Histórico em números do basquetebol feminino em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos |
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Escola de Educação Física e Esporte Universidade de São Paulo (Brasil) |
Vivian Gitti Dante De Rose Junior danrose@usp.br |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 81 - Febrero de 2005 |
1. Considerando os jogos disputados como União Soviética1 / 1
Introdução
No contexto dos Campeonatos Mundiais o basquetebol feminino teve sua primeira competição em 1953 no Chile. Os Estados Unidos sagraram-se campeões, ficando a equipe do Chile com o vice-campeonato. Na última versão (2002), realizada na China, novamente as americanas conquistaram o título, ficando a Rússia com o vice-campeonato.
Somente três países possuem o titulo de campeão Mundial em quatorze edições da competição: Estados Unidos (7 títulos); Rússia (considerando-se a antiga União Soviética com 6 títulos) e o Brasil com 1 título conquistado em 1994.
A primeira participação olímpica do basquetebol feminino aconteceu em 1976, nos Jogos de Montreal (40 anos depois do basquetebol masculino), com a participação de 6 equipes. Nessa primeira edição o título ficou com a União Soviética seguida dos Estados Unidos e Bulgária. Em 2004, em Atenas, as americanas ficaram com o título, enquanto as russas, australianas e brasileiras obtiveram, respectivamente, o 2º, 3º e 4º lugares.
Tanto nos Jogos Olímpicos como nos Mundiais, houve uma grande evolução tática, técnica e física das jogadoras além de mudanças de regras e um aumento de participantes em ambos os campeonatos.
Estados Unidos e Rússia detêm, ao longo da história, uma predominância muito grande, fato expresso pelo número de títulos conquistados nos dois eventos. No entanto, nos últimos anos, alguns países têm apresentado uma grande evolução e participado constantemente das finais, obtendo resultados expressivos, como é o caso de Brasil, Austrália e China, entre outros. Vários países se posicionam em nível intermediário, mas mostram um crescimento na prática desse esporte. Neste caso pode-se citar a República Tcheca, Eslováquia, Espanha e Coréia do Sul. Outros países que, nas décadas de 60 e 70 destacavam-se no basquetebol feminino, perderam espaço tornando-se equipes com pouca expressão como o Japão, Bulgária e Iugoslávia.
Este trabalho tem como objetivo mostrar através de uma análise histórica e numérica dos resultados, um perfil do basquetebol feminino no Campeonato Mundial e nos Jogos Olímpicos, destacando a participação do Brasil nessas duas competições.
Os dados foram compilados a partir da página oficial de FIBA (www.fiba.com) e de livros de registros de resultados oficiais (ESCAMILLA, 1992; CRUZ & ALGARRA, 1997; FIBA, 2002).
Campeonatos Mundiais em númerosO primeiro Campeonato Mundial de basquetebol feminino foi realizado em Santiago no Chile, no ano de 1953, com a participação de 10 países, sendo:
1 da América do Norte: Estados Unidos
2 da América Central: México e Cuba
5 da América do Sul: Brasil, Chile, Paraguai, Argentina e Peru
2 da Europa: França e Suíça
Nessa primeira edição a equipe campeã foi os Estados Unidos, ficando a equipe do Chile, anfitriã, com o vice- campeonato seguida pela França com a terceira colocação. A tabela 1 mostra os países sede de cada Campeonato Mundial e os respectivos campeões e vices.
Tabela 1. Anos de Competição, País Sede, Campeões e Vice Campeões nos Campeonatos Mundiais.
Como pode ser observado na tabela 1, os Estados Unidos é o país que possui o maior número de títulos mundiais (7) seguido pela União Soviética (atualmente Rússia) com 6 títulos, sendo que cinco vezes de forma consecutiva entre 1959 a 1975. O único país que quebrou a hegemonia de americanas e soviéticas foi o Brasil, campeão mundial em 1994 na Austrália. A predominância soviética nesse período, e que também se estendeu por dois Jogos Olímpicos, muito se deve deveu à presença da jogadora Uliana Semenova que, em função de sua estatura, destacava-se das demais jogadoras e era fator de desequilíbrio nos jogos. Em relação ao número de participantes, conforme a tabela 2, o terceiro campeonato realizado na União Soviética, em 1959, foi o que contou com o menor número de países participantes (8). O Campeonato Mundial realizado na Austrália, em 1994, apresentou o maior número de países participantes (17).
Tabela 2. Número de Países Participantes (NP) e Número de Jogos (NJ)
Pode-se notar uma variação considerável de países participantes ao longo de todos os Campeonatos Mundiais, sendo assim o sistema de disputa e, conseqüentemente, o número de jogos também foi afetado por essa diferença. Nenhum país participou de todas as 14 edições do Campeonato Mundial. Tanto os Estados Unidos como o Brasil estiveram presentes em 13 edições seguidos pela Coréia com 12 participações e pela Rússia (considerando as participações como União Soviética) com 11 participações.
