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"Há um início e um fim, mas tudo é vida" disse uma aluna,
quando questionada sobre seu entendimento sobre o processo de envelhecimento.

Introdução e justificativa

    O crescimento da população de idosos, em números absolutos e relativos, é um fenômeno mundial. Em 1950 eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo e, já em 1998, quase cinco décadas depois, este contingente alcançava 579 milhões de pessoas, um crescimento de quase 8 milhões de idosos por ano. Segundo projeções estatísticas, em 2050, a população idosa será de 1,9 bilhão de pessoas montante equivalente à população infantil de 0 a 14 anos de idade, ou um quinto da população mundial. Uma das explicações é o aumento, verificado desde 1950, de 19 anos na esperança de vida ao nascer em todo o mundo. Os números mostram que, atualmente, uma em cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais e, para 2050, estima-se que a relação será de uma para cinco em todo o mundo, e de uma para três nos países desenvolvidos. As conseqüências do crescente número de idosos implicam em aumento das demandas sociais, e passam a representar um grande desafio político, social e econômico.

    Desta forma, o tema envelhecimento antes pertencente aos domínios da geriatria e da gerontologia, começou a ganhar espaços em outras áreas do conhecimento. Apesar dos avanços tecnológicos na área médica da geriatria, tudo que se consegue até o momento é retardar alguns dos efeitos do envelhecimento em nosso organismo. De tal sorte que o declínio físico e muitas vezes intelectual, como conseqüência do envelhecimento continua sendo um grande desafio para a ciência e uma preocupação constante em diferentes áreas de estudo. O envelhecimento populacional, aliado à falta de políticas públicas voltadas a essa nova realidade mundial, vem preocupando todos os segmentos da sociedade.

    Faz-se necessário, uma concentração de esforços nas diferentes áreas profissionais, objetivando um maior conhecimento sobre o fenômeno do envelhecimento, e principalmente como envelhecer de forma saudável priorizando esses esforços na manutenção da independência e autonomia do indivíduo. Sabe-se que a inatividade é o elemento que mais compromete a qualidade de vida na terceira idade.

    Particularizando-se, suscita-se a discussão do assunto na área da Educação Física, onde estudos sobre a atividade física para a terceira idade já alcançam algum destaque e já existe um consenso no reconhecimento dos benefícios tanto em seus aspectos psicossociais como fisiológicos advindos da prática regular de exercícios físicos.

    Segundo SPIRDUSO (1995), o sedentarismo no idoso, advém muitas vezes de imposições sócio-culturais, mais do que de uma incapacidade funcional. Os comportamentos atribuídos aos idosos, referem-se à passividade e imobilidade, com reduzido nível de atividade física. No entanto sabe-se que muito das alterações fisiológicas e funcionais observadas nos idosos são resultado da inexistência de estímulos do que alterações atribuídas ao envelhecimento (BARRY e EATHORNE, 1994). Estudos têm demonstrado as contribuições positivas de programas de atividade física na melhoria geral da aptidão física e funcional dos idosos (MOTA et al., 1995).

    A universidade, como pólo capacitador, oferece todos os indicativos para intervir de forma multidisciplinar nesta faixa etária da população, articulando ações que viabilizem um resgate produtivo do ser, trabalhando o mesmo de forma global, valorizando os aspectos individuais do idoso.

    Pensando nisso, criou-se um projeto de pesquisa e extensão, intitulado "Qualidade de vida na Terceira Idade: uma proposta multidisciplinar", desenvolvido na Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília e que justifica-se pelas razões que se seguem:

• Têm a intenção de oferecer à comunidade de pessoas acima dos 60 anos, atividades físicas, artísticas e culturais, de caráter diversificado, que objetivem a manutenção da saúde, bio-psico-social, e conseqüente melhoria da qualidade de vida dos indivíduos.

• Tem uma proposta aberta, no sentido de oferecer espaço para pesquisa e ensino, a todas áreas do conhecimento, que demonstrem interesse pelos estudos sobre o envelhecimento humano.

