efdeportes.com
Teoria da análise biomecânica,
através da observação visual

   
Escola de Educação Física de Caratinga
EFISC - FUNEC Minas Gerais
 
 
Alexandre Henriques de Paula
ahptaranto@bol.com.br
(Brasil)
 

 

 

 

 
Resumo:
    Este trabalho tem como objetivo teorizar os profissionais que militam na área esportiva, como o estudo da biomecânica, através da análise da observação visual, a qual e de fundamental importância para os para os professores de educação física e técnica desportistas. O conhecimento da analise observacional e de fácil acesso, e traz grandes benefícios ao treinamento esportivo e a correção da técnica esportiva.
    Unitermos: Biomecânica. Técnica esportiva. Habilidade motora. Observação visual.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 51 - Agosto de 2002

1 / 1

1. Introdução

    Atualmente, os profissionais da área esportivos têm utilizado como metodologia para analisar a mecânica do movimento humano, o processo de observação visual, este processo torna mais fácil a observação critica do desempenho de atletas.

    As informações adquiridas por este processo servem como base para recomendações e julgamentos das habilidades esportivas. Para o desenvolvimento desse processo de observação visual, são básicos os conhecimentos de anatomia humana, princípios mecânicos, habilidade motora e do padrão e da técnica que esta sendo analisada.

    Torna-se também de grande importância o conhecimento do protocolo apropriado para conduzir a analise do movimento. A capacidade de analisar uma habilidade motora requer um conhecimento específico do mesmo, pois sem estes entendimentos correto, os analisadores podem ter dificuldade em identifica os fatores que contribuem para o desempenho e podem interpretar erroneamente os dados coletados.

    Um dos grandes desafios dos profissionais da área desportiva, é observar o desempenho de seu atleta e decidir onde a técnica precisa de correção. Para isso e preciso uma abordagem bem planejada, pois senão tive uma abordagem planejada a velocidade e a complexidade da habilidade, dominará a analise. Assim sendo um observado bem sucedido deve não somente conhecer a proposta do movimento mas, também reconhecer os fatores que contribuem para uma execução perfeita do movimento.

    O presente estudo, visa descrever um suporte teórico para embaçar os profissionais, sobre a metodologia da observação visual, fornecendo assim subsidio para a solução de problemas associados com analise do movimento humano.


2. Definição de biomecânica

    Segundo Carr (1998), define biomecânica como sendo a aplicação das leis e princípios mecânicos aos organismos vivos.


3. Métodos de análise

    Basicamente existem dois métodos, para a análise do movimento humano: o método quantitativo e o método qualitativo.

    Segundo Hay & Reid (1985), no método qualitativo, a execução é avaliação subjetivamente com bases direta, a observação visual.

    Já no método quantitativo, a execução é observada por fotografia, cinematografia, eletromiografia, ou qualquer outra técnica de análise, e então é avaliada objetivamente com base nas medidas objetivas através dessas técnicas.

    Os profissionais das áreas esportivos (professores de educação física, técnico e atletas), são os profissionais que mais utilizam o método qualitativo. Este método baseia-se na simples observação visual.

    O método qualitativo, na sua forma mais completa, consiste em uma avaliação sistemática dos fatores que constituem o resultado da habilidade motora estudada.

    Já o método quantitativo é utilizado geralmente por pesquisadores, ocasionalmente por técnico esportistas, e raramente por professores de educação física.

    Segundo Hall (1993), um analista bem - sucedido deve não somente conhecer a proposta do movimento que está sendo analisado, mas também reconhecer os fatores que contribuem para uma execução habilidosa do movimento.


4. Natureza dos padrões de movimento

    De acordo com Hall (1993), os analistas também podem se beneficiar do conhecimento da natureza dos padrões de movimento humano e habilidade em geral. É importante fazermos a distinção sobre habilidades descontínuas e contínuas e entre habilidades abertas e fechadas.

    Habilidade continua, são as quais apresentam uma repetição no padrão do movimento, podemos exemplificá-las com as seguintes habilidades: nadar, correr, remar e pedalar.

    Habilidade descontinua, são aquelas que apresentam um ponto de inicio e termino definidos, nestas habilidades se incluem a cortada do voleibol, o chute no futebol e o passe no basquete.

    Já as habilidades abertas e fechadas, se distinguem pelos os acontecimentos do ambiente em torno.

    Segundo Hall (1993), quando as condições são imprevisíveis, como o arremesso lateral no basquete, são consideradas com habilidades abertas. As habilidades fechadas são executadas em uma situação estruturada de maneira previsível, como exemplo tem o treino de uma maratonista por uma trilha conhecida.

    Outros fatores que afetam a execução do movimento, são as características dos executantes, neste item incluem-se: a idade, o sexo e a antropométrica do executante.


5. Observação da execução

    O sucesso na utilização de qualquer sistema de análise qualitativa dependente largamente da precisão com que os movimentos envolvidos serão percebidos.

    Se o observador que conduz a análise for capaz de perceber exatamente o que o executante está fazendo, conclusões apropriadas serão provavelmente melhores alcançadas.

    O processo de observação da execução de uma habilidade motora é normalmente considerado como visual, o observador simplesmente olha a execução e adquire informações sobre ela.

    Como as habilidades motoras são quase sempre complexas, as análises qualitativas de habilidades motoras também são similarmente complexas. Com isto não faz sentido, reduzir as chances de alcançar conclusões apropriadas. Para boas análises qualitativas, todas as informações, devem ser usadas, buscando-se as em todas as fontes possíveis auditiva, visuais tátil e sinestésicas. (Hay & Reid, 1983).


