Apolo versus Dionísio no campo da História: o futebol em Gilberto Freyre |
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3o grau - Bacharel em História Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Membro do Instituto Histórico de Olinda |
Tiago Jorge F. de Albuquerque Maranhão maranhaotj@hotmail.com (Brasil) |
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Comunicação apresentada no IV Seminário de História "A Razão Histórica" |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 73 - Junio de 2004 |
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Na década de 30, as transformações sócio-econômicas efetuadas pelo governo Vargas levaram o meio intelectual brasileiro a promover reflexões profundas acerca da crise da ordem oligárquica e da emergência do Brasil urbano-industrial. O país foi então "redescoberto" por um "conjunto de autores que representarão os pontos de partida para o estabelecimento de novos parâmetros no conhecimento do Brasil e de seu passado: Caio Prado Júnior, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Roberto Simonsen. Voltando-se para o estudo da colonização, da sociedade patriarcal e da evolução das relações sociais, políticas e econômicas, suas obras refletem, cada qual à sua maneira, a preocupação de se entender o momento histórico crucial no qual se inseriam.
Dentre tais obras, é Casa-Grande & Senzala que causa maior impacto à época. Ao retomar a temática racial sob a perspectiva teórica da antropologia cultural norte-americana (leia-se Franz Boas), Gilberto Freyre afirmava o papel positivo da mestiçagem na formação da nacionalidade brasileira, invertendo o valor que até então lhe era atribuído pelas teorias e análises sociais formuladas entre meados do século XIX e o início do XX por autores como Silvio Romero, Nina Rodrigues e Oliveira Vianna.1
A calorosa acolhida da nova e "verdadeira" identidade coletiva, mestiçamente definida, proposta por Gilberto Freyre explica-se pelo original traço integrador em sua reinterpretação da história do Brasil. Ao equilibrar os antagonismos sócio-raciais do passado sem anular a especificidade das diferenças, o escritor pernambucano ia ao encontro da demanda social (e também política) do presente, colocando a velha e problemática questão nacional em novos - e atuais - termos: nossa singularidade enquanto povo vem da mestiçagem e isso seria motivo de orgulho, não de vergonha. Assim, ainda que deixasse transparecer uma certa nostalgia das oligarquias, Casa-Grande & Senzala pôde ser interpretado como uma afirmação corajosa de crença no Brasil, no mestiço e no negro, sobretudo se pensarmos no prestígio que escritores como Oliveira Vianna tinham à época ao defenderem a "superioridade do branco" e no predomínio das doutrinas racistas que dariam base ideológica ao nazismo.
Difundindo-se por toda a sociedade, o elogio da mestiçagem vai ajudar, e muito, a legitimar algumas práticas populares que vinham ganhando força no cotidiano do país, transformando-as em expressões da cultura brasileira - dentre as quais o futebol. De fato, ainda em 19/12/1929, sob pseudônimo, Freyre escreve o artigo "Fair Play", sobre o referido tema no jornal A Província, publicado em Pernambuco, comentando a violência de jovens em partidas de futebol no Rio de Janeiro.
Atento ao processo de massificação do chamado esporte bretão e, principalmente, à integradora mistura de raças e classes sociais que ela promovia nos gramados, Gilberto Freyre não deixa de mencionar já em Sobrados e Mucambos (livro que, como o próprio Freyre diz em seu prefácio, é a continuação dos estudos apresentados em Casa-Grande & Senzala), publicado em 1936, "a ascensão do mulato não só mais claro como mais escuro entre os atletas, os nadadores, os jogadores de foot-ball, que são hoje, no Brasil, quase todos mestiços"2. Vista no contexto do livro, esta tímida observação do autor, mais que constatar um fato que vinha ocorrendo há pelo menos duas décadas, sugere que tal ascensão do mulato no meio originalmente elitista e europeizado do nosso futebol implicava uma significativa mudança na forma de praticá-lo aqui nos trópicos: o seu abrasileiramento.
