico (SANTOS; SOARES, 2001).

Características especificas em diferentes posições no futebol

    Para Cunha (2005) o futebol é uma das modalidades esportivas que apresenta a maior dificuldade para a sua caracterização com relação ao esforço físico requerido apresentando características particulares em cada movimento.

    O futebol é um jogo extremamente complexo do ponto de vista fisiológico, com ações específicas que evidenciam um tipo específico de esforço de grande diversidade e que, em termos metabólicos, utiliza-se de fontes energéticas claramente distintas. Então o jogador de futebol, dada à natureza intermitente do seu esforço e ampla faixa de intensidades que o caracteriza, tende privilegiar no seu treino aspectos tão distintos como o desenvolvimento da força explosiva, da velocidade, da resistência anaeróbia e da resistência aeróbia (SANTOS; SOARES, 2001).

    Para Barbanti (1996) o futebol é uma modalidade esportiva intermitente, com constantes mudanças de atividades, além das mudanças entre repouso e períodos de baixa e alta intensidade, variam com a forma individual de jogar; esta se encontra intimamente ligada com a posição do jogador em campo. A imprevisibilidade dos acontecimentos e ações durante uma partida exige que os atletas estejam preparados para reagir aos mais diferentes estímulos, da maneira mais eficiente possível.

    Existem características fisiológicas especificas para o futebol; as posições também apresentam características e demandas fisiológicas diferenciadas que variam com a taxa de trabalho de cada posição (BARBANTI, 1996).

    De acordo com Barros Neto (2002) não há apenas um modelo de desempenho atlético que sirva para descrever as ações em campo de típico jogador de futebol, mas sim vários modelos, com características bem distintas conforme a posição em que o esportista atua. A especificidade crescente das tarefas executadas em cada função do futebol moderno: atacantes, meio-de-campo com funções ofensivas, volantes com ações mais defensivas, lateral que cobre um dos lados do campo, zagueiro e goleiro, requer jogadores com qualidades físicas nitidamente diferentes.

    Balikian et al (2002) relata que o deslocamento dos jogadores durante as partidas é determinado pelo sistema tático da equipe e posicionamento do jogador em campo, sugerindo que dependendo da função tática que exerce no time, cada jogador possui um nível de solicitação metabólica, que consequentemente gera adaptações diferenciadas nos processos de produção de energia.

    Para Santos Filho (2002) as características próprias do futebol, apresentam um nível heterogêneo das capacidades físicas e da tipologia física de cada jogador variando conforme cada posição no jogo, como goleiros e os zagueiros que geralmente são mais altos do que os jogadores de outras posições.

    Melo (1997) define que os atletas de futebol possuem características físicas especificas por posição.

    Santos Filho (2002) define cada posição com características físicas, técnicas, táticas e psicológicas:

Quadro 1. Dados referentes às características especificas dos goleiros.

Goleiros

Características físicas: elasticidade, flexibilidade, resistência, equilíbrio, coordenação, velocidade de reação e agilidade.

Características técnicas: visão panorâmica, firmeza, habilidade com a bola, caídas, rolamentos, recuperação e reposição de bola com as mãos e pés.

Características táticas: posicionamento, comando, entrosamento com os companheiros, reposição de bola em tiros de meta ou com a bola em jogo.

Características psicológicas: liderança, coragem, concentração, responsabilidade, atenção, determinação, tranqüilidade e confiança.

 

Quadro 2. Dados referentes às características especificas dos laterais.

Laterais

Características físicas: resistência, velocidade, coordenação e agilidade.

Características técnicas: desarme antecipação, domínio de bola, domínio de espaços, precisão, nos passe e cruzamentos e recuperação.

Características táticas: entrosamento com os companheiros, noção de cobertura e colocação.

Características psicológicas: coragem, determinação, agressividade, iniciativa e o controle emocional.

 

Quadro 3. Dados referentes às características especificas dos zagueiros.

