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A auto-eficácia no tênis de campo:
uma perspectiva da Psicologia do Esporte

   
(*) (***) Membro do LEPESPE
(Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte)
Bacharel em Educação Física na Unesp/Rio Claro
Mestrando em Pedagogia da Motricidade Humana na Unesp/Rio Claro
(***) Professor adjunto na UNESP; coordenador do LEPESPE
(***) Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista
"Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Campus de Rio Claro, SP
(**) Mestre em Pedagogia da Motricidade Humana
UNESP - Rio Claro. Professor da Universidade do Grande ABC (UNIABC);
Coordenador ORPUS - Instituto de Treinamento Mental
 
 
Ricardo Macedo Moreno*
Flávio Rebustini**
Afonso Antonio Machado***

ricardomacmor@ig.com.br
(Brasil)
 

 

 

 

 
Resumo
    Este trabalho utilizou entrevistas semi-estruturadas para analisar e avaliar o perfil psicológico de tenistas de campo, mais precisamente a auto-eficácia dos mesmos em situações próprias da modalidade. Cinco tenistas que participam de competições de âmbito nacional foram entrevistados comprovando que a auto-eficácia atribui valor significativo para a carreira do atleta, quando bem trabalhada.
    Unitermos: Auto-eficácia. Psicologia do esporte. Tênis de campo.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 93 - Febrero de 2006

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Introdução

    Esse trabalho teve como objetivo verificar o perfil psicológico de atletas de Tênis de Campo que disputam campeonatos filiados a Federação Paulista de Tênis (FPT) e Confederação Brasileira de Tênis (CBT) , com idade entre 16 e 22 anos. A análise se prendeu mais precisamente à auto-eficácia dentro do contexto e de situações próprias da modalidade, relacionando os dados obtidos com as perspectivas da Psicologia do Esporte.

    Em nossas indagações, através de uma revisão de literatura, tratamos com propriedade de dois termos de muita importância para a compreensão do mundo psicológico do tenista: a auto-eficácia e a motivação, que serão estudados separadamente.

    Dessa forma o trabalho pode servir para mostrar a técnicos, treinadores e até jogadores as falhas e desvios de comportamento que atletas sofrem em determinadas situações críticas, além de mostrar a importância de um trabalho multidisciplinar com um psicólogo do esporte sendo incorporado a clubes e academias para potencialização de possíveis talentos.


Breve revisão de literatura

O histórico do Tênis de Campo

    O tênis é considerado um esporte para as camadas mais altas da sociedade, sua origem está remontada desde o Império Romano. A Escócia se considerava o primeiro país que jogou tênis, mas na realidade o esporte surgiu do jogo do balão (HARPASTUM) praticado pelos romanos, que o levaram para todas as regiões do mundo. O Harpastum foi adaptado no País Basco e recebeu o nome de jeu de paume, porque a bola era batida com a palma da mão contra um muro, mais ou menos o que ocorre hoje com a Pelota Basca (HISTÓRIA..., 2004).

    Em 1874, um major inglês chamado Walter Clopton Wingfielduqe propôs como jogo novo o sphairistike, que em grego significa jogo de bola, conservando-se por pouco tempo esse nome, serviria como diversão para seus convidados antes do real propósito da visita que era a caça ao faisão, sendo no gramado de sua mansão a disputa das primeiras partidas de tênis. O jogo era praticado dividindo-se em duas quadras, a vanguarda e a retaguarda, distinguindo-se a primeira por um losango marcado no centro onde está o lugar em que se deve efetuar os saques (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS, 2004).

    A Copa Davis que é um dos torneios mais importantes do mundo do tênis surgiu, como um duelo entre britânicos e norte-americanos, em 1899. Sua história pode ser dividida em várias fases. Primeiro, o torneio se limitava ao confronto entre EUA e Inglaterra. Em 1906, belgas e franceses entraram na disputa. O número de participantes, a partir daí, cresceu tanto que, em 1923, os organizadores precisaram dividir os jogadores em zonas (HISTÓRIA..., 2004).

    No Brasil, as primeiras quadras foram construídas em 1892, no São Paulo Athletic Club, fundado pelos ingleses. Mas o esporte no país só era praticado como lazer e convívio social. O primeiro torneio só foi acontecer em 1904, um interclubes entre o São Paulo, o Tennis Club de Santos e o Paulistano.