Como curiosidade pode-se observar que o Brasil foi o país que realizou o Campeonato Mundial por mais vezes (3). Em termos continentais o Campeonato foi realizado 6 vezes na América do Sul, 4 vezes na Europa, três vezes na Ásia e uma única vez na Oceania. A tabela 3 mostra a relação completa do número de países por campeonato
Tabela 3. Número de participações (NP) por países.
Em relação aos números de jogos disputados os Estados Unidos é o país com maior participação (99), seguidos pela Coréia (92), Rússia (90) e Brasil (89). Já em relação ao número de vitórias a Rússia aparece em primeiro com 82 vitórias, seguida pelos Estados Unidos com 77 e pela Tchecoslováquia com 73 jogos.
A Rússia é o país com o melhor aproveitamento (91%), seguida pelos Estados Unidos com 78% e Holanda com 67%, sendo que esse último participou só de um Campeonato Mundial em 1979 realizado na Coréia, onde obteve 4 vitórias e 2 derrotas em 6 jogos disputados.
Destaque-se a equipe da União Soviética que, de 1959 a 1975, venceu os cinco campeonatos disputados sem perder nenhum jogo (48 vitórias). Em 1979 a União Soviética não participou do campeonato, voltando competir em, no Brasil, em 1983, sagrando-se vice-campeã, com apenas 1 derrota, na final para os Estados Unidos. Dessa forma a União Soviética totalizou, em campeonatos mundiais 54 vitórias consecutivas.
A relação completa de número de jogos, vitórias, derrotas e percentual de aproveitamento pode ser observada na tabela 4.
Tabela 4. Número de jogos, vitórias, derrotas e porcentagem de aproveitamento por país.
Na análise por continente, pode ser observada uma pequena diferença em relação ao número de participações entre as Américas (64) e a Europa (61). A Ásia aparece em terceiro, com 33 participações, seguida da Oceania, com 12, e da África, com 11 participações, em Campeonatos Mundiais. No entanto, o melhor percentual de aproveitamento, em termos continentais é da Europa, seguida pelas Américas. Os resultados completos podem ser observados na tabela 5.
Tabela 5. Número de jogos, vitórias, derrotas e % de aproveitamento em função dos continentes.
Galeria dos Campeões Mundiais
Nas catorze edições do Campeonato Mundial de Basquetebol Feminino adulto, somente 14 dos 40 países participantes ocuparam um lugar no podium.
Destaca-se a hegemonia dos Estados Unidos e da Rússia (computados os resultados como União Soviética) que sagraram-se campeões em 13 edições. Essa hegemonia só foi quebrada pelo Brasil, em 1994, no Mundial da Austrália. Vale ressaltar que a Rússia conquistou 5 vezes o título de Campeã Mundial de forma consecutiva, entre 1959 à 1975. Apesar de nunca ter vencido um Campeonato Mundial, a Tchecoslováquia merece destaque pois, em oito participações obteve dois vice-campeonatos e quatro terceiros lugares. A tabela 6 mostra o quadro de classificação dos países que chegaram as três melhores posições dos campeonatos Mundiais.
Tabela 6. Quadro de classificação dos países nas três melhores posições do Campeonato Mundial Feminino Adulto.
Participação do Brasil em Mundiais
O Brasil teve 13 participações em Campeonatos Mundiais, não participando somente do campeonato realizado na Rússia, em 1959. O Brasil disputou 89 jogos, conquistando 48 vitórias, tendo um aproveitamento de 54%, possuindo um título Mundial, conquistado na Austrália, em 1994, quebrando a hegemonia de títulos dos Estados Unidos e Rússia, e um terceiro lugar no Campeonato Mundial realizado no Brasil em 1971. A tabela 7 mostra a participação do Brasil e a sua colocação nos Campeonatos Mundiais que disputou.
Tabela 7. Relação dos Anos de Competição, Pais Sede e Classificação do Brasil em Campeonatos Mundiais de basquetebol Feminino Adulto.
O basquetebol feminino nos Jogos Olímpicos
A primeira vez que houve a participação de equipes femininas de basquetebol nos Jogos Olímpicos foi em1976, no Canadá. Segundo Escamilla (1992), nessa época a União Soviética (atualmente Rússia) tinha uma supremacia absoluta em relação aos outros países e dominava, por regra geral, todas as competições femininas.
Esse domínio soviético foi decisivo para a F.I.B.A. (Federação Internacional de Basquetebol), através de um ofício, informar que a União Soviética (campeã do mundo), a Tchecoslováquia (vice-campeã) e o Japão estavam classificados para a Olimpíada de Montreal, assim como o Canadá por ter o privilégio de organizar a competição.
