Análise da influência do vôlei no auto-conceito de adolescentes femininas |
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*Bacharel em Treinamento Esportivo pela Faculdade de Educação Física da Unicamp; Supervisora de Lazer e Animadora Sócio Cultural do Alphaville Campinas Clube **Docente da Faculdade de Educação Física da Unicamp |
Karina Yoshinaga* Dra. Elaine Prodócimo** elaine@fef.unicamp.br (Brasil) |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 74 - Julio de 2004 |
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Introdução
A adolescência é uma fase do desenvolvimento do homem considerada, pela sociedade ocidental, como um período turbulento e conflituoso. Os motivos que levam a sociedade a considerar este período desta maneira, foi o que impulsionou a realização deste trabalho. Questionou-se, primeiramente, como a atividade física poderia contribuir para a formação da personalidade do indivíduo nesta fase, e posteriormente, como o auto conceito poderia ser influenciado. O objetivo deste trabalho é analisar se há diferenças entre o auto conceito de adolescentes que praticam atividade física (vôlei) e adolescentes que não praticam nenhuma atividade física.
1. A adolescênciaO indivíduo, ao atingir a adolescência, passa por transformações que geram vários conflitos. Segundo Davidoff (1983) o adolescente confronta-se com mudanças muito rápidas em altura e dimensões de seu corpo, passa por uma maturação sexual, adquire novas capacidades cognitivas e começa a ter diferentes exigências e expectativas da família, dos amigos e da sociedade em geral. Além disso, Gallatin (1978) assinala que o adolescente passa a agir mais como um adulto (seu modo de raciocinar, autocontrole e independência), assemelhando-se mais com adultos do que com crianças (são maiores do que elas e muito próximos da maturidade sexual), porém em alguns aspectos continuam se assemelhando a crianças (são mais impulsivos e menos consistentes).
Devido a todos os conflitos que se passam na adolescência, este período da vida é visto, muitas vezes, como uma época de tormentas e tumultos. Erikson (1968) afirma que este jovem, que agora precisa lidar com uma fase de formação de identidade, passa a se preocupar com a forma com que os outros o avaliam, em comparação com o que ele próprio julga ser, tentando associar os papéis que já desempenhou às suas necessidades atuais, formando e fortalecendo a sua personalidade.
Para Erikson (1968), a personalidade é dinâmica e será construída desde o nascimento até o fim da vida. Segundo ele, a personalidade resulta da interação de três grandes sistemas: o Biológico, o Social e o Individual. Esta interação leva o ser humano a desenvolver um forte sentido de identidade.
Para este mesmo autor, a adolescência corresponde a um período em que o indivíduo continua a amadurecer e a assimilar os valores e costumes da sua sociedade, aprendendo muito a respeito de si. A interação com outras pessoas deixa evidente as características que ele tem em comum com os outros e aquelas que lhe são únicas. O adolescente deve decidir-se quanto a formação da sua identidade e depara-se com pressões para fazer isso.
Como muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo e há muitas decisões a serem tomadas, o adolescente passa por um período de indecisão e desorientação.
Em sua teoria, Erikson substitui a idéia da tempestade e tormenta, muito comum ao se referir a adolescência, por uma de moratória. Este processo seria como uma pausa do indivíduo para respirar, um período durante o qual se experimentam as várias alternativas e se antecipam os compromissos adultos.
Dentro deste processo pela busca de novas experiências como forma de construir uma individualidade, o adolescente procura por pessoas com as quais possa se identificar formando e fortalecendo o conceito que tem de si próprio.
2. Auto-conceitoSanchez e Escribano (1999) dizem que o auto-conceito é de grande importância para a experiência vital do indivíduo, além de contribuir para a sua saúde psíquica, sua atitude para consigo mesmo e para com os outros, e por fim, para com o desenvolvimento construtivo de sua personalidade.
O auto-conceito, segundo Tamayo (2001), pode ser definido como uma estrutura cognitiva que organiza todas as experiências passadas do indivíduo, independente de ser real ou imaginária, além de controlar o processo informativo relacionado com o próprio indivíduo e exercer uma função de auto-regulação.