    Em 1924, foi fundada a Federação Paulista de Tênis (FPT), tendo na década de 30 um número recorde de 30 filiados. Até o ano de 1955, o tênis era membro junto com mais outros esportes da Confederação Brasileira de Desporto (CBD), nesse ano o tênis passou a ser cargo da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) criada no governo de Juscelino Kubitschek (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS, 2004).

    O tênis brasileiro anda perdendo a qualidade após a política ter "entrado" nas quadras. A administração polêmica da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) pelo presidente Nelson Nastás anda interferindo nos resultados do Brasil na Copa Davis e no resultado dos dois principais tenistas brasileiros, até então Gustavo Kuerten e Flávio Saretta, no circuito.


Auto-Eficácia

    A auto-eficácia foi desenvolvida dentro do modelo da teoria cognitiva social de Bandura (apud FELTZ e CHASE, 1998), que, segundo esses autores, tinha como proposta inicial de:

explicar os diferentes resultados encontrados por diferentes métodos utilizados na psicologia clínica para o tratamento da ansiedade. Posteriormente esta teoria foi ampliada para ser utilizada em outros domínios como nas áreas de: escolha e desenvolvimento de carreiras (LENT e HACKETT, 1987); saúde e exercício (MCAULEY, 1992; O'LEARY, 1988); e no esporte e desempenho motor (FELTZ e CHASE, 1998: p.65).

    Auto-eficácia refere-se aos julgamentos que as pessoas fazem de sua capacidade para organizar e executar os planos de ação exigidos para atingir determinados tipos de rendimento ou comportamento (BANDURA, 1993). Ela consiste no grau de convicção que uma pessoa tem de que pode executar com sucesso um determinado tipo de comportamento necessário para produzir um determinado resultado, sendo relativa, portanto, às crenças e pensamentos pessoais acerca das próprias capacidades para realizar uma, ou um conjunto, de tarefa(s).

     Em outras palavras, ela funciona como um determinante do modo como as pessoas agem e se comportam, dos seus padrões de pensamentos e das reações emocionais que experienciam em situações de realização (BANDURA, 1995).

    Mcauley e Mihalko (1998) afirmam que a auto-eficácia ou, as percepções de capacidade pessoais do indivíduo, é um dos melhores identificadores psicossociais de aderência em atividades físicas. Para esses autores, a expectativa de eficácia é a crença individual na(s) sua(s) capacidade

em executar o curso necessário de ação para satisfazer as demandas da situação, e é teorizado para influenciar as atividades que os indivíduos escolhem fazer, o esforço gasto nessas atividades, e o grau de persistência demonstrado ao encontrar falhas ou estímulos aversivos (MCAULEY e MIHALKO, 1998: p. 371).

    Maddux (apud FELTZ e CHASE, 1998) sugere que essa definição distingue a auto-eficácia de tarefas, em que são consideradas apenas as habilidades motoras, e a eficácia auto-regulatória, que está relacionada com os impedimentos e desafios ligados com o sucesso do desempenho de uma ação. Ou seja, são responsáveis pelo nível de motivação.

    A auto-eficácia não se refere exatamente às habilidades, e sim ao julgamento da pessoa sobre essas habilidades. Os autores afirmam que esse julgamento é o produto de um complexo processo de autopersuasão, que concretiza o processamento cognitivo das diversas fontes de informações de confiança.

    Ela inclui a ativação que está associada ao medo e ao autoquestionamento, ou à preparação psicológica e prontidão para a performance, assim ao nível de fitness, fadiga e dor (em atividades de força e resistência). As conseqüências desses julgamentos, hipoteticamente, servem para determinar o nível de motivação que provocará um reflexo no esforço a ser despendido e na sua insistência frente às dificuldades.

    Bandura (1993) ainda cita dois conceitos distintos de auto-eficácia: a expectativa de eficácia pessoal, a qual se refere ao grau de certeza e convicção pessoal com que é capaz de realizar com sucesso determinada ação a fim de conseguir um resultado desejado, e a expectativa de resultado, que se refere à crença pessoal de que a realização de uma determinada ação levará a ou originará determinado resultado.