• Tem caráter ético este programa, no sentido de buscar o consentimento livre e esclarecido, das pessoas envolvidas em atividades de pesquisa.

Objetivos

Gerais

• Ofertar à comunidade de idosos do Distrito Federal (Brasília), a oportunidade de cuidar de sua saúde bio-psico-social, através da participação em um ou mais grupos de atividades multidisciplinares.

• Oportunizar a comunidade acadêmica um espaço plural para discussões e pesquisas sobre o envelhecimento humano.

• Ofertar ao corpo discente das universidades e escolas de educação superior, mais um espaço para prática de ensino/ estágio supervisionado.

• Validar o conjunto de conhecimentos teórico/metodológico do programa multidisciplinar, como uma proposta de atividades regulares e sistemáticas para pessoas acima dos 60 anos de idade.

• Conceituar o entendimento do grupo sobre o tema qualidade de vida, para subsidiar ofertas futuras de programas e atividades que visem atender esta faixa etária da população.

• Oferece um campo de estudos voltado para a reintegração humanidade-natureza, através de práticas específicas ao ar livres, desenvolvidas a partir da experiência pessoal de cada um.

Específicos

Do ponto de vista da atividade física

• Desenvolver métodos e procedimentos adequados para o trabalho de atividade física com idosos.

• Determinar cargas idôneas para manter e/ou melhorar o estado de saúde física de idosos.

• Elaborar e publicar planos de exercício para idosos.

• Observar o comportamento das variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas de indivíduos praticantes de um programa regular de atividade física.

Do ponto de vista da psicologia

• A Psicologia desenvolve atividades de grupo terapêutico, visando oferecer um espaço de discussão, que leve em conta as experiências de cada integrante, trabalhando as emoções e motivações, de forma a resgatar a auto-estima, auto-imagem e autoconceito de cada um.

Do ponto de vista das artes plásticas e da música

• Para as artes plásticas, oficinas de cerâmica e papel reciclado, as ações estarão voltadas ao desenvolvimento da sensibilidade criativa, utilizando entre outros, materiais da natureza e oriundos de reciclagem.

• O trabalho de música é desenvolvido por meio de oficinas de musicalização, e consolidado através da formação de um coral ou grupo cantante como é chamado pelos seus pares.

Do ponto de vista da Educação Ambiental

• Desenvolver atividades lúdicas e de sensibilização junto a natureza, observando seus ciclos e suas mutações (floração, frutificação, migração de pássaros, secas, chuvas, frio, calor, etc.);

• Trabalhar noções fundamentais de Educação Ambiental, como limpeza, qualidade de vida, cuidado consigo mesmo e cuidado com a natureza,

Outras atividades

    É característica deste programa, seu caráter multidisciplinar, oferecendo espaço para outras áreas do conhecimento, que tenham colaboração a prestar aos indivíduos participantes do programa.

• Promover palestras e debates sobre temas relacionados à terceira idade e outros assuntos de interesse dos idosos.

• Resgatar o potencial individual de cada idoso, no sentido de que passem a ministrar eles próprios, oficinas dos mais variados temas de inte

Objetivos específicos para a Universidade

• Criar um espaço multidisciplinar para o desenvolvimento de pesquisas, e ensino na área do envelhecimento humano;

• Aplicar, desenvolver e criar novas tecnologias e conhecimentos para o trabalho com idosos;

• Atender uma demanda interna e externa à universidade com atividades elaboradas especialmente para atendimento desta faixa etária.

• Ofertar um espaço plural para a prática de estágio supervisionado e/ou prática de ensino dos mais variados cursos da Universidade.