Willian James (apud Fadiman e Frager, 1979) define tudo aquilo que um indivíduo pode chamar de seu ou que faz parte de si como self, e nesta está incluso, não apenas o seu corpo e suas forças psíquicas, mas seus bens materiais, família e trabalho. Sendo assim, segundo ele, o auto-conceito é formado por várias dimensões que se interligam para formar a percepção de si mesmo.
Tamayo (1981) baseado nas teorias de James caracteriza quatro dimensões para o auto-conceito: o self pessoal, o self social, o self somáticol e o self ético moral.
O self pessoal consiste na forma como a pessoa se percebe como pessoa, as características psicológicas que ela possui. Esta estrutura é dividida em dois componentes: segurança pessoal - formada pelas percepções e sentimentos de permanência e de confiança em si mesmo; e o auto controle - baseado na maneira como o indivíduo disciplina suas ações, as suas relações e a sua interação com o mundo.
A estrutura self social baseia-se na forma como o indivíduo interage com a sociedade, como ele se relaciona com as outras pessoas, na necessidade de complementariedade de si com o outro e no desejo de ser reconhecido pelas pessoas que estão ao seu redor. Esta estrutura também é dividida em duas subestruturas: atitude social - compreende as reações que o indivíduo utiliza nos seus relacionamentos com os outros; e receptividade social - é formada pelas percepções da aceitação social do indivíduo, das suas inclinações com respeito ao relacionamento interpessoal, da sua relação com os outros e da sua capacidade de comunicação.
O self somático está relacionado com os aspectos físicos do indivíduo. As percepções diretas e indiretas que a pessoa tem de seu corpo e a maneira como este é percebido pelos outros.
A última dimensão do auto-conceito que Tamayo aponta em sua teoria é a estrutura do self ético-moral, formada pelas auto-avaliações do indivíduo e pelas percepções sociais provenientes dos outros, que este introjeta. A partir destas auto-avaliações, o indivíduo forma uma imagem da sua dignidade moral que é completada pela imagem social, ou seja, a forma como ele é percebido pelos outros.
Foi baseado nesta teoria que este trabalho foi desenvolvido.
3. Metodologia3.1. Os sujeitos
A pesquisa foi realizada com 40 meninas entre 13 e 17 anos, que praticam ou não atividade física. A atividade escolhida foi o vôlei, por ser um esporte coletivo que proporciona a convivência constante entre as atletas que o praticam, devido a alta carga de treinamento a que estão sujeitas as equipes que participam de campeonatos.
A pesquisa foi realizada com três grupos distintos.
Grupo 1 - 14 meninas com idade média de 16,3 anos, não praticantes de atividade física.
Grupo 2 - 11 meninas com idade média de 13,5 anos, praticantes de vôlei há, em média, 1,6 anos
Grupo 3 - 15 meninas com idade média de 15,7 anos, praticantes de vôlei há, em média, 6 anos.
Os questionários foram aplicados mediante uma carta de consentimento entregue aos pais ou responsáveis pelas adolescentes.
3.2. O questionárioA decisão pela utilização do questionário se deu pelo fato de ser um instrumento de fácil aplicação. Moreira (2002) escreve que o questionário é utilizado para captar um levantamento amostral, que é definido como um procedimento sistemático para coletar informações que serão usados para descrever, comparar ou explicar fatos, atitudes, crenças e/ou comportamentos.
O protocolo utilizado foi desenvolvido por Tamayo (1981) e consiste em seis tabelas que analisam cada dimensão do auto-conceito. Estas tabelas são formadas por adjetivos antônimos elencados em extremos de uma graduação, como no exemplo abaixo:
3.3. A aplicação do QuestionárioApós coletar as cartas de consentimento, passamos para a aplicação do questionário.
As adolescentes que praticam vôlei foram abordadas no início de seus treinos, enquanto as que não treinam, responderam o questionário no intervalo de suas aulas.
Antes de começar a responder os questionários, houve uma conversa para apresentação do trabalho e das pesquisadoras, além de sanar algumas questões relacionadas a pesquisa, e durante o tempo todo, estivemos presentes para esclarecer dúvidas relacionadas ao significado dos adjetivos. A aplicação do questionário levou, cerca de 30 minutos.
Para identificá-las, haviam alguns campos a serem preenchidos, em nenhum momento foi pedido para que fosse colocado o nome das participantes, e sim dados como a idade, série que está cursando, se pratica ou não atividade física.
