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A importância do lazer da terceira idade:
um estudo de caso em Ribeirão Preto

   
*Graduação em Turismo (em andamento) e aluna de iniciação
científica do Centro Universitário Barão de Mauá
**Psicólogo, doutorando em Psicologia da Saúde pela FFCLRP-USP,
Mestre em Psicologia pela Faculdade de Filosofia,
***Bacharel em Turismo pela Puc-Campinas,
especialista em Atividade Física e Qualidade de Vida pela Unicamp,
professora do Centro Universitário Barão de Mauá dos cursos de Turismo
 
 
Larissa Almeida Pereira*
shaillabr@hotmail.com  
Alexandre Vinícius da Silva Pereira**
alexandre07@uol.com.br  
Graziele A. S. Morelli***
gramorelli@yahoo.com.br
(Brasil)
 

 

 

 

 
Resumo
    Atualmente, há uma tendência para o uso difundido dos termos como terceira idade; o jovem de ontem e melhor idade, entendidos como maneiras de se camuflar a velhice ou torná-la mais jovem, atendendo a certos interesses capitalistas como o de vender serviços de lazer e criar mercado para certos produtos específicos.
    Desse modo, tendo em vista que o número de pessoas de faixa etária acima de 60 anos cresce significativamente em todos os países, faz-se necessário maiores estudos e pesquisas, que possibilitem a viabilização de recursos que proporcione a esta população, cuidados e atitudes mais saudáveis. Este trabalho teve como objetivo, analisar o fenômeno do lazer junto às pessoas da terceira idade, mostrando como eles ocupam seu tempo livre, e identificar ações que possam subsidiar novas práticas junto às pessoas da terceira idade.
    Unitermos: Terceira idade. Lazer. Ribeirão Preto.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 98 - Julio de 2006

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Introdução

    Com base em nossa pesquisa, notamos que muitos são os conceitos de "envelhecimento", todos apresentam em comum o caráter inevitável da velhice, sendo essa realidade um fator a se trabalhar com os idosos. O termo velho, está associado à pobreza, à dependência e à incapacidade, já a terceira idade, indica os velhos aposentados porém, dinâmicos. Cada sociedade constrói a imagem da velhice de acordo com os valores que compõem a sua própria identidade. É grande a preocupação de vários segmentos da sociedade com o envelhecimento social processo esse freqüentemente lento, que leva à progressiva perda de contatos sociais. Este resulta, de uma série de ocorrências por vezes voluntária, acarretando freqüentes e desfavoráveis mudanças.

    A classificação do ciclo biológico humano em faixas etárias bem demarcadas, tem conduzido o conceito de velhice a uma associação com a degeneração, concepção esta, construída socialmente, sem fundamento essencial no ser da velhice e da juventude, uma vez que, este é um conceito historicamente dado, inserido na dinâmica dos valores e das culturas (BIRMAN,1995).

    Atualmente, há uma tendência para o uso difundido dos termos como terceira idade; o jovem de ontem e melhor idade, entendidos como maneiras de se camuflar a velhice ou torná-la mais jovem, atendendo a certos interesses capitalistas como o de vender serviços de lazer e criar mercado para certos produtos específicos (LENOIR, 1996).

    "No Brasil a expressão idoso se refere aos velhos respeitados, pois, o termo velho, está associado à pobreza, à dependência e à incapacidade. Além disso, a designação terceira idade indica os velhos, aposentados dinâmicos como acontece na sociedade francesa." (PEIXOTO, 1998).

    No Brasil, a mudança demográfica desde meados da década de 60 com a queda da taxa de natalidade e o aumento da longevidade, vem alterando a estrutura por idade da população brasileira. No bojo dessa tendência atual de tornar visível socialmente a velhice foi criada a idéia de terceira idade, designando uma nova etapa na vida interposta entre a idade adulta e a velhice, acompanhada de práticas institucionais e profissionais para demarcar e atender às necessidades desses indivíduos.

    Na tentativa de resguardar os direitos de cidadania, o governo criou o estatuto do idoso, que traz uma série de garantias e salvaguardas a todos aqueles que têm mais de 60 anos de idade, além de inovações em diversas áreas, tais como educação, lazer, saúde, transporte, entre outros.

