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Análise das variáveis motoras em
atletas de basquetebol em cadeiras de rodas

   
*Professor Adjunto da Universidade Paranaense (UNIPAR)
Doutor em Atividade Física Adaptada, UNICAMP
**Professor da Universidade Estadual de Campinas.
Doutor em Atividade Física Adaptada, UNICAMP
***Professor Assistente da Universidade Paranaense (UNIPAR)
 
 
Prof. Dr. José Irineu Gorla*
Prof. Dr. Paulo Ferreira de Araújo**
Prof. Esp. Ricardo Alexandre Carminato***

gorla@unipar.br
(Brasil)
 

 

 

 

 
Resumo
    O objetivo do presente estudo foi analisar as capacidades motoras de indivíduos portadores de deficiência física (Poliomielite). Para tanto, foram avaliados 6 indivíduos do sexo masculino com média de idade de 27,3 anos. Todos indivíduos foram submetidos a medidas antropométricas de Peso Corporal(kg), Estatura(cm) e medidas neuromotoras de Dinamometria manual(kg),Velocidade( seg) e Agilidade(seg). Quanto aos resultados obtidos foi possível verificar uma homogeneidade dos mesmos considerando o tempo de treinamento de cada atleta com média de 2,08 anos. Todas as variáveis motoras tiveram uma correlação alta com o tempo de treino, principalmente com a velocidade e agilidade em nível de p<0,01. Com relação a posição de ala, apresentou uma correlação alta com as variáveis velocidade e agilidade e correlação baixa com as variáveis de força de preensão manual com as mãos direita e esquerda. Em relação a posição de pivô a correlação foi alta na força de preensão manual ( mão direita e esquerda) e baixa nas variáveis de velocidade e agilidade.Desta forma, é possível não apenas a obtenção da medida destes parâmetros, como também a possibilidade de estabelecermos valores referencias para estas variáveis nessa população, assim como poderemos prescrever atividades físicas que possibilitem melhores condições de saúde e também treinamentos físicos adequados às modalidades por eles praticadas.
    Unitermos: Deficiência física. Medidas antropométricas. Medidas neuromotoras.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 83 - Abril de 2005

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Introdução

    No Desporto contemporâneo una das questões mais importantes para o direcionamento de um treinamento, constitui-se na elaboração de programas efetivos e na boa preparação física dos desportistas. Estes programas exigem uma representação mais próxima do ideal sobre a estrutura e as condições do atleta.

    A busca da melhoria na qualidade de vida nos últimos anos levou um número crescente de pessoas portadoras de deficiência a procurar a prática de diferentes esportes, visando a uma melhoria em seu bem-estar físico e psicológico.

    Assim, alguns estudos têm sido realizados, especialmente a partir da década de 70, demonstrando os efeitos benéficos da atividade física nas diversas doenças e as respostas fisiológicas aos exercícios nesta população (SHEPARD, 1990; CLIMSTEIN et al., 1993; PITETTI, 1993; BAR-OR, 1994; BOOTH, 1994).

    Adaptações diversas para a avaliação do deficiente são necessárias, porem a maior dificuldade é o estabelecimento de índices e tabelas referenciais.

    Entretanto nos testes de habilidades físicas, devemos também considerar o tipo de teste, a medida e a avaliação. Parte do comportamento observado, em pessoas portadoras de deficiência física, auxiliam os profissionais a detectar características de deficiências, homogeneizar um grupo, graduar o aluno, motivar, propor situações novas e alternar programas. Entretanto, a avaliação deve ser constante e global, na qual cada profissional faz o diagnóstico relativo à sua área (ROSADAS, 1989).

    Neste estudo não nos detemos no paradigma clássico que compara o indivíduo com tabelas referenciais, o que não seria possível neste momento pela falta destas informações, mas realizamos uma comparação do individuo com o grupo que ele esta inserido levando-se em consideração o tempo de treinamento no basquetebol em cadeiras de rodas.

    Com um número significativo das avaliações com pessoas portadoras de deficiência, poderemos com o tempo estabelecer parâmetros referenciais pra esta população.