Em Montreal mais duas equipes se uniriam a esse grupo, já que o torneio seria disputado por somente 6 seleções nacionais. Foi realizado um Torneio Pré-olímpico com a participação de Bulgária, Coréia, Cuba, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, México e Polônia. Nele classificaram-se os Estados Unidos e a Bulgária.
Os Jogos Olímpicos de Montreal contaram com um sistema de disputa de turno único. A União Soviética, confirmando o seu favoritismo sagrou-se campeã seguida pelos Estados Unidos e Bulgária.
Em Moscou (1980), somente a União Soviética (por ser a atual Campeã Olímpica e o país organizador) tinha vaga garantida. As outras cinco vagas foram disputadas em um Torneio Pré-Olímpico com a participação de 21 seleções.
Nos Jogos de Seul, em 1988, a FIBA abriu mais duas vagas no Torneio Olímpico, subindo para oito o número de seleções participantes. O sistema de disputa também mudou, sendo essas oito seleções divididas em dois grupos de quatro, classificando para as semi finais as duas melhores seleções de cada grupo e depois disputa de terceiro e quarto colocado e disputa da final.
A partir de Atlanta (1996), o número de participantes foi padronizado em doze, com o seguinte sistema de disputa:
Fase Preliminar: dois grupos com seis equipes
Quartas de Final: classificam-se as quatro melhores equipes de cada grupo e jogam em sistema de eliminatória simples (primeiro do grupo A x quarto do grupo B) para definir os semi finalistas e os países que disputarão de 5º a 8º e de 9º a 12º postos.
Semi Finais: sistemas de eliminatória simples
Finais: eliminatórias (incluindo as disputas de 1º a 4º postos)
A tabela 8 mostra o número de países participantes e o número de jogos em cada um dos Jogos Olímpicos.
Tabela 8. Número de Países Participantes (NP) e Número de Jogos (NJ)
Nenhum país participou de todas as competições de basquetebol feminino nos Jogos Olímpicos. Este fato deveu-se, basicamente, aos boicotes em 1980 (Moscou) e 1984 (Los Angeles). A tabela 9 mostra a relação completa de países e suas participações
Tabela 9. Número de Participações (NP) por Países
Dos 23 países participantes, somente dois foram campeões olímpicos (Estados Unidos e Rússia) e outros 6 tiveram o privilégio de subir ao pódio: Austrália, Brasil, Bulgária, China, Coréia do Sul e Iugoslávia. A tabela 10 mostra todas as Olimpíadas já realizadas e as respectivas seleções Campeãs e Vices.
Tabela 10. Relação dos Anos de Competição, País Sede, Campeões, Vice Campeões e 3º Colocado em Olimpíadas.
Nota-se que, em todas as competições olímpicas em que participou, os Estados Unidos estiveram no podium, obtendo 5 medalhas de ouro, 1 de prata e 1 de bronze. Austrália e Brasil também merecem destaque pois, desde 1996, essas equipes participam das semi-finais e finais dos Jogos.
Dos países participantes (25), os Estados Unidos disputaram o maior número de jogos (45), seguidos pela Rússia (43), e Austrália (34). Os Estados Unidos também são os maiores vencedores em Olimpíadas com 42 vitórias, seguidos pela Rússia com 32 vitórias. Considerando o percentual de vitórias, o melhor aproveitamento também é dos Estados Unidos com 93%, seguidos pela Rússia com 74%. A relação completa de número de jogos, vitórias, derrotas e percentual de aproveitamento pode ser observada na tabela 11.
Tabela 11. Número de jogos, vitórias, derrotas e porcentagem de aproveitamento por país.
1. Considerando os jogos disputados como União Soviética
Assim como a União Soviética foi destaque nos Campeonatos Mundiais, os Estados Unidos têm uma campanha irrepreensível nos Jogos Olímpicos com somente 3 derrotas (duas em 1976 e uma em 1992). Desde 1996 as americanas mantêm-se invictas na competição, com 24 vitórias consecutivas.
A análise por continente mostra uma supremacia da Europa com 28 participações, seguida pelas Américas (18), Ásia (13), Oceania(7) e África(3).
Como se nota o continente Europeu possui um maior número de jogos em Olimpíadas (164), mas quem possui o melhor percentual de aproveitamento de vitórias são as Américas (61%), seguida pela Oceania (53%), como mostra a tabela 12. Esse predomínio das Américas é fortemente influenciado pela campanha dos Estados Unidos.
Tabela 12. Número de jogos, vitórias, derrotas e % de aproveitamento em função dos continentes.
Galeria de Campeões Olímpicos
Nas oito edições com a participação do Basquetebol Feminino, somente sete países, dos vinte e quatro que já participaram de uma Olimpíada subiram ao podium e, desses, só dois países sagraram-se campeões. Destaque para os Estados Unidos, campeão em cinco edições seguido pela Rússia com três títulos. A tabela 13 mostra o quadro de classificação dos países que chegaram as três melhores posições das Olimpíadas.