    Para a OMS, o idoso ou a terceira idade (60 a 75 anos) é a faixa etária que mais cresce em termos proporcionais, e estima-se que até 2020 o número de idosos deva quase dobrar, vindo a representar cerca de 14,7% da população, o que corresponderia a mais de 30 milhões de pessoas, segundo o U.S Bureau of Census (1996). Este crescimento sem precedente da população de idade avançada, é uma das mudanças demográficas mais significativas das últimas décadas.

    Segundo Mazo et al. (2001), o Brasil, para muitos, ainda é um país de jovens, sendo o envelhecimento populacional geralmente associado aos países mais desenvolvidos da Europa e da América do Norte. Para esse autor, nos dias atuais, tal afirmativa não representa verdadeiramente a realidade, pois, conforme o IBGE (2000) a população acima de 60 anos distribuído em todo país, somam aproximadamente 15 milhões pessoas.

    Desse modo, tendo em vista que o número de pessoas de faixa etária acima de 60 anos aumenta significativamente em todos os países do mundo, faz-se necessário maiores estudos e pesquisas, que possibilitem a viabilização de recursos que proporcione à esta população, cuidados e atitudes mais saudáveis, a partir dos interesses desses indivíduos.

    Nesse entendimento, vislumbramos que o crescimento deste público significa milhões de consumidores em diversos setores incluindo o do mercado turístico. O expressivo aumento na duração do tempo de vida, aliado ao progresso da economia mundial e a tendência moderna para viajar, pode significar uma grande fonte para desenvolver a atividade turística. O turismo seja enquanto atividade inserida na economia de mercado, seja como fenômeno sóciocultural, não deixará de ser afetado pelos reflexos dessa nova composição já que, na sua maioria, são pessoas com tempo disponível para viajar o ano todo, representando uma fatia no mercado e capaz de diminuir os efeitos da sazonalidade nos destinos turísticos.

    "De modo geral, o público da terceira idade busca o contato com novas pessoas, novas culturas, participação em eventos de confraternização e a vivência de experiências diferenciadas, aliadas com o meio ambiente, ou ainda, ligadas à religiosidade." (MOLETTA, 2000).

    Tal projeção absorvida pelos gestores turísticos, seja ele público ou privado, não pode ser ignorada pelos pesquisadores da área, considerando que existe um mercado promissor que precisa ser melhorado e adaptado para o público da terceira idade.

    Nesse sentido, geograficamente tem destaque as cidades do interior do país que se encaixam nas preferências deste público, pois oferecem variedade de festas e eventos locais, oportunizando experiências voltadas à natureza, atrativos religiosos e, ao mesmo tempo, tranqüilidade e boa qualidade de vida. É neste momento, que entra o planejamento daqueles que desejam empreender nesse segmento, oferecendo locais e equipamentos apropriados, permitindo ao turista usufruir dos inúmeros atrativos que lhe são apresentados.

    "Convém destacar que, a população brasileira que compõe essa faixa etária, apresenta características estruturais, como a condição de saúde, renda, cuidado formal e informal entre outros, que merecem muita atenção por parte de toda a sociedade. Portanto, o crescimento quantitativo dos gerontes, deverá ser acompanhado por uma implementação efetiva de políticas públicas, igualitárias e universais, que garantam os direitos de proteção e participação social da população idosa." (BORBA, 2001).

    Além das garantias necessárias, como componente de uma melhor qualidade de vida, entre várias ações significativas, têm destaque as atividades de lazer.

    A palavra "lazer" tem um complexo de significações com base em interpretações da moral, da religião, da filosofia e do senso comum, comportando também, um sistema de pensamento que indica uma condição de felicidade e de liberdade. (SANTINI,1993). Para Dumazedier, lazer é:

"[...] um conjunto de ocupações, às quais o individuo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembarcar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais" (DUMAZEDIER,apud SANTINI,1993,p.17).

    Além desse, é comum o uso freqüentemente, do termo recreação para nomear algo parecido ao lazer porém, com alguns elementos que os diferenciam. Recreação é entendida como "[...] atividade física ou mental que o individuo é naturalmente impelido para satisfazer as necessidades físicas, psíquicas ou sociais, de cuja realização lhe advém prazer" (SANTINI,1993 p.18).