Zagueiros

Características físicas: resistência, força, coordenação, flexibilidade, impulsão e agilidade.

Características técnicas: cabeceio, manejo de bola, antecipação, desarme e entrega de bola.

Características táticas: entrosamento com os companheiros, sentido de cobertura e domínio de espaço.

Características psicológicas: liderança, determinação, coragem, maturidade, tranqüilidade, controle emocional e decisão.

 

Quadro 4. Dados referentes às características especificas dos meias.

Meias

Características físicas: resistência aeróbia, força, coordenação, agilidade e velocidade de reação.

Características técnicas: desarme antecipação, recuperação, habilidade com a bola, visão panorâmica e de profundidade, drible ofensivo, passe, sentido de penetração e de cobertura.

Características táticas: entrosamento com os companheiros, visão de jogo, domínio de ataque e defesa, sentido de penetração e cobertura.

Características psicológicas: combatividade, determinação, poder de decisão, coragem e persistência.

 

Quadro 5. Dados referentes às características físicas especificas dos atacantes.

Atacantes

Características físicas: força, resistência, impulsão, agilidade, coordenação e velocidade de reação.

Características técnicas: manejo de bola, cabeceio, drible em profundidade, penetração, finalização e visão panorâmica.

Características táticas: colocação, entrosamento com os companheiros, noções de impedimento e criação de espaços, movimentação e finalização.

Características psicológicas: coragem, agressividade, personalidade, iniciativa, determinação e decisão.

Capacidade aeróbia nas diferentes posições do futebol

    Segundo Mcardle et al (2003) a capacidade aeróbia consiste em captar, transportar e utilizar o oxigênio do ar, para realizar as reações bioquímicas necessárias para a produção de energia, tendo como indicador o consumo maximo de oxigênio (VO2 MAX).

    Denadai (1999) afirma que o VO2 max é a variável fisiológica que melhor descreve a capacidade funcional dos sistemas respiratório e cardiovascular, sendo o índice que representa a capacidade máxima de integração do organismo em captar, transportar e utilizar o oxigênio para processos aeróbios de produção de energia durante contração muscular.

    Barros Neto (2002) aponta que nenhum parâmetro é tão preciso e reproduzível como o VO2 max, sendo este determinante para a avaliação da capacidade cardio-respiratória, além de avaliações funcionais e modulações de treinamentos.

    A resistência aeróbia é caracterizada por Mião (2004) como a capacidade de permite ao individuo sustentar por um longo período de tempo uma atividade física generalizada, utilizando-se de energia produzida por via aeróbia.

    Outro fator que também reflete de forma satisfatória os níveis de aptidão física, e condicionamento do sistema aeróbio é o limiar anaeróbio. Há anos foi conceituado que a partir de uma determinada intensidade de esforço haveria o acúmulo de ácido lático no sangue, acompanhado de um aumento da ventilação e da excreção de gás carbônico por conseqüência, tais acontecimentos sugeriram o termo limiar anaeróbio (BARROS NETO, 1996). O autor resume limiar anaeróbio como o momento em que a uma desproporção entre a demanda e consumo de oxigênio, iniciando assim a acidose metabólica, sendo que atletas podem apresentar o limiar anaeróbio em cerca de 80% do VO2 max.

    Segundo Cunha (2005) a principal via metabólica utilizada durante a prática do futebol competitivo é a aeróbia, e as respostas são em geral análogas às encontradas nos exercícios de endurance, a maior parte dos movimentos são realizados sem bola. O futebol abrange vários tipos de deslocamentos, embora a caminhada e o trote predominem. É necessário treinar a capacidade de resistência aeróbia para que os jogadores possam se movimentar durante os noventa minutos do jogo, com períodos de movimentos de alta intensidade, como aceleração em pequenas distancia.