Para a comunidade

• Oportunizar a livre escolha dos indivíduos em participar de atividades, físicas, artísticas e culturais;

• Resgatar o conceito de tempo livre, através das atividades propostas pelo programa;

• Proporcionar um encontro salutar entre as pessoas oportunizando a reinserção social

• Diminuir a inatividade gerada pala aposentadoria;

Programa de atividades propostas

    O programa tem como proposta principal a multidisciplinariedade que a Universidade pode oferecer. Partindo deste pressuposto o programa oferece atividades, coordenadas por profissionais com experiência na área do envelhecimento humano. Trabalhando o homem de forma global favorecendo a percepção do equilíbrio mente corpo através de atividades físicas, artísticas e culturais.

Atividades físicas

• Musculação

• Tai-chi-chuan

• Dança de salão

• Ioga

Artes plásticas e música

• Oficinas de Pintura

• Oficinas de Cerâmica

• Oficinas de papel reciclado

• Oficinas de musicalização e coral

Outras oficinas possíveis*

• Oficinas de trabalhos manuais (tricô, crochê, etc...).

• Oficina de culinária libanesa e outras

• Oficina de tortas doces e salgadas

• Oficina de Ikebana (utilizando também materiais do cerrado)

• Oficina de reciclagem de lixo

• Oficina de Teatro

• Palestras sobre temas diversos de interesse dos participantes do programa

* Oficinas oferecidas pelos alunos do programa, o que favorece o resgate do saber do idoso com relação as suas potencialidades pessoais e profissionais.

Línguas

• Curso básico e intermediário de Espanhol

• Curso básico e intermediário de Inglês

• Curso básico e intermediário de Francês.

Grupo Terapêutico

• A psicologia desenvolve atividades de grupo terapêutico, que trabalha basicamente com as demandas de cada um de seus integrantes. O psicólogo é um facilitador, objetivando a diluição no próprio grupo dos temas levantados. Utilizam-se técnicas de dinâmicas de grupo focalizando sempre uma temática, procurando esgotar os conflitos existentes, ou seja, de ordem pessoal, familiar e/ou social. Essencialmente as questões de aposentadoria, luto, perdas e limitações físicas são as mais exploradas. Priorizando o ser como sujeito da sua própria ação, reforçamos sua participação e integração, aproveitando as experiências dos seus pares.

Metodologia de trabalho

    O procedimento ideal para este trabalho, principalmente para o desenvolvimento das atividades físicas, é uma avaliação médica, com o objetivo de identificar possíveis cardiopatias, pneumopatias e/ou outras doenças que possam limitar o idoso na realização dos exercícios físicos.

    Na impossibilidade desta avaliação, um atestado médico para a prática de atividade física é solicitado a todos participantes do programa.

    Os idosos que participam de atividades físicas são submetidos a uma avaliação física e funcional para o controle e correta prescrição das atividades físicas.

Desenvolvimento do Programa

    As atividades são desenvolvidas obedecendo ao cronograma de aulas da Universidade de Brasília, que é organizado em forma de semestres letivos. As atividades são desenvolvidas de 16 em 16 semanas, com um intervalo de 4 semanas entre estes dois momentos. Cada classe de aula tem a duração de 50 minutos e uma freqüência que varia de uma atividade para outra entre 2 e 3 dias por semana (vide grade de atividades abaixo).

    A adesão ao programa multidisciplinar foi feita de forma espontânea por parte dos alunos. Inicialmente não houve apoio da mídia para divulgação do programa, sendo feito apenas uma divulgação no campus universitário através de meios internos de comunicação. Porém, a carência de programas específicos para esta faixa etária, contribuiu, de certa forma, para a disseminação desta informação. Atendemos assim, idosos de toda a região administrativa do Distrito Federal.

Recursos humanos

• Uma coordenação Geral

• Professores de Educação Física

• Psicólogos

• Professores de Línguas Estrangeiras

• Estagiários: Discentes dos cursos de Educação Física, Medicina, Artes plásticas, Engenharia florestal, Pedagogia, Psicologia, entre outros cursos que poderão solicitar espaço para estágio de seus alunos.

