efdeportes.com
Desempenho da aptidão física de
crianças e adolescentes

   
UDESC
(Brasil)
 
 
Ruy Jornada Krebs
Fabiane de Oliveira Macedo

fabi2176@hotmail.com
 

 

 

 

 
Resumo
    Este estudo possui como objetivo analisar a aptidão física relacionada ao desempenho, através das variáveis de velocidade, agilidade e potência, de escolares do estado de Santa Catarina. A amostra foi composta de 6373 escolares, sendo 3195 do gênero masculino e 3178 do gênero feminino com idade entre 7 e 16 anos. O dados foram disponibilizados pelo Laboratório de Desenvolvimento e Aprendizagem Motora do Cefid/Udesc. Para o tratamento dos dados, utilizou-se da estatística descritiva, análise de variância (ANOVA) e a correlação linear de Pearson. Os principais resultados demonstram que houve diferenças estatisticamente significativas entre os gêneros, entre as idades e entre as variáveis. O desempenho dos meninos permaneceu superior, porém em paralelo ao desempenho das meninas até aproximadamente 12 anos. As meninas dos 12 aos 14 atingiram um platô, aos 15 anos uma piora no desempenho, e aos 16 anos desempenhos melhores. Os meninos mantiveram uma melhora no desempenho até os 14 anos de idade, e após essa idade surgiu um platô que se manteve até os 16 anos. Conclui-se que o desempenho dos escolares, em atividades que envolvem velocidade, agilidade e potência, deve estar relacionado aos fatores fisiológicos oriundos do processo de maturação.
    Unitermos: Desenvolvimento motor. Aptidão física. Velocidade.
 
Abstract
    This study aims at analyzing the physical aptitude related to the performance of students from the state of Santa Catarina, Brazil. The variables are speed, agility and power. The sample was composed of 6373 students, 3195 males and 3178 females, ages between 7 and 16. The Development and Motor Learning Laboratory of CEFID/UDESC made the data available. To the data treatment descriptive statistics, analysis of variance (ANOVA) and the linear correlation of Pearson were used. The main results demonstrate that there were statistical significant differences between the genders, the ages and the variables. The performance of the boys remained superior. However, it was similar to the performance of the girls up to 12 years of age. From 12 to 14, the girls reached a constant level. By the age of 15, the performance became worse, then, by the age of 16, it got better. The boys kept an improvement in the performance until 14 years of age, and after this a constant level that was kept until 16 years of age. Concluding, the performance of students in activities that involve speed, agility and power, must be related to the deriving physiological factors of the maturation process.
    Keywords: Motor development. Physical aptitude. Speed.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 85 - Junio de 2005

1 / 1

Introdução

    Durante o processo de desenvolvimento motor ocorre uma série de mudanças físicas e mecânicas, onde os fatores do crescimento físico, da maturação, do desenvolvimento da aptidão física, da atividade física, da idade e da experiência estão inter-relacionados. As mudanças estão representadas pelas alterações das características somatomotoras do indivíduo que em diferentes aspectos relaciona-se com o desempenho da aptidão física (FERREIRA; BÖHME, 1998, GALLAHUE, 2000).

    O conjunto de características individualizadas que se relacionam á habilidade de desempenhar a atividade física possuindo elementos qualitativos, variações entre os indivíduos e variações entre as diferentes fases do ciclo da vida, tem sido definida como aptidão física. De modo que a aptidão física pode ser considerada como um produto resultante do processo do desenvolvimento motor e da atividade física. O vínculo entre atividade física e aptidão física está inserido nos termos de freqüência, intensidade e tempo. A interação entre a atividade física, a genética e a nutrição sugerem o limite superior da aptidão física que pode ser esperado de um indivíduo (BÖHME, 2003).

    A aptidão física possui elementos relacionados á saúde e ao desempenho, sendo que a interação entre os componentes de aptidão relacionados á saúde e atividade física estão mais voltadas para as capacidades de resistência cardiorespiratória, força, resistência muscular, flexibilidade e composição corporal. Concomitantemente a aptidão relacionada ao desempenho e a atividade física estão mais dirigidas ás capacidades de velocidade, coordenação, força explosiva, equilíbrio e agilidade (BÖHEME, 1993; MATSUDO et al, 1998; GALLAHUE, 2000; SOUZA, NETO, 2002).

