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A Ginástica Artística Feminina competitiva: breve revisão de
literatura e estudo de caso com equipes de 03 cidades da
região metropolitana de Campinas-SP

   
Facultade de Educação Física. UNICAMP
(Brasil)
 
 
Elaine Cristina Gueriero
lainecris@yahoo.com.br  
Prof. Dr. Paulo César Montagner
 

 

 

 

 
Resumo
    A Ginástica Artística Feminina (GAF) brasileira está passando por uma fase de exposição na mídia muito importante para sua massificação. Nos últimos anos, tal modalidade apresentou, e continua apresentando, resultados muito significativos no cenário internacional, nunca antes alcançados. As vitórias conquistadas pelas ginastas brasileiras, especialmente Danielle Hypólito e Daiane dos Santos, trouxeram a GAF aos jornais e telejornais. Estes resultados levam a refletir sobre a situação regional frente ao crescimento nacional. Como funciona a GAF competitiva na Região de Campinas? Ela de fato existe? Quem se destaca? O objetivo deste trabalho não é definir a melhor ou a pior forma de manter uma equipe de Ginástica Artística com foco competitivo, e sim relatar a situação atual de três cidades que desenvolvem GAF na Região Metropolitana de Campinas (RMC) sob os olhos dos atuais treinadores das equipes selecionadas e, a partir de então, traçar paralelos que possam justificar os resultados de tais equipes. Este estudo consiste em análises dos questionários entregues aos técnicos das equipes pesquisadas que possam elucidar as questões relacionadas acima. Observou-se que na RMC três cidades têm melhores resultados nos Jogos Abertos do Interior de São Paulo dos últimos 5 anos. Elas serão denominadas "Cidade 1", "Cidade 2" e "Cidade 3". A análise dos dados obtidos com a pesquisa permitiu concluir que as três cidades têm problemas comuns que as impedem de melhorar seus resultados. Os principais problemas encontrados foram: falta de verbas (com ausência de patrocínio); materiais insuficientes ou em más condições; e baixo número de profissionais contratados para desenvolver a modalidade na cidade. Problemas como estes são extremamente limitantes quanto ao desenvolvimento de equipes competitivas que buscam obter resultados expressivos no cenário nacional.
    Unitermos: Ginástica Artística Feminina. Campinas. Competições.
 
Abstract
    The Women's Artistic Gymnastic (WAG) in Brazil is going through a very important phase of mass participation through its exposition in media. In the last few years, this sport has presented very significant results in the international scenario, never achieved before. The victories conquered by the Brazilian's gymnastics, especially Danielle Hypólito and Daiane dos Santos, have brought the Artistic Gymnastic to the mass communication. These results take us to a thought about the regional situation against the national growth. How does the competitive WAG work in the Campinas region? Does it exist at all? Who is pointed out? The purpose of this work is not to define the best or the worth way to keep a competitive Artistic Gymnastic team, but to describe the actual situation of the three cities that work with WAG in the Campinas region under the eyes of the selected teams coaches and, from that on, make comparisons that can justify the results of these teams. This work consists in analysis of the questionnaire given to the searched teams coaches that can elucidate the questions related above. Working on this paper, it's been shown that there are three cities in the Campinas Region with better results in the last 5 years on the Open Games of São Paulo. They will be called "City 1", "City 2" and "City 3". The analysis of the information received with the research allowed us to conclude that the cities have common problems that stop them getting better results. The mainly issues founded were: lack of money (lack of sponsoring); not enough materials or in bad conditions; and not enough professionals hired to develop the activity in the city. Problems like these are extremely limitation factors to the growth of the competitive teams that is looking for expressive results in the national scenery.
    Keywords: Women's Artistic Gymnastic. Competition. Campinas' Region.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 90 - Noviembre de 2005

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Introdução

    Este ensaio desenvolve o tema Ginástica Artística (GA) sob seu aspecto estrutural e funcional. Abordará a Ginástica Artística Feminina focalizada em um ponto muito pouco estudado, com bibliografia restrita, porém de grande importância: sua situação quanto ao incentivo público e privado. Especificamente na região de Campinas1.

    O objetivo central deste estudo é abordar a GA Feminina competitiva da região de Campinas especialmente quanto ao seu funcionamento e direção administrativa. Não é pretensão deste texto propor a "melhor maneira" para promover o crescimento da GA Feminina na região. Apenas pretende-se apresentar as situações encontradas, relatá-las e, a partir daí, traçar paralelos entre elas.

    Baseando-se nos dados coletados, o estudo busca expor as dificuldades encontradas pelas cidades analisadas que inibem o crescimento das equipes competitivas dos municípios citados e como a forma de administrar pode influenciar, positivamente, nos resultados.

