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Comunicação e Educação Fisica. Alguns |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 55 - Diciembre de 2002 |
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Contrapondo, quando esses meios tomam a educação física e o esporte como um espetáculo mais para o consumo passivo de seu público alvo, as preocupações pelas imagens, seus significados e valorações tomam um caracter crítico. 4 As pesquisas de Kevin Young sobre o tratamento da imprensa à violência no esporte, ressaltando que mesmo “estando claro que a imprensa e os MCM não criam o gamberrismo do futebol, a aplicação negligente por sua parte de umas técnicas de apresentação que ressaltam o extravagante e o violento (...) contribuem muito pouco a melhorar um panorama que já é, por sim mesmo, bastante complicado” (Young, 1993: 185); assim como os trabalhos de Alberto (Ferreyra, 2000) na análise dos programas televisivos para torcedores de futebol, advertem acerca da necessidade de consensuar marcos de tratamento midiáticos mais éticos e responsáveis para ofertar a sua audiência.
3.5. Educação Física, pedagogia e comunicaçãoFinalmente, outra linha que cobra forte significado de enlace entre as disciplinas é a que ocupa a problemática pedagógica no ensino em geral e os aportes que se brindam desde a comunicação, como prática instrumental. Neste marco, a utilização de instrumentais midiáticos para o auxiliar didático, assim como as experiências de formação a distancia abrem interrogantes que, entre outros, Francisco Gutierrez desde suas primeiras obras (1975) e Beatriz Fainholc na atualidade se preocupam por indagar. Nesse sentido, a própria proposta de laboratórios de Mídia nos cursos de pós-graduação da especialidade -por exemplo o que corresponde a UFSM- justamente remarcam o valor que assume essa cruzada disciplinar.
Por outro lado, novas linhas cobram relevância pedagógica no análises do papel do educador, sua manipulação do discurso e das relações, e sua particular atuação no campo da educação física, (segundo Galantini, Pina y Cortés, 1999), e assim mesmo o revelam outros enfoques (Betti; Parlebas, 2000).
4. Considerações finais: em direção a uma agenda de trabalho interdisciplinar entre
a educação física e a comunicaçãoNossa proposta inicial nos levou pelo caminho de explicitar o que se entende por trabalho interdisciplinario, posteriormente identificar os campos de problematização da educação física, a comunicação e a história, e descobrir alguns dos antecedentes com que contamos para ver o modo em que os enfoques e os estudos deram vida ao conhecimento que os integra. Seja sobre o próprio movimento; sobre as relações pessoais que o veiculam; sobre as imagens que geram-se; sobre o papel que as midiatizações assumem nas práticas; ou também sobre as produções espetaculares.
Então, chegando a este ponto, nos parece oportuno voltar à preocupação que outra hora desenvolvera Castro, a qual é de interrogarmos sobre a possibilidade de planejar um trabalho interdisciplinar que se oriente por “uma visão de conjunto de seu contexto social para orientar suas condutas em relação com o meio e mostrar a este o sentido e a importância de seu trabalho” (Castro,1996:16).
Desde esta perspectiva, a visão de conjunto do contexto social imediato parece reclamar una leitura crítica do modo em que o ensino em geral instrumentaliza-se para a maioria da população e o lugar específico que a educação física tem para saltar por cima dos imaginários públicos que a associam com o deporte, a fortaleza e destreza física, de modo que possa oferecer os conhecimentos de seu campo em toda sua complexidade. Para isso, olhar comunicacionalmente esse problema também implica olhar criticamente as possibilidades que as alternativas midiatizadas tem para cumprir com esse objetivo e a revalorização que as relações cara a cara ou inter-pessoal tem para que a ciência do movimento humano se comparta comunicacionalmente desde outra alternativa de humanidade.
Para avançar sobre esse desafio, más alem da atitude de integração e cooperação necessária entre os campos, algumas temáticas são fartamente convocantes para o trabalho interdisciplinario. Os enfoques que permite a historia para recobrar a memória e entender melhor os rasgos que assumiu nossa sociedade e sua cultura, por exemplo para a qual apresentamos um projeto de investigação particular em torno ao giro cultural da nossa ¨educação¨ moderna-higienista (Barcelona, 2000) e seus múltiplos mecanismos de transmissão e reprodução, assim como os estudos atuais das imagens sociais em torno aos valores da época ( beleza, juventude, estilização e o êxito para servir ao estado, por exemplo) e suas conseqüências com respeito a educação do corpo e a cultura o movimento, podem ser pontos centrais de interrogação que logo devolvam ao entorno social respostas concretas acerca de seu bom/mal viver, sua educação e sua comunicação.
Notas
Na sua proposta de conformação do campo, o autor agrega: “Se somente formarmos no campo das técnicas, os professores estarão defasados em pouco tempo, porque as técnicas modificam e não saberão o que ensinar. Mas se tiverem uma informação cientifica sobre a ação motora, poderão resolver todas as situações, todas as práticas, todos os esportes novos que surgirão. Terão os meios intelectuais, científicos, para analisa-los” (Parlebas, 1997: 9).
Um seguimento das teorias e modelos explicativos produzidos no campo -por exemplo a través de Mauro Wolf, 1987 y 1994- permitem observar o modo em que a complexidade epistemológica e seus contextos de referencia foram crescendo e interatuando.
Marques de Melo, J. 1992. El divorcio entre la universidad y la industria de la comunicación en América Latina em Generación de Conocimientos y formación de Comunicadores. FELAFACS, México.
Mesmo assim que ainda não exista uma evidência empírica suficiente, segundo os autores Durán González, García Ferrando y Latiesa Rodríguez, “parece inquestionável que os meios de comunicação, a televisão particularmente, estão influindo fortemente na conformação dos hábitos desportivos dos grandes públicos (...) Por isso se diz com freqüência que o esporte e os meios de comunicação, sobre todo a televisão, formam um matrimonio estável de conveniência, que não parece que tenha a tendência de ser influído no curto prazo histórico por nem um tipo de ameaça séria para sua separação” (González; García Ferrando; Rodríguez , 1995:212).
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