    Na tentativa de descrever o grau de limitação e como este influência no desempenho do esporte adaptado, especificamente o basquetebol sobre cadeiras de rodas, procuramos desenvolver neste estudo uma avaliação das variáveis antropométricas de Peso e Estatura e de medidas neuromotoras de Dinamometria, velocidade e agilidade em pessoas portadoras de deficiência física causada por poliomielite.

    A Poliomielite é uma doença aguda provocada por um vírus (poliovírus). Este vírus ataca a substância cinzenta da medula destruindo as células motoras. O grupo que foi avaliado é acometido pela poliomielite paralítica que atinge as células nervosas motoras na medula, cérebro, com paralisia em vários músculos (COSTA, 2001).

    A presente busca poderá ser traduzida em contribuição para a futura preparação e capacitação de profissionais da área de Educação Física e de outros que atuam com o esporte adaptado.

    De acordo com Faria Jr.(1981), o objetivo geral que se pretende atingir só será alcançado quando forem definidos os objetivos específicos que orientarão as fases da pesquisa. Dessa forma o objetivo geral foi o de "Avaliar as capacidades motoras dos atletas portadores de deficiência física (Poliomelite) do Projeto Ama de Umuarama-PR, através da coleta e análise das variáveis antropométricas (peso e estatura) e de medidas neuromotras (dinamometria, velocidade e agilidade), e os objetivos específicos que proporcionaram esta análise científica são os seguintes: avaliar as capacidades motoras, utilizando testes de dinamometria, velocidade e agilidade e analisar os resultados da avaliação, comparando-os com o tempo de treinamento.


Material e método

    Este estudo caracterizou-se como sendo de caráter descritivo, do tipo transversal, envolvendo variáveis que procuram identificar as características de desempenho motor de indivíduos portadores de deficiência física - poliomielite e que participam do projeto de atividades motoras adaptadas na modalidade de basquetebol em cadeiras de rodas.

    Para o desenvolvimento do estudo, os procedimentos adotados na seleção da amostra obedeceram a uma seqüência de etapas, na tentativa de obter uma amostra selecionada e/ou por conveniência.Esse tipo de amostra, segundo Rodrigues (2002 p.89), se caracteriza por elementos que o pesquisador seleciona para avaliar o perfil dos seus componentes, considerando que os mesmos apresentam pelo menos uma característica em comum. Por exemplo, na área de saúde é comum a realização de pesquisas em que são selecionados os pacientes portadores de determinadas enfermidades. Portanto nesse caso, só farão parte do estudo indivíduos que tenham sido diagnosticado com aquela enfermidade. A partir daí, o pesquisador utilizará as variáveis de interesse ao estudo e procederá ao tratamento estatístico adequado aos objetivos.

    Optou-se por indivíduos que possuíam deficiência física - poliomielite. Fizeram parte deste estudo indivíduos do sexo masculino com média de 27,3 anos de idade.

    Para o desenvolvimento do estudo, os procedimentos de seleção da amostra obedeceram a uma seqüência de etapas na tentativa de obter um número de alunos representativos apresentada na tabela 01.

Tabela 01. Número de alunos por idade, tempo de treino e posicionamento.

    Para atender os objetivos do estudo, a coleta de dados foi desenvolvida por uma abordagem transversal no período de Março 2004, sendo que todas as medidas foram realizadas sempre pelo mesmo avaliador.

    Foram tomadas as medidas antropometricas de estatura e peso e medidas de desempenho motor de agilidade e dinamometria.

    Para as medidas de estatura utilizou-se um estadiômetro de madeira, com escala de precisão de 0,1 cm juntamente com um cursor construído para esta finalidade. O avaliado em posição ortostática (em pé), pés unidos procurando por em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região ocipital. A medida foi determinada com o avaliado em apnéia inspiratória, estando a cabeça orientada no plano de Frankfurt paralela ao solo. A medida correspondeu à distância da região plantar ao vertex, exigindo-se que o avaliado estivesse descalço (HEYWARD & STOLARCZYK, 2000).