3.4. Análise de DadosPara iniciar a análise dos dados, primeiramente calculamos quantas respostas foram dadas por tabela. Depois, dividimos as respostas em três grupos : Lado A, Lado B e Linha Média. Desta forma ficou mais claro quantificar quantas respostas, por grupo, foram dadas para cada item.
Assim, foi possível comparar os resultados entre os indivíduos do mesmo grupo e entre os grupos diferentes (os que praticam e não praticam atividade física e por idade). Este tipo de análise do todo, feita em cada tabela, foi possível pelas tendências do Lado A e Lado B, de características socialmente mais adequadas e aceitas
4. Resultados e DiscussõesSack (apud Thomas, 1983), diz que o esporte exerce um efeito sobre a alternância de valores, conceitos e formas de conduta em direção às normas sociais aceitas.
Baseados nesta afirmação, percebemos que o esporte tem uma influência muito grande na vida do indivíduo praticante, e por esta razão, o objetivo deste trabalho era analisar se há alguma influência no auto-conceito de adolescentes femininas que praticam o vôlei, e para isso, foram entrevistadas meninas que treinam regularmente e meninas que não praticam atividade física, e em seguida feita uma comparação.
Após a analise dos resultados, podemos dizer que:
Self pessoal - segurança pessoal
Em relação ao self pessoal os pares de adjetivos levantados por Tamayo foram: inseguro /seguro, vacilante/firme, indeciso/decidido, complexado/seguro, frágil/forte, instável/estável, frustrado/realizado, dominado/dominante, covarde/corajoso, volúvel/estável, medroso/aventureiro, tenso/descontraído, inconstante/constante, preocupado/tranqüilo, descontrolado/controlado e ativo/passivo. Sendo o primeiro adjetivo pertencente ao Lado A e o segundo ao Lado B da tabela.Obtivemos resultados similares nos três grupos, ou seja, a maior quantidade de respostas situam-se no Lado B, para os três grupos, em que se destacam adjetivos como: indecisas (35%), complexadas (30%) e preocupadas (35%). Essas características do auto-conceito eram esperadas levando em conta a teoria de Erikson (1968) que defende a confusão de papéis que acontece nesta fase. Sentir-se indeciso perante as decisões e preocupado com o que se decidiu ou com o julgamento que as pessoas representativas ao seu redor irão formar a seu respeito é uma característica muito forte na adolescência. Podemos perceber que a distribuição das respostas foi muita parecida através do gráfico abaixo:
Comparação das respostas relativas ao self pessoalSelf pessoal - auto controle
Na tabela que analisou o self pessoal, mas direcionado ao auto controle, os pares de adjetivos elencados foram: anárquico/organizado, desligado/ligado, distraído/atento, desordenado/sistemático, desatento/atento, descuidado/cuidadoso, indisciplinado/disciplinado, irresponsável/responsável, preguiçoso/trabalhador, imprudente/prudente, esquecido/lembrado, desinteressado/interessado, instável/estável, vacilante/firme, inconstante/constante e desajeitado/habilidoso.Notamos grande tendência das respostas no tocante a preguiça. Dentre todo o grupo analisado, 40% os indivíduos, ou seja, 16 meninas, consideram-se muito preguiçosas.
No grupo 1, 35,7% das meninas consideram-se preguiçosas. Nos outros dois grupos, encontramos números maiores: grupo 2, 45,45% e grupo 3, 40%. Interessante notar, que as meninas que estão inseridas em um programa de treinamento de vôlei, consideram-se mais preguiçosas do que aquelas que não praticam a modalidade. Este dado não é coerente com a idéia que se tinha, de que as adolescentes que praticam atividade física eram mais ativas. Como podemos perceber, mais uma vez, este fato é característico da idade, e não de indivíduos praticantes ou não de vôlei.
Além de preguiçosas, as entrevistadas que praticam atividade física, ainda se consideram desordenadas, anárquicas, desligadas, distraídas e esquecidas.
No grupo 2 (com menor média de idade), 54,5% das adolescente consideram-se desordenadas e 28,6% acreditam-se anárquicas. Dentro do grupo 3, obtivemos um número de respostas significativos para estes e outros adjetivos que não foram citados com tanta ênfase pelos outros grupos: 33,3% das entrevistadas julgam ser desordenadas, 40% anárquicas, 40% desligadas, 33,3% distraídas e 33,3% esquecidas.