    Campeiz (2004) afirma que a produção de energia proveniente do sistema aeróbio, parece suprir de 80 a 90% da demanda energética utilizada em uma partida de futebol, sendo que essa porcentagem pode sofrer alterações dependendo das funções exercidas em campo.

    Guerra; Soares; Burini (2001) expõem dados ainda mais detalhados afirmando que cerca de 88% de uma partida de futebol envolvem atividades aeróbias, e os 12% restantes estão relacionados a atividades anaeróbias de alta intensidade, sendo que a intensidade média desse esforço situa-se em 75% do VO2 max, e 85% da freqüência cardíaca máxima.

    De acordo com Santos e Soares (2001), têm sido descritas diferenças acentuadas na performance aeróbia nos jogadores conforme a sua função em campo. No entanto, a quase totalidade destas pesquisas e investigações tem sido conduzida em laboratório, razão pelas quais os resultados obtidos têm pouca aplicabilidade no trabalho de campo do atleta. Sabe-se que os vários elementos de uma equipe percorrem distancias bem diferentes de acordo com sua função no jogo, assim como tem desempenho distintos revelando diferenças de resistência entre laterais, médios e centrais avançados.

    Devido à evolução tática que torna o futebol cada vez mais dinâmico, e os diversos tipos de esforços realizados em um jogo, torna-se muito complexo determinar as exigências metabólicas decorrentes de cada ação dos jogadores. Observando as movimentações, em termos energéticos torna-se notória a sustentação dos movimentos pelo metabolismo oxidativo, havendo um predomínio do sistema aeróbio. A distância média total percorrida pelos jogadores durante os jogos é de 11 km, enfatizando a necessidade dos futebolistas possuírem uma boa preparação aeróbia (SANTO; SOARES, 2001).

    Cerca de 98% das ações realizadas pelos jogadores em campo são sem posse de bola, em jogadas onde cumprem movimentações relacionadas aos seus posicionamentos táticos, que podem variar de acordo com as estratégias táticas de partida para partida ou até mesmo dentro de um mesmo jogo ( CAMPEIZ, 2006).

    Em estudo realizado por Caixinha; Sampaio; Mil - Homens (2004) onde foram comparadas as distâncias percorridas por jogadores com diferentes posições durante as partidas, observaram-se que os jogadores que atuam no meio-campo percorrem em media 10.600 metros, enquanto os atacantes percorrem cerca de 10.100 metros e os defensores 9.600 metros. No entanto identificou-se que os meio-campistas percorrem maiores distancias em baixa velocidade, cerca de 3.730 metros, contra 2.040 dos defensores, e 2.550 metros dos atacantes. Também foi mensurado que os meias ficam parados 14,4% do tempo total de jogo, já os atacantes e defensores respectivamente com 21,7 e 17,9% do tempo de jogo, além de percorrerem menores distancias também ficam parados por mais tempo que os jogadores de meio-campo.

    Tais dados sugerem um maior desenvolvimento da capacidade aeróbia em jogadores de meio-campo, tendo em vista os princípios da adaptação e da especificidade.

    Segundo pesquisa realizada por Balikian et al (2002) os jogadores de diferentes posições, demonstram níveis de condicionamento aeróbio distintos, de acordo com os valores em testes de VO2 max , em que os goleiros apresentam menores índices (52,68 ml. Kg.min), em relação aos demais grupos: zagueiros (60,28), laterais (61,12), meio-campistas (61,01) e atacantes (59,94). O mesmo estudo também aponta diferenças nos valores referentes ao limiar anaeróbio, onde os goleiros também apresentam valores inferiores aos demais grupos (12,66 Km.h), os laterais (14,33) e os meio-campistas (14,11), apresentaram valores superiores aos zagueiros (13,15) e atacantes (13,23).

    Silva; Romano; Visconti (1998) também aponta os laterais e meio-campistas como os jogadores com maior desenvolvimento da capacidade aeróbia, em resposta as exigências de suas funções em que percorrem uma faixa mais extensa do gramado, sofrendo estímulos de curta duração seguidos de estímulos moderados e de maior duração.

