Treinamento resistido de oito semanas melhora a aptidão física mas não altera o perfil lipídico de indivíduos hipercolesterolêmicos |
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*Laboratório de Fisiologia do Exercício da Universidade de Mogi das Cruzes - SP **Programa de Mestrado em Educação Física Universidade Católica de Brasília - DF *** Universidade Metodista de Piracicaba - LINS - SP. (Brasil) |
Juliano Rodrigues Moreno* Maysa Vieira Sousa*** Matheus Elias Pacheco* | Luiz Gustavo da Mata Silva* Carmen Sílvia Grubert Campbell** Herbert Gustavo Simões** julianocab@ig.com.br | julianocab@ig.com.br |
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Resumo |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 81 - Febrero de 2005 |
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Introdução
A prevalência de doenças hipocinéticas tem aumentado significativamente em sociedades ocidentais industrializadas, e caracterizam-se por diversas disfunções morfofuncionais dentre as quais destaca-se a doença arterial coronariana (26). Dentre os fatores de risco associados à morte por coronariopatias, 42,7% tem sido atribuídos à arteriosclerose e 34,6% tem sido associados à inatividade física (29, 32).
O colestrerol é o esteróide mais abundante no organismo humano, e é de extrema importância por ser precursor na síntese de outros esteróides, como os hormônios sexuais e do córtex da supra renal (testosterona, progesterona, cortisol entre outros), sais biliares e vitamina D, exercendo ainda funções estruturais na membrana celular (25). O colesterol pode ser obtido através de dieta (cerca de 200 a 300mg/dia), ou proveniente da síntese hepática (aproximadamente 100mg/dia), e também pode ser produzido pelas diversas outras células do organismo (17, 32).
A maior parte do colesterol plasmático (cerca de 95%), está ligado a um tipo de proteína específica produzida pelo fígado, cuja função é transportar, além do colesterol, triglicerídeos e fosfolipídios ao longo do sistema vascular e por isso são denominadas lipoproteínas. As lipoproteínas se diferem especialmente pelas proporções dos diferentes tipos de lipídeos que elas transportam. As lipoproteínas que transportam altas concentrações de triglicerídeos e concentrações moderadas de fosfolipídios e colesterol são chamadas de lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL). As lipoproteínas que contém relativamente poucos triglicerídeos, mas porcentagens altas de colesterol são as lipoproteínas de baixa densidade (LDL). Já as lipoproteínas de alta densidade (HDL) são aquelas que transportam concentrações bem menores de lipídios (especialmente de colesterol), apresentando uma proporção maior de proteína em relação ao conteúdo lipídico. Apesar de se ter conhecimento de pelo menos dezessete tipos de lipoproteínas diferentes (20) o VLDL, LDL e HDL são as principais lipoproteínas relacionadas com o nível de colesterol circulante, e especialmente a LDL e HDL tem sido consideradas para caracterizar o perfil lipídico das pessoas.
O LDL tem maior afinidade pelo endotélio vascular das artérias coronárias, onde sofrem oxidação desencadeando uma atividade macrofágica aumentada. Ao fagocitarem o excesso de colesterol oxidado os macrófagos se rompem, desencadeando a formação de ateromas que podem resultar em obstrução e acidente vascular, ou ainda em fibrose do tecido vascular causando a arteriosclerose. Este evento é tão mais acentuado quanto maiores os níveis circulantes de colesterol - especialmente de LDL, e está diretamente relacionado à inatividade física, a uma alta ingestão de colesterol, bem como a fatores hereditários predisponentes, como a falta de receptores hepáticos responsáveis por desencadear a recaptação de LDL (14). Em contrapartida o HDL tem a capacidade de remover o colesterol das artérias, exercendo portanto um efeito protetor sobre o sistema cardiovascular (31).