Se considerássemos apenas este fato, poderíamos dizer que as meninas que não praticam atividade física, possuem um auto conceito relacionado ao auto-controle melhor do que aquelas que praticam. Porém, se analisarmos as respostas, percebemos que este grupo não obteve o menor número de respostas para o Lado A.
Nota-se que o grupo 3 teve um maior número de respostas para o Lado A. No geral, este número não é tão significativo, nos trazendo assim uma idéia de que no que se refere ao auto controle, as adolescentes em questão possuem uma visão relativamente parecida de si próprias, havendo, apenas, uma diferenciação nos pontos que já foram citados.
Comparação das respostas relativas ao self pessoal - direcionado ao auto-controleSelf social - atitude social
Na tabela que analisou o self social, encontramos os pares de adjetivos: briguento/pacífico, agressivo/gentil, impaciente/paciente, bravo/manso, nervoso/calmo, brusco/delicado, rebelde/dócil, vingativo/pacífico, intolerante/tolerante, extremista/moderado, preocupado/tranqüilo e descontrolado/controlado.Percebemos que o grupo 2, que é o mais novo dentre os grupos entrevistados, possui um conceito relativo a sua maneira de interagir com os outros, melhor ( levando em consideração o que se espera de um indivíduo dentro da sociedade em que estão inseridas) do que os outros dois grupos, que são formados por adolescentes com mais idade.
O grupo 1 e o grupo 3, apresentaram respostas significativas para os mesmos adjetivos: impaciente, brava, nervosa e preocupada. Além desses, 33,3% das adolescentes que praticam atividade física ainda se consideram vingativas.
Podemos relacionar estas respostas a idade em que se encontram as entrevistadas e desta maneira, afirmar que existe uma influência mais forte da idade, do que com o fato dos grupos praticarem ou não atividade física.
Comparação das respostas relativas ao self socialSelf social - receptividade social
Em relação ao self social, que diz respeito aos traços que facilitam ou dificultam o relacionamento social, expressando valores que determinam a receptividade social, os pares de adjetivos elencados foram: retraído/expansivo, introvertido/extrovertido, fechado/aberto, inibido/desinibido, impopular/popular, desentrosado/entrosado, tímido/audaz, solitário/social, enfadonho/divertido, insociável/sociável, triste/alegre, antipático/simpático, passivo/ativo, tenso/descontraído, inseguro/seguro, complexado/seguro, lento/ágil, indeciso/decidido, deforme/sexy, indesejável/desejado e frustrado/realizado.Percebemos que, novamente, o grupo 2 possui um conceito que difere dos outros dois grupos. Através destes dados, podemos deduzir que a idade influencia no self social, já que quando se analisou o self social relacionado a atitude do sujeito em relação aos outros e aos valores dos outros, este grupo também apresentou dados mais expressivos no Lado B, ou seja, adjetivos considerados melhores.
Comparação das respostas relativas ao self socialSelf somático
Na tabela que analisa o self somático, que busca a compreensão que o indivíduo tem em relação a sua aparência física, os pares de adjetivos encontrados foram: desgracioso (obeso)/esbelto, deselegante/elegante, deforme/sexy, desarrumado/arrumado, descuidado/alinhado, feio/lindo, escasso/exuberante, repulsivo/atraente, frio/sensual, detestado/amado, antipático/simpático, indesejado/desejado e desagradável/agradável.Encontramos, pela primeira vez, uma similaridade entre as respostas dos grupos 2 e 3, ou seja, entre as adolescentes que praticam vôlei. No grupo 1, foram encontradas 9,2% das respostas para o Lado A. Entretanto, nas respostas do grupo 2 e 3, encontramos apenas 2,8% e 5,7% respectivamente das respostas neste mesmo lado. Além deste dado, o número de respostas deste dois últimos grupos encontradas no Lado B é maior do que as do grupo 1. Percebemos que existe uma diferença entre o conceito que se tem em relação aos aspectos físicos das adolescentes que praticam atividade física e das que não praticam. Neste ponto, analisando o self somático, pode-se afirmar que a atividade pode influenciar no auto-conceito.
