A vantagem de jogar em casa: uma avaliação no futebol brasileiro na temporada de 2003 |
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Bacharel e Licenciado em Educação Física Universidade Federal de Viçosa Pós-Graduação Lato-Sensu em Futebol Universidade Federal de Viçosa |
Cristiano Diniz da Silva crisilvadiniz@bol.com.br (Brasil) |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 71 - Abril de 2004 |
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1. Fundamentação teórica
Muitas pessoas ainda consideram que os resultados no futebol são determinados por pura sorte ou pelo o acaso e que inexiste qualquer lógica que possa explicá-los. Mas segundo vários autores a vantagem da casa tem sido um fator preponderante para a determinação do resultado final de jogos em diferentes modalidades esportivas (Pollard, 1986; Courneya e Carron, 1992; Nevill e Holder, 1999; De Rose Jr, 2002).
A vantagem da casa em disputas esportivas é um fenômeno bem documentado e pode estar associada a diversos fatores. No campo de jogo podem existir fatores que influem seriamente no resultado de uma partida. Por exemplo: as dimensões do campo de jogo. De acordo com as exigências da Fifa (2003) para partidas nacionais, este tamanho pode oscilar entre 90 e 120 metros de comprimento e de 45 a 90 metros de largura.
Estas diferenças não são diminutas e em conjunto com as características de seu piso, trazem muitas conseqüências para a tática e para o estilo técnico do jogo em disputa, podendo alterar a importância relativa da técnica, da velocidade, da força e da resistência aeróbica/anaeróbica dos jogadores (Pollard, 1986; Barnett e Hilditch, 1993; Reilly e Gilbourne, 2003; Drubscky, 2003). Acrescenta-se ainda o aspecto de familiaridade com este campo e com o estádio, sendo afirmado por Courneya e Carron (1992), Nevill e Holder (1999) e por Pollard (2002) que há uma maior consciência espacial do atleta da casa, o que permiti a ele uma orientação/reorientação mais eficaz nas ações decorrentes e exigidas na partida.
Pode haver também fatores influentes pelo programa de competição estabelecido. O regulamento da competição evita jogos seguidos para um time em casa, ou impede que o time da casa mude de campo sem aviso prévio, mas infelizmente não controla alguns fatores manipulativos que podem ocorrer como: dificultar indiretamente o adversário a se alojar em tempo previsto e/ou alojar em hotéis distantes e em locais barulhentos; deixar de garantir condições e horários adequados para o seu treinamento e reconhecimento do campo de jogo; ou ainda interferir na condição do gramado, quando este permitir, minutos antes da partida.
Alguns outros fatores ainda são citados como determinantes dessa vantagem: viagem realizada pelo visitante e sua decorrente fadiga e a influência negativa da torcida local antes e durante os jogos. Sendo este último aspecto ressaltado por Agnew e Carron (1994), Nevill et al. (1996) e por Nevill e Holder (1999) como o de maior evidência, onde em seus estudos encontrou-se uma maior influência na vantagem da casa na medida que aumenta a multidão e, conseqüentemente, o barulho provocado por esta.
Uma outra explicação, que é documentada em estudos, é a resposta protetora para uma invasão territorial, sugerindo que há um incentivo motivacional importante nesta defesa, podendo haver alterações hormonais favoráveis ao desempenho desportivo nos competidores da casa, e ainda mais se a rivalidade for exacerbada (Alcock, 1998; Neave e Wolfson, 2003).
A história tem mostrado que a estrutura clubista brasileira e tudo que gira à volta são elementos importantes e que interferem diretamente nos resultados de campo (Drubscky, 2003). Assim é comum encontrar clubes com forte tradição de predomínio do fator "casa", consagrando-se vitoriosos mesmo descompassado aos demais adversários em outros fatores como, por exemplo, na qualificação técnica de seus atletas.