Os benefícios do exercício físico regular, em especial os benefícios do exercício aeróbio sobre o perfil lipídico, tem sido sugeridos de longa data. Existem evidências de que exercícios aeróbios realizados tanto agudamente quanto cronicamente resultam em melhora do perfil lipidêmico como diminuição do colesterol total e do LDL, e aumento do HDL (5, 18, 28), mas também existem algumas investigações com resultados controversos (12, 22), sugerindo que indivíduos submetidos a treinamento com exercícios aeróbios não apresentam alterações significativas nos níveis de colesterol circulantes.
Os efeitos de exercícios resistidos de características anaeróbias sobre os níveis circulantes de colesterol e triglicérides tem sido menos estudados, mas existem evidências tanto de resultados favoráveis à melhora do perfil lipídico (7, 10) quanto resultados evidenciando a ineficiência do treinamento com exercícios resistidos realizados isoladamente (16, 19 e 23) bem como daqueles realizados em associação a exercícios aeróbios (1, 8). Apesar da controvérsia existente com relação aos efeitos sobre a lipidemia, a prática de exercícios resistidos tem sido amplamente recomendada para diferentes populações, tanto pela sua eficácia na melhora da composição corporal e capacidade funcional do praticante, quanto pela possibilidade de melhora do perfil lipídico e também pela facilidade com que o exercício resistido pode ser realizado e controlado. No entanto, existem poucos estudos analisando os efeitos do exercício resistido sobre o perfil lipídico.
Considerando o número reduzido de estudos investigando os efeitos de exercícios resistidos em indivíduos hipercolesterolêmicos, o objetivo desse estudo foi investigar os efeitos de oito semanas de treinamento sobre a composição corporal, massa magra e força muscular, e analisar se estas possíveis alterações estão associadas a mudanças no perfil lipídico de indivíduos hipercolesterolêmicos. A hipótese do presente estudo foi de que as respostas adaptativas decorrentes do exercício resistido realizado cronicamente poderiam contribuir para diminuição da colesterolemia de repouso em indivíduos hipercolesterolêmicos.
MétodosParticipantes
Após terem se submetido a exame médico cardiológico (teste de esforço), e após terem assinado um termo de consentimento informando sobre os riscos e benefícios do estudo, 10 indivíduos do sexo masculino e feminino, sedentários e portadores de taxas elevadas de lipídios plasmáticos (CT acima de 200mg.dl-1), foram recrutados para fazer parte do presente estudo. Os procedimentos aos quais os participantes foram submetidos foram aprovados pelo comitê de ética de pesquisa em seres humanos da Universidade de Mogi das Cruzes, SP, Brasil. As características dos participantes estão representadas na Tabela 1.
Descrição geralApós realização dos exames médicos complementares, os participantes selecionados foram divididos de forma aleatória em dois grupos, sendo um grupo experimental (GE) e um grupo controle (GC).
Os integrantes do GE foram submetidos inicialmente a um período de adaptação de 2 semanas, seguido de um período de uma semana para realização dos testes de força, mensurações antropométricas e análises bioquímicas para determinação das concentrações plasmáticas de colesterol total e suas frações, e finalmente foram submetidos a um período de treinamento de 8 semanas. Após as 8 semanas de treinamento, os participantes do GE foram submetidos aos retestes seguindo os mesmos procedimentos realizados anteriormente ao período de treinamento.
Os integrantes do GC não realizaram treinamento e apenas mantiveram suas atividades diárias normais durante o período estudado, e foram submetidos a avaliação antropométrica e análises bioquímicas para determinação das concentrações plasmáticas de colesterol total e suas frações antes e após período de 8 semanas. Foi aplicado, em ambos os grupos, inquérito alimentar para avaliação nutricional dos voluntários.
Tabela 1 - Características dos participantes do estudo (média + DP;n=12).