Tabela 13. Quadro de classificação dos países nas três melhores posições das Olimpíadas Feminino Adulto
Participação do Brasil em Olimpíadas
A primeira participação da seleção brasileira feminina foi em 1992, em Barcelona. Até então o Brasil nunca tinha se classificado para a disputa de um Torneio Olímpico. Depois de 1992, o Brasil nunca mais ficou fora dos Jogos, estando presente nas três seguintes edições, Atlanta (1996), Sidney (2000) e Atenas (2004).
Em Atlanta, 1996, o Brasil conquistou seu melhor resultado, ficando com a medalha de prata, perdendo a final por 24 pontos para a seleção dos Estados Unidos. Em Sidney, o Brasil venceu nas quartas de final a equipe da Rússia por um ponto de diferença, num jogo bastante disputado. Entretanto, acabou perdendo a semifinal para a equipe da Austrália e ficou com a medalha de bronze, vencendo a Ucrânia.
Em 2004, o Brasil caiu uma posição em relação à classificação anterior, terminando em quarto lugar, perdendo na semifinal para a Austrália e na disputa pela medalha de bronze para a Rússia. A tabela 14 mostra a participação do Brasil e suas colocações em cada uma dos Jogos Olímpicos.
Tabela 14. Relação dos Anos de Competição, Pais Sede e Classificação do Brasil nas Olimpíadas de basquetebol Feminino Adulto.
Considerações finais
Após uma análise numérica dos Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos, nota-se uma hegemonia na história do basquetebol feminino mundial, que é dividida entre Estados Unidos e Rússia. Estes dois países juntos possuem 13 títulos Mundiais e 8 títulos Olímpicos. A Rússia predominou nas décadas de 60 e 70, até meados dos anos 80, enquanto os Estados Unidos assumiram a liderança mundial a partir dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Somente o Brasil quebrou essa hegemonia com o título Mundial conquistado, em 1994, na Austrália. Na história das Olimpíadas nenhum país, fora Estados Unidos e Rússia, estiveram no lugar mais alto do podium.
Os Estados Unidos levam uma vantagem, com sete títulos Mundiais conquistados, em comparação com a Rússia, que possui cinco. Essa vantagem também ocorre em Jogos Olímpicos, com 5 títulos para os Estados Unidos e 3 títulos para a Rússia.
Alguns países, a partir da década de 80, evoluíram de forma marcante, tornando-se presenças obrigatórias nos campeonatos e ocupando lugares de destaque, mais especificamente Austrália e Brasil. Além deles, China, Coréia, Eslováquia, Espanha e República Tcheca também mostraram uma grande evolução na última década. Os países do continente Africano aparecem em nível muito inferior, não conseguindo destaque nas competições, participando somente com o intuito de aumentar seu intercâmbio e melhorar o nível de seu basquetebol, fato que contribui para o crescimento do basquetebol feminino nessa região.
Alguns países, no entanto, perderam sua representatividade e tiveram uma queda considerável no seu nível técnico, deixando de ocupar lugares de destaque para se tornarem meros participantes ou, simplesmente, desaparecerem do cenário mundial. Casos específicos de Bulgária, Iugoslávia e Japão.
Em relação ao Brasil, houve um crescimento muito importante do nível das jogadoras, colocando o país entre os melhores do basquetebol feminino mundial. Este fato tem seu lado positivo, pois as melhores jogadoras nacionais transferem-se para centros mais atrativos como a Europa e Estados Unidos aumentando sua experiência internacional e o prestígio do basquetebol feminino brasileiro. Mas também apresenta um lado negativo, pois os campeonatos realizados no Brasil ficam sem suas principais estrelas, diminuindo o interesse pelos mesmos.
O aparecimento da WNBA também contribuiu para o crescimento do basquetebol feminino mundial pois, além das norte-americanas, muitas atletas européias e sul americanas tiveram oportunidade de participar desse forte campeonato, elevando o nível técnico de suas equipes de origem e contribuindo para a divulgação do basquetebol em nível mundial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIBA. Basketball Results 1930 - 2001. Germany, International Basketball Federation, 2003.
DE ROSE JR, D. Campeonato Mundial de basquetebol masculino: história em números. 2004.
ESCAMILLO, PEDRO. História Del Baloncesto Olímpico. Fundation Pedro Ferrandiz, 1992.
CRUZ, ANGEL. Los Recordez Del Basket. Fundation Pedro Ferrandiz, 1997.
http://www.fiba.com: site oficial da Federação Internacional de Basketball - FIBA.
http://www.cbb.com.br: site oficial da Confederação Brasileira de basquetebol.
revista
digital · Año 10 · N° 81 | Buenos Aires, Febrero 2005 |