    No teste de Força de Preensão Manual(FPM) os participantes objetivam comprimir um dinamômetro de empunhadura com a mão mais forte, a fim de gerar tanta força quanto for possível. O teste é desenvolvido para medir a força da mão e do braço. O avaliado deve ficar sentado em uma cadeira sem apoio para os braços e, com os pés planos sobre o chão. O avaliador deve, primeiramente, ajustar a alça do dinamômetro para se acomodar na mão do avaliado.

    Quando o dinamômetro é comprimido, a segunda falange deverá repousar sobre a alça ajustável. Uma vez que o dinamômetro foi ajustado para a posição correta, o avaliado deve comprimir a alça o mais forte possível. A mão segurando o dinamômetro deve ser mantida longe do corpo e da cadeira enquanto o teste é realizado.Utilizou-se um dinamômetro de empunhadura com alça ajustável do tipo JAMAR. Os avaliados poderiam ficar sentados em uma cadeira de rodas ou sobre outra superfície, de tal forma que o teste fosse aplicado apropriadamente. Foram feitas três tentativas, com um intervalo de pelo menos 30 segundos entre as tentativas para cada mão. O ponteiro deverá retornar ao zero depois de cada tentativa. Era registrado o resultado do participante aproximando do quilograma mais próximo. O resultado mediano das três tentativas foi utilizado como resultado-critério.

    Para variável Agilidade foi utilizado o teste de Corrida vai e vem em cadeira de Rodas de Basquetebol entre cones, que tem por objetivo medir a habilidade de correr com mudança de posição da cadeira em zig-zag entre cones. Para tanto utilizou-se as cadeiras de rodas específicas de basquetebol, cones e cronômetro. O avaliado inicia o teste atrás da linha de partida. Ao ser dado o comando "vai" corre realizando zig-zag entre os cones, indo e voltando em uma única tentativa. O resultado será o tempo gasto para executar a tarefa.

    Para a variável Velocidade utilizou-se o teste de Corrida de 40 metros lançados sobre cadeiras de Rodas de Basquetebol com o objetivo de medir a velocidade de deslocamento sobre cadeiras de rodas. Os procedimentos são os mesmos do teste de 50 metros, a diferença é que o avaliado possui um espaço de 5 metros antes da linha de partida e 5 metros de segurança depois da linha final. Ele deve iniciar o teste na hora em que se sentir pronto para tal. Ao passar a linha de partida o avaliador deverá abaixar o braço para que o avaliador que tiver na linha de chegada possa acionar o cronômetro (WINNICK; SHORT, 2001).

    A análise estatística dos resultados foi efetuada com o programa SPSS (ARANGO, 2001). Os resultados são descritos em termos das médias (x), dos Desvios-padrão (DP) e ainda uma correlação entre variáveis, levando-se em consideração o tempo de treino e a posição que o jogador desempenha na quadra.


Apresentação dos resultados

    A seguir são apresentados os resultados das avaliações realizadas entre, bem como sua discussão.

    A análise dos resultados deste estudo, resultante de tratamentos estatísticos previstos na metodologia, permitiu verificar a validade do problema apresentado. Foi feita de forma individual como em grupo e apresentadas em tabelas contendo o desempenho dos sujeitos em cada teste motor.

    A discussão tem como base os resultados encontrados nos testes aplicados.

Tabela 2. Valores da estatística descritiva para medidas antropométricas e as medidas neuromotoras.


FPM-DIR - Força de Preensão Manual mão Direita
FPM-ESQ - Força de Preensão Manual mão Esquerda

    A tabela 2 apresenta os dados descritivos das variáveis de Peso Corporal, Estatura, Força de preensão manual, velocidade e agilidade.

    Os resultados da amostra, considerando o grupo total, revelaram uma relativa homogeneidade nos testes neuromotores de dinamometria, velocidade e agilidade.

    Estas variáveis motoras são fundamentais para a manutenção da aptidão física, seja ela relacionada à saúde ou à performance.

    A variável estatura teve uma correlação com a força de preensão manual com a mão esquerda em nível de p<0,01 e p<0,05 com a variável peso corporal.

    Todas as variáveis motoras tiveram uma correlação alta com o tempo de treino, principalmente com a velocidade e agilidade em nível de p<0,01.