    Santos e Soares (2001) sugerem que os jogadores que percorrem maiores distâncias em situações de jogo exibem níveis superiores de capacidade aeróbia. Tendo em vista que a evolução tática do futebol exige cada vez mais que os atletas se movimentem em campo, o desenvolvimento da capacidade aeróbia de forma especifica levando em consideração sua real função torna-se muito adequada.

    O aumento e os distintos níveis de capacidade aeróbia em atletas de diferentes posições no futebol estão fortemente relacionados à evolução tática da modalidade em que os sistemas de jogo tornam os jogadores especialistas em algumas funções especificas, quantificando e qualificando os esforços realizados e por conseqüência as adaptações ocorridas (GARGANTA, 2002).

    Alves e Oliveira (2005) também ressaltam que os níveis de capacidade aeróbia, assim como as características físicas de cada atleta, estão intimamente ligados e dão suporte para que estes realizem suas ações táticas dentro das partidas.

Composição corporal nas diferentes posições do futebol

    Com a evolução natural da performance desportiva, todas as variáveis relacionadas aos atletas e a modalidade de alto rendimento passam a ser observadas como fatores condicionantes para a melhora do rendimento individual e coletivo.

    Viana et al (1987) afirma que além das variáveis físicas, técnicas, táticas e psicológicas, as análises antropométricas também se tornam imprescindíveis para melhora do desempenho desportivo, classificando a antropometria como o uso da medida no estudo do tamanho, da forma, da proporcionalidade, da composição e maturação do corpo humano.

    Rocha (1995) de forma simples define composição corporal, como a divisão do corpo em componentes que o constitui.

    Anjos (1992) relata que há pelo menos duas décadas surgiu como forma de interrelacionar à estatura em metros e o peso em quilogramas o termo índice de massa corporal (IMC), sendo este parâmetro o de melhor correlação entre estatura e massa corporal.

    Atualmente a composição corporal vem sendo analisada através de medidas antropométricas como estatura, massa corporal, dobras cutâneas, diâmetros e perímetro, dados estes que são utilizados para prescrição de treinamentos e para avaliação e identificação de características especificas relacionadas a determinados indivíduos e suas praticas desportivas (FONSECA ET AL, 2004).

    Cyrino et al (2002) propõe que a prescrição de programas de treinamento para atletas de jogos coletivos e principalmente o futebol, requer o conhecimento sobre a especificidade de cada um deles. Dessa forma os dados sobre a composição corporal são imprescindíveis para caracterização das exigências especificas de cada atleta, para que através do treinamento especifico se potencialize o desempenho final.

    As exigências e estímulos físicos específicos podem resultar em diferentes adaptações no que se diz respeito à composição corporal, nesse sentido Prado et al (2006) sugere que as ações, assim como o gasto energético são variáveis de acordo com as posições dos jogadores em campo e padrões táticos da equipe, com isso a intensidade e sobrecarga impostas aos atletas são de diferentes níveis, resultando em adaptações fisiológicas distintas, assim como na composição corporal.

    Peres (1996) acrescenta que no futebol as exigências físicas que ocorrem durante as partidas, e as características morfológicas de cada jogador são especificas e diferenciadas em relação às suas posições e funções em campo. A manutenção e avaliação da composição corporal se faz essencial para o sucesso de uma equipe não em apenas um jogo, mas por toda temporada.

    Estudos realizados por Fonseca et al (2004) mostram diferenças nas características antropométricas e na composição corporal de jogadores que atuam em distintas posições no futebol.

    Quando avaliadas as estaturas o grupo de zagueiros alcançou a maior media com 1,82 metros, seguidos pelos atacantes 1,76 metros, laterais 1,74 metros, e meio-campistas 1,72 metros.