Dois anos mais tarde, a Copa do Mundo disputada na França apresenta-se como a ocasião perfeita para que Gilberto Freyre explicitasse o que apenas havia insinuado até então. A técnica refinada dos nossos jogadores encantava os europeus, e o Brasil todo se mobilizava em torno do rádio para ouvir a transmissão das partidas da seleção, narradas diretamente dos gramados de Strasburgo, Bordeaux e Marselha. Após vencer a Polônia, empatar e, numa segunda partida (disputada 48 horas depois), vencer a Tchecoslováquia, a seleção chegava às semifinais do campeonato mundial pela primeira vez, deixando o país eufórico. Pois foi em um artigo para o Diário de Pernambuco escrito após a vitória sobre os tchecos que o sociólogo-antropólogo anunciou o surgimento de um inconfundível estilo brasileiro de futebol:
"O nosso estilo de jogar futebol me parece contrastar com o dos europeus por um conjunto de qualidades de surpresa, de manha, de astúcia, de ligeireza e, ao mesmo tempo, de brilho e de espontaneidade individual em que se exprime o mesmo mulatismo de que Nilo Peçanha foi até hoje a melhor afirmação na arte política. Os nossos passes, os nossos pitus, os nossos despistamentos, os nossos floreios com a bola, há alguma coisa de dança e de capoeiragem que marca o estilo brasileiro de jogar futebol, que arredonda e às vezes adoça o jogo inventado pelos ingleses e por eles e por outros europeus jogado tão angulosamente, tudo isso parece exprimir de modo interessantíssimo para os psicólogos e os sociólogos o mulatismo flamboyant e, ao mesmo tempo, malandro que está hoje em tudo que é afirmação verdadeira do Brasil".3 3
É importante notar aqui que Freyre não era o único a destacar as peculiaridades da nossa forma de jogar e como ela destoava da européia - naquele momento, os próprios jornalistas internacionais que cobriam a Copa faziam o mesmo. Além disso, ele também não era o primeiro a atentar para o aparecimento de um novo estilo futebolístico: quando a seleção brasileira conquistou seu primeiro Campeonato Sul-Americano, em 1919, já houve quem detectasse a criação de um "sistema novo de jogar o association", que, baseando-se no talento individual e na capacidade de improvisação dos seus praticantes, ia no sentido contrário ao padrão coletivo ditado pelos manuais ingleses. Porém, se a observação das diferenças entre o foot-ball e o futebol nada tinha de inédita, Gilberto Freyre é pioneiro em explicá-las (ou apresentá-las) em termos culturais, tomando-as como manifestações próprias daquela singularidade maior que distinguiria o povo brasileiro.
"[...] nosso futebol mulato, com seus floreios artísticos cuja eficiência - menos na defesa que no ataque - ficou demonstrada brilhantemente nos encontros deste ano com os poloneses e os tcheco-eslovacos, é uma expressão de nossa formação social, democrática como nenhuma e rebelde a excessos de ordenação interna e externa; a excessos de uniformização, de geometrização, de estandardização; a totalitarismos que façam desaparecer a variação individual ou espontaneidade pessoal.
No futebol, como na política, o mulatismo brasileiro se faz marcar por um gosto de flexão, de surpresa, de floreio que lembra passos de dança e de capoeiragem. Mas sobretudo de dança. Dança dionisíaca. Dança que permita o improviso, a diversidade, a espontaneidade individual. Dança lírica. Enquanto o futebol europeu é uma expressão apolínea de método científico e de esporte socialista em que a ação pessoal resulta mecanizada e subordinada à do todo, o brasileiro é uma forma de dança, em que a pessoa se destaca e brilha".4
Baseando-se no trabalho da antropóloga norte-americana Ruth Benedict, Patterns of Culture, de 1935, Gilberto Freyre define a brasilidade futebolística a partir da contraposição entre um padrão de cultura "apolíneo" (formal, racional, ponderado), que seria próprio dos europeus, e outro "dionisíaco" (individualista, emocional, impulsivo), característico da nossa índole mulata. Aqui, Freyre, assim como o filósofo alemão Nietzsche fez acerca da cultura grega5, usa os opostos apolíneo e dionisíaco para definir distintos modos de jogar futebol. Tal contraponto não é feito só no referido texto, mas em vários outros. Segundo ele, "sente-se nesse contraste o choque do mulatismo, ou melanismo, brasileiro com o arianismo, ou albinismo, europeu. É claro que, mulatismo e arianismo considerados não como expressões étnicas mas como expressões psicossociais condicionadas por influências de tempo e de espaço sociais".6