    De acordo com Feltz e Chase (1998), as expectativas de auto-eficácia não devem ser confundidas com expectativas de resultado. Expectativa de resultado é definida como uma crença de que um comportamento acarretará um certo resultado, por exemplo, em uma partida de basquete um jogador sabe que se driblar os três jogadores adversários na sua frente ele conseguirá marcar o ponto.

    Enquanto que a expectativa de auto-eficácia é a crença do quanto o indivíduo é competente e o grau de sucesso que ele conseguirá atingir em um determinado comportamento, por exemplo, esse mesmo jogador na mesma situação descrita acima, mas agora ele tem certeza de que consegue driblar os jogadores e marcar o ponto.

    A diferença é que na primeira situação o jogador sabe o resultado da ação que quer realizar, mas não sabe se consegue fazê-lo, e no segundo ele também sabe o resultado e tem convicção de que consegue fazê-lo.

    Os dois tipos de expectativas servem como preditores de desempenho, embora esses autores afirmem que suas pesquisas bibliográficas comprovem que a auto-eficácia é um preditor mais forte. Uma das possíveis dificuldades na Psicologia do Esporte é a conceituação diferenciada da auto-eficácia e de auto-confiança, mais usual e comum na linguagem esportiva.

    Em 1990, Bandura desfez estas dúvidas, apontando para as diferenças entre auto-eficácia e o termo auto-confiança. Este último se refere ao grau de firmeza e convicção numa determinada crença, mas sem especificar a situação. Já a auto-eficácia se refere à crença de que se é capaz de executar ou atingir determinados níveis de rendimento.

    Uma avaliação de auto-eficácia inclui, portanto, não só uma afirmação do nível de capacidade mas também a certeza e convicção nessa crença. Assim, a eficácia percebida é um estado ou propriedade dinâmica, que flutua e varia de momento para momento, de situação para situação, e não um traço estável da personalidade.

    Bandura (1986) afirma que a teoria da auto-eficácia aplicada ao esporte implica várias técnicas e estratégias, que podem ser usadas por técnicos, instrutores e professores, pois afetam o desempenho e comportamento ao influenciar diretamente a auto-eficácia do sujeito, que seria uma variável indireta crítica.

    As percepções de auto-eficácia contribuem para a motivação no esporte através de várias formas e modos. Com base nas suas crenças de eficácia pessoal é que as pessoas escolhem os desafios que vão tentar realizar, decidem a quantidade de esforço que vão despender para fazer face a esse desafio e decidem durante quanto tempo vão manter-se e ser persistentes em relação aos obstáculos e dificuldades (CRUZ e VIANA, 1996).

    Um dos componentes que interferem na auto-eficácia é a ansiedade sentida pelo atleta. Entendemos que a ansiedade seja relevante, quando passamos a estudar a auto-eficácia no tênis de campo.

    Feltz (1992) afirmou que os estudos realizados sobre auto-eficácia no esporte e na atividade física que foram baseadas nos resultados de desempenho ofereceram fontes seguras de informações. Isso ocorreu porque eles foram fundamentados no julgamento do indivíduo em experiências nas quais ele possui um ótimo controle da ação realizada.


Metodologia

    Como metodologia foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas com cinco atletas do sexo masculino com faixa etária compreendida dos 16 aos 22 anos, que participam de campeonatos filiados a Federação Paulista de Tênis, e a Confederação Brasileira de Tênis. Houve, para análise do que foi relatado verbalmente com minúcia, um encontro individual com cada atleta. Desta forma o método destas entrevistas baseou-se em, após uma pergunta envolvendo a percepção do atleta sobre a presença e a condição de alterações psicológicas no

    esporte, ouvir e gravar todas as falas do atleta, sem que o pesquisador participasse diretamente do processo.


Discussão e análise dos dados

    Quando no começo de uma partida, a maioria dos atletas não se sente seguros e confiantes para arriscar jogadas ou para jogar como de costume, isso pode ser ocasionado pela presença de um novo ambiente onde o atleta se sente um ser estranho ao local e a tudo o que tem nele, por isso entram inseguros e com medo de perder os pontos.

    Esse medo vai sendo perdido de acordo com a própria performance do atleta, onde o mesmo com o passar da partida vai se acostumando com as condições ambientais que lhe são impostas e passa a jogar com menos pressão e consequentemente sua confiança aumenta para tentar jogadas de mais arrojo, o que só acontece quando a confiança está conquistada.