    Tendo em vista que a região de Campinas não vem apresentando resultados significativos na modalidade Ginástica Artística frente ao cenário nacional, apesar de alguns resultados isolados em Campeonatos Brasileiros, fez-se necessária esta investigação. Esta pesquisa foi elaborada com intuito de provocar uma reflexão sobre os motivos que impedem a região de crescer e tornar-se, enfim, uma potência nacional na Ginástica Artística feminina.

    A escassez de bibliografia sobre o funcionamento da Ginástica Artística nacional, dificultou o desenvolvimento dessa pesquisa.


Contextualizando as cidades estudadas

    As tabelas a seguir têm o objetivo de traçar um perfil sobre as Cidades 1, 2 e 3, pesquisadas neste estudo. Como pode ser visto na tabela 1 (abaixo), as cidades são extremamente diferentes quanto aos números populacionais, segundo o IBGE. A Cidade 2, a menos populosa, tem quase 1/4 da população da Cidade 3 que, por sua vez, tem cerca de 1/5 da população da Cidade1. As faixas etárias descritas (5 a 19anos) foram determinadas por tratar-se da idade do público principal de praticantes de Ginástica Artística. Gif01 Tabela 1 - População das cidades estudadas. Fonte: IBGE

    Os resultados dos Jogos Abertos do Interior de São Paulo desde 2000 demonstram que a Cidade 3 inicia sua participação em Jogos Abertos a partir de 20022. Isso aconteceu devido à criação de uma categoria de idade restrita, semelhante ao sub 21 dos esportes coletivos, que na GA Feminina é a categoria sub 14 anos. Nesta categoria é que a Cidade 3 destacou-se desde então. Já a Cidade 2 e a Cidade 1 destacam-se na categoria de idade livre. Portanto, ao olhar os resultados da Cidade 3, deve-se ter em mente que a categoria não é a mesma que a das Cidade 1 e 2.

    A tabela 2 demonstra uma pequena oscilação nos resultados da Cidade 1, um crescimento nos resultados da Cidade 2 e uma grande oscilação nos resultados da Cidade 3. A análise do questionário buscará elucidar o por quê destes resultados. Gif02 Tabela 2 - Resultados dos Jogos Abertos do Interior de São Paulo dos últimos 5 anos - Fonte: www.jogosabertos.santos.sp.gov.br/honra2003.htm

    A tabela 3 traz os resultados destas três cidades nos últimos cinco anos em Campeonatos Nacionais. Analisando-a, pode-se perceber que a Cidade 1 tem mais participações em Campeonatos Brasileiros que as Cidades 2 e 3. Isso pode significar que o trabalho realizado com treinamento da modalidade na Cidade 1 é mais antigo que nas demais cidades. Segundo Fiorin (2002), já existiam relatos de competições de "Ginástica em Aparelhos" na "Cidade 1" desde 1967.

    A Cidade 2, por sua vez, só participou de Campeonatos Brasileiros em 2004, assim como a Cidade 3, e ambas conseguiram resultados expressivos. Porém, um resultado expressivo isolado não torna a Cidade ou a região potências na modalidade. Mas aponta um crescimento e um amadurecimento das cidades até então desconhecidas no cenário nacional. Gif03 Tabela 3 - Resultado dos Campeonatos Brasileiros dos últimos 5 anos - Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica

    É interessante relacionar a Tabela 1 com as Tabelas 2 e 3 e notar que, apesar de diferentes, as cidades são muito próximas quanto aos seus resultados. As análises realizadas neste estudo permitirão uma reflexão sobre por que uma cidade tão grande como a Cidade 1, tem resultados semelhantes a uma pequena cidade como a Cidade 2. 1.A Ginástica Artística Feminina: contextualização através de revisão literária 1.1. Origem da Ginástica no Brasil

     Com a oficialização da criação da Escola de Educação Física da Polícia Militar do Estado de São Paulo em 1901, o Brasil começou a ter influências de outras "escolas" e a praticar diversas atividades sistematizadas. Entre elas a Ginástica Sueca da época (que eram realizadas em conjuntos), pirâmides humanas, Ginástica em aparelhos como barra fixa, paralelas, cavalo com arções, argolas em balanço e esgrima (Publio, 1998).

     O nome "Ginástica Olímpica" popularizou-se no Brasil junto ao Conselho Nacional dos Desportos em 1979, mas também era conhecida como Ginástica Desportiva, Ginástica em Aparelhos, entre outros. (PUBLIO,1998)

     Segundo Langlade e Langlade (citado por Souza,1997), a Ginástica atual tem origem no inicio do século XIX com o surgimento de quatro grandes escolas: a inglesa, a alemã, a sueca e a francesa. Destas, apenas a Escola Inglesa não teve grande influência na Ginástica brasileira. Este assunto é muito bem estudado por Langlade e Langlade (1970), Castellani Filho (1988), Soares (1994) entre outros.

     O "período heróico", como ficaram conhecidos os anos entre 1824 a 1950 descreve como a ginástica iniciou - se no país até sua regulamentação.