É interessante notar que segundo a mitologia grega, Apolo é um deus jovem "porque o Sol nunca envelhece", imbérbere. É o deus da luz, deus construtor e colonizador. Representa-se Apolo reinando sobre a Ilha dos Bem-aventurados, paraíso do orfismo (segundo Caldas Aulete: culto que prega preceitos mais puros de moral e esperança na imortalidade feliz). Já Dinonísio teve uma história menos perfeita, vamos dizer assim. Foi entregue às Ninfas de Nisa (curiosamente alguns a localizam na Etiópia, África) e transformado em bode para que Hera não o reconhecesse. Na mitologia é descrito com vários defeitos: foi louco e responsabilizado, através do Oráculo, pelo fracasso da Trácia, devido à sua cólera. Foi também o introdutor das bacanais, suas procissões eram sempre tumultuosas e seu culto era orgiástico, com presença de flauta, siringe (tipo de flauta de pastores), tambores e címbalos. 7
Freyre insiste em afirmar que entende "arianismo" e "mulatismo "não como expressões étnicas", todavia, ao falar do desempenho brasileiro no futebol, acredita que a forma de jogar no Brasil tem "influência, certamente, dos brasileiros de sangue africano, ou que são marcadamente africanos em sua cultura: eles são os que tendem a reduzir tudo a dança - trabalho ou jogo [...]". 8
A brasilidade do futebol, portanto, não surge gratuitamente, mas da confluência de uma perspectiva intelectual, teórica, com a verificação "empírica" do modo "diferente" pelo qual nossos jogadores corriam atrás da bola.
A partir do artigo de 1938, Freyre passa a enfatizar em suas novas obras, sempre que possível, esse ponto de vista acerca da relação entre o futebol e a sociedade brasileira: em Problemas Brasileiros de Antropologia (1943), Sociologia (1945) e Interpretação do Brasil (1947), a idéia do nosso estilo de jogo como dança mestiça e dionisíaca se faz presente, praticamente nos mesmos termos apresentados no Diário de Pernambuco. No caso do último livro, vale destacar que os textos que o compõem foram originalmente elaborados para o público externo: são as conferências que apresentou na Universidade de Indiana, em 1944, e que, no ano seguinte, foram publicadas nos Estados Unidos pelo editor Alfred Knopf sob o título Brazil: An Interpretation. E, aqui, Freyre ainda recorre a um autor estrangeiro para reforçar sua exposição:
"Depois que publiquei minhas primeiras notas sobre esses dois assuntos - as maneiras regionais de dançar e de jogar foot-ball, o foot-ball ainda como uma dança com alguma coisa de africano - li excelente página de Waldo Frank onde ele acha que o tango é 'uma dança-música escultural'; e ao mesmo tempo diz que, observando um grupo de brasileiros a jogar foot-ball, notou que jogavam procurando levar a bola para o goal como se executassem 'a linha melódica de um samba'. Reproduz quase a mesma observação por mim feita em artigo escrito em 1938, que estou certo nunca foi lido por Waldo Frank, assim como outro que publiquei em 1940 sobre as diversas maneiras de dançarem os brasileiros das várias áreas - da Bahia à área misionera do Rio Grande - as danças de carnaval.[...]". 9
É possível dizer, assim, que na primeira metade da década de 40 Freyre consolida sua visão do futebol como um dos paradigmas do Brasil. É em 1947, porém, que se revela o quanto essa visão era influente, com a publicação de O Negro no Futebol Brasileiro, do jornalista Mário Rodrigues Filho. Um dos inventores da moderna imprensa esportiva brasileira, o livro de Mário Filho traça a história do futebol carioca do amadorismo ao profissionalismo, história que, segundo ele, pode ser vista como "brasileira" por ser essencialmente idêntica à dos outros grandes centros esportivos do país. Ao fazê-lo, toma a presença e o papel do negro como fundamentais para o desenvolvimento do "association" entre nós, vendo justamente no conflituoso processo de integração - ou mistura - sócio-racial nos gramados a chave para se entender a nacionalização do esporte importado pelas elites. Uma nacionalização que levou não apenas à sua aceitação por todos os grupos sociais, mas principalmente à criação de um modo diferente de jogá-lo que, é claro, expressaria a brasilidade.