• 01 Auxiliar Administrativo

Grade de atividades

Características dos participantes deste programa n=100

    Antes do início das atividades do projeto, todos participantes eram submetidos a uma avaliação física e funcional (Anexo 01) e respondiam, um questionário com questões referentes a sua vida pessoal e sua saúde em geral (Anexo 02).

Apresentamos a seguir alguns destes dados.

Figura 01 - Valores referentes ao sexo

A figura 01 refere-se ao sexo dos participantes, observa-se o número elevado de mulheres que costumam participar de programas.

Figura 02 - Valores referentes a faixa etária

    A figura 02 retrata o número de pessoas participantes de acordo com a faixa etária. Apesar do projeto ter como objetivo atender pessoas a partir dos 60 anos de idade, um grupo significativo de pessoas abaixo desta faixa etária, costuma procurar programas para terceira idade. Nossa experiência atribui a esta procura a aposentadoria precoce aliada a falta de programas desta natureza voltados a atender pessoas a partir dos 50 anos entre outros problemas relacionados a saúde física dos indivíduos, ou seja, pessoas na faixa etária abaixo dos 60 anos de idade que apresentam algum tipo de doença crônica, procuram projetos para terceira idade por entenderem ser mais adequados a sua condição de saúde.

Figura 03 - Valores referentes ao número de alunos por estados do Brasil

    A figura 03 apresenta uma característica interessante dos grupos de idosos de Brasília. Poderíamos dizer que ainda não há idosos de Brasília, pois a cidade tem apenas 42 anos de idade. As pessoas são de diferentes regiões do país, como podemos visualizar na figura acima. Esta característica tão própria da cidade empresta aos grupos uma pluralidade e uma diversidade cultural de extrema importância e riqueza.

Figura 04 - Valores referentes ao nível de escolaridade dos alunos

    A figura 04 apresenta os níveis de escolaridade dos participantes deste projeto, em que a grande maioria das pessoas apresentava o 3º grau completo e pós-graduação.

Figura 05 - Valores referentes a situação profissional

    A figura 05 apresenta a situação profissional dos participantes do projeto, que em sua maioria era aposentado, sendo que alguns indivíduos ainda mantinham uma atividade profissional. Na maioria dos casos deste grupo as pessoas que trabalham, atuam como autônomos.

Figura 06 - Valores referentes ao estado civil

    A figura 06 apresenta valores referentes ao estado civil das pessoas, sendo que sua maioria é de casados.

Figura 07 - Valores referentes a problemas de saúde.

    A figura 07 apresenta o número de pessoas que declarou ter algum tipo de problema de saúde. Sendo que apesar do número elevado de pessoas que apresentam algum problema de saúde, esta condição não impede sua participação nas atividades propostas pelo projeto.

Figura 08 - Valores referentes a queixa de dores no corpo

    A figura 08 apresenta valores referentes aos locais de queixa de dores no corpo. Mesmo aquelas pessoas que relataram não ter problemas de saúde, apresentaram queixas de dores no corpo, pode-se atribuir estas dores ao desuso de suas capacidades funcionais.

Figura 09 - Valores referentes a prática de atividade física

    A figura 09 apresenta o número de pessoas que mantinha algum hábito com relação a atividade física. Observa-se que 38 pessoas costumavam caminhar com certa regularidade e 12 faziam hidroginástica. Sendo que 43 pessoas não praticavam nenhum tipo de atividade física.

Considerações finais

    Toda proposta, por mais fundamentada que possa estar, trás uma série de surpresas que só nos deparamos no dia a dia do processo. Para entender, este universo, reuniões semanais, com toda a equipe de trabalho são de fundamental importância para analisar e avaliar o desenvolvimento do programa. Importante destacar que tudo com relação ao trabalho de cada profissional deve ser claramente colocado e exaustivamente analisado e discutido por todos os membros da equipe.