     Quando os alemães chegaram ao Rio Grande do Sul em 1824 a Ginástica, utilizada até 1800 "como referência à todo tipo de atividade física sistematizada, cujos conteúdos variavam desde as atividades necessárias à sobrevivência, aos jogos, ao atletismo, às lutas, à preparação de soldados"(SOUZA, 1997), já tinha uma conotação mais ligada à prática de exercícios físicos. A partir de então, passou a difundir-se, já que os alemães traziam o conhecimento de Friedrick Ludwig Jahn, o "pai da ginástica", e eram amantes de sua ideologia.

     A imigração alemã promoveu a implantação de suas idéias a respeito da Ginástica por todo o país. Os primeiros professores a darem aulas em escolas eram alemães e introduziram a Ginástica Militar (FIORIN, 2002). Porém, o Método Alemão passou a sofrer diversas críticas por sua dureza. Segundo Fiorin (2002), Rui Barbosa defendia a implantação do Método Sueco pelo "(...) caráter extremamente cientifico que dialogava perfeitamente com o ideário positivista que rondava a Republica" (pg. 56). Porém, o Método Francês chegando em 1907 e oficialmente introduzido na escola em 1929, tornou-se o mais presente no século XX.

     Voltando ao Rio Grande do Sul, a prática preconizada por Jahn fez surgir em todo o Estado diversas "Sociedades de Ginástica" (turnverein). Uma delas, fundada em 1867 sob o nome de Deutsher Turnverein e em seguida Turnerbund, é a atual SOGIPA (Sociedade Ginástica de Porto Alegre).

     Somente em 1895, Jakob Aloys Friederichs liderou a fundação da Turnershaft von Rio Grande do Sul (Liga de Ginástica do Rio Grande do Sul), a primeira entidade esportiva de abordagem Estadual do Brasil, da qual foi presidente diversas vezes. (PUBLIO, 1998)

    Com a criação da Liga, em 1896 aconteceu o I Campeonato Aberto de Ginástica, onde participaram as diversas Sociedades Ginásticas do Rio Grande do Sul.

     Essas Sociedades Ginásticas perduraram até a Repressão do Estado Novo em 1938, onde o Estado, com o objetivo de nacionalizar as escolas e organizações esportivas, buscou neutralizar as organizações hitleristas do país. (PUBLIO, 1998)

    Além dos campeonatos no Rio Grande do Sul, alguns campeonatos aconteciam entre Rio de Janeiro e São Paulo desde 1910. 1.2. A chegada da Ginástica em Campinas3

    Em Campinas, a presença alemã também foi muito forte. Os mais antigos clubes fundados por alemães foram: o Club Concórdia (fundado em 1871); o Eintracht (fundado por volta de 1900); o Turner Gruppe (fundado em 1904) e Deutshe Shule (Escola Alemã). (FIORIN, 2002)

    Não pode-se afirmar que todos estes grupos possuíam aulas de Ginástica. Acredita-se que a maioria destas atividades aconteciam no Turner Gruppe. (FIORIN, 2002)

    O caráter associativo alemão (que mantia as tradições alemãs dentro dos clubes e os nomes alemães das instituições) manteve-se forte até a repressão do Estado Novo de Vargas, como já foi dito. Em Campinas não foi diferente. O Turner Gruppe mudou seu nome para Clube de Ginástica Alemão, e a Deutshe Shule para Colégio Rio Branco.

    Um dos principais difusores da Ginástica dentro de Campinas a partir da década de 40 foi Prof. Pedro Stucchi. Estudou em São Paulo, iniciou sua carreira na ACM (Associação Cristã de Moços) onde conheceu a Calistenia, partiu primeiro para Capivari e depois para Campinas. Em Campinas utilizou-se do Método Francês durante muito tempo, com apresentações em grandes áreas, principalmente em seu trabalho junto ao Colégio Culto à Ciência. Ministrava aulas de Ginástica em Aparelhos para os rapazes, Ginástica esta precursora da Ginástica Artística atual. Depois, com a chegada de outras visões e conteúdos da Educação Física, foi mudando suas aulas, introduzindo o esporte, entre outros. A chegada do Método Desportivo Generalizado, difundido no Brasil por Listello, começou a mudar um pouco do Método Francês "puro". A Ginástica Artística começa a ser difundida e Pedro Stucchi a introduziu no Colégio Culto à Ciência. (FIORIN, 2002) 1.3. A fundamentação da Ginástica Artística no Brasil.

     Em 1942, o Rio Grande do Sul, pioneiramente, regulamentou a prática da Ginástica Olímpica com a criação da Federação Atlética Rio Grandense, a FARG (que se tornaria em 1962 a Federação Rio Grandense de Ginástica - FRG), consagrando Porto Alegre como o "berço da Ginástica Olímpica nacional" (PUBLIO, 1998).