Não por acaso, é ninguém menos que o próprio Gilberto Freyre quem escreve o prefácio do livro, no qual situa, com razão, a história do futebol no Brasil dentro da "história da sociedade e da cultura brasileira na sua transição para a fase predominantemente urbana"; além disso, avança um pouco mais na oposição entre "apolíneos" e "dionisíacos" rumo à herança atávica da autenticidade brasileira, enxergando no futebol a sublimação de "vários daqueles elementos irracionais de nossa formação social e de cultura" - citando, novamente, a capoeiragem e o samba ao lado da "molecagem baiana", da "malandragem carioca" e até do cangaceirismo. Segundo Freyre, "com esses resíduos é que o futebol brasileiro afastou-se do bem ordenado original britânico para tornar-se a dança cheia de surpresas irracionais e de variações dionisíacas que é. A dança dançada baianamente por um Leônidas; e por um Domingos, com uma impassibilidade que talvez acuse sugestões ou influências ameríndias sobre sua personalidade ou sua formação. Mas, de qualquer modo, dança". 10
À primeira vista, pode-se crer que o discurso de Freyre sobre o negro e o mulato seja de enaltecimento (o que não deixa de ter certa razão), ou que Freyre busque, de alguma forma, o brasileiro perfeito, um "mulato eugênico" 11. O futebol, então, seria a representação explícita do desempenho perfeito de uma "raça" ideal.
Analisando com mais atenção, percebe-se a criação de uma "idéia de brasileiro" através do discurso de Gilberto Freyre sobre o futebol. Sua concepção de brasileiro cria uma marca que funcionará ao longo de todo o século XX até hoje. O processo do discurso de Freyre vai provendo o brasileiro de uma definição que, por sua vez, é parte do funcionamento imaginário da sociedade brasileira. Quando fala que "o que precisamos é de conciliar esse individualismo [brasileiro] com a disciplina [européia]" 12 ; ou que são "os mestiços de cor, mais transbordantes de energias animais ou de impulsos irracionais" 13 o efeito ideológico de que somos "indisciplinados" não nasce do nada. Sua materialidade específica é o discurso.
Eni Orlandi define bem o "discurso do silêncio" quando define que "é preciso não dizer para poder dizer" 14. Por exemplo: se digo que nossos jogadores de futebol (leia-se nosso povo) têm um estilo de jogar "inconfundivelmente, distintamente nosso" e que o estilo europeu é "calculado, ordenado, matemático, apolineamente britânico" 15, não posso dizer que o brasileiro é um povo disciplinado, de ordem. Ou ainda quando digo que "eles [africanos ou afro-descendentes] são os que tendem a reduzir tudo a dança - trabalho ou jogo" 16 , não posso dizer que sejam "sérios".
Ao se falar em "História do negro no futebol" essa história é contada pelo "outro" (no caso Freyre) e isso significa que "o discurso ou determina o lugar de que devem falar os negros [grifo nosso] ou não lhes dá voz" 17 . O negro não fala, é falado.
O tema é fascinante, poder-se-ia discorrer sobre ele ainda por muitas páginas. De um modo geral, o esporte não tem sido estudado com freqüência pelos cientistas sociais, mas não só no Brasil. Ainda assim, isso não impediu que importantes autores (Johan Huizinga, Pierre Bourdieu, Norbert Elias e Anthony Giddens, entre outros) se dedicassem e produzissem algumas obras seminais sobre o tema.