Outro fator importante é, naturalmente, o árbitro, sobre quem se exerce boa parte da pressão e contra quem se dirigem muitas tentativas de intimidação pelo ambiente "caseiro" propenso, quer seja pelo quadro de atletas, comissão técnica, dirigentes ou pela torcida. De acordo com os estudos de Nevill et al. (1996) e Nevill et al. (2002) eles exercem forte influência a favor dos times da casa, principalmente, quando se trata de decisões importantes no aspecto arbitral da partida.
Toda esta atmosfera competitiva acaba gerando um estado psicológico diferenciado na equipe visitante, e esta não estando psicologicamente preparada para gerenciar tal condição, tem como conseqüência um aumento de ansiedade e geração de estresse de diferentes níveis e sentidos nos atletas, que podem temer - inconscientemente - e não conseguirem corresponder às expectativas traçadas para o jogo (Bara Filho e Miranda, 1998; Elliot e Mester, 2000; Samulski e Chagas, 1996). Conseqüentemente, estes fatores aliados aos demais levantados até aqui, podem levar a um estreitamento de condições psico-fisiológicas e de perspectivas para a equipe visitante, que inclusive se predispõe a tomar decisões por ações táticas extremamente defensivas, culminando então em um desempenho insatisfatório na casa do adversário.
Porém, é de se acreditar que o desempenho dos melhores times é menos influenciado pelo fator "casa" do que o dos piores, e que uma das conseqüências da experiência e da profissionalização é a maior independência em relação aos fatores que podem ser intervenientes no preparatório para a partida e nela em si. Em adição, nas últimas décadas o futebol passou por profundas mudanças, quer seja no aspecto tático, físico ou técnico. Isto trouxe muito equilíbrio entre as equipes e que podem contrapor resistência a esta citada vantagem.
Sendo assim, o presente estudo objetiva verificar tal vantagem de jogar em casa no futebol brasileiro, bem como compará-lo com alguns estudos desenvolvidos sobre a mesma temática.
2. MetodologiaConsiderou-se como critério de inclusão os Campeonatos Brasileiros das séries A e B, disputado na temporada de 2003, dada a eqüidade de disputa de suas últimas edições e ao equilíbrio e semelhanças que as equipes tem apresentado ultimamente nos diversos aspectos que envolvem sua composição e preparação ou treinamento.
No Campeonato Brasileiro da Série B só foi considerada sua primeira fase, excluindo as fases posteriores que são de caráter eliminatórios. Partidas realizadas em campo neutro, de realização parcial e sob forte influência de fenômenos naturais, assim como clássicos cuja casa é comum foram desconsideradas.
Houve divisão das equipes em função do mando de campo: mandantes (M) e visitantes (V). Apuraram-se os resultados das partidas na relação vitória-empate e por distribuição de pontos "em casa" e "fora de casa". Também se estabeleceu a média de gols para cada uma das divisões acima em função do mando de campo.
Apoiou-se no método proposto por Pollard (1986) para quantificar a vantagem da casa, no qual considera que há tal vantagem quando o aproveitamento excede a 50% do total de pontos acumulados em todas partidas.
Os dados foram extraídos a partir do acompanhamento dos resultados oficiais dos jogos através de jornais, televisão e via internet em sites especializados e na respectiva Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Estes dados foram processados em um programa Excel, Windows versão 2000, de onde foram obtidos os resultados dos indicadores analisados. Utilizou-se da estatística descritiva para tratamentos dos dados.
3. Resultados e discussõesForam observadas 826 partidas. Deste total desconsideraram-se 20 partidas por ocorrerem em campo neutro; por sofrerem forte influência de fenômenos naturais (chuva) e bem como por serem clássicos cuja casa é comum para as equipes. A relação do número de partidas analisadas, do total observada em cada uma das duas competições, segue na Tabela 1 abaixo.
Tabela 1: Relação dos campeonatos e de suas respectivas temporadas e partidas que fizeram parte do estudo.
* somente partidas da primeira fase, de caráter classificatório.
Considerando o total de pontos decorrentes das 806 partidas analisadas, verificou-se que o valor de aproveitamento em casa é parecido para as duas competições, sendo de 68,71% para o Campeonato Brasileiro-Série A (Figura 1) e de 68,46% para o Campeonato Brasileiro-Série B (Figura 2). Valores que estão, portanto, acima do valor de 50% proposto pelo método de Pollard (1986), podendo afirmar que houve vantagem da casa nos campeonatos analisados neste estudo.
