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Aspectos nutricionais da competição
de judô em crianças e adolescentes

   
Departamento de Ciências do Esporte
Faculdade de Educação Física
Universidade Estadual de Campinas
(Brasil)
 
 
Pablo Christiano Barboza Lollo
Fabiano Filier Cazetto
Paulo Cesar Montagner
pablo@omega.fef.unicamp.br
 

 

 

 

 
Resumo
    O Judô é um esporte olímpico que tem recebido atenção no meio acadêmico. A competição em tal modalidade é iniciada atualmente no estado de São Paulo com crianças de até 6 anos. Este tipo de competição mantém algumas características dos moldes do alto rendimento, como a premiação dos quatro primeiros colocados, sistema de pontuação, divisão por categorias baseada no peso corporal dos atletas, tamanho da área e sistemas de chaveamento. Este estudo teve por objetivo coletar dados sobre as atitudes dos responsáveis pela 15a Delegacia de Judô - Grande Campinas relacionados a aspectos nutricionais. A coleta de dados em campo foi feita através de um instrumento fechado baseado em escala atitudinal, construído e testado previamente. A amostra foi constituída por acessibilidade na Reunião anual de técnicos realizada no primeiro trimestre de 2004. A pesquisa de campo nos mostrou que a nutrição é assunto presente no ambiente do Judô, nela foram encontrados indícios sobre a influência do Judô na alimentação de seus praticantes, 93,1% dos responsáveis se julgam inaptos para influenciar positivamente a alimentação de seus alunos. Em conjunto com os problemas já relatados pela literatura sobre especialização precoce conclui-se que os moldes atuais abrem espaço para desequilíbrios nutricionais em seus praticantes, em especial para crianças e adolescentes. Sugerimos mais estudos para aprofundar a discussão propiciando remodelação das competições de judô para crianças e adolescentes de forma a minimizar as possibilidades dos desequilíbrios nutricionais presentes atualmente, de maneira a tornar a modalidade ainda mais proveitosa, coerente e educativa para essa faixa etária.
    Unitermos: Judô. Especialização precoce. Nutrição.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 74 - Julio de 2004

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Introdução

    O Judô teve sua origem quando o Professor Jigoro Kano procurou sistematizar as técnicas de uma arte marcial japonesa, conhecida como "Jujitsu" e fundamentar sua prática em princípios filosóficos bem definidos, a fim de torná-la um meio eficaz para o aprimoramento do físico, do intelecto e do caráter, num processo de aperfeiçoamento do ser humano (FEDERAÇÃO PAULISTA DE JUDÔ, 2004a). Sendo assim o Judô desde suas origens se preocupa com a formação global do indivíduo.

    Em 1972 o Judô passou a ser definitivamente um esporte olímpico (FEDERAÇÃO PAULISTA DE JUDÔ, 2004b), sendo hoje uma modalidade esportiva de notoriedade em âmbito nacional e mundial, conquistando inúmeros adeptos. Sua relevância tem sido privilegiada em estudos de natureza acadêmica.

    A federação paulista de Judô fornece anualmente uma tabela de classes e categorias, no inicio de 2004, a 15a delegacia de Judô divulgou a seguinte tabela para os técnicos, referente às categorias mais jovens.

    Atualmente as competições realizadas na região mantêm algumas características provenientes dos moldes do alto rendimento, como a premiação dos quatro primeiros colocados, sistema de pontuação, divisão por categorias baseada no peso corporal do atleta, tamanho da área de competição e sistemas de chaveamento.

    Lima apud Paes (1992, p28 e 29) revela sua preocupação no que diz respeito às relações humanas e regras. O sistema baseado no peso corporal fixado por categorias definidas por faixas rígidas de peso abre margem para possíveis estratégias potencialmente prejudiciais para a saúde da criança, Bar-Or e colaboradores (1992) sugerem que a desidratação é especialmente danosa para crianças e adolescentes devido a suas características. Carazzato (1989) é contra a intensificação do treinamento competitivo antes dos 12 nos de idade (apud PAES 1992). Verificamos que 40% dos voluntários declararam que a competição deve se iniciar antes dessa idade. Rosadas 1985 considera que qualquer treinamento antes da terceira infância é prejudicial a sua formação (apud PAES, 1992). A federação paulista de Judô inicia as competições aos 6 anos de idade. Adversidades de ordem física ou psicológica relacionadas ao treinamento e competição são relatadas na literatura por diversos autores nessa faixa etária (PAES, passim, 1992).