    Todos os atletas entrevistados se sentem mais confiantes quando fazem boas jogadas, talvez por sentirem que tudo está dando certo e nada na quadra e fora dela está influenciando seu comportamento e sua performance, sentem que a vitória só depende deles próprios, assim se concentram mais na partida e não perdem o foco principal que é a vitória. Este momento é o ápice da performance, do ponto de vista da Psicologia do Esporte: é a união da auto-eficácia e auto-estima que garante tal desempenho e sucesso.

    O comportamento da maioria dos tenistas é alterado por fatores externos, sinal de imaturidade, falta de concentração e confiança em si, por tentarem usar de fatores externos para justificar possíveis falhas. Um grande número é influenciado por fatores do jogo, como pontos a favor ou contra (o contra sempre é atribuído como falha própria e nunca como mérito do adversário) e erros em situações em que isto não é admitido (pode ser sinal de descontrole emocional e ansiedade), isso diminui a confiança do atleta que começa a se questionar se é capaz de acertar essas bolas novamente.

    Numa situação própria do tênis, ganhar seu game de saque é como uma obrigação e em uma situação desfavorável no seu game de saque, os atletas na maioria das vezes se sentem tensos, pressionados e nervosos pois ficam com medo de errar e não cumprir com sua "obrigação", em que os mesmos sentem a interferência do placar e da performance, o placar fica desfavorável quando o saque não é confirmado e a confiança é abalada por uma performance ineficiente. Um bom número de atletas nessas situações consegue arriscar o saque da mesma maneira por se portar indiferente ao placar e a pressão causada por ele, por achar que agir assim melhora suas chances para reverter o quadro. Outros atletas usam de técnicas de relaxamento para minimizar a pressão e tentar jogar aquele ponto como se fosse outro qualquer, até normal, sem o peso da situação.

    Os tenistas, em sua maior parte, perdem a confiança quando cometem erros em bolas fáceis, por não aceitarem o erro naquela situação; por errarem as bolas mais fáceis não acreditam que são capazes de acertar qualquer outra bola. De igual quantia alguns tenistas atribuem os erros às questões religiosas, momento em que o erro é sinal de que Deus não quer que ele vença, outros tenistas ficam nervosos mostrando descontrole emocional e imaturidade, por outro lado outros tenistas conseguem admitir que erraram, esquecem o erro e se concentram para o próximo ponto, mostrando controle emocional, boa concentração e maturidade dentro da partida.

     Diante de uma situação desconfortável que é a de ser explorado em suas deficiências, os atletas na maioria das vezes alteraram o seu comportamento tático, mudando a estratégia na partida pois se sentem muito seguros nos seus pontos fortes querendo usá-los para esconder os fracos, em algumas situações mudam a técnica para tentar acertar ou pelo menos devolver as bolas, sinal de total insegurança no golpe e em si para executá-lo. Outros atletas continuam com a mesma técnica porém tentam não arriscar até que sua confiança seja restaurada por uma seqüência de golpes bons ou pela própria percepção de que esteja executando o golpe da maneira certa.

    Os tenistas quando perdem o primeiro set jogando mal, na maioria dos casos consegue esquecer a performance ineficiente e encarar o segundo set como se a partida estivesse começando de novo, as falhas são desconsideradas e o emocional parece não ser abalado. Um grande número deles usa os erros cometidos no primeiro set como fonte para formação de uma nova estratégia para tentar alterar o jogo e conseguir a vitória, a experiência adquirida parece responsável por esse comportamento. Um pequeno número de tenistas se sente inseguro e sem confiança, passando a ver a derrota com maior probabilidade.


Conclusão

    A auto-eficácia segundo Bandura (1990) varia de momento para momento, de situação para situação, não sendo um traço estável de personalidade, além de ser específica a certo tempo e ambiente, podendo oscilar muito. Essa oscilação pode ser observada neste trabalho quando os atletas relataram não se sentirem confiantes no começo da partida e que esta auto-eficácia aumentava com o desenrolar da partida.

    O aumento da auto-eficácia tem como principal fonte a experiência de sucesso real, que segundo Bandura e Feltz (1992) é esse sucesso que causa o maior efeito sobre a auto-eficácia, concordando com o que foi demonstrado pelos atletas que consideraram a realização de boas jogadas como sendo a maior fonte de aumento da auto-eficácia.