     As competições da FARG seguiam o regulamento da já extinta "Liga de Ginástica do Rio Grande do Sul", que, por sua vez, seguia o regulamento da Confederação Alemã de Ginástica. Os aparelhos das competições eram a Barra Fixa, as Paralelas, o Cavalo com Arções, o Cavalo para salto, as Argolas e o Solo de 8x8 metros, todos já bem próximos dos aparelhos usados atualmente.

     A Federação Paulista de Ginástica (FPG) surgiu como Federação Paulista de Halterofilismo (FPH) em 1948, passando primeiro para Federação Paulista de Ginástica e Halterofilismo (FPGH) antes de adotar o nome atual em 1956.

    Segundo Publio (1998, pg.172),

(...)no período 1945/55, a então Escola de Educação Física da Força Pública, o Clube Ginástico Paulista e a Associação Cristã de Moços (ACM), eram as entidades atuantes na Ginástica de solo e aparelhos, em São Paulo.

     A Federação Metropolitana de Ginástica do Rio de Janeiro (FMG), atual Federação de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro, só foi fundada em 1950, um ano antes da Confederação Brasileira dos Desportos (CBD) filiar-se à Federação Internacional de Ginástica.

    A filiação da CBD à FIG deu início a um outro período da Ginástica Olímpica brasileira, o período de 1951 a 1978, no qual a entidade nacional máxima era a CBD.

    A partir de 1951, passaram a acontecer oficialmente os Campeonatos Brasileiros comandados pelo Conselho de Assessores da Ginástica, que eram subordinados ao Departamento de Desportos Terrestres da CBD.

    Em 1978, como tratado a seguir, acontece o desmembramento da CBD e a fundação da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).


1.4. O surgimento da Confederação Brasileira de Ginástica.

    A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) surgiu do desmembramento da Confederação Brasileira dos Desportos (CBD) em 1978.

    A Ginástica brasileira foi oficializada como esporte em 1950 (Santos e Santos, 1999). Neste ano já haviam sido criadas as Federações Estaduais do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, fundadas em 1942, 1948 e 1950 respectivamente. A Confederação Brasileira dos Desportos filiou-se à Federação Internacional de Ginástica (FIG) em 1951.

    Desde sua criação em 1978 até hoje, a CBG foi presidida por: Gif04 Quadro 1 - Presidentes da CBG desde a sua criação em 1978. (Fonte: Santos e Santos)


1.5. A organização da Ginástica Artística atual

     A Ginástica Artística é uma das modalidades pertinentes à Confederação Brasileira de Ginástica. No Brasil, alguns Estados possuem a sua Federação filiada a CBG.

    A Federação Internacional de Ginástica (FIG) é a organização mais antiga e com maior abrangência internacional na área da Ginástica. Está subordinada ao Comitê Olímpico Internacional (COI), sendo responsável pelas modalidades gímnicas que são competidas nos Jogos Olímpicos. É, portanto, a Federação com maior poder e influência na Ginástica mundial (Souza,1997).

    A FIG atualmente é composta por 7 comitês, sendo 6 relativos às modalidades competitivas (Ginástica Artística Masculina, Ginástica Artística Feminina, Ginástica Rítmica Desportiva, Ginástica Acrobática, Trampolim Acrobático e Ginástica Aeróbica) e um relativo a Ginástica Geral, que tem caráter demonstrativo (Confederação Brasileira de Ginástica).


1.6. Resultados do Brasil em Jogos Olímpicos

     O Brasil vem participando dos Jogos Olímpicos na modalidade Ginástica Artística há apenas sete Olimpíadas (desde Moscou em 1980). Um espaço de tempo consideravelmente pequeno, dada a sua evolução. Abaixo, os resultados obtidos pelos Ginastas:

  • Moscou, 1980 - João Luis Ribeiro (64° colocado, com 105,75 pts) e Claudia Magalhães (56a colocada, com 70,55 pts). O direito a competir nos jogos olímpicos foi conquistado através da colocação obtida no Mundial de 1979, seletivo para os Jogos de Moscou (Publio,1998).

    Segundo um relato de Siegfried Fisher, então presidente da CBG e chefe da delegação brasileira de ginástica em Moscou, citado por Publio (1998,p.114):

Não fora a visão do Dr. João Havelange em mandar os seus delegados a procurar os contatos com o movimento ginástico internacional, numa época em que a nossa Ginástica era tão incipiente e atrasada que a simples idéia de uma participação num Mundial ou Olimpíada causava calafrios e espanto, hoje, talvez, o Brasil ainda estivesse no estágio em que um giro gigante era considerado dificuldade máxima.

  • Los Angeles, 1984 - Tatiana Figueiredo (57° lugar no individual geral) e Gerson Gnoatto (70° lugar no individual geral).