    Nessa composição, percebemos que, a diferença entre recreação e lazer reside na escolha das atividades a serem exercidas. Enquanto no lazer, por ser um termo mais amplo, o indivíduo possui graus de liberdade para sua escolha, e na recreação, as atividades são impulsionadas naturalmente por motivos interiores, relacionado a necessidade física, psicológico ou social.

    Segundo Andrade (2001), deve-se superar a manutenção do hábito de considerar-se o lazer como sinônimo do otium dos antigos romanos, para os quais, o termo expressava apenas o não-trabalho em situação individual e coletiva de quem se afastava de suas atividades sistemáticas.

    A idéia de que, a partir de determinada idade, certas atividades não devem ser desfrutadas, é uma concepção que tende a ser superada em relação às constantes modificações sociais, uma vez que, atualmente, a expectativa de vida das pessoas, tem aumentado muito e com isso, a necessidade de se repensar as questões que envolvem a qualidade de usufruto do tempo livre.

    Vemos então, como as atividades de lazer necessitam estar em evidências nos estudos e pesquisas que envolvam esta faixa etária, por representar na atualidade importante mudança social.

    A experiência da prática de lazer aumenta o processo de integração entre as pessoas, sejam estas jovens ou idosas, sem diferenciar, portanto a idade do indivíduo que a vivencia. Entretanto, muitos valores deturpados e até mesmos preconceituosos, tendem a guiar as concepções de lazer dentro da própria comunidade idosa interferindo de forma negativa.

    "Embora essas considerações reforcem o nosso interesse em compreender o significado da concepção de lazer para essa população, sabemos que, a questão do lazer, é apenas uma parte dentre vários outros aspectos relacionados à vida das pessoas da terceira idade, o qual deve ser considerado e cada vez mais, merecedor de novos estudos e pesquisas que resulte em melhorias na qualidade de vida dessa população." (MARCELLINO,2000).

    Há muito a ser feito pela terceira idade, não só por esta constituir em faixa etária privilegiada para a vivência do lazer, mas também por ser uma situação de justiça social. Ao lado disso, como questão de cidadania, é importante que os próprios idosos se organizem e reivindiquem seus direitos, incluindo entre outros, assistência médica adequada, acesso facilitado aos equipamentos e a uma política de lazer que, considere os interesses e necessidades dessa faixa etária.

    Nesse sentido, o nosso interesse pelo tema surgiu, a partir do entendimento de que a dissociação do envelhecimento do mito da senilidade possibilitará a nossa sociedade, novas maneiras de pensar e tratar os indivíduos da terceira idade de forma menos excludente e quem sabe, de forma mais acolhedora. Acreditando que, a partir da identificação das necessidades de lazer, facilidade e dificuldade encontrada pela pessoa da terceira idade, será possível elaborar e propor atividades de lazer que atenda e satisfaça a esse grupo.

    Nesse entendimento, este trabalho teve como objetivo, analisar o fenômeno do lazer junto às pessoas da terceira idade, mostrando como eles ocupam seu tempo livre, e identificar ações que possam subsidiar novas práticas junto às pessoa da terceira idade.


Metodologia

    Trata-se de um estudo exploratório que teve como sujeito de pesquisa pessoas adultas que participam do grupo da terceira idade do SESC de Ribeirão Preto- São Paulo, realizado no ano de 2004 no projeto de iniciação científica do Centro Universitário Barão Mauá. Foram entrevistados 19 sujeitos, entre homens e mulheres com idade variando entre 60 e 75 anos que realizava atividade efetiva nesse grupo e que desejaram participar da pesquisa. Deixamos claro os objetivos do nosso estudo e respeitamos a voluntariedade e a disponibilidade de participação, assim como a garantia do anonimato, concomitante com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e obediência as princípios éticos.

    Ao considerar o ponto de vista das pessoas da 3ª idade, para tratar do objetivo deste estudo, entendemos que a utilização de fontes orais ocupa um lugar privilegiado, considerando a maior proximidade e riqueza de detalhes.

    Para coleta desses dados utilizamos formulários com perguntas fechadas, já que, este se destina à coleta de dados resultantes quer de observações, quer de interrogações, cujo preenchimento é feito pelo próprio investigador (CERVO & BERVIAN, 2002, p.49). Levando em consideração nossos sujeitos, este instrumento tem como vantagens: assistência direta a estes; permite esclarecimentos verbais adicionais às questões; garante a uniformidade na interpretação dos dados; e sua aplicação a grupos heterogêneos, inclusive a analfabetos (CERVO & BERVIAN, 2002; RUIZ, 1991).