    O contrário do exposto, ou seja, a diminuição da auto-eficácia foi encontrada em muitos casos por performance insatisfatória e em situações desfavoráveis no placar e no jogo, mostrando mais uma vez essa característica de instabilidade relatada pelos autores citados.

    Alguns atletas se mostraram com uma grande auto-eficácia observada em situações onde seus pontos fracos eram explorados e estes admitiram mudar o plano tático de ação, julgando serem capazes de inverter o quadro da partida, na administração da tensão em situações difíceis, quando se sentiam motivados a jogar contra jogadores de melhor ranking, quando se mostraram persistentes e motivados a buscar um jogo que parecia estar perdido (CRUZ e VIANA, 1996) e quando conseguem após ter perdido o primeiro Set imaginar que o jogo está começando de novo e aprender com os erros cometidos anteriormente. Segundo Maddux (apud FELTZ e CHASE, 1998) esses julgamentos da pessoa sobre suas habilidades que determinam o nível de motivação e consequentemente no esforço a ser despendido e na insistência frente às dificuldades.

    Por outro lado, alguns atletas se mostraram pouco auto-eficazes quando admitiram mudar os golpes quando pressionados em seus pontos fracos, por não se sentirem capazes de atingir boa performance com aquele golpe e por julgá-lo ruim, quando relataram que sua motivação para virar uma partida dependeria do seu adversário (se esse fosse ruim), do placar (se não estivesse tão desfavorável) e de sua performance naquele momento, quando erram bolas fáceis e quando perdem o primeiro Set jogando mal.

    Ainda Bandura (1986) relata que a eficácia pessoal pode modelar o tipo de explicação que é apresentado para certos resultados de comportamentos, através da relação entre auto-eficácia, o controle pessoal, e as dimensões das atribuições causais. Isso foi constatado quando os atletas relataram que seus comportamentos eram alterados na maioria das vezes por fatores externos, por seqüência de pontos contra e por erros em bolas fáceis, mostrando o descontrole dos tenistas relacionado a uma baixa auto-eficácia.


Referências bibliográficas

  • BANDURA, A.. Perceived self-efficacy in cognitive development and functioning. Educational Psychologist, v.28, p. 117-148, 1993.

  • BANDURA, A.. Perceived self-efficacy in the exercise of personal agency. Journal of Applied Sport Psychology, v.2, p. 128-163, 1990.

  • BANDURA, A.. Self-efficacy in changing societies. New York: Cambridge University Press, 1995.

  • BANDURA, A.. Social Foundations of Thought and Action. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall, 1986.

  • CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS. História: A origem do Tênis a partir de Jeu de Paume. Apresenta informações sobre o tênis. Disponível em: http://www.cbtenis.com.br/historia/index.asp?Page= OrigemdoTenis. Acesso em: 4 dez. 2004.

  • CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS. História: O Tênis no Brasil. Apresenta informações sobre o tênis. Disponível em: http://www.cbtenis.com.br index.asp?Page=TenisnoBrasil. Acesso em: 4 dez. 2004.

  • CRUZ, J. F.; VIANA, M. F.. Auto-confiança e rendimento na competição desportiva, In: Manual de Psicologia do Desporto. Bragança, p. 265-286, 1996.

  • FELTZ, D. L.. Understanding Motivation in Sport: A Self-Efficacy Perspective. In: ROBERTS, G. C.. Motivation in Sport and Exercise. Champaign: Human Kinetics, p. 93-106, 1992.

  • FELTZ, D. L.; CHASE, M. A.. The Measurement of Self-Efficacy and Confidence in Sport. In: DUDA, J. L. .Advances in Sport and Exercise Psychology Measurement. Purdue University: Book Crafters, 1998.

  • HISTÓRIA do tênis. Apresenta informações sobre o tênis. Disponível em: http://www.matchpoint.com.br/historia_principal.html. Acesso em: 4 dez. 2004.

  • MCAULEY, E.; MIHALKO, S. L.. Measuring Exercise-Related Self-Efficacy. In: MORRIS, T.. Self-Efficacy in Sport and Exercise. In MORRIS, T., SUMMERS, J.. Sport Psychology: Theory, Applications and Issues. New York: John Wiley, 1995.

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revista digital · Año 10 · N° 93 | Buenos Aires, Febrero 2006  
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