    O desempenho entre os gêneros é considerado elemento essencial para os profissionais das áreas voltadas à compreensão do movimento humano, como o Desenvolvimento Motor, a Fisiologia do Exercício e a Biomecânica, dentre outros, sendo que um número considerável de informações é disponível sobre as diferenças no desempenho físico de adolescente, adulto jovem e atletas treinados. Contudo, em termos de proporcionais, menos atenção está sendo direcionada às variações do desempenho da aptidão física em crianças, bem como nos estudos que analisam as diferenças pré-púberes (FERREIRA; BÖHME, 1998; GALLAHUE, 2000).

    Nesse sentido parece ser necessário estudo que investiga a aptidão física relacionada ao desempenho, considerando a relevância que reveste a velocidade, agilidade e a potência enquanto capacidades físicas no desenvolvimento motor de crianças e adolescentes. Portanto, buscando conhecer a magnitude das variações do desempenho da aptidão física, e identificar as possíveis diferenças entre os gêneros e as idades, este estudo possui como objetivo analisar a aptidão física relacionada ao desempenho através das variáveis de velocidade, agilidade e potência, de escolares do estado de Santa Catarina.


Material e Método

    Este estudo foi realizado a partir da consulta ao banco de dados do Laboratório de Desenvolvimento e Aprendizagem Motora do Cefid/Udesc. A construção deste banco de dados se deu através do desenvolvimento do Projeto Esporte Brasil - Proesp/SC, que buscou identificar as características somatomotoras de escolares com idade entre 7 e 16 anos, do Estado de Santa Catarina. O Proesp/SC foi desencadeado através da parceria entre o Cenesp - Udesc e a Secretaria de Educação do Estado. Este banco de dados atualmente está constituído de uma amostra de 8427 escolares de diferentes regiões do estado, sendo 4249 do sexo masculino e 4178 do sexo feminino oriundos da rede estadual de Ensino.

    Participaram deste estudo 6373 escolares, sendo 3195 do gênero masculino e 3178 do gênero feminino (Tabela 1). Para esta pesquisa utilizou-se os resultados do teste de velocidade de deslocamento (corrida de 20 metros) medida em segundos, com resolução de 0,1 s; e do teste de agilidade (teste do quadrado) em segundos, com resolução de 0,1 s, da bateria de teste do Proesp/Br. A variável potência foi calculada a partir do produto da massa corporal em quilograma, multiplicado pela distância de 20 metros, dividido pelo tempo em segundos, com resolução de 0,1 kgm/s.

Tabela 1. Número de sujeitos analisados

    Para o tratamento dos dados primeiramente procedeu-se de um estudo exploratório com o objetivo de verificar a normalidade dos dados e de extrair exclusivamente os indivíduos que realizaram os testes motores que avaliavam a aptidão física relacionado ao desempenho. Para a análise descritiva das variáveis da aptidão física agilidade, velocidade e potência foram utilizadas a média e o desvio padrão. Para inferir as possíveis diferenças entre os gêneros, utilizou-se a Análise de Variância (ANOVA). O nível de significância adotado foi de 5%. E para analisar as possíveis influências entre as variáveis utilizou-se a Correlação Linear de Pearson. As análises estatísticas foram realizadas através do programa estatístico SPSS for Window 11.0.


Resultados e Discussão

    O desempenho da aptidão física das crianças e adolescentes do Estado de Santa Catarina será inicialmente apresentado através da média, desvio padrão e nível de significância das comparações entre os gêneros e idades das variáveis de velocidade, agilidade e potência.

    O primeiro resultado (Tabela 2) são os valores médios de velocidade, onde o menor tempo de deslocamento, em uma distância de 20 metros é o fator principal.

Tabela 2. Velocidade

    Pode-se observar pela Tabela 2 que houve diferenças estatisticamente significativas entre os gêneros em todas as idades. Os meninos apresentaram valores mais baixos no teste de velocidade (20 metros) quando comparados com as meninas, em suas respectivas faixas etárias. Quando se relacionou o valor de variabilidade (DP), meninos e meninas apresentaram variações dos escores bastante parecidas: meninos entre 0,52s e 0,62s e; meninas de 0,58s a 0,77s. Em relação às medidas máximas atingidas aos 7 anos e mínimas alcançadas aos 16 anos, os valores também foram muito próximos: meninos 1,04s e meninas 1,03 s. A figura 1 apresenta graficamente as médias de tempo gasto para percorrer uma distância de 20 metros, o mais rápido possível, entre gêneros de crianças e adolescentes.