    Os atletas se ligam a federação por meio das agremiações (clubes, associações, escolas, etc). A Federação Paulista de Judô se divide em 15 Delegacias, dentro de cada delegacia acontecem reuniões periódicas envolvendo o responsável por cada agremiação e o delegado regional indicado pelo presidente eleito da Federação pelos responsáveis por cada entidade. Estes normalmente são técnicos ou diretores da modalidade estando intimamente ligados ao cotidiano dos treinos e principalmente das competições. Este ano (2004) a reunião se realizou no primeiro trimestre, quando foi aplicado o instrumento de pesquisa.

    Acreditamos que a prática esportiva proveitosa deve ser coerente com as necessidades de uma dieta apropriada. Para tanto a dieta deve ser balanceada e considerar variações individuais, tais como a idade o estágio de desenvolvimento, preferências de paladar e hábitos alimentares. Atendendo todas as necessidades nutricionais de um indivíduo para a manutenção, reparo, processos de vida e crescimento ou desenvolvimento. Deve incluir ainda todos os nutrientes em quantidades apropriadas e proporcionais uns aos outros (EARL & BORRA, 2002). Recentemente, o conceito de uma dieta adequada é acrescido a ajuda da mesma em reduzir os riscos de desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas e suas complicações (MAHAN & ESCOTT-STUMP, 2002).

    Conforme a literatura consultada nas lutas, são comuns práticas de perda de peso imediatamente antes da pesagem classificatória das competições. A desidratação intencional como resultado de transpiração excessiva e/ou restrição de fluido é um método de perda de líquidos que tem sido freqüentemente utilizado por lutadores jovens que tentam perder peso. É uma pratica prejudicial que pode afetar adversamente o desempenho (WHITMIRE, 2002).

    Os atletas jovens são particularmente vulneráveis à informação nutricional errônea e práticas não seguras que prometem melhorar o desempenho. O uso impróprio de suplementos, práticas de perda de peso não seguras e ingestões inadequadas de nutrientes podem afetar adversamente a saúde do adolescente e limitar o crescimento (LUCAS, 2002).

    Com o objetivo coletar dados sobre as atitudes dos responsáveis pela 15a Delegacia de Judô - Grande Campinas relacionados a aspectos nutricionais realizamos este estudo.


Metodologia

    Para a coleta de dados foi confeccionado um instrumento fechado baseado em escala atitudinal extraído e adaptado de Ritz (2000).

    Após consulta bibliográfica, definimos os aspectos que seriam considerados pela pesquisa. Foram então construídas pelo menos 3 asserções (afirmações feitas sobre uma determinada dimensão) consultando possíveis respondentes e profissionais da área para verificar a adequação das asserções com relação à linguagem.

    As asserções foram mescladas e foi definido o universo de respostas em número par para evitarmos a tendência centrante. O universo de respostas que acompanham as asserções foi: Concordo Plenamente, Inclinado a Concordar, Inclinado a Discordar e Discordo Plenamente.

    Associamos a escala atitudinal de concordância plena à discordância plena com termos intermediários, inclinado a concordar e inclinado a discordar, uma escala numérica de intervalo constante, que neste caso foi de 4, 3, 2 e 1 ou 1, 2, 3 e 4 dependendo do fato da asserção ser positiva ou negativa, visando possibilitar a aplicação de cálculo de médias.


Construção e interpretação gráfica

    Os gráficos aqui apresentados mostram as médias atitudinais distribuídas por intervalos. Como as pontuações das asserções podem assumir valores de 1 a 4, dividimos os gráficos em 3 áreas. Como as piores situações são representadas por pontuações mais altas, então quanto maior a pontuação mais critica pode ser considerada a situação. Assim temos: de 1,00 - 1,99 Zona de conforto, de 2,00 - 2,99 Zona de alerta e 3,00 - 4,00 Zona de perigo.

    A amostragem foi definida por acessibilidade. Todos os participantes da reunião anual de responsáveis pelas agremiações registradas na da 15a Delegacia que desejassem participar da pesquisa o fizeram. Foram fornecidas informações detalhadas sobre o correto preenchimento do instrumento e as dúvidas durante o preenchimento do instrumento foram sanadas de forma imparcial.