Na literatura pesquisada encontrou-se resultado percentual que ficam abaixo aos deste estudo. No estudo retrospectivo de Pollard (1986), analisando a liga inglesa de futebol em suas diversas divisões do período de 1888-1984, ficou evidenciado que o valor percentual da vantagem da casa não mudou muito ao longo destes anos e que as diferenças entre as divisões são pequenas. Esta vantagem ocorreu em torno de 64%, tendo como critério o aproveitamento percentual dos pontos acumulados ao longo destas temporadas.
Num outro estudo envolvendo a liga inglesa de futebol, Clarke e Norman (1995) analisando o comportamento individual de 94 clubes, componentes das quatro divisões, da temporada de 1981-1982 a 1990-1991, encontraram um resultado de 62,1% na forma de média geral para a vantagem da casa e que esta vantagem, analisada de forma individual por clube ocorreu na proporção de 0.521, 0.529, 0.529 e de 0.533, respectivamente, da primeira a quarta divisão. Estes autores ainda chegaram a conclusão que o comportamento dos clubes ao longo dos anos analisados é parecido, atribuindo-se estas diferenças principalmente ao aspecto de mudanças no grupo de atletas. Notou-se também que praticamente não ocorreu diferença entre as divisões.
Também considerando a distribuição de pontos "em casa" e "fora de casa", os resultados deste estudo estão abaixo aos de Cunha (2003). Por seus dados observa-se o resultado de 62,54% de aproveitamento "em casa", num estudo que envolveu a análise de 239 partidas de diversos campeonatos profissionais de futebol, de âmbito nacional e internacional.
Já Neave e Wolfson (2003) encontraram valores mais altos e parecidos ao deste estudo na liga Inglesa de futebol na temporada de 2000-2001, com valores de proporção de vitória em casa de 0,66; 0,64; 0,61 e 0,70 para a Divisão Especial; 1º Divisão; 2º Divisão e 3º Divisão respectivamente.
Quando se considera como critério de apuração os resultados das partidas na relação vitória-empate verifica-se também haver uma predominância de vitórias das equipes mandantes (54,21%) sobre as visitantes (20,00%), com 25,79% de empates para o Campeonato Brasileiro-Série A (Figura 3). No Campeonato Brasileiro-Série B os resultados apresentaram pequenas diferenças, encontrando principalmente um alto valor percentual de empates, ocorrendo em 33, 21%. Para mandantes e visitantes os valores correspondem, respectivamente, a 49,82% e 16,97%.
Seguindo também o critério da relação vitória-empate, o estudo de Marques (2002) sobre a liga portuguesa das temporadas de 1960 a 2001, apresenta valores próximos ao deste estudo. Os resultados percentuais apresentados por este autor nas temporadas de 1990 a 2001 para vitórias das equipes mandantes, das visitantes e empates são, respectivamente: 51,7%; 22,0% e 26,3%. Ao mesmo tempo, neste mesmo estudo, observa-se uma tendência para a redução do desempenho comum dos times, ocasionado um aumento significativo de empates, observando também uma melhoria no desempenho das equipes quando elas jogam fora de casa, principalmente depois do começo dos anos noventa.
A presença percentual considerável de empates (33,21%) no Campeonato Brasileiro-Série B (Figura 4) acima pode ser explicada, ainda, pelo fato de que as equipes visitantes geralmente adotam táticas especiais de cunho defensivo (Pollard, 1986; Fernandes, 1994; Drubscky, 2003). Quando a vantagem da casa não sobressai e/ou é anulada pelos adversários, ocorre um forte equilibro competitivo entre as equipes, e a partir daí o que segue é a tendência do futebol moderno de que os "detalhes" circunstanciais à partida podem estar decidindo muitas partidas.