Figura 1. Velocidade

    Através da Figura 1 pode-se observar que houve uma diminuição linear da média do tempo em segundos em relação a distância percorrida de 20 metros de forma constante e linear, o desempenho dos meninos manteve-se paralelo ao desempenho das meninas até por volta dos 12 anos de idade. Após essa idade, as meninas atingiram um platô até os 14 anos, havendo aos 15 anos uma piora no desempenho, voltando a desempenhos melhores aos 16 anos. Por sua vez os meninos mantiveram uma melhora no desempenho até os 14 anos de idade, e após essa idade surgiu um platô que se manteve até os 16 anos.

    Nessa perspectiva, parecem existir indícios de que os menores desempenhos a partir dos 14 anos de idade possam ser atribuídos ás implicações negativas, de ordem fisiológica que ocorrem em paralelo à puberdade no gênero feminino, comparadas as implicações positivas do gênero masculino.

    No estudo de Barbanti (1989), possui dados de diferentes países que investigaram o desenvolvimento da velocidade, o resultado revela que entre os meninos a capacidade de rendimento aumenta dos 10 aos 16 anos, e que nas meninas aos 13 anos chega ao seu platô. Nos estudos Guedes e Barbanti (1995) que buscaram evidenciar as características de desempenho físicos, em relação à idade cronológica e ao sexo de crianças e adolescentes, a partir da administração de testes como a corrida de 50 metros, os resultados encontrados em ambos os sexos, demonstraram um comportamento ascendente bastante semelhante até os 12 anos.

    Na seqüência, as meninas alcançaram um platô entre os seus escores, e os meninos, ao contrário continuaram a apresentar um aumento substancial a cada ano, fazendo com que as curvas se dirigissem para direção oposta, o que acentuou as diferenças entre os gêneros no final da adolescência.

    Segundo os autores, as diferenças que surgem entre os gêneros na infância e na adolescência quanto ao desempenho de corrida de curta distância, devem ser analisadas levando-se em consideração a caracterização do desenvolvimento neuro-muscular do músculo esquelético que se apresentam de forma similar até por volta dos 10 - 11 anos de idade.

    Estudos têm fornecido evidência de que ocorrem mudanças no metabolismo anaeróbico durante o crescimento. O lactato sangüíneo e muscular, a atividade enzimática glicolítica, débito e déficit de oxigênio, desempenho de potência aumentam gradativamente da infância a idade adulta. E a puberdade tem aparecido como um período crucial no metabolismo anaeróbico lático em meninos (TOURINHO FILHO; TOURINHO,1998; MATSUDO; PEREZ,1986).

    Pode-se dizer que as implicações da estrutura e composição corporal que invariavelmente surgem com a puberdade no gênero feminino, associado aos fatores socioculturais adversos à prática da atividade física, podem favorecer o encontro de um decréscimo nos índices de desempenho físico nas idades mais avançadas.

    A tabela 3 apresenta a média e desvio padrão das crianças e adolescentes por idade e gênero na variável agilidade, onde o menor tempo de deslocamento, alterando a direção do corpo rápido e precisamente, são os fatores relevantes.

Tabela 3. Agilidade

    Em relação aos valores médios de tempo gasto no Teste do Quadrado, todos os valores apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os meninos e meninas, onde os meninos apresentaram valor mais baixo comparado às meninas. Com relação variabilidade, meninos e meninas apresentaram valores Desvios Padrão maiores nas idades de 7, 8 e 9 anos respectivamente. Na variabilidade das Médias os meninos apresentaram valor mais alto 1,67 segundos e as meninas 1,35 segundos.

Figura 2. Agilidade

    A figura 2 apresentou as médias do tempo gasto no teste de agilidade, onde os valores médios relacionado-o por gênero. Suas linhas se assemelham muito com as do gráfico de velocidade. Os valores do gráfico de agilidade apresentaram um aspecto linear e paralelo, até os 12 anos de idade. A partir desta idade as meninas apresentam um platô, com pouca variação até os 16 anos. Os meninos mantiveram uma tendência linear de diminuição do seu escore dos 7 aos 16 anos de idade. Nas crianças a capacidade para realizar atividades que utiliza o metabolismo do tipo anaeróbico é significativamente inferior à dos adolescentes e adultos (MATSUDO; PEREZ,1986, TOURINHO FILHO; TOURINHO,1998). De acordo com Tourinho Filho e Tourinho (1998), estudos transversais realizados com italianos, africanos, ingleses e americanos de ambos os sexos indicaram uma progressão em relação a idade no desempenho de potência máxima, que levam a concluir que desempenho anaeróbico progride com a idade e que este padrão é contrário ao descrito para o consumo de oxigênio por quilograma de peso corporal.