    Dos 29 sujeitos que concordaram em participar da pesquisa, obtivemos 1 instrumento respondido insuficientemente (10% ou mais em branco).

    A validade de conteúdo do instrumento foi verificada pelas pessoas consultadas, incluindo, árbitros de judô, judocas, professores de judô e responsáveis por agremiações. Assim, depuramos o instrumento de asserções óbvias, com fraseologia difícil ou dúbia, mal compreendidas e pouco concretas ou específicas.


Resultados e discussão

    Buscamos coletar dados sobre três dimensões que foram definidas após a pesquisa bibliográfica. Para tal, foram construídas no mínimo três asserções para cada dimensão seguindo a metodologia previamente descrita.

    As três dimensões deste estudo foram: conversas sobre Nutrição no Judô, auto-avaliação da capacidade dos professores em transmitir informações úteis sobre Nutrição e a influência do Judô na Nutrição dos seus praticantes.


Conversas sobre Nutrição em ambientes relacionados ao Judô

    Nas três asserções em que buscamos saber se há conversas sobre nutrição no ambiente do judô, obtivemos as seguintes médias.

    Os resultados mostram que Nutrição é um assunto presente entre os judocas. Com todas as asserções na zona de conforto, acreditamos que estes resultados mostram que são comuns conversas sobre Nutrição, trocando informações, experiências, o que torne possível indicações de alimentos, procedimentos e/ou suplementos alimentares entre os praticantes de Judô. O conteúdo destas conversas não foi o foco desta pesquisa, até mesmo por não termos evidências das mesmas até então, porém sugerimos novas pesquisas neste âmbito.

    Segundo Mahan e Escott-Stump (2002) estabelecer bons hábitos alimentares durante a infância diminui a possibilidade de padrões de alimentação impróprios (um fenômeno que ocorre com freqüência perturbadora durante a adolescência) posteriormente. Portanto, acreditamos que essas conversas sobre Nutrição principalmente quando os alunos forem crianças poderiam ser dotadas de caráter educacional, tendo em vista a formação global do indivíduo.


Capacidade dos professores em passar informações úteis para alunos

    Nas quatro asserções seguintes, buscamos detectar a auto-avaliação dos professores na sua capacidade de transmitir informações úteis sobre Nutrição para seus alunos. Os resultados calculados através da pontuação média de cada asserção indicaram que os professores não se consideram aptos a fornecerem informações sobre nutrição para seus alunos.

    Embora todos os professores concordaram ou estavam inclinados a concordar que eles devem orientar os alunos a uma dieta saudável, 76,9 % deles não se consideram apto a fazê-lo. Evidenciado que o atual modelo de competição para crianças e adolescente estabelece a divisão por pesos abrindo margem à possibilidade de práticas de controle de peso, acreditamos que isto pode se configurar em uma problemática no atual sistema, podendo esse ser potencialmente danoso ao praticante.

    Segundo Berning (2002), todos os indivíduos que participam de uma atividade física ou de um esporte devem ser orientados sobre como prevenir a desidratação por meio da ingestão de fluídos. Sendo comum o fato de crianças participarem de atividades físicas de menos de 60min de duração, não beberem quantidade suficiente de fluídos. O autor ainda sugere que quando relevante, o regulamento de competições deve ser modificado de forma a permitir que as crianças deixem o campo de jogo periodicamente para ingerir líquido.

    Bar-Or e colaboradores (1992), indicam que o perigo da desidratação em crianças poder ser diferente dos adultos pelo fato de que em qualquer nível de desidratação, sua temperatura interna subir mais rapidamente, colocando-as em grande risco de estresse pelo calor. Indicando que as crianças que participam de atividades esportivas devem ser ensinadas a se prevenir contra a desidratação, bebendo fluído, mesmo que sem vontade e freqüentemente, como por exemplo, a cada 20min.

    Berning (2002) diz que, o equilíbrio apropriado de fluídos mantém o volume sanguíneo, o que, por sua vez, fornece sangue para a pele para a regulação da temperatura corpórea. Como o exercício produz calor que deve ser eliminado para manter apropriada a temperatura do corpo, a ingestão regular de líquidos é essencial para manter a temperatura do corpo, o que maximiza o desempenho.