Resultados

    Inicialmente, realizamos um levantamento considerando as características sóciodemográficas do grupo, buscando identificar concepções e aspirações de lazer e as facilidades e dificuldades encontradas pelas pessoas da 3ª idade na realização das atividades de lazer.

    Quanto ao estado civil dos entrevistados, notamos um equilíbrio entre as respostas, sendo 32% solteiro, 32% casado e 36% viúvo.

    Quanto à religião, identificamos que a grande maioria 89% é católica e 11% é espírita.

    Em relação ao grau de escolaridade, identificamos que: a maioria dos sujeitos estudou apenas até a 4ª série do primeiro grau.

    Existe um equilíbrio entre os sujeitos que moram sozinhos e acompanhados, pois 53% das pessoas moram acompanhadas e 47% das pessoas moram sozinhas. Desses, a maioria 90% mora em casa própria e somente 1 indivíduo (5%) mora em casa cedida e outro (5%) em casa alugada.

    Dos entrevistados, 69% são aposentados, 11% do lar e 20% exercem atividades diversas, a exemplo de: estudante, comerciante, costureira e vendedora. Desses, 47% ganham até 3 salários, 32% de 3 à 6 salários e 21% acima de 6 salários mínimos.

    Todos os entrevistados julgaram de grande importância o tempo de lazer e enfatizaram por unanimidade que essas atividades aumentaram após a aposentadoria.

     Quando foi solicitado que cada um falasse o que é lazer, foi perceptível que a maioria não sabia explicar, julgando o "lazer" como uma atividade rotineira, como cozinhar, passear e assistir televisão. Alguns associam o lazer como esporte. Percebemos que os entrevistados embora tivesse uma certa dificuldade em exprimir sua opinião disseram:

"Para mim, passear, praticar esportes, praticar exercícios e viajar".
"Praticar esportes, dançar, bate papo, fazer trabalhos manuais, viajar. Quem pratica lazer fica mais feliz, melhora a saúde".

    Em relação a prática de lazer, 42% praticam entre 5 e 10 anos, 26% há mais de 10 anos, 32% menos de 5 anos. Percebemos que o interesse dos entrevistados tem crescido em relação a prática da atividade de lazer, ao dizerem que estão cientes do quanto isso faz bem para a saúde física e mental. Todo grupo destacou como atividade de preferência a hidroginástica e a dança.

    A maioria dos entrevistados, afirmam que Ribeirão Preto tem oferecido bastante oportunidades de lazer para eles dando exemplos que nos possibilitou identificar e concordar que a cidade tem melhorado bastante nesse sentido.

    De modo geral, as atividades mais oferecidas são alongamento, ginástica, dança e hidroginástica. Quando perguntado sobre qual atividade deveria ser oferecida, 50% gostaria de viajar mais, porém o fator econômico torna-se determinante na escolha do local e da viagem, 40% gostaria de fazer natação e 10% alongamento, mas por motivo de saúde não podem realizar tal atividade.

    Observamos uma ampla variedade de significado. Entretanto, para todos o lazer é visto como algo positivo, muitas vezes como uma motivação para a vida ao associarem também a saúde física e mental. Interessante notar que eles definem ao mesmo tempo como fonte e conseqüência de uma boa saúde, mostrando sua intrínseca relação com o bem estar. Notamos ainda o caráter social do lazer, já que em muitas concepções ele necessita da interação com os outros indivíduos.


Considerações finais

    Embora essa seja uma abordagem muito nova, percebemos que os profissionais da indústria, do lazer, e demais membros da sociedade estão procurando satisfazer as expectativas e as necessidades deste grupo etário. Nesse sentido, o turismo não deixará de ser afetado pelos reflexos dessa nova composição já que, na sua maioria, são pessoas com tempo disponível para viajar o ano todo e que representará uma grande fatia do mercado.

    Para os participantes deste estudo, embora tenham como 1ª opção de lazer a viagem, mesmo com grande disponibilidade de tempo livre, este é o menos praticado. A importância do tempo livre é por eles valorizada, no entanto, alguns fatores como a condição econômica, os impede da ocupação material do tempo livre com o lazer preferido. Desse modo, é perceptível o quanto as atividades de lazer necessitam estar em evidências nos estudos e pesquisas, que envolvam esta faixa etária, por representarem na atualidade importante mudança social.