    Na avaliação de massa corporal os zagueiros obtiveram valores de 80,2 kg, os laterais, meio-campistas e atacantes obtiveram médias mais baixas com valores respectivos de 70,1 kg, 69,1 kg, 69,1 Kg.

    Ao analisar o somatório de dobras cutâneas Fonseca et al (2004) observou que os laterais atingiram médias de 74,8 muito abaixo dos demais grupos, zagueiros (91, 6), meio-campistas (89,4) e atacantes (83,7). Na análise do peso hidrostático os laterais atingiram 4,058 Kg, enquanto os zagueiros alcançaram 4,674 kg, os meio-campista 4,140Kg, e os atacantes 4,260Kg.

    No mesmo estudo foram analisados perímetros de tórax, em que o grupo de zagueiros apresenta média de 93,2 cm, as demais posições não apresentaram diferenças significativas ficando com médias em torno de 90,5 cm. Semelhantemente quando observados os valores médio das medidas do perímetro de antebraço todos os grupos de jogadores obtiveram cerca de 26,3 cm, exceto o grupo de zagueiros alcançando 28,4 cm.

    Em pesquisa direcionada para as distintas características desenvolvidas por jogadores de diferentes posições, mediante a evolução tática do futebol Prado et al (2006) obtêm valores relacionados aos dados antropométricos e de composição corporal:

Quadro 6. Dados referentes às características de jogadores de diferentes posições

Posições

Estatura

MC

% Gord.

Massa gorda

Massa magra

Goleiros

1,88 m

83,9 kg

12,47

10,60 Kg

74,18

Zagueiros

1,83 m

83,9 kg

11,59

8,38 Kg

69,07

Laterais

1,75 m

69,7 kg

11,19

8,26 Kg

62,41

Meias

1,76 m

70,8 kg

11,53

8,05Kg

62,41

Atacantes

1,77 m

72,5 kg

11,47

8,14 Kg

64,01

Conclusão

    Com base nos dados pesquisados podemos concluir que jogadores de futebol de variadas posições e funções em campo, possuem diferentes características físicas, além de apresentarem níveis de condicionamento distintos em capacidade aeróbia e composição corporal.

    Tais diferenças são possivelmente decorrentes das exigências de cada função, e dos estímulos e sobrecargas sofridos durante os jogos e treinamentos, tendo em vista que as características dos jogadores estão intimamente ligadas à suas ações em campo.

    Embora a preparação física no futebol venha evoluindo cada vez mais, acredita-se que este trabalho pode motivar as pesquisas e a aplicação de treinamentos específicos para jogadores de cada posição no futebol, levando em consideração suas funções durante os jogos, buscando então um maior aperfeiçoamento físico e técnico para o aumento do rendimento de cada atleta.

Referências bibliográficas

  • AFIF, A. Os primeiros sistemas táticos 2007. Disponível em http//cidadedo futebol.com.br. Acessado em 21/09/2007.

  • ALVES, D.M.; OLIVEIRA, P.R. Estudo sobre a resistência no futebol: densidades das ações do jogo. Vol. 5. Espírito Santo de Pinhal. Movimento e Percepção. 2005.

  • ANJOS, L.A. Índice de massa corporal (massa corporal.estatura-2)como indicador do estado nutricional de adultos. Vol. 26. São Paulo. Revista de saúde pública. 1992

  • BALIKIAN, P. et al. Consumo maximo de oxigênio e limiar anaeróbio de jogadores de futebol: comparação entre as diferentes posições. Niterói. Revista brasileira de medicina do esporte. 2002

  • BAPTISTA, R. R. et al. Limiar de lactato em remadores: Comparação entre dois métodos de determinação. Vol. 11. Niterói. Revista brasileira de medicina do esporte. 2005.

  • BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases cientificas. 3ª edição. São Paulo. CLR Balieiro. 1996.

  • BARROS, J. M. A. Futebol: Por que foi... Por que não é mais. Rio de Janeiro: Sprint, 1990.