Testes de forçaO teste de força consistiu em identificar uma carga (Kg) que o participante fosse capaz de realizar 6 repetições máximas (6 RM). Apenas os participantes do GE foram submetidos a este teste de 6 RM, que foi realizado nos exercícios Supino Reto, "Pulley" Teto, Cadeira extensora, Cadeira flexora e "Leg press". A carga de 6 RM foi considerada como sendo 85% da carga correspondente a 1 repetição máxima (1 RM), o que possibilitou uma estimativa da carga correspondente a 1 RM (24), a qual foi utilizada para prescrição das intensidades dos exercícios do programa de treinamento.
Avaliação antropométrica e nutricionalPeso corporal e percentual de gordura foram avaliados pré e pós período de oito semanas, utilizando-se uma balança de bioimpedância (BF-542 Body Fat, TANITA, USA) seguindo os procedimentos indicados pelo fabricante. A massa gorda (Kg) foi determinada multiplicando-se o resultado do percentual de gordura pelo peso corporal. A massa magra foi determinada diminuindo-se a massa gorda do peso corporal.
Para avaliação nutricional foram aplicados questionários (inquérito alimentar) sobre os tipos e quantidades de alimentos consumidos no decorrer de três dias, sendo dois dias durante a semana e um dia no final de semana (Domingo). O cálculo da ingestão calórica total, e distribuição nutricional (%) de carboidratos, lipídeos e proteínas na dieta foram estimados conforme proposto por NutriSurvey for Windows 95, Hohenheim University, 1999. Erhardt, J. (4).
Período de adaptaçãoConsistiu de 2 semanas de um programa de exercícios leves, no qual foram utilizados os mesmos aparelhos/exercícios constituintes no programa de treinamento de 8 semanas. O programa consistiu de passagem pelos aparelhos dispostos em forma de circuito, realizando 1 série de vinte repetições em cada aparelho, com pausa de 45 segundos entre as séries, e com duração total de aproximadamente 20 minutos.
Programa de TreinamentoOs participantes do GE realizaram, durante oito semanas e em uma freqüência de três dias por semana, 3 séries de 20 repetições com carga correspondente a 40% de 1 RM e 45 segundos de intervalo. Os exercícios utilizados foram Supino reto, "Pulley" teto, Desenvolvimento com Halteres, "Leg Press", "Hack" vertical, Cadeira Extensora, Cadeira Flexora, Cadeira Adutora/Abdutora, Flexão Plantar, Rosca Direta e Extensão de Cotovelo para Tríceps no "Pulley" teto.
Coletas sanguíneas e análises bioquímicasPara dosagem dos lipídios plasmáticos foram coletados 10 ml de sangue venoso da veia antecubital, entre 7:00 e 8:00 horas da manhã, após um período de 12 horas de jejum, e após abster-se da prática de exercícios por um período de 24 a 48h. O sangue foi armazenado em tubo Vacutainer, e submetido a centrifugação a 3000 rpm durante 5 minutos para obtenção do soro. TG e CT foram obtidos pelo emprego do método enzimático colorimétrico de ponto final (glicerolfosfato oxidase e colesterol oxidase, respectivamente). Para determinação dos níveis de HDL foi realizada precipitação seletiva com ácido fosfotúngstico e cloreto de magnésio, e as frações de VLDL e LDL foram estimadas através da equação proposta por Friedewald et al (6).
Tratamento EstatísticoTeste t -de Student para amostras pareadas foi utilizado para analisar as diferenças para as variáveis estudadas pré e pós período de oito semanas para ambos os grupos. Teste t-Student não pareado foi utilizado para comparar os resultados do inquérito alimentar entre GE e GC. Nível de significância aceito foi de P<0,05.
ResultadosA ingestão calórica total e a distribuição nutricional não diferiram entre os grupos estudados (Tabela 2). Diferenças estatisticamente significantes não foram observadas no peso corporal, massa gorda e percentual de gordura corporal para o GE (Tabela 3). Contudo, como pode ser observado na Tabela 3, o GE apresentou aumento significativo da massa magra e ganhos significativos de força muscular foram evidenciados após treinamento (Fig 1, p<0,05). Já o GC não apresentou nenhuma alteração de peso e composição corporal (Tabela 4). Apesar do aumento da força e da massa magra apresentado pelo GE, alterações no perfil lipídico não foram observadas após período estudado tanto para GE quanto para GC (Tabelas 5 e 6) confirmando as evidências encontradas em estudos anteriores sobre efeitos de exercícios resistidos sobre o perfil lipídico (16, 19, 22, 23).