    Nesse entendimento, devemos destacar que, a prática do lazer é uma experiência pessoal que aumenta o processo de integração entre as pessoas, sejam estas jovens ou idosas sem diferenciar a idade do indivíduo, fato que pode ser comprovado pelas definições de lazer apresentadas nas entrevistas e nas formas de lazer praticadas.

    Por outro lado, a idéia da recreação significa uma alternativa de adaptação às mudanças e perdas sociais da velhice, tem como reforço que esta indica motivação, estabelecimento de novas metas, novos interesses e estilos de vida, e podendo ser considerada como um processo terapêutico de restauração. Uma velhice saudável e uma boa adaptação às mudanças decorrentes da idade, serão conseguidas quando as funções psicológicas, sociais e biológicas dos idosos, puderem manter-se ou melhorar, mediante um programa de recreação estruturado.

    A recreação na terceira idade nos conduz a percepção de que, todos os que se mantém fisicamente ativos, possuem atitudes mais positivas para diversas atividades e com maior habilidade para lidar com as tensões. Além disso, a participação regular em programas de exercícios pode ajudar a retardar a deterioração física que ocorrem com a inatividade e com o passar dos anos. Tendo em vista o crescimento desta faixa etária, faz-se necessário maiores estudos e pesquisas, que possibilitem a viabilização de recursos que proporcione à esta população, cuidados e atitudes mais saudáveis, considerando seus interesses.

    Vemos como necessário, que a sociedade possibilite aos idosos maiores conhecimentos e informações as quais funcionará como ferramenta, que lhes possibilitará terem mais autonomia e ampliar a visão de mundo ao conhecerem seus direitos como cidadão.

    Para isso, acreditamos ser necessário, que as organizações públicas e privadas invistam em cursos preparatórios que possam instrumentalizar o idoso para autogerir sua vida, seu corpo e seus direitos, englobando conhecimentos gerais, educação para saúde, direitos e deveres do cidadão.

    Em síntese, este trabalho representou um primeiro envolvimento com a pesquisa cientifica. Reconhecemos que, mesmo apresentando algumas limitações em relação ao número de sujeitos envolvidos ou grupos participantes, consideramos que foi muito positivo o seu resultado, por possibilitar o despertar do interesse para novas pesquisas, vislumbrando no futuro próximo, trabalhos de maior complexidade.


Referencia Bibliográfica

  • ANDRADE, J.V. de. Lazer: Princípios, tipos e formas na vida e no trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

  • BIRMAN, J. Futuro de todos nós: temporalidade, memória e terceira idade na psicanálise. N: VERAS, R. (org). Terceira Idade. Rio de Janeiro: Relume - Dumará, 1995.

  • BORBA, V.R. O envelhecimento da humanidade. In: SEMINÁRIO UNESP-UNATI, 3.2001, Rio Claro, Anais... Rio Claro: UNESP, 2001.

  • CERVO, A.R. BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 5ª edição. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

  • LENOIR, R. Objeto Sociológico e problema social. In: CHAMPAGNE, P. et. al. Iniciação à prática sociológica. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

  • MARCELLINO, N.C. Estudos do lazer: Uma introdução. 2 ed. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2000.

  • MAZO, G.Z.; LOPES, M. A.; BENEDETTI, T.B. Atividade física e o idoso: concepção gerontológica. Porto Alegre: Sulina, 2001.

  • MOLETTA, V. F.; GOIDANICH, K. L. Turismo para a terceira idade. 2 ed. Porto Alegre: SEBRAE/RS, 2000.

  • PEIXOTO, C. Entre o estigma e a compaixão e os termos classificatórios: velho, velhote, idoso, terceira idade... In: LINS DE BARROS, M. M. (Org). Velhice ou terceira idade? Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.

  • RUIZ, J. A. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

  • SANTINI, R. de C. G. Dimensões do lazer e da recreação: Questões espaciais, sociais e psicológicas. Angelotti: São Paulo, 1993.

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revista digital · Año 11 · N° 98 | Buenos Aires, Julio 2006  
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