6. Passos para a análise da habilidade motora

    Neste tópico estaremos descrevendo as principais informações que precisamos para analisar uma habilidade motora através da técnica de observação visual. Segundo Carr (1998), a análise é dividida em seis passos, a saber:

Passo 1. Determinar os objetivos da habilidade

    As regras dos esportes e as condições existentes quando uma habilidade esportiva é executada, de terminam os objetivos da habilidade.

    Estar consciente desses objetivos é de suma importância, pois eles determinam a técnica e a mecânica que seu atleta precisará usar para executar a habilidade com sucesso.

    Carr (1998), cita a importância do técnico em conhecer os objetivos de cada habilidade, pois se enfatizar um objetivo mais do que o outro, ele estará limitando o seu atleta.

Passo 2. Observar as características especiais da habilidade

    As habilidades esportivas (motora), podem ser divididas em diferentes tipos.

    Segundo a maneira como o atleta executa a técnica;

    Condições nas quais seu atleta executa a habilidade.

    Segundo Carr (1998), as maneiras e as condições estão inter-relacionadas e ambas influenciam dramaticamente os métodos que o técnico usará. Por exemplo, se o técnico considerar apenas a maneira como as habilidades são executadas uma vez e, então, um movimento totalmente diferente acontece na segunda vez. Outras habilidades são diferentes porque se repetem seqüencialmente.

    Esses dois tipos podem ser chamados habilidades não-repetitiva e repetitiva.

    As condições nas quais os atletas executam as habilidades também diferem consideravelmente. Algumas condições são controladas e previsíveis e outras variam consideravelmente e são imprevisíveis.

Passo 3. Estudar desempenhos excelentes da habilidade

    Quando o técnico observa atletas de elite executando uma habilidade, ele tem um quadro da velocidade, ritmo, potência, posições corporais e outras características que compõem um desempenho de qualidade.

    Carr (1998), diz que isso ajuda e entender os padrões básicos de movimentos na técnica da habilidade.

Passo 4. Dividir a habilidade em fases

    O próximo passo, é dividir em fases, a habilidade que o técnico está interessado em treinar. Segundo Carr (1998), este processo é importante porque ele torna o trabalho bem mais fácil, quando você procura por erros no desempenho do atleta.

    Ainda segundo o autor acima citado, a maioria das habilidades consiste em diversas fases. Uma fase é um grupo conectado de movimento que parecem independentes e que o atleta une na execução da habilidade completa.

    Esta análise pode ser segmentada nas seguintes fases:

    Movimento preparatório e concentração;

    Balanceio (elevação)

    Movimentos produtores de força;

    Continuidade ( ou recuperação).

Passo 5. Dividir cada fase em elementos-chaves

    Após ter escolhido as fases mais importantes de uma habilidade, o técnico deve direciona sua atenção para a tarefa de dividir cada fase em seus elementos-chaves.

    Segundo Carr (1998), elementos-chaves são movimentos distintos que se unem para compor uma fase.

    Como devemos escolhe os elementos-chaves? Selecione os elementos-chave como movimento distinto essencial para o sucesso de cada fase na habilidade.

    É importante lembrar que há mais de um elemento-chave em cada habilidade.

Passo 6. Entender as razões mecânicas da execução de cada elemento-chave

    É um passo muito importante, ele mostra-nos como devemos entender como a mecânica compõe as técnicas esportivas. Pois, todos os movimentos fundamentais que o atleta faz esta assentada em princípios mecânicos. Portanto, uma vez identificados os elementos-chaves da habilidade que esta sendo analisada, o técnico deve entender os propósitos mecânicos de cada elemento.


7. Conclusão

    A facilidade de obter uma precisa percepção dos movimentos de uma habilidade motora é desenvolvida através de uma prática extensa e inteligente. Os profissionais que desejam desenvolver tal habilidade devem aproveitar todas as oportunidades para observar os movimentos humanos. Devemos observar as pessoas andando nas ruas, nas lojas e em todos as ocasiões.

    Na busca do saber, procuramos encontrar cada vez mais respostas e condições melhores para o nosso aprimoramento que não termina e que, a cada dia passa, vai ficando ultrapassado com a chegada de novos conhecimentos.

    O estudo proposto neste artigo é uma expressa objetiva e simples da análise dos movimentos, que através dos gestos desportivos, procuramos classificar e relacionar dentro de uma linguagem clara e simples os passos da análise através da observação visual.


Referencias bibliográfica

  • CARNAVAL, P. Cinesiológia aplicada aos esportes. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

  • CARR, G. Biomecânica dos esportes - um guia prático. São Paulo: Editora Manole, 1998.

  • CISAR, C. & CORBELLI, J. A cortada no voleibol - uma análise fisiológica e cinesiológica. Sprint Magazine - Ano III - nº 45 - pp. 10-22, 1989.

  • DANIELS, L. & WORTHINGHAM, C. Provas de funções muscular. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

  • HAY, J. Biomecânica das técnicas desportivas. Rio de Janeiro: Interamericana, 1981.

  • HAY, J & REID, P. As bases anatômicas e mecânicas do movimento humano. Rio de Janeiro: Editora Prentice-hall do Brasil. 1985.

  • HALL, S. Biomecânica básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1993.

  • REID, P. Salto em altura de costa - aproximação e impulso. Revista Sprint - Ano VII n.º - 1 - pp. 38-41, 1988.

  • RODEO, S. O nado de peito - uma análise cinesilógica e considerações para o treinamento de força. Sprint Magazine - Ano I - nº. 2- pp. 6-13, 1989.

Outro artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
http://www.efdeportes.com/ · FreeFind
   

revista digital · Año 8 · N° 51 | Buenos Aires, Agosto 2002  
© 1997-2002 Derechos reservados