O espaço aqui é curto, todavia. Faz-se mister, contudo, uma maior reflexão sobre o discurso de Gilberto Freyre sobre o futebol brasileiro e sua análise racial a esse respeito, pois "há enunciados que são feitos para serem repetidos" 18 como, por exemplo: "o estilo do jogador brasileiro de malandragem, de ginga" ou ainda "o futebol bailarino, de dança afro-brasileira, com driblagem". Enunciados que criam no imaginário coletivo19 uma idéia tão sedimentada que parece sempre haver existido, não cabível de discussão. "O processo ideológico, no discurso, está justamente na injunção a uma interpretação que se apresenta sempre como a interpretação. Esse é um dos princípios básicos do funcionamento da ideologia, apreendido pelo discurso" 20. Lembrando a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz, a questão racial ainda é muito presente na sociedade brasileira e merece especial atenção não só dos antropólogos, mas, sobretudo, dos historiadores, em todos os seus segmentos, pois, como disse P. Henry:
"(...) não há fato ou acontecimento histórico que não faça sentido, que não espere interpretação, que não peça que se lhe encontrem causas e conseqüências. É isto que constitui, para nós, a História: esse fazer sentido, mesmo que se possa divergir desse sentido em cada caso". 21
O futebol agradece!
Notas
SCHWARCZ, Lilia. O Espetáculo das Raças. São Paulo. 2002.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos. Rio de Janeiro. 1985.
FREYRE, Gilberto. Foot-ball mulato. Diário de Pernambuco, 18/06/1938.
FREYRE, Gilberto. Sociologia. 1945. Trecho extraído da edição Gilberto FREYRE (por Edilberto Coutinho), Rio de Janeiro, Agir, 1994, p. 53 - 60.
NIETZSCHE, Friedrich. O Nascimento da Tragédia. São Paulo. 1999.
FREYRE, Gilberto. Sociologia.
GUIMARÃES, Ruth. Dicionário da Mitologia Grega. São Paulo, 1982, p. 52 - 57 e p. 125 - 126.
FREYRE, Gilberto. Unidade e diversidade, nação e região. Palestra proferida nos Estados Unidos em 1944, retirada de Gilberto FREYRE, Interpretação do Brasil. Aspectos da formação social brasileira como processo de amalgamento de raças e culturas. São Paulo, 2001, p. 182 - 184.
IDEM.
FREYRE, Gilberto. Prefácio de O Negro no Futebol Brasileiro. Recife, 1947.
FREYRE, Gilberto. Ingleses no Brasil. Nota do autor à 2a edição. A segunda edição é de 1977 e a nota está assinalada e data de 1976. Vale aqui reproduzir o trecho sobre a mudança dos praticantes do futebol no Brasil: "(...) a princípio, brasileiros anglicizados e eles próprios nativos com alguma coisa de britânicos no porte e na aparência (...); depois, crescentemente, de morenos de vários graus, até a desanglicização culminar no admirável Pelé, depois de ter reluzido em Leônidas".
FREYRE, Gilberto. Ainda a propósito de futebol brasileiro. Extraído de "O Cruzeiro", 25/06/1955.
FREYRE, Gilberto. Prefácio de O Negro no Futebol Brasileiro. Recife, 1947
ORLANDI, Eni Pulcinelli. Terra à Vista. Discurso do confontro: velho e novo mundo. São Paulo, 1990, p. 52.
FREYRE, Gilberto. Futebol desbrasileirado? Extraído do "Diário de Pernambuco", 30/06/1974.
FREYRE, Gilberto. Unidade e diversidade, nação e região.
ORLANDI, Eni Pulcinelli, p. 50.
IDEM. p. 44
FIGUEIROA, Fred. A Invenção do Futebol-Arte. Diário de Pernambuco, 07/09/2003.
ORLANDI, Eni Pulcinelli, p. 36
In, ORLANDI, p. 29.
Bibliografia
COUTINHO, Edilberto. Gilberto Freyre. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1994.
FILHO, Mário. O Negro no Futebol Brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira S.A, 2a. edição, 1964.
FREYRE, Gilberto. Ingleses no Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks, 3a edição, 2001.
FREYRE, Gilberto. Interpretação do Brasil. Aspectos da formação social brasileira como processo de amalgamento de raças e culturas. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 7a edição, 1985.
GUIMARÃES, Ruth. Dicionário da Mitologia Grega. São Paulo: Editora Cultrix, 1982.
NIETZSCHE, Friedrich. O Nascimento da Tragédia. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
ORLANDI, Eni Pulcinelli. Terra à Vista. Discurso do confontro: velho e novo mundo. São Paulo: Cortez Editora, 1990.
SCHWARCZ, Lilia. O Espetáculo das Raças. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
revista
digital · Año 10 · N° 73 | Buenos Aires, Junio 2004 |