Treinamento de força para idosos na prevenção da osteoporose Strength training for seniors in osteoporosis prevention Entrenamiento de la fuerza para personas mayores en la prevención de la osteoporosis |
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*Educador Físico e Personal da HFFitness – Academia **Proprietário da HFFitness - Academia (Brasil) |
Everson Pablo Nogueira Pereira* Hugo Politano** |
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Resumo A osteoporose é uma doença do tecido ósseo caracterizada por perda densidade óssea. Normalmente ela afeta os idosos assim causando malefícios a sua saúde, ela está conceituada como um grande problema de saúde no envelhecer. Sabe-se que o treinamento força é uma ferramenta fundamental para melhorar a saúde dos idosos e com sua prática os idosos sentem mais motivados no dia a dia, assegurando dessa forma uma melhora na sua vida. Embasado sobre isso, idosos que são afetados pela patologia não demonstram uma boa qualidade de vida, melhora na coordenação motora e melhora nas capacidades físicas, daí então a importância que esse exercício tem como fator positivo para eles. Além disso, o exercício físico exerce influência positiva nos níveis de força muscular, assim evitando ou amenizando os efeitos da patologia durante o envelhecimento. Dessa forma compreendemos que quanto mais forem praticados os exercícios no cotidiano, tratando-se de idosos, menores serão a chance de agravarem a osteoporose. O presente estudo tem como objetivo demonstrar que a prática dos exercícios resistidos aumenta a densidade óssea em idosos. Unitermos: Osteoporose. Idosos. Treinamento resistido.
Abstract Osteoporosis is a disease characterized by bone loss bone density. Usually it affects the elderly thus causing harm to their health, she is conceptualized as a major health problem in aging. It is known that strength training is a fundamental tool to improve the health of the elderly. With practice of physical exercises older people feel more motivated on a daily basis, thereby ensuring an improvement in your life. Grounded about it, older people who are affected by the disease do not show a good quality of life, improved motor coordination and improvement in physical abilities, so hence the importance of this exercise is positive for them. Furthermore, the exercise has a positive influence on the levels of muscle, thus preventing or mitigating the effects of pathology during aging. In this way we understand that the more exercises are practiced in the daily, when it comes to the elderly, the smaller the chance of worsening osteoporosis. The present study aims to demonstrate that the practice of resistance exercises increases bone density in the elderly. Keywords: Osteoporosis. Elderly. Resistance training.
Resumen La osteoporosis es una enfermedad del tejido óseo caracterizada por la pérdida de la densidad ósea. Por lo general, afecta a las personas mayores causando perjuicios a su salud, está conceptuada como un gran problema de salud en el envejecimiento. Se sabe que el entrenamiento fuerza es una herramienta fundamental para mejorar la salud de las personas mayores y con su práctica se sienten más motivados en el día a día, asegurando así una mejora en su vida. En cuanto a esto, las personas mayores que son afectadas por la patología no muestran una buena calidad de vida, mejora en la coordinación motora y mejora en las capacidades físicas, de ahí entonces la importancia que ese ejercicio tiene como factor positivo para ellos. Además, el ejercicio físico ejerce una influencia positiva en los niveles de fuerza muscular, evitando o reduciendo los efectos de las enfermedades durante el envejecimiento. De esta forma comprendemos que cuanto más se practican ejercicios en la vida cotidiana, tratándose de persona mayores, menor será la posibilidad de que se agrave la osteoporosis. El presente estudio tiene como objetivo demostrar que la práctica de los ejercicios resistidos aumenta la densidad ósea en personas mayores. Palabras clave: Osteoporosis. Personas mayores. Entrenamiento resistido.