  • Seul, 1988 - Guilherme Saggese Pinto (89° - último - lugar no individual geral) e Luisa Parente (33° lugar na competição classificatória e 34° na final individual geral). A importância que deve ser dada a esta colocação da Luisa em relação às outras competidoras brasileiras em Olimpíadas até então, está no fato de que em Seul já não houveram boicotes (devido à Guerra Fria) como em Los Angeles e Moscou. As melhores competidoras estavam disputando as Olimpíadas, o que não aconteceu com Claudia Magalhães e Tatiana Figueiredo.

  • Barcelona, 1992 - Luisa Parente (57°lugar no individual geral) e Marco Antonio Monteiro (84° lugar no individual geral).

  • Atlanta, 1996 - Soraya Carvalho classificou-se no Mundial de Sabae, no Japão, não participou devido a uma fratura tibial dias antes do evento.

  • Sidney, 2000 - Daniele Hypólito (20° lugar no individual geral) e Camila Comin (39° lugar no individual geral). Após conquistar o direito de levar duas ginastas às Olimpíadas, o Brasil iniciou um processo seletivo para defini-las. As finalistas eram Marilia Gomes, Heine Araújo, Stephanie Salani, Camila Comin, Daniele Hypólito e Daiane dos Santos. Terminadas as seletivas, Marilia Gomes e Daiane dos Santos ficaram com as duas vagas reservas e, portanto, não se apresentaram no evento.

  • Atenas, 2004 - Mosiah Rodrigues (33° lugar no individual geral) e a equipe feminina composta por: Daniele Hypólito, Daiane dos Santos, Camila Comin, Laís Souza, Caroline Molinari e Ana Paula Rodrigues. Daniele Hypólito conseguiu a 12a colocação na final individual geral e Camila Comin o 16° lugar também no individual Geral. Daiane dos Santos ficou em 5° lugar na final do solo. A equipe ficou na nona colocação.

  • Los Angeles, 1984 - Tatiana Figueiredo (57° lugar no individual geral) e Gerson Gnoatto (70° lugar no individual geral).

  • Seul, 1988 - Guilherme Saggese Pinto (89° - último - lugar no individual geral) e Luisa Parente (33° lugar na competição classificatória e 34° na final individual geral). A importância que deve ser dada a esta colocação da Luisa em relação às outras competidoras brasileiras em Olimpíadas até então, está no fato de que em Seul já não houveram boicotes (devido à Guerra Fria) como em Los Angeles e Moscou. As melhores competidoras estavam disputando as Olimpíadas, o que não aconteceu com Claudia Magalhães e Tatiana Figueiredo.

  • Barcelona, 1992 - Luisa Parente (57°lugar no individual geral) e Marco Antonio Monteiro (84° lugar no individual geral).

  • Atlanta, 1996 - Soraya Carvalho classificou-se no Mundial de Sabae, no Japão, não participou devido a uma fratura tibial dias antes do evento.

  • Sidney, 2000 - Daniele Hypólito (20° lugar no individual geral) e Camila Comin (39° lugar no individual geral). Após conquistar o direito de levar duas ginastas às Olimpíadas, o Brasil iniciou um processo seletivo para defini-las. As finalistas eram Marilia Gomes, Heine Araújo, Stephanie Salani, Camila Comin, Daniele Hypólito e Daiane dos Santos. Terminadas as seletivas, Marilia Gomes e Daiane dos Santos ficaram com as duas vagas reservas e, portanto, não se apresentaram no evento.

  • Atenas, 2004 - Mosiah Rodrigues (33° lugar no individual geral) e a equipe feminina composta por: Daniele Hypólito, Daiane dos Santos, Camila Comin, Laís Souza, Caroline Molinari e Ana Paula Rodrigues. Daniele Hypólito conseguiu a 12a colocação na final individual geral e Camila Comin o 16° lugar também no individual Geral. Daiane dos Santos ficou em 5° lugar na final do solo. A equipe ficou na nona colocação.

    Diante da avaliação desta seqüência de resultados, nota-se a grande evolução da Ginástica Artística Brasileira, especialmente a partir da ginasta Luisa Parente. Os resultados das Olimpíadas de 2004 demonstram que ginastas brasileiras estão entre as melhores do mundo. É importante ressaltar novamente, que o Brasil participa de Jogos Olímpicos nesta modalidade desde 1980 e, nas primeiras participações, precariamente.


1.7. A composição da Ginástica Artística atual

    A Ginástica Artística Feminina é composta por quatro aparelhos: Salto sobre a Mesa; Barras Paralelas Assimétricas; Trave de Equilíbrio e Solo. É importante explicar um pouco sobre esta modalidade esportiva já que sua popularização ainda é limitada, e muitos ainda desconhecem seus aparelhos e suas principais características.