    Com relação à posição de ala, apresentou uma correlação alta com as variáveis de velocidade e agilidade e correlação baixa com as variáveis de força de preensão manual com as mãos direita e esquerda. Em relação a posição de pivô a correlação foi alta na força de preensão manual ( mão direita e esquerda) e baixa nas variáveis de velocidade e agilidade.

    A força, fundamental para todos os seres humanos, passa a ter um papel essencial para as pessoas portadoras de deficiências, principalmente em portadores de limitações nos membros inferiores, onde a ausência de possibilidade de movimentação com estes membros passa a ser suprida pelos membros superiores e tronco.

    No âmbito da performance a força ganha destaque, pois em todas as modalidades ela aprece com evidência, especificamente no basquetebol sobre cadeiras de rodas, sendo fator preponderante para a obtenção de resultados.

     Como podemos observar na tabela 2 os avaliados tiveram um melhor desempenho com a mão direita. Estes resultados quando analisados em relação aos padrões normais, podem ser considerados bons, uma vez que a referência desses padrões são de 49kg a 57kg, sendo que, a média para mão esquerda foi de 46,5kg e para a mão direita de 53,33kg.

    Estes valores mostraram que há necessidade de um melhor desenvolvimento da força manual para essa população, visto a importância e utilidade dessa para o manejo da cadeira de rodas na modalidade de Basquetebol.

    A velocidade é uma qualidade física de grande importância na maioria dos esportes. Popularmente, diz-se que a velocidade é a capacidade de realizar um movimento no menor espaço de tempo possível.

    Os resultados evidenciaram uma proximidade neste teste, visto que todos os avaliados tinham um tempo médio de 2,08 anos de treinamento, o que provavelmente tenha contribuído para homogeneidade dos mesmos. O tempo médio deste teste foi de 9,56 segundos, ficando apenas o sujeito III com o tempo de 8,66 segundos, provavelmente por ser um atleta com mais tempo de treinamento na modalidade.

     A agilidade é uma variável motora caracterizada pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade de todo o corpo ou parte dele.(AAHPERD, 1976).

    Para Guedes e Guedes (1997), a agilidade é a capacidade de mudar a posição do corpo no espaço, do ponto de vista de desempenho motor, em razão do repertório de possíveis mudanças de posição do corpo no espaço ser bastante grande, deverão ser encontradas enormes dificuldades em padronizar uma tarefa motora que possa fornecer algum indicador dessa variável.

    Sua manifestação resulta em uma harmoniosa combinação de diferentes qualidades, destacando além da coordenação a velocidade a força e a flexibilidade.

    Foram obtidos para a agilidade, valores médios de 13,45 seg, ficando apenas o sujeito II com o tempo de 12,20 segundos.

    Podemos levantar a hipótese de que os deficientes físicos, portadores da Poliomielite, tiveram uma maior influência da prática das modalidades esportivas nos resultados dos testes, levando-os a uma melhor coordenação neuro-motora e um melhor desempenho na modalidade de basquetebol em cadeiras de rodas.


Conclusão

    Os resultados obtidos nas variáveis motoras em portadores de deficiência física nos permitem elaborar as seguintes conclusões:

  • É possível, não apenas a obtenção da medida destes parâmetros, como também a possibilidade de estabelecermos valores referencias para estas variáveis nessa população, assim como prescrever atividades físicas que possibilitem melhores condições de saúde e também treinamentos físicos adequados às modalidades por eles praticadas;

  • Na literatura não encontramos estudos desta variável neuro-motora em deficientes físicos, dessa forma, acreditamos que estes referenciais possam servir de base para futuros estudos.


Bibliografia

  • AMERICAN ALLIANCE FOR HEALTH PHYSICAL EDUCATION RECREATION. Youth fitness test manual, Ed. Rev. Local, Editora, 1976. 69p.

  • ARANGO,H.G. Bioestatística teórica e computacional. SPSS, Guanabara Koogan : Rio de Janeiro, 2001.

  • BAR-OR, O. Training considerations for children and adolescents with chronic disease. In:________ - Clinical exercise physiology. St. Louis, Mosby Year Book, 1994 p.266-74.

  • BOOTH, D. W. (1994) Athletes with disabilities. In: OXFORD textbook of sports medicine. Oxford, Oxford University Press, 1994. p. 634-46.