Esta propensão detalhista do futebol atual pode estar nas esferas físicas, técnicas, táticas e psicológicas, sendo que as duas últimas, e com suas diversas inter-relação, têm apresentado um peso especial ultimamente e é onde os técnicos desportivos podem buscar um diferencial competitivo para suas equipes (Fernandes, 1994; Bompa, 2002; Drubscky, 2003).
Com relação à média de gols, foram encontrados os valores 2,92 como média final, e os valores de 1,80 e 1,12 atribuídos, respectivamente, à (M) e (V) para o Brasileiro-Série A. Para o Brasileiro-Série B os valores foram os seguintes: 2,97 para média final; 1,85 para (M) e 1,17 para (V). A representação gráfica da média de gols se apresenta nas Figuras 5 e 6, abaixo.
A dinâmica competitiva do futebol, e mesmo de seus treinamentos, devem levar todos integrantes da comissão técnica a buscarem informações sobre seus adversários e estarem atentos aos pormenores do fator "casa" e transformá-los em todas as circunstâncias treináveis possíveis.
Esta eficiência deve ser buscada, insistentemente, por técnicos e atletas, sendo preconizado por Bompa (2002), que para se adquirir e empregar uma tática de sucesso, a comissão técnica deve ficar atenta e incluir algumas tarefas como: estudar o regulamento da competição; investigar o comportamento tático dos oponentes; levantar informações a respeito do local e do ambiente do jogo ou competição e analisar desempenhos e comportamentos anteriores de sua equipe e dos adversários.
Para as equipes da casa este fator torna-se uma ferramenta a mais para oferecer dificuldades aos seus adversários, principalmente, no campo tático e na condição física específica que tem relação direta com as dimensões e as características do piso de seu campo de jogo. Esta também pode utilizar a estratégia de massificar seus jogos com torcida, onde existem fortes evidências científicas que é um peso considerável na função de exercer vantagem sobre os adversários visitantes.
Na tentativa de anular esta vantagem, cabe as equipes visitantes explorarem com muita dedicação as circunstâncias adversas que irão confrontar. No campo tático devem ser elaborados bons recursos contra-ofensivos, já que sofrer pressão ofensiva é quase uma regra na casa do mandante do jogo. Esta também se deve valer de um forte poder adaptativo, onde soluções para determinados problemas como: as dimensões do campo de jogo; táticos ou mesmo sobre sistema de jogo a enfrentar irão depender da flexibilidade e da versatilidade do elenco de seus jogadores. Um forte suporte psicológico também é indicado.
Cabe salientar também que a aplicação de estatística no futebol pode ajudar estrategicamente um time a buscar melhores resultados em campo. Ao observar certos padrões de comportamento das equipes em determinada competição e também as características de sua "casa", permiti-se levantar informações que, se olhadas isoladamente podem não aparentar que têm algum significado, mas quando analisadas em sucessivas repetições permitem buscar e desenvolver estratégias e táticas de jogo mais realistas para uma equipe na busca de resultados positivos.
4. Conclusões
Com a realização deste estudo, pode-se concluir que a vantagem da casa está presente no futebol brasileiro, proporcionando um alto percentual de aproveitamento dos pontos decorrentes das partidas analisadas nesta condição. Vantagem esta que demonstrou ser maior que em outras ligas de futebol.
O percentual de aproveitamento dos pontos entre os campeonatos das Séries A e B não apresenta diferenças. No entanto, é possível observar na Série B um alto percentual de empates, fator que demonstra a forte tendência do futebol moderno, que é a aproximação ou mesmo equilíbrio das equipes nos diversos fatores que o compõe ou quando a vantagem da casa não sobressai e/ou é anulada pelos adversários.
O time da casa pode ter as maiores possibilidades de vitória e um alto aproveitamento de pontos jogando em casa deve ser uma regra a ser seguida pelas equipes que buscam eficácia competitiva.
Por fim, fica salientado que a busca de informações diferenciadas no ambiente e no campo de jogo pode, e deve ser mais um fator, juntamente com aspectos táticos, técnicos, psicológicos e físicos específicos do futebol, decisivo na busca de resultados expressivos nesse desporto.
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