1. 7.1. Salto

    A corrida de aproximação para o Salto tem no máximo 25m. A mesa tem 1,25m de altura, 1,20m de comprimento e 95 cm de largura. Para impulsionar o salto utiliza-se um trampolim com molas. A quantidade de molas varia de acordo com a preferência da ginasta. O valor do salto varia de acordo com o Código de Pontuação da Ginástica Artística Feminina vigente. A distância entre o trampolim e a mesa também varia de acordo com a ginasta. A impulsão na mesa deve ser dada com ambas as mãos e a chegada no trampolim deve ser realizada com ambos os pés.


1.7.2. As Barras Paralelas Assimétricas

    As Barras Paralelas Assimétricas têm 2,40m de comprimento. A Barra inferior tem 1,61m de altura e a superior 2,41m. A distância entre elas varia de acordo com a preferência da ginasta.

    A avaliação do exercício inicia-se com a impulsão no trampolim ou solo (o uso do trampolim não é obrigatório) e termina com a aterrissagem nos colchões. O tempo máximo da série é de 1min 30seg.


Figura 1- Barras Paralelas Assimétricas (Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica)


1.7.3. A Trave de Equilíbrio

     A Trave de Equilíbrio têm 10 cm de apoio para a execução dos exercícios. Possui 1,25m de altura e 5m de comprimento. Para a entrada no aparelho a ginasta pode utilizar-se de um trampolim de molas e uma corrida de aproximação. O tempo de série não deve ultrapassar 1min 30seg e a avaliação, assim como na paralela, inicia-se com o impulso no trampolim ou solo e termina com a aterrissagem nos colchões.


Figura 2 - Trave de Equilíbrio (Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica)


1.7.4. O Solo

     Solo é um quadrado de 12X12 metros com mais 1 metro nas laterais. Esta área de 1 metro não pode ser utilizada nas apresentações, sua invasão é identificada pelo árbitro de linha e penalizada. O tempo de série não deve ultrapassar 1min 30seg. A avaliação e a cronometragem iniciam-se com o primeiro movimento da ginasta e terminam com o fim da música.


Figura 3 - Solo (Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica)


2. Metodologia

    Para a realização deste estudo foi necessária a obtenção de dados através de documentação direta em pesquisa de campo (LAKATOS E MARCONI, 1990). Para isso, um questionário foi elaborado como forma de observação direta extensiva (LAKATOS E MARCONI, 1990). Este foi fornecido aos atuais técnicos e assistentes técnicos das equipes selecionadas através dos resultados nos Jogos Abertos do Interior de São Paulo dos últimos cinco anos (Cidade 1, Cidade 2 e Cidade 3). As respostas foram dissertativas para possibilitar maior liberdade aos técnicos ao explicar o funcionamento dos diversos aspectos de sua equipe na sua cidade. Porém, o nome do técnico não será exposto. Afinal, o objetivo não é fazer uma crítica ao seu trabalho, mas sim entender os processos em sua cidade.

    É importante lembrar que trata-se de um estudo de caso, pois a Região de Campinas é composta por um grande número de cidades e a escolha das cidades usou como critério os resultados esportivos demonstrados nos Jogos Abertos do Interior de São Paulo, que é a competição entre as cidades paulistas com maior prestígio e tradição. A pesquisa foi centralizada nas respostas dos técnicos, objetivando especular as dificuldades, a forma de funcionamento e os incentivos que tais cidades possuem a partir de suas opiniões. Fatos relatados por eles que serão considerados expressão da verdade.


Quadro 2 - Modelo do Questionário


Resultados

    Analisando as respostas ao questionário, pôde-se notar que as cidades divergem muito quanto à sua administração, mas quase nada quanto aos seus problemas. Nota-se com clareza que a Cidade 2 tem melhores condições estruturais e financeiras, o que tem feito com que seus resultados sejam cada vez melhores. O Técnico 2 foi o único a não reclamar da falta de verbas e da estrutura material. A única dificuldade por ele citada foi a falta de profissionais que vem limitando a massificação da modalidade na cidade. Apesar de toda a renda da equipe ser proveniente da Prefeitura/Secretaria de Esportes, este método administrativo parece funcionar muito bem nesta Cidade.

     Já a Cidade 3, que também depende muito da Prefeitura, não tem tantos benefícios assim. Apesar de perceber-se, através das respostas do Técnico 3, que a ginástica competitiva na cidade é muito recente, a estrutura material parece insuficiente, bem como a verba destinada e o número de professores. Tanto é verdade essa afirmação, que o Técnico 3 atribuiu os resultados às crianças e à equipe técnica, não ao incentivo da Prefeitura. O Técnico 2 afirma ainda que não lembra de haver compra de materiais por parte da Prefeitura nos últimos 8 anos dessa mesma administração. A saída encontrada pela Cidade 3 foi a ajuda da Associação de Pais, que realiza eventos para obtenção de fundos para a compra de materiais. Um método amador, que pode limitar o crescimento desta equipe.