    A água é um componente essencial de todos os tecidos corpóreos, sendo a água corpórea total maior em atletas do que em não atletas (WHITMIRE, 2002). A perda de 20% da água corpórea pode causar morte, e a perda de 10% causa distúrbios graves. Atletas podem perder de 1.5 a 2 litros durante a prática de exercício a 25 °C e baixa umidade e até mais em temperaturas mais altas. A sede geralmente é um guia adequado para o consumo de água, exceto para atletas (WHITMIRE, 2002).

    Segundo Steen (1996) as crianças e adolescentes estão em maior risco se comparados aos adultos de se tornar desidratados e desenvolver hiper-termia devido aos seguintes fatores:

  • Transpiração menor (absoluta e por glândula sudorípara), o que diminui a capacidade de dissipar calor através da evaporação do suor;

  • Experimentam maior produção de calor durante o exercício, porém possuem menor capacidade de transferir calor dos músculos para a pele;

  • Possuem menor débito cardíaco, o que reduz a capacidade de transportar calor para a pele durante exercício extenuante;

  • Se aclimatizam à realização de exercício em calor mais gradualmente que adultos (pode chegar a 2x maior o tempo necessário para se aclimatizar);

    A busca desenfreada pelo rendimento prematuro no esporte pode levar a desrespeitos dos fatores de hidratação que são de suma importância para a saúde do indivíduo.

    Os sinais de desidratação incluem turgor da pele, pele esticada na testa, urina concentrada, eliminação urinaria diminuída, olhos inchados, membranas mucosas do nariz e boca secas, mudanças na pressão sanguínea ortostática e taquicardia (SANSERVERO, 1997). Acreditamos que a literatura sobre hidratação é um assunto pertinente aos envolvidos com competições de Judô uma vez que ela é componente fundamental do peso corporal que por sua vez é um ponto central na divisão de categorias no Judô.


Capacidade do judô de influenciar a alimentação de crianças e adolescentes

    Obtivemos indícios que a prática de Judô pode influenciar a Nutrição de seus praticantes. No gráfico abaixo temos os resultados do cálculo das médias das asserções sobre a influência do Judô na Nutrição de seus praticantes.

    Estes resultados são inconclusivos, porém indicam uma tendência influenciadora do Judô na alimentação dos seus praticantes. Embora não seja foco central desse estudo avaliar a influência positiva ou negativa da modalidade sobre os respectivos praticantes, estudos supracitados revelam a presença de práticas de perda de peso em praticantes de modalidades esportivas de lutas.

    Tendo em vista o modelo atual de competições que inclui crianças em eventos divididos por categorias de peso e considerando que tal modelo abra a possibilidade de práticas para diminuição de peso, assim poderíamos considerar tais modelos potencialmente danosos para o desenvolvimento global do indivíduo. Cabe às diversas instâncias repensar os modelos de maneira a minimizar as possibilidades de condutas pouco saudáveis.

    Segundo Golden (1997) existe impacto da desnutrição no crescimento linear, ósseo e cerebral que pode causar danos irreversíveis. O autor ainda ressalta que adolescentes são mais vulneráveis a distúrbios alimentares e às suas complicações.

    Os resultados mostram que a prática de judô tem sido acompanhada de conversas sobre nutrição, mesmo os professores não se julgando aptos a aconselhamentos nutricionais eficientes. Acreditamos que isto pode ser uma brecha para informações imprecisas. Pois o estudo de Nutrição é necessário para o entendimento dos processos fisiológicos e metabólicos do atleta e este não tem sido a maior fonte de informações dos profissionais que agem diariamente e diretamente com praticantes de Atividade Física:

"A maioria dos técnicos e atletas obtém seu conhecimento a partir de anúncios, colegas de profissão, ou parentes; a maioria dessas fontes não possui informações suficientes em Nutrição. Há um grande número de conceitos equivocados, informações errôneas e dogmas"

    Esta afirmação retirada do artigo: Nutrtion knowledge and practice of coaches, treiners, and athletes, (PARR, PORTER and HODGSON, 1986), segue a mesma linha dos resultados obtidos por pesquisa realizada por Lollo e Tavares (2003) nas academias de Campinas listadas no CREF em 2003. Os resultados mostram que a maioria dos consumidores de suplementos alimentares das academias de ginástica de Campinas/SP obtém informações sobre os suplementos que ingerem de amigos e propagandas e não de instrutores ou técnicos, sugerindo baixa comunicação de informações sobre nutrição entre professores e alunos descaracterizando a função educativa e informativa dos professores. Na presente pesquisa os técnicos se julgaram influenciadores dos seus alunos (96,6%). Dessa maneira a aproximação do meio acadêmico se torna possível por intermédio dos técnicos, através de cursos, palestras e literatura informativa voltada para essa população.