Recepção: 05/04/2016 - Aceitação: 11/07/2017
1ª Revisão: 18/06/2017 - 2ª Revisão: 07/07/2017
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Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires - Año 22 - Nº 230 - Julio de 2017. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A osteoporose é dada como um enfraquecimento do tecido ósseo, assim dessa maneira ela uma das maiores causadoras de debilitação e mortalidade no mundo, com isso sabe-se que a uma queda da densidade mineral óssea e leva os indivíduos idosos a apresentarem quadros patológicos da patologia deixando-os mais suscetíveis a possíveis quedas e fraturas com o processo de envelhecimento, também informações que os idosos apresentam uma baixa na sua taxa metabólica causando possíveis agravamentos como diminuição nos afazeres domésticos. O elevado número de quedas são caracterizadas por fraturas de quadril e vértebras, com isso cabe ressaltar que podem ocorrer em qualquer osso do corpo humano, devido á deterioração de tecido ósseo cortical e trabecular relacionado com a idade (Spirduso, 2005). Com o processo de envelhecer os idosos tendem a terem uma perca na sua estatura corporal e também apresentam alterações diminuindo suas capacidades físicas e ocasionando mudanças negativas no corpo humano, enfatizando sobre o envelhecimento. Estes indivíduos, de certa forma, devem fazer exercícios para melhorar a potência, força muscular e melhorar seu equilíbrio durante a marcha promovendo assim, uma boa saúde aos ossos, músculos e articulações e melhorando sua qualidade de vida (Macardle et al., 2003, Fleck e Kraemer, 2006). O exercício resistido vêm se mostrando como uma ferramenta importante para combater a osteoporose dessa maneira com a prática por meio dele conclui-se que ele causa ganhos positivos da densidade mineral óssea, ocasionando mudanças no cotidiano e diminuindo suas perdas com passar dos tempos.
Objetivo
Objetivo geral
Demonstrar o aumento da densidade mineral óssea em indivíduos com osteoporose através do exercício resistido.
Objetivo específico
O objetivo do estudo foi analisar sobre a osteoporose nos idosos e com isso demonstrar que o exercício resistido tem papel fundamental na qualidade de vida e que ele serve como um tratamento não farmacológico para idosos que apresentam quadros patológicos da osteoporose.
Metodologia
O método utilizado para mencionar este estudo foi revisão literária.
Desenvolvimento
O envelhecimento é um processo populacional e estima-se que em 2025 a população do Brasil será a sexta em número de pessoas idosas. Durante essa fase da vida o organismo perde sua capacidade de adaptar-se ao ambiente. Isso indica que o quadro patológico vai aumentar a sua incidência e há de aumentar a vulnerabilidade. Jacques, 2006, Fleck e Kraemer, 2006, relatam que bons hábitos alimentares, e atividade física constante trazem efeitos benéficos ao idoso como: uma crescente no armazenamento da densidade mineral óssea, resistência aos ossos e ganho da força muscular e também pode estar relacionado ao estresse e sono. Cabe ressaltar que o exercício resistido é eficiente para reduzir os riscos de quedas, equilíbrio, coordenação motora e autoconfiança (Spirduso, 2005, Aveiro et al., 2006, Dias et al., 2006, Asano, 2006). As evidências sugerem que um bom programa de exercícios resistidos sejam, um fator importantíssimo para desafiar o medo, e ter uma boa melhora nos afazeres no ambiente acadêmico (Paterson, Jones, & Rice, 2007). Pinto Neto (2002) embasando sobre a alimentação, sabe-se que o baixo consumo de cálcio e vitamina D podem ser um dos fatores que podem desencadear a Osteoporose. O exercício físico é um bom aliado para atender as necessidades dos idosos como: benefício muscular, diminuição da gordura corporal, aumento da qualidade de vida, aumento da força e também são menos vulneráveis as doenças (Mazo, 2006).
Alterações neuromusculares com o envelhecimento
Por volta dos 25 a 65 anos de idade tende haver uma diminuição da massa magra ou massa livre de gordura, provavelmente de 10 a 16%, por conta das perdas da massa óssea, no músculo esquelético e de água corporal total que acontecem com o envelhecimento. Por essa razão boa quantidade da excreção de elemento químico o potássio indica perda do músculo, especialmente no homem, que parece existir alterações na água corporal intracelular no processo de envelhecimento. Nos sexo feminino os componentes minerais, água e proteína, da massa livre de gordura decrescem 20%, 12% e 5%. No entanto, sua perda seria de 23%, 14% e 20% nas mulheres e de 10%, 12% e 13% nos homens, sendo ainda que o maior decréscimo ocorreria da faixa dos 70-79 anos de idade aos 80-89 anos. Nesse período as perdas chegariam a 20% de água, 28% de proteína e 17% de mineral. (Heyward e Storlarczyk, 1996).
