Influências da atividade física no aumento da qualidade de vida Influences of the physical activity in the increase of the quality of life Influencias de la actividad física en el aumento de la calidad de la vida |
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ULBRA - Universidade Luterana do Brasil / Canoas (Brasil) |
Prof. Marcelo Koslowsky marcelok19vcc@hotmail.com |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 69 - Febrero de 2004 |
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IntroduçãoO termo qualidade de vida, engloba diversos aspectos da vida de uma pessoa, tendo em vista, a população em geral. Do ponto de vista positivo, essa expressão é feita a uma pessoa que tem um grau de satisfação elevado com a vida. Mas uma boa qualidade de vida depende de uma série de fatores: como a dimensão emocional e principalmente a dimensão física.
Quando uma pessoa apresenta algum tipo de limitação ou desconforto físico e mental, significa que esta, sofre por algum motivo, um decréscimo qualitativo em suas atividades cotidianas (GHORAYEB e BARROS, 1999).
Segundo Leite (1990), problemas como: estresse físico e psicológico ou problemas de saúde, são bastante comuns quando se percebe que a maioria da população em cidades grandes sofre pelo fato de viverem em moradias pequenas, convivendo em ambientes com pouco contato social, e assim, diariamente absorvendo em si uma série de angústias e sofrimentos. O exercício físico é elemento fundamental para regulação da qualidade de vida do ser humano, assim como relata Sharkey (2002). A prática da atividade física regular orientada, permite que o corpo tenha sua musculatura fortalecida e ao mesmo tempo flexível (WAGORN et all,1993).
Ainda neste contexto Corazza (2001), afirma que, entre os benefícios do exercício, está a manutenção da saúde dos ossos, reduzindo as chances de osteoporose, perda de massa muscular e aumentando a vascularização nas articulações, devido ao avanço da idade e ao sedentarismo.
MetodologiaA presente investigação se caracterizou como sendo uma pesquisa bibliográfica através da qual pretendeu-se, de acordo com dados obtidos, identificar as influências da atividade física no aumento da qualidade de vida. Pretendeu-se alcançar o objetivo proposto por este estudo, através da análise das fontes encontradas em livros, artigos científicos e revistas científicas, por serem materiais básicos e atualizados que contém informações precisas sobre tal assunto.
Caracterizando-se completamente a investigação, a pesquisa compreendeu-se em cinco etapas: a identificação, a localização, a compilação, o fichamento dos dados e por fim, a seleção das fontes principais. A fase de identificação foi aquela de reconhecimento do assunto relacionado ao tema do estudo, em que catálogos, índices, documentos e bibliografia existente foram consultados. Os dados puderam ser localizados em bibliotecas da Grande Porto Alegre, como ESEF/UFRGS e ULBRA/Canoas.
Após localizados, os dados foram compilados e selecionados, isto é, através de fotocópias e fichas, e finalmente, os dados foram condensados e transcritos para fichas de acordo com o ano de acontecimento. Para que se seleciona-se as fontes principais para o estudo, a revisão crítica dos dados coletados foi um passo importante neste estudo.
Discussão dos resultadosO estilo de vida não sedentário, conforme Ghorayeb e Barros (1999), faz com que pessoas que estão engajadas em algum tipo de prática de exercícios físicos, tem os riscos de progressão ou surgimento de doenças crônicas degenerativas Segundo o projeto governamental dos Estados Unidos de nome "Pessoas Saudáveis 2000", citado por Ghorayeb e Barros (1999), o sedentarismo apresentado em indivíduos que participaram de uma pesquisa, mostram dados que comprovam que pessoas praticantes de atividades físicas regulares apresentam duas vezes menos riscos de desenvolver alguma doença coronária ou problemas musculares como estiramento e dores.
Além de todos benefícios, o corpo com o físico saudável, reforça a auto-estima do indivíduo, relacionando uma melhor imagem corporal e também cria em si mesmo, uma sensação de estar vivendo um estilo de vida saudável, resultado de uma maior autonomia física e uma funcionalidade motriz satisfatória.
A todo custo deve-se ser evitado o sedentarismo e é muito importante o estímulo da prática de exercícios controlados e adaptados ao estado físico e psíquico de cada um (LEITE, 1990).