  • BARROS NETO, T.L. Fisiologia do exercício aplicada ao sistema cardiovascular. São Paulo. Revista da sociedade paulista de cardiologia. 1996.

  • BARROS NETO, T. L. Boleiros sob medida. São Paulo. Revista de pesquisa FAPESP. 2002.

  • CAIXINHA, P.F.; SAMPAIO, J.; MIL-HOMENS, P.V. Variação dos valores da distância percorrida e da velocidade de deslocamento em sessão de treino e em competições de futebolistas juniores. Vol.4. Revista portuguesa de ciência e desporto. 2004.

  • CAMPEIZ, J.M. et al Análise de variáveis aeróbias e antropométricas de futebolistas profissionais, juniores e juvenis. Vol. 2. São Paulo. Conexões. 2004.

  • CAMPEIZ, J.M.; OLIVEIRA, P. R. Análise comparativa de variáveis antropométricas e anaeróbias de futebolistas profissionais, juniores e juvenis. Vol. 6. São Paulo. Movimento e percepção. 2006.

  • COELHO, L.F. Educação física escolar: conhecendo o movimento. São Paulo. Secretaria de estado da educação de São Paulo, coordenadoria de estudos e normas pedagógicas. 2003.

  • CUNHA, F. A. Evolução da preparação física para o futebol no Brasil. 2005 Disponível em http//www.cdof.com.br. Acessado em 04/11/2006.

  • CUNHA, S.A.; BINOTTO, M.R.; BARROS, R.M.L. Analise da variabilidade na medição de posicionamento tático no futebol. São Paulo. Revista paulista de Educação Física. 2001.

  • CYRINO, E. S. et al. Efeitos do treinamento de futsal sobre a composição corporal e desempenho motor de jovens atletas. Vol. 2. Revista brasileira de ciências e movimento. 2002.

  • DANTAS, E. H. M. A pratica da preparação física. 5ª edição. Rio de Janeiro. Editora Shape. 2003.

  • DENADAI, S.B. Índices fisiológicos de avaliação aeróbia: conceitos e aplicações. Ribeirão Preto. BSD. 1999.

  • DIAS, L. O que é VO2 Max ?, 2006. Disponível em http://webrun.com.br. Acessado em 04/10/2007.

  • DUARTE, O. Todas as copas do mundo. São Paulo. Makron Books.1994.

  • ESQUEMAS..., 2007. Esquemas táticos. Disponível em: http://wikipedia.org.com.br. Acessado em: 20/09/2007

  • FERNANDES, J. L. Futebol ciência ou arte. EPU. 1994.

  • FONSECA, P.H.S. et al. Análise morfológica de atletas de futebol da categoria sub-20. Ano 10 nº. 75. Universidade Federal de Santa Maria centro de Educação Física e Desporto. Revista digital. 2004.

  • FRISSELLI, A.; MONTOVANI, M. Futebol: Teoria e Prática. São Paulo. Phorte Editora. 1999.

  • GARGANTA, J. Performance energético-funcional no futebol.1997. Disponível em http//www.marciofariacorrea.com.br.Acessado em 04/11/2006.

  • GARGANTA, J. Competências no ensino e treino de jovens futebolistas. Ano 8 nº 45. Porto. Revista digital de Buenos Aires. 2002.

  • GUERRA, I.; SOARES, E.A.; BURINI, R.C. Aspectos nutricionais do futebol de competição. Vol. 7. Rio de Janeiro. Revista brasileira de medicina do esporte. 2001.

  • GUIA N.; FERREIRA, N.; PEIXOTO, C. A eficácia do processo ofensivo no futebol. O incremento do rendimento técnico. Ano 10 – nº. 69. Buenos Aires. Revista Digital de Buenos Aires. 2004.

  • MANSO, J. M. G. La Fuerza. Madri. Gymnos. 2002.