Comparação das respostas relativas ao self somáticoSelf ético-moral
Em relação ao self ético-moral, os pares de adjetivos elencados por Tamayo foram: desleal/leal, desonesto/honesto, traidor/fiel, mentiroso/sincero, infiel/fiel, falso/franco, imprudente/prudente, injusto/justo, inautêntico/autêntico, irresponsável/responsável, maldoso/bondoso, indisciplinado/disciplinado, insensível/sentimental, hostil/amigo, desrespeitador/respeitador, desinteressado/interessado, grosseiro/delicado e detestado/amado.Percebe-se, nesta tabela, que há uma grande tendência das adolescentes em questão de se avaliarem como indivíduos que possuem valores que são altamente aceitos pela sociedade. Ao se desviarem destas qualidades, poderiam não ser aceitas no ambiente ao qual fazem parte, e isso não vem ao encontro da necessidade da adolescência de ser parte de um grupo de iguais. Mais uma vez, encontramos uma característica de um grupo que faz parte de uma fase do desenvolvimento humano, a adolescência, e não de pessoas que praticam ou não atividade física.
Comparação das respostas relativas ao self ético-moral
6. ConclusõesApós a análise de todas as tabelas, percebemos que muito das características encontradas entre os grupos é proveniente da idade que as entrevistadas se encontram, pois notou-se, em alguns momentos, uma similaridade entre as respostas dos três grupos analisados, e entre os grupos que apresentam idades aproximadas (grupo 1 e grupo 3).
Em relação a diferença entre as adolescentes que praticam ou não atividade física, no caso o vôlei, podemos dizer que em um ponto pode haver alguma influência, quando se refere ao self somático.
Zaharopoulos, Hodge, Marsh e Peart (apud Gallahue, 2001), no estudo que fizeram com adolescentes atletas e não atletas, afirmam que a atividade física pode influenciar no que diz respeito ao conceito que se tem em relação a sua habilidade física e não em todas as dimensões do auto-conceito.
Por meio dos resultados que obtivemos nesta pesquisa, percebemos que a afirmação feita por estes autores se enquadra ao grupo que foi analisado, porém não percebemos grande diferença entre as respostas quando se tratou da habilidade. A influência que foi percebida, como já foi citado anteriormente, foi, principalmente, em relação ao self somático.
Em uma análise geral, podemos perceber no protocolo utilizado, nas alternativas encontradas no lado B, uma tendência a características socialmente mais aceitas que no lado A, e os dados coletados demonstraram maior freqüência de respostas nesse lado B da tabela, o que pode nos levar a percepção de que, neste grupo estudado, as adolescentes apresentam visões positivas de si mesmas.
Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas entre os grupos praticantes ou não de atividade física nesta faixa etária pesquisada e neste grupo específico em relação ao auto-conceito, ressaltamos a importância da prática para inúmeros outros fatores do desenvolvimento.
Referências Bibliográficas
DAVIDOFF, L.L. Introdução à Psicologia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.
ERIKSON, E. H.; Identidade - juventude e crise. Tradução Álvaro Cabral, Rio de Janeiro: Zahar Editores:1968.
FADIMAN, J.; FRAGER, R.; Teorias da Personalidade. São Paulo: Harper & Row Brasil, 1979.
GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J.C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001.
GALLATIN, J.E. Adolescência e Individualidade - uma abordagem conceitual da psicologia da Adolescência. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1978.
MOREIRA, D.A.; O método Fenomenológico na Pesquisa. São Paulo: Pioneira, 2002.
TAMAYO, A. EFA: Escala Fatorial de Autoconceito. Arquivo Brasileiro de Psicologia. Rio de Janeiro, 33 (4): 87-112, out/dez, 1981.
TAMAYO, A.;CAMPOS,A.P.M.; MATOS, D.R. et al. A influência da Atividade Física Regular sobre o Auto-conceito. estud. psicol. Natal: 2001, vol.6, n 2, pg. 157-165.
THOMAS, A.; Esporte - Introdução a Psicologia. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1983 .
VILLA SÁNCHEZ, A; ESCRIBANO, E.A.; Medição do Auto-conceito. Tradução Cristina Murachco, Bauru, SP: EDUSP, 1999.
revista
digital · Año 10 · N° 74 | Buenos Aires, Julio 2004 |