Considerações finais

    Os conhecimentos da área de nutrição são relevantes para o desenvolvimento global dos indivíduos praticantes de Judô no âmbito específico da iniciação esportiva, principalmente no que concerne às questões de crescimento e desenvolvimento uma vez que esses podem influenciar a saúde do indivíduo. Visto que existe percepção de influência dos técnicos sobre seus alunos acreditamos que estas trocas poderiam ser potencialmente benéficas desde que fundamentadas e transmitidas de maneira adequada.

    Maiores estudos são necessários com essa população para obtenção de informações mais aprofundadas na questão presente.

    Acreditamos que, pelas características da modalidade, conhecimentos de nutrição são de grande valia para um processo educativo que vise o desenvolvimento global do indivíduo praticante da modalidade. Assim como os efeitos benéficos da atividade física e de uma alimentação saudável são importantes, uma educação alimentar bem sucedida também é, pois pode ser aproveitada pelo indivíduo por toda sua vida.

    A pesquisa de campo nos mostrou que a nutrição é assunto presente no ambiente do Judô. Nela foram encontrados indícios sobre a influencia do Judô na alimentação de seus praticantes e os responsáveis se julgaram inaptos para influenciar positivamente a dieta alimentar de seus alunos. Em conjunto com os problemas já relatados pela literatura sobre especialização precoce conclui-se que os moldes atuais abrem espaço para desequilíbrios nutricionais em seus praticantes, em especial para crianças e adolescentes.

    Sugerimos que exista uma remodelação das competições de judô para crianças e adolescentes de forma a minimizar as possibilidades dos desequilíbrios nutricionais presentes atualmente. Tais adaptações poderiam tornar a modalidade ainda mais proveitosa, coerente e educativa pra essa faixa etária. Acreditamos que uma remodelação eficiente deve partir de amplo debate, considerando as pessoas e instâncias ligadas ao judô.

    Os moldes do alto nível se transferidos para o âmbito da iniciação esportiva podem resultar em aspectos incoerente às necessidades dos indivíduos dessa faixa etária, principalmente no que concerne neste estudo ao crescimento e desenvolvimento. Assim, são necessários estudos e construções específicas que sejam coerentes com as características dessa faixa etária.


Referências bibliográficas

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  • BERNING, Jacqueline R. Nutrição para Treinamento e Desempenho Atléticos. In: MAHAN, K.L.; ESCOTT-STUMP, S. (Org.). Krause alimentos, nutrição e dietoerapia. 10. ed. São Paulo: Roca, 2002. cap. 25.

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    http://www.fpj.com.br/historia/historia.php?id=historia_judo01.htm. Acesso em: 8 jan. 2004.

  • FEDERAÇÃO PAULISTA DE JUDÔ. História do Judô: Evolução Cronológica do Judô São Paulo. Disponível em:
    http://www.fpj.com.br/historia/historia.php?id=historia_judo04.htm. Acesso em: 8 jan. 2004.

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  • PAES, Roberto Rodrigues. Aprendizagem e competição precoce: o caso do basquetebol. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1992.

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  • RITZ, Maria Rita de Cassia. Qualidade de Vida no trabalho: construindo, medindo e validando uma pesquisa. Campinas: 2000. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Matemática, Estatística e Computação Cientifica.

  • SANSERVERO A. C. Dehydration in the elderly: Strategies for prevention and management. Nurse pract 22(4);41,1997.

  • SPEAR, Bonnie A. Nutrição na Adolescência. In: MAHAN, K.L.; ESCOTT-STUMP, S. (Org.). Krause alimentos, nutrição e dietoerapia. 10. ed. São Paulo: Roca, 2002. cap. 11.

  • WITHMORE, Susan J. Água, Eletrólitos e Equilíbrio Ácido-base. In: MAHAN, K.L.; ESCOTT-STUMP, S. (Org.). Krause alimentos, nutrição e dietoerapia. 10. ed. São Paulo: Roca, 2002. cap. 6.

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