  • FARIA, JR.A.G. Didática da Educação Física: formulação de objetivos. Rio de Janeiro: Interamericana, 1981.

  • GUEDES,D.P. ;GUEDES,J.E.R.P. Crescimento, composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997.

  • HEYWARD, V.H.; STOLARCZYK, L.M. Avaliação da Composição Corporal Aplicada. 1ª ed. São Paulo: Manole, 2000.

  • MELLO, M T Paraolimpíadas Sidney 2000: avaliação e prescrição do treinamento dos atletas brasileiros/Marco túlio de Mello. São Paulo: Atheneu, 2002.

  • PITETTI, K. H., Introduction: exercise capacities and adaptations of people with chronic disabilities - current research, future directions, and widespread applicability. Medicine and Science in Sports Exercise, 25(4):1993, 421-2.

  • SHEPHARD, R. J. Fitness and health. In: ________ - Adapted physical activity: an interdisciplinary approach. Berlin, Springier - Verlag, p.31-6.1990.

  • ROSADAS, S.C.- Atividade Física Adaptada e Jogos Esportivos para o Deficiente. Livraria Atheneu, Rio de Janeiro, 1989.

  • THOMAS,JR.;NELSON,J.K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3a. Ed. Porto alegre:Artmed, 2002.

  • WINNICK, J.; SHORT, F. Testes de Aptidão Física para Portadores de Necessidades Especiais: Manual de Brockpart. São Paulo: Manole, 2001.

Anexos

Teste de Agilidade sobre Cadeiras de rodas

Material: 5 cones, um cronômetro.

Objetivo: Medir a habilidade de correr com mudança de posição da cadeira em zig-zag entre cones.

Direções: O avaliado inicia o teste atrás da linha de partida. Ao ser dado o comando "vai" corre realizando zig-zag entre os cones, indo e voltando em uma única tentativa.

Resultado: O resultado será o tempo gasto para executar a tarefa.


Teste de Velocidade

Corrida de 40 metros lançados sobre cadeiras de Rodas de Basquetebol.

Objetivo: Medir a velocidade de deslocamento sobre cadeiras de rodas

Equipamento: Cadeira de rodas de basquetebol e cronômetro.

Direções: as mesmas do teste de 50 metros. A diferença é que o avaliado possui um espaço de 5 metros antes da linha de partida e 5 metros de segurança depois da linha final. Ele deve iniciar o teste na hora em que se sentir pronto para tal. Ao passar a linha de partida o avaliador deverá abaixar o braço para que o avaliador que tiver na linha de chegada possa acionar o cronômetro (WINNICK & SHORT, 2001).


Teste de Força de Preensão Manual(FPM)

Neste teste os participantes objetivam comprimir um dinamômetro de empunhadura com a mão mais forte, a fim de gerar tanta força quanto for possível. O teste é desenvolvido para medir a força da mão e do braço. O avaliado deve ficar sentado em uma cadeira sem apoio para os braços e, com os pés planos sobre o chão. O avaliador deve, primeiramente, ajustar a alça do dinamômetro para se acomodar na mão do avaliado. Quando o dinamômetro é comprimido, a segunda falange deverá repousar sobre a alça ajustável. Uma vez que o dinamômetro foi ajustado para a posição correta, o avaliado deve comprimir a alça o mais forte possível. A mão segurando o dinamômetro deve ser mantida longe do corpo e da cadeira enquanto o teste é realizado.

Equipamento: Um dinamômetro de empunhadura com alça ajustável do tipo JAMAR.

Modificações do teste: Os avaliados podem ficar sentados em uma cadeira de rodas ou sobre outra superfície, de tal forma que o teste possa ser aplicado apropriadamente.

Resultados e tentativas: São feitas 3 tentativas. Deixe, pelo menos 30 segundos entre as tentativas para cada mão. O ponteiro deverá retornar ao zero depois de cada tentativa. O avaliador registra o resultado do participante aproximando do quilograma mais próximo. O resultado mediano das três tentativas serve como resultado-critério.

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revista digital · Año 10 · N° 83 | Buenos Aires, Abril 2005  
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