    A Cidade 1, por sua vez, diverge das outras duas cidades na questão da Prefeitura. A Prefeitura tem, nesta Cidade, pequena participação, sendo apenas a dona dos materiais cedidos ao Clube, onde os treinamentos são realizados. Não há investimentos na equipe, diretamente. Todas as taxas e despesas com competições são pagas pelo Clube, que permite a seleção de militantes para possibilitar a existência de um grupo de treinamento.

    Porém, o Técnico 1 reclama que os materiais cedidos pela Prefeitura são insuficientes, faltam quesitos de segurança e que o Clube não disponibiliza nem profissionais para o crescimento do trabalho, nem dinheiro suficiente para a participação em competições. Ele deixa claro em várias respostas, que os bons resultados alcançados pela equipe são frutos da boa vontade e da dedicação da equipe técnica. Infelizmente, isso não é suficiente para obter destaque nacional.

    Quanto à seleção de talentos, os Técnicos afirmaram realizar testes para classificar em que grupo a criança entra ou se ela será dispensada. Apenas o Técnico 3 afirmou ter vaga para todas as crianças porém em um trabalho diferente (vivência). Portanto, só são selecionadas na Cidade 3 as crianças que têm idade para integrar a equipe de competição.

    Na Cidade 1, apenas as crianças militantes são selecionadas.


Tabela 4 - Principais Dificuldades Relatadas na Pesquisa


Considerações finais

    Diante dos resultados obtidos com a pesquisa de campo, pode-se concluir que os principais problemas que impedem que a Ginástica Artística Feminina competitiva nas três cidades pesquisadas tenham maior destaque em Campeonatos Nacionais são:

  1. Das três Cidades analisadas apenas a Cidade 2 não tem grandes queixas sobre seu modelo administrativo atual. As demais cidades sofrem com uma política administrativa limitada para o seu município. Como colocado no início deste trabalho, não é proposta apontar a melhor administração para a Ginástica Artística competitiva. O modelo encontrado na Cidade 2 provavelmente não funcionaria nas outras duas cidades. Porém, estas cidades precisam encontrar formas de solucionar os problemas apresentados. E estas formas encontradas devem possibilitar um crescimento a longo prazo da equipe competitiva. O método encontrado pela Cidade 3, por exemplo, com o apoio da Associação de Pais, não permite muitas formas de crescimento. Os eventos limitam a arrecadação, sempre faltará verba. A Cidade 1 está condicionada à situação financeira do Clube, que pode ou não se interessar por treinamento, estando sujeita à falta de incentivo.

  2. A falta de materiais é uma das maiores limitações para o desenvolvimento das equipes competitivas de Ginástica Artística feminina.. Os três Técnicos firmaram bem que os materiais de boa qualidade são essenciais para o trabalho. Pelas respostas pode-se perceber que não adianta ter uma boa equipe técnica apenas, ou um bom número de crianças, se não há materiais (aparelhos, colchões...) suficientes. Apenas o Técnico 2 afirmou que, com a criação de um novo local para treinamento este ano (2004) e a disponibilização de um tablado, os materiais são suficientes para um "treinamento moderado", e não reclamou a falta destes. Porém, as outras Cidades reclamaram e muito a falta de materiais e manutenção.

  3. A falta de profissionais limita a ampliação e a massificação da modalidade.. Quando questionados os resultados dos últimos Jogos Abertos do Interior de São Paulo, duas das três equipes afirmaram ter sido prejudicadas com a saída de atletas da equipe principal. Não havia outra ginasta de nível próximo para recompor a equipe. Este problema poderia ser resolvido com a solução de outra dificuldade citada pelos três Técnicos entrevistados: a falta de profissionais. Para estes Técnicos, o número de professores contratados para trabalhar com o treinamento não é suficiente. E de fato, não é, se fosse as cidades teriam meninas para completar as equipes defasadas.

  4. Não há patrocínio.. Nenhuma das Cidades afirmou ter algum patrocínio de empresas interessadas no crescimento da Ginástica Artística. Um bom auxílio poderia solucionar a questão dos materiais e também a falta de profissionais, além de permitir o crescimento a longo prazo das equipes.É desconhecido se as equipes procuraram ou não empresas em busca de patrocínio. Mas é possível adiantar que, para qualquer das Cidades, a chance de tornar-se uma potência nacional cresceria.

  5. Há pouca divulgação. . Dos três Técnicos pesquisados, apenas o Técnico 3 apresentou alguma organização quanto a divulgação da Ginástica Artística na cidade. Afirmou fazer apresentações periódicas e enviar os resultados das competições para os jornais. Porém, as demais Cidades utilizam pouco ou nenhum veículo de divulgação. O Técnico 2 conta com a "cultura da ginástica na cidade" e o Técnico 1 com os meios de divulgação do Clube.
         É preciso um projeto contínuo de divulgação para que a Ginástica Artística seja massificada e, com isso, possam surgir novos talentos. É claro que, para isso, seria necessário que existissem mais vagas (e mais professores trabalhando) nos centros de treinamento das Cidades. Trata-se de um conjunto de ações que poderiam ajudar as equipes estudadas a crescer enquanto equipe competitiva.