As pessoas decidem iniciar uma atividade física por muitas razões. Algumas procuram programas elaborados por profissionais e outras começam de por conta própria, o que não é recomendado, principalmente tratando-se de indivíduos sedentários. Aqueles indivíduos que estão a anos decaindo em termos de condicionamento físico e decidem entrar em forma rapidamente e por conta própria estão em perigo, e os acidentes que podem acontecer são trágicos. O planejamento do programa de condicionamento é imprescindível para evitar a sobrecarga excessiva do organismo, que acarreta estresse desnecessário à saúde cardíaca. Dentro desse âmago, Balke (1974) afirma que uma atividade física supervisionada, com quantidade e intensidade correta de exercícios, altera positivamente a saúde do executante. Nesse contexto, Guedes e Guedes (1995), relaciona a diminuição de riscos patológicos por doenças cardiovasculares com os benefícios da melhora da capacidade aeróbica, reduzindo fatores de risco que são o colesterol e a hipertensão arterial.
Segundo Sharkey (2002), a inatividade é outro fator de risco, assim como o tabagismo e a herança familiar de arteriosclerose, em todas as idades e o exercício regular diminui as chances de desenvolver doenças como o câncer, obesidade, diabetes e artrite.
Em relação às adaptações ao exercício, WAGORN (1993), explica que a atividade física aumenta o tamanho e a força do coração, diminui a pressão arterial , reduz a freqüência cardíaca para a mesma carga de trabalho, tornando o músculo cardíaco mais eficiente. De acordo com Lovisolo (1995), a mudança de hábitos cotidianos, como a alimentação e a prática de esportes, prolonga a vida.
Segundo Nahas, (2001), a qualidade de vida pode ser desenvolvida em diferentes aspectos do cotidiano, em relação á parâmetros diferenciados:
Parâmetros Sócio-ambientais:
Moradia (Condições de saneamento básico favoráveis, relacionamentos comunitários adequados, Acesso á serviços necessários no cotidiano);
Transporte (Independência de locomoção, Acesso á meios de transportes adequados);
Segurança (Sentimento de confiabilidade em aspectos físico e material);
Assistência médica (Acesso á serviços de atendimento médico adequados);
Condições de trabalho e remuneração (Relativo poder de aquisição);
Educação Formal e Informal (Acesso á formas de ensino);
Opções de lazer (Acesso á atividades adequadas ao ócio);
Meio Ambiente saudável (Qualidade do ar, solo e água).
Parâmetros individuais:
Hereditariedade (Relação genética em relação á patologias);
Hábitos alimentares;
Controle de estresse;
Atividade física habitual;
Comportamento preventivo.
Considerações finaisLevando em consideração os benefícios da atividade física no aumento da qualidade física, deve-se observar alguns princípios, quando desenvolve-se um programa de exercícios físicos orientados á indivíduos, sejam quais forem suas limitações:
Princípios metodológicos devem ser seguidos para o efetivo:
Acompanhar se com a atividade física há desenvolvimento;
Estimular um ambiente com a relação emocional entre os participantes;
Proporcionar as atividades de caminhada preferencialmente fora do ambiente urbano.
Pratica de alongamento muscular prévio ás atividades;
Incentivar mudança de hábitos cotidianos mais saudáveis;
Intervir na correção de eventuais erros técnicos na caminhada.
Principios de avaliação:
Utilizar quantos instrumentos forem necessários para a avaliação;
Avaliar periodicamente os desempenhos apresentados;
Utilizar métodos avaliativos com embasamento científico;
Avaliar os participantes no local das atividades, de preferência após a prática dos exercícios;
Estar atento nas mudanças de temperamento emocional
Por final, é de grande valia refletirmos que não há idade mínima nem máxima para começar um programa de exercícios. A atividade física é importante em todas as fases da vida e deve ser encarada como um investimento em qualidade de vida.
Referencial bibliográfico
BALKE, B. Como prescrever exercícios. Porto Alegre: Med. Esporte, 1974.
CORAZZA, M. A. Terceira idade e atividade física. São Paulo: Phorte, 2001.
GHORAYEB, N. BARROS NETO, T. L. de O exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu, 1999.
GUEDES, D. P. GUEDES, J. E. R. Exercício Físico na Promoção da Saúde. Londrina: Midiograf, 1995.
LEITE, P. F. Aptidão física: esporte e saúde: prevenção e reabilitação de doenças. 2. ed. São Paulo: Robe, 1990.
LOVISOLO, H. R. Educacao fisica: a arte da mediação. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.
NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001.
SHARKEY B. J. Condicionamento físico e saúde: 4. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2002
WAGORN, Y. Manual de ginástica e bem-estar para a terceira idade: para um envelhecimento feliz e saudável. São Paulo: Marco Zero, 1993.
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digital · Año 10 · N° 69 | Buenos Aires, Febrero 2004 |