    Uma das possíveis causas para o desempenho inferior das crianças em provas de potência anaeróbica deve ser presumivelmente aos estoques inferiores de fosfagênio, principalmente de fosfocreatina (CP), já que a concentração muscular de adenosina trifosfato (ATP) é semelhante no adulto e na criança (em média de 3,5 a 5 mmol/kg), e também ao menor valor absoluto e relativo da massa muscular, visto que mesmo aumentando regularmente com a idade, o aumento da eficiência do metabolismo anaeróbico é acentuado após o estirão de crescimento da musculatura esquelética. A baixa capacidade anaeróbica de crianças e adolescente pode ser explicada também pela taxa de concentração e utilização mais baixa do glicogênio muscular antes da puberdade, o que constitui uma desvantagem em atividades física em desempenho máximo com duração de tempo entre 10 e 60 segundos. Outra hipótese pode estar relacionada ao fator neuro muscular, o qual sugere que o recrutamento das unidades motoras em condições de desempenho torna-se mais eficiente com a idade (MATSUDO; PEREZ, 1986)

    A tabela 4 apresenta a média e desvio padrão das crianças e adolescentes por idade na variável potência, onde a capacidade re realizar um esforço máximo no menor espaço de tempo possível, representando a relação entre o índice de força e a velocidade de realizar o movimento é o fator principal.

Tabela 4. Potência

    Os valores médios de potência em relação ao gênero, apresentados pela Tabela 4 mostraram diferença estatisticamente significativa para todas as faixas etárias, com exceção da idade de 11 anos, onde não apresentou diferença estatística.Os valores de variabilidade (DP) se mantiveram muito semelhante quando se comparados meninos e meninas.

Figura 3. Potência

    Através da figura 3, pode-se observar os valores médios apresentaram uma linearidade e paralelismo muito acentuado. Dos 7 aos 8 anos os valores estiveram muito próximos em do outro, dos 9 aos 10 anos houve um leve afastamento das linhas, que voltaram a se aproximar nos 11 anos, mantendo essa tendência até os 13 anos de idade. A partir desta idade as meninas apresentaram um platô com pouca variabilidade até os 16 anos. Entretanto os meninos mantiveram a tendência em aumentar sua potência dos 7 aos 16 anos de idade.

    No estudo de Guedes e Barbanti (1995) foi avaliado o desempenho da potência de crianças e adolescentes, através do teste de salto em distância parado, uma vez que o desempenho incorpora elementos de movimentos de potência. Verificou-se que em ambos os sexos, seus valores representaram uma progressão linear até próximo aos 10 - 11 anos de idade, sendo que depois as meninas iniciaram um processo de nivelamento em seus escores, e a partir dos 15 anos, apresentarem um declínio em seu desempenho. Entre os meninos, ao contrário, a capacidade de salto continuou aumentar de forma mais acentuada até os 17 anos.

    Biassio et al (2004), investigou o impacto da menarca nas variáveis antropométricas e neuromotoras da aptidão física um estudo longitudinal, através das variáveis de peso, estatura, IMC, diâmetro de úmero e fêmur e força de membros inferiores e superiores.O observou-se que os valores da média e desvio padrão da força de membros inferiores e superiores indicaram um aumento gradativo e significativo em função do período maturacional, evidenciando os maiores aumentos no início da puberdade.

    Tudo indica que as diferenças entre os gêneros possam ser explicadas pela interação de uma série de fatores que ocorrem com a puberdade, onde os meninos, demonstram ganho bastante acentuado com relação as capacidades de aptidão física, enquanto as meninas, em razão do menor nível de andrógeno, tendem a apresentar ganhos inferiores.

    O desempenho da aptidão física das crianças e adolescentes do Estado de Santa Catarina será apresentado a seguir (Tabela 5) através dos valores de correlação das variáveis de velocidade, agilidade e potência.

Tabela 5. Valores de correlação das variáveis em estudo

    Através da Tabela 5 pode-se observar que houve diferença estatisticamente significativa entre as três variáveis do estudo tanto no gênero masculino como no gênero feminino.