Tabela 2 - Resultados médios (+ DP) da ingestão calórica diária e percentual de carboidratos, lipídios e proteínas dietéticas.
Tabela 3 - Resultados do peso, massa magra, massa gorda e % de gordura corporal para o Grupo Experimental (n=7).
Tabela 4 - Resultados do peso, massa magra, massa gorda e % de gordura corporal para o Grupo Controle (n=5).
Tabela 5 - Resultados da lipidemia pré e pós período de oito semanas de treinamento para Grupo Experimental (n=7).
Tabela 6 - Resultados da lipidemia pré e pós período de oito semanas para o Grupo Controle (N=5).
DiscussãoO presente estudo investigou os efeitos de oito semanas de treinamento resistido de baixa intensidade (40% 1RM) sobre a composição corporal, força e perfil lipídico de indivíduos hipercolesterolêmicos. A relação entre dieta e exercício resultando na melhora do perfil lipídico tem sido demonstrada em estudos anteriores (3, 5, 28, 30). Como as características nutricionais não diferiram entre os participantes dos grupos experimental e controle (Tabela 2), qualquer possível alteração no perfil lipídico dos participantes poderia ser atribuída às adaptações morfofuncionais decorrentes do programa de treinamento empregado. No entanto, os resultados evidenciaram que apesar do aumento de massa magra e força muscular, o programa de treinamento resistido empregado não resultou em alterações no perfil lipídico dos participantes.
O aumento na força muscular, bem como o aumento observado na massa magra indicam que o tipo de treinamento utilizado resultou em adaptações neuromusculares e morfofuncionais semelhantes àquelas já descritas anteriormente (21). Tem sido sugerido que a melhora do perfil lipídico (diminuição da colesterolemia e da trigliceridemia) é resultado, em parte, de um aumento da atividade da enzima lipase de lipoproteína (LPL) no músculo esquelético. Este aumento de atividade da LPL está relacionado ao aumento da massa magra (20, 18). Entretanto, o aumento observado na massa magra observado no presente estudo talvez não tenha sido suficiente para resultar em uma maior atividade da LPL, pois apesar de significativo, o aumento da massa magra foi menor que 2%, ou seja, inferior ao ganho de aproximadamente 16,3% na força muscular, sugerindo que as adaptações neurais (possivelmente um melhor padrão neural de recrutamento de unidades motoras) tenham superado os ganhos de massa muscular durante o período de 8 semanas em que o estudo foi realizado. Assim, é possível ainda que programas de treinamento resistido de maior duração possam resultar em maiores ganhos de massa muscular com consequente diminuição da colesterolemia de indivíduos com características semelhantes aos participantes do presente estudo, mas estas possibilidades precisam ser melhor investigadas.