    Acreditamos que parte do êxito de nosso trabalho ocorreu, devido a adoção de uma proposta pedagógica norteadora do programa multidisciplinar, em que incluímos o aluno/idoso como sujeito igualmente responsável pela construção e consolidação da proposta. Oferecemos algumas possibilidades ao mesmo tempo em que abrimos espaços para que eles mesmos coordenassem outras atividades de seu interesse. Assim, o "velho indivíduo" passou a sujeito, pois saiu da condição de participante para a condição de "pertencente".

    Observamos que dentro da oferta multidisciplinar, as atividades físicas destacam-se de forma significativa no que tange o desenvolvimento de hábitos saudáveis com relação a saúde bio-psico-social de idosos.

    Acreditamos que uma das maiores contribuições da educação física com relação a estes estudos, é o destaque ao processo pedagógico, que deve permear os planejamentos de atividades físicas para idosos.

    A atividade física como experiência pedagógica possibilita às pessoas vivenciarem uma atividade didaticamente organizada. (FARIA JÚNIOR, 1997).

    A Atividade Física atingirá os objetivos a que se propõem, se for regular, sistemática e com orientação profissional especializada. As práticas esporádicas, irregulares e sem orientação adequada, podem ser fatores desencadeadores de problemas de toda ordem. Isto significa dizer, que se não obedecermos estes preceitos, talvez seja melhor não ingressar num programa de atividade física. E isto vale para qualquer faixa etária, chamamos mais atenção obviamente para o trabalho com idosos. Faço este alerta, por acreditar, que participar de um programa de atividades físicas envolve uma série de decisões de ordem pessoal, que desencadeia o processo de aceitação e adaptação a programas desta natureza.

    Ao longo dos anos vamos construindo nossa forma física de estar no mundo, uma forma física de relacionarmos uns com os outros, uma forma física de existir e de transitar pela vida. Fazer atividade física significa: olhar-se mais, perceber-se mais, sentir-se mais, expor-se mais, etc.

    A prática de atividade física proporciona ao indivíduo o reencontro com sua corporeidade, e a possibilidade de voltar a amarrar o cordão do sapato, cortar unhas, pentear o cabelo, sair de casa, pegar um ônibus, conhecer novas pessoas, fazer amigos, entre outras coisas. Incorporar o movimento a sua vida, significa dar novos rumos a sua existência, significa em outras palavras, passar a cuidar mais de si mesmo. No meu entender, restou à educação física o melhor lado desta história.

    Programas multidisciplinares oferecem uma variedade de estímulos, que contribuem de forma significativa para garantir uma vida autônoma e com qualidade. Sabe-se também, que no âmbito da pesquisa científica, estes programas oferecem um universo de possibilidades de investigações, em cada uma das áreas ofertadas.

    Finalizando, tomamos como referência os conhecimentos adquiridos nesta proposta multidisciplinar e sugerimos investimentos em programas desta natureza, no sentido de oportunizar a um número maior de pessoas a oportunidade de experimentar um passar do tempo com mais qualidade de vida e autonomia.

ANEXO 01

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Projeto: "Qualidade de vida na terceira idade: uma proposta multidisciplinar"

ANEXO 02

PROGRAMA QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE:
uma proposta multidisciplinar

Referências bibliográficas

• BARRY H. C.; EATHORNE, S.W. 1994. Exercise and aging. Issues for the practitioner. Medical Clinics North America, 357-375.

• Atividades Físicas para a Terceira Idade/Alfredo G. de Faria Junior...[etal.] - Brasília: Sesi-DN, 1997

• MOTA, J.; PAIVA, P.; SILVA, S. 1995. Effects of a 6 month programme of nom specific physical activity on physical capacity of aged sedentary women. Journal of Human Movements Studies, 243-254.

• SPIRDUSO, W.W. 1995. Physical Dimensions of Aging. Human Kinetics Publishers, Champaign, Illinois.

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revista digital · Año 9 · N° 64 | Buenos Aires, Septiembre 2003   © 1997-2003 Derechos reservados