    O sentido e a força de correlação do valor de r nas variáveis agilidade e potência (r = -0,42), e nas variáveis velocidade e potência (r = -0,62), no gênero masculino apresentaram correlação negativa moderada. No gênero feminino, o sentido e a força de correlação do valor de r nas variáveis agilidade e potência (r = -0,35), apresentou-se correlação negativa fraca, e nas variáveis velocidade e potência (r = -0,58), apresentou correlação negativa moderada. O que significa que ocorreu uma correlação linear negativa, ou seja, quando diminuiu o tempo gasto para realização dos testes de agilidade (s) e de velocidade (s), aumentou a potência (kgm/s) para a realização do movimento. Todavia, o sentido e a força de correlação do valor de r nas variáveis agilidade e velocidade no gênero masculino (r = 0,45), apresentou uma correlação positiva moderada. Concomitante com a correlação linear positiva do gênero feminino (r = 0,43).

    É difícil detectar a contribuição relativa de cada um dos fatores em tarefas motoras. As diferenças sexuais e étnicas no desempenho motor precisam ser estudadas de forma mais ampla, incluindo sempre que possível uma análise dos aspectos culturais e sociais, e parâmetros morfológicos, fisiológicos e bioquímicos OKANO (2001).

    Como as capacidades de velocidade, agilidade e potência utilizam o metabolismo anaeróbico para a produção de energia, onde as atividades exigem esforços parecidos da musculatura esquelética, era de se esperar que ocorresse correlação entre as variáveis, como foi o encontrado neste estudo. Especialistas têm encontrado dificuldades em considerar a velocidade como um fator separado, preferindo tratá-la em conjunto com a agilidade e a potência muscular.


Conclusão

    Os índices de desempenho da aptidão física de crianças e adolescentes analisados no presente estudo, foram discutidos com base nos princípios fisiológicos que envolvem as capacidades físicas do desenvolvimento motor. Mas acredita-se que os indícios dos fatores motivacionais e dos fatores de origem sociocultural também possuem um papel relevante nos índices de desempenho da aptidão física entre os gêneros e entre as idades.

    Todavia, os resultados revelaram que os fatores fisiológicos oriundos do processo de maturação devem ter contribuído para se observar diferenças entre as idades e entre os gêneros, quanto ao aumento do desempenho de crianças e adolescentes, e ter apresentado relação entre as variáveis de velocidade, agilidade e potência.


Referência Bibliográfica

  1. BARBANTI, V. Desenvolvimento das capacidades físicas básicas na puberdade. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v.3,n.5, p.31-37, 1989.

  2. BIASSIO, L. G. et al. Impacto da menarca nas variáveis antropométricas e neuromotoras da aptidão física, analisado longitudinalmente. Revista Brasileira Ciência e Movimento. Brasília, v.12, n.2, p. 97-101, 2004.

  3. BÖHEME, M. T. S. Aptidão física: aspectos teóricos. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v.7, p. 52-55, 1993

  4. BÖHME, M. T. S. Relação entre aptidão física, esporte e treinamento. Revista Brasileira Ciência e Movimento. Brasília, v.11, n.2, p. 95-99, 2003.

  5. FERREIRA, M.; BÖHME, M. T. S. Diferenças sexuais no desempenho motor de crianças: influência da adiposidade Corporal. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v.12, n. 2 p. 92-181, 1998.

  6. GALLAHUE, D. Educação física desenvolvimentista. Cinergis, Santa Cruz do Sul, v. 1, n. 1, p. 7-18, 2000.

  7. GUEDES, D. P.; BARBANTI, V. J. Desempenho motor em crianças e adolescente. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v. 9, n. 1, 1995.

  8. MATSUDO, S.M.M. et al. Nível de atividade física em crianças e adolescents de diferentes regiões de desenvolvimento. Revista da APEF. Londrina, v.3, n.4,1998.

  9. OKANO, A. H. et al. Comparação entre o desempenho motor de crianças de diferentes sexos e grupo étnicos. Revista Brasileira Ciência e Movimento. Brasília, v.9, n.3, p. 39-44, 2001.

  10. SOUZA, O. F de; NETO CÂNDIDO, S. P. Alteração anual do desenvolvimento físico de meninos de 9 para 10 anos de idade. Revista Brasileira Ciência e Movimento. Brasília, v.10, n.3, p. 19-24, 2002.

  11. TOURINHO FILHO, H.; TOURINHO, L.S.P.R. Crianças, adolescentes e atividade física: aspectos maturacionais e funcionais. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v.12, n. 1, p. 71-84, 1998.

Outro artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
http://www.efdeportes.com/ · FreeFind
   

revista digital · Año 10 · N° 85 | Buenos Aires, Junio 2005  
© 1997-2005 Derechos reservados