Alguns estudos (9, 13, 20) demonstram ainda que a diminuição da gordura corporal pode resultar em diminuição da colesterolemia. O presente estudo não evidenciou alterações na gordura corporal, bem como para o perfil lipídico para ambos os grupos durante o período estudado. É possível que se os participantes tivessem apresentado diminuição na gordura corporal, o perfil lipídico também poderia ter sido alterado com o treinamento. No entanto, programas de exercício eficazes na redução da gordura corporal geralmente são aqueles acompanhados de alterações no padrão alimentar, especialmente tratando-se de exercícios em que a demanda energética seja baixa (exercícios resistidos per exemplo). No presente estudo os participantes foram orientados a manter o padrão alimentar (mesma ingestão calórica e distribuição nutricional durante o estudo) e, embora o gasto calórico das sessões não tenha sido mensurado, sabe-se que o tipo de treinamento empregado no presente estudo resulta em um baixo gasto calórico por sessão. Uma sessão de aproximadamente uma hora de exercícios resistidos por exemplo, resulta em um gasto calórico de aproximadamente 300Kcal (2), ou seja, não atinge o dispêndio de 800 Kcal/sessão necessárias para que ocorram mudanças significativas no HDL e LDL durante o período pós-exercício como tem sido sugerido por outros autores (27). Seria interessante que em futuros estudos sobre os efeitos de programas de exercícios resistidos associados à alterações dietéticas, bem como os efeitos de sessões de exercícios resistidos de maior volume (maior gasto calórico) sobre o perfil lipídico de indivíduos hipercolesterolêmicos fossem investigados.
Tem sido evidenciado ainda que a intensidade do exercício é um aspecto importante nas mudanças do perfil lipídico no período pós-exercício (11, 15), sendo que as maiores mudanças na lipidemia tem sido observadas após sessões de exercícios de maior intensidade do que após exercícios de menor intensidade (18). No entanto, estes estudos utilizaram exercícios aeróbios cíclicos como forma de investigação, e pouco se sabe sobre o efeito de variações nas intensidades em que o exercício resistido é realizado. No presente estudo apenas uma intensidade de exercício foi investigada durante um período de oito semanas e, embora não tenhamos observado alterações no perfil lipídico dos participantes, é possível que outras intensidades de exercício bem como programas de maior duração resultem em alterações no perfil lipídico, mas estes aspectos relacionados ao exercício resistido também precisam ser investigados.
Tem sido demonstrado que uma única sessão de exercícios pode reduzir os níveis circulantes de colesterol, e que este efeito pode perdurar de 24 a 48 horas pós-exercício (18). Assim, considerando que o efeito agudo da última sessão de exercícios do programa de treinamento pode interferir nas mensurações bioquímicas realizadas após o treinamento (retestes), é possível que alguns estudos evidenciando efeitos significativos do "exercício crônico" sobre a lipidemia possam estar observando também os efeitos agudos da última sessão de exercícios realizada antes dos retestes, e não apenas os efeitos crônicos. Isso poderia explicar, pelo menos em parte, o fato de alguns estudos terem evidenciado efeitos do treinamento resistido sobre o perfil lipídico (7, 10) enquanto outros estudos não encontraram os mesmos resultados (16, 19, 23). Para evitar que os efeitos da última sessão de exercícios do programa de treinamento pudesse interferir no perfil lipídico pós-treinamento, no presente estudo os participantes submeteram-se às reavaliações bioquímicas após absterem-se por completo da prática de exercícios por pelo menos 24 a 48 horas, e nenhuma alteração no perfil lipídico fora observada. Finalmente, não se pode descartar a possibilidade dos efeitos do exercício sobre o perfil lipídico estarem mais relacionados à última sessão de exercícios (exercício agudo) do que todo o programa de treinamento realizado (exercício crônico). No entanto, comparações entre efeitos agudos e crônicos do exercício sobre o perfil lipídico precisam ser melhor investigadas, especialmente dos exercícios resistidos.
ConclusãoApesar da melhora observada na massa magra e no nível de força muscular, não foram verificadas alterações nas concentrações plasmáticas de triglicerídeos, colesterol total e suas frações (HDL, LDL e VLDL) após um programa de oito semanas de exercícios resistidos (12 exercícios por sessão, 3 séries de 20 repetições a 40% de 1 RM, 3 x semanas) realizado por indivíduos hipercolesterolêmicos. Contudo, variações no volume, intensidade e na duração (número de semanas) dos programas de exercícios resistidos, bem como comparação entre os efeitos agudos e crônicos do exercício sobre a colesterolemia e trigliceridemia precisam ser investigados.
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digital · Año 10 · N° 81 | Buenos Aires, Febrero 2005 |