  6. . A Ginástica Artística Feminina competitiva nas cidades estudadas é muito recente.. Em nenhum dos três depoimentos, os Técnicos afirmaram existir treinamento há 20 anos atrás. Os profissionais das três cidades afirmam que o trabalho específico com treinamento começou depois de 1990. Além disso, o espaço e os materiais ainda não eram adequados (e, na maioria, não o são até hoje). Um ponto interessante é que a Prof. Carla Righeto iniciou a Ginástica nas Prefeituras das Cidades 2 e 3 (respectivamente) segundo os Técnicos.Ela foi uma importante difusora da Ginástica Artística na região.

     É importante perceber que, apesar do crescimento nacional da Ginástica Artística Feminina, a região de Campinas sofre com problemas básicos de estrutura que impedem o seu crescimento. Da forma como acontece, tal região não poderá acompanhar o crescimento nacional, e este irá limitar-se aos poucos grandes clubes ou ao conceito de Seleção Permanente desenvolvido pela CBG no Brasil, atualmente sediada na cidade de Curitiba- PR. A Ginástica Artística para manter-se em ascendência precisa da massificação, da mídia e de investimentos. Se apenas três ou quatro grandes clubes formarem grandes ginastas, a modalidade tenderá a "estacionar" e não mais crescer, ou a polarizar o crescimento.

     É visível que os resultados da região estão aquém das expectativas nacionais. Os problemas oriundos e detectados nas entrevistas com os técnicos demonstram a realidade de GAF na região e os desafios a serem enfrentados por essa modalidade e seus gestores para a ampliação da participação e dos espaços pedagógicos de fomento dessa modalidade tradicional da cultura esportiva brasileira, quer no âmbito da formação de atletas, quer no âmbito da formação esportiva geral.


Notas:

  1. Este estudo foi concluído em novembro de 2004. Reflete, portanto, a situação encontrada até então. Ele é um apontamento dos principais pontos encontrados no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso que pode ser integralmente encontrado na biblioteca da Faculdade de Educação Física da UNICAMP.

  2. Para classificar-se para os Jogos Abertos do Interior de São Paulo as equipes têm que, primeiramente, competir os Jogos Regionais. O Estado foi dividido em oito "regiões", cada uma com sua competição regional. Até 2003, para classificar-se para os Jogos Abertos na modalidade Ginástica Artística, a equipe teria que, nos Jogos Regionais, obter pontuação suficiente para estar entre as oito equipes com maior pontuação do Estado. Estas oito equipes, então, competiriam entre si nos Jogos Abertos. Desde 2004, a equipe que vence os Jogos Regionais tem direito à participar dos Jogos Abertos independente de sua pontuação, além de competirem as equipes com as 10 melhores pontuações do Estado de São Paulo.

  3. A Cidade de Campinas está localizada a cerca de 100 km da cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo. É considerada metrópole, possui um grande desenvolvimento industrial e é bastante populosa (vide tabela 1). É considerada o eixo da Região Metropolitana.


Referências bibliográficas

  • FIORIN, C. M. A ginástica em Campinas: suas formas de expressão da década de 20 à década de 70. Campinas, SP: Tese (Mestrado), 2002.

  • LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. de A. Metodologia do trabalho cientifico. São Paulo, SP: Atlas, 1990.

  • PUBLIO, N. S. Evolução histórica da ginástica olímpica. Guarulhos, SP: Phorte Editora, 1998.

  • SANTOS, J. C. E. dos e SANTOS, N. G. M. dos. História da ginástica geral no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: J. C. E. dos Santos, 1999.

  • SOUZA, E. P. M de. Ginástica geral: uma área do conhecimento da educação física. Campinas, SP:Tese (Doutorado), 1997.


Sites

  • Historia da ginástica. Disponível em: www.ginasticas.com. Acessado em: 15/09/2004.

  • Resultados dos campeonatos. Disponível em: www.cbginastica.com.br . Acessado em: 20/10/2004.

  • Dados populacionais. Disponível em: www.ibge.gov.br . Acessado em: 20/08/2004.

  • Resultados dos Jogos Abertos. Disponível em www.jogosabertos.santos.sp.gov.br/honra2003.htm. . Acessado em: 20/08/2004.

  • Resultados dos Jogos Abertos. Disponível em: www.jogosabertos.santos.sp.gov.br/honra2002.html . Acessado em: 20/08/2004.

  • Resultados dos Jogos Abertos. Disponível em: www.jogosabertos.santos.sp.gov.br/honra2001.html . Acessado em: 20/08/2004.

  • Resultados dos Jogos Abertos. Disponível em www.jogosabertos.santos.sp.gov.br/honra2000.html . Acessado em: 20/08/2004.

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