  • MARTURELI, M.J. A organização do trabalho de treinadores de futebol. Florianópolis. Dissertação de mestrado apresentada ao programa de pós-graduação em Engenharia de produção a Universidade Federal de Santa Catarina. 2002.

  • MCARDLE, W. D. et al. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2003.

  • MELO, R. S. Qualidades físicas e psicológicas e exercícios técnicos do atleta de futebol. Rio de Janeiro, Sprint. 1997.

  • MELO, R. S. Sistemas táticos para futebol. Rio de Janeiro. Sprint. 1999.

  • MENEZES, R.P. et al. Variabilidade da representação por componentes principais das posições de jogadores de futebol. Campinas. Congresso brasileiro de biomecânica.

  • MIÃO, J.R. Análise da capacidade aeróbia em praticantes de natação. Londrina. Trabalho de conclusão de curso da Universidade estadual de Londrina. Faculdade de Educação Física. 2004.

  • PACHECO, R. O ensino e a aprendizagem do futebol: Da rua para o campo de futebol. Porto. 2005.

  • PEQUENO..., 2005. Pequeno curso de futebol para treinadores de bancada. Disponível em http://comunikando.blogsport.com.br. Acessado em: 21/09/2007.

  • PERES, B.A. Estudos das variáveis antropométricas e de aptidão física de futebolistas japoneses e brasileiros. São Paulo. Dissertação de mestrado a Escola de Educação física da Universidade de São Paulo. 1996.

  • PRADO, W.L. et al, Perfil antropométrico e ingestão de macronutrientes em atletas profissionais brasileiros de futebol, de acordo com suas posições. Vol. 12. São Paulo. Revista brasileira de medicina do esporte. 2006.

  • ROCHA, P.E.C.P. Medidas e avaliações. Sprint. 1995.

  • SANTOS FILHO, J. L. A. Manual do Futebol. São Paulo. Phorte Editora. 2002.

  • SANTOS, P. J.; SOARES, J. M. Capacidade aeróbia em futebolista de elite em função da posição especifica no jogo. Vol.1. Porto. Revista portuguesa de ciências do desporto e Educação Física. 2001.

  • SILVA, P.R.S.; ROMANO, A.; VISCONTI, A. M. Avaliação funcional multivariadas em jogadores de futebol profissional: uma metanalise. Vol. 4. São Paulo. Revista brasileira de medicina do esporte. 1998.

  • SOARES, J. M. Particularidades energético-funcionais do treino e da competição nos jogos desportivos: o exemplo do futebol. Porto. Revista portuguesa do desporto e Educação física. 2000.

  • SOUSA, P.; GARGANTA, J.; GARGANTA, R. Estatuto posicional, força explosiva dos membros inferiores e velocidade imprimida a bola no remate em futebol. Um estudo com jovens praticantes do escalão sub-17. Vol. 3. Porto. Revista portuguesa de ciências do desporto. 2003.

  • TUBINO, M. J. G. Metodologia cientifica do treinamento desportivo. 3ª edição. São Paulo. Ibrasa. 1984.

  • VELÁSQUEZ, R.C. Factores condicionantes de la producción de rendimiento del futbolista. Ano 10 - nº. 40. Buenos Aires. Revista Digital de Buenos Aires. 2005

  • VENDITE, C. C. Sistema estratégia e tática de jogo: uma analise dos profissionais que atuam no futebol. Campinas. Dissertação de mestrado apresentada a pós-graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade estadual de Campinas. 2006.

  • VIANA, A.R. et al. Futebol: bases científicas do treinamento físico. Rio de Janeiro. Sprint. 1987.

  • WEINECK, J. Treinamento ideal. Barueri. Manole Ltda. 2003.

  • WITTER, J. S. O que é futebol ?. São Paulo. Editora Brasiliense. 1990.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/

revista digital · Año 13 · N° 123 | Buenos Aires, Agosto de 2008  
© 1997-2008 Derechos reservados