Sabe-se que também que a composição corporal inclua água, vísceras, ossos, tecido conectivo e músculo. É neste último que ocorre a maior perda com o processo de envelhecimento. Estudos demonstram que a deposição do osso é baseada pela quantidade de força onde está sendo aplicada. Desse modo, quanto maior for á carga que submetem aos ossos, maior vai ser a ativação dos osteoblastos, estimulando assim o crescimento ósseo. Portanto para que os ossos se tornem maiores e mais densos, a pressão deve ser maior. (Hamill e Knutzen, 1999). Com o envelhecimento muitas alterações fisiológicas no sistema muscular ocasionam mudanças no decréscimo da força muscular, aumentando o número de fraturas e quedas.
Há evidências mencionando que exercícios resistidos com pesos são promotores osteogênicos, quando comparado aos exercícios aeróbios, por causa das ações mecânicas que eles proporcionam. Os exercícios resistidos devem ser iguais para adultos saudáveis, não importa a idade, mas a carga deve ser aumentada de forma gradativa, lembrando que se trata de idosos, cuja adaptação músculo esquelético, tende de haver um tempo para se recuperar do estímulo imposto, evitando assim traumas, fraturas dores articulares e até mesmo interrupção das atividades. (Kemper et al., 2009).
Treinamento de força
O treinamento de força é definido como forma gradual de resistência a contração muscular, para estimular a massa óssea, ajudando numa boa qualidade de vida e importante no cotidiano dos indivíduos com doenças crônicas. O treinamento de força causa ganhos de massa óssea nos membros superiores e inferiores. (Pellegrinotti, 2008, Souza e Pinto, 2012). Exercícios resistidos contribuem num ótimo ganho de força, massa e resistência muscular, melhorando a coordenação e flexibilidade nos idosos, contribuindo desta maneira num grande benefício de força na vida diária. Ele quando praticado pede se tornar um grande aliado no tratamento da patologia e promover um aumento significativo na massa óssea. Músculos fortes, hipertrofiados causam mudanças positivas no esqueleto, já os fracos tem um propósito totalmente contrário. (Jovine et al., 2006, Mazo, 2006, Cunha et al.,2007, Liu e Latham, 2009). A força aplicada ao osso tende a ocorrer uma alteração que desencadeia reações dos osteoblastos e osteócitos, dessa maneira, sabe- se que há uma adaptação a sobrecarga imposta. Com a prática do exercício físico compreende-se, como uma das formas de atividade física planejada, estruturadas e sistemática, realizando movimentos repetitivos, mantendo e desenvolvendo componentes da aptidão física. (Lima, 2002). O exercício físico é abordado como qualquer movimento realizado pelos músculos esqueléticos, resultando num gasto energético acima dos níveis de repouso.
Prescrição do exercício
O treinamento com pesos é essencial para o desenvolvimento a manutenção de um corpo saudável. A prescrição do exercício resistido para indivíduos com quadros patológicos da osteoporose deve ser adaptada tanto a idade quanto o nível de condicionamento físico e com isso saber quanto á prescrição desse exercício vai depender muito se o indivíduo possui alguma fratura existente. Com base nisso a intensidade do treinamento deve ser de moderada a alta para que o corpo adapte se as cargas que estão sendo impostas e praticado com freqüência de 3 a 5 vezes semanalmente com tempo de duração de 30 a 60 minutos. (ACSM, 2004, Madureira et al., 2006, Aveiro et al., 2006, Fleck e Kraemer, 2006, Cunha et al., 2007).
Conclusão
Conclui-se que os exercícios resistidos foram bem proveitosos melhorando a força muscular e aumento da densidade mineral ossea (DMO). Este treinamento têm papal importante para melhorar o equilíbrio, qualidade de vida e beneficiando para aumentos da força muscular, objetivando assim no tratamento da osteoporose, reduzindo possíveis quedas e fraturas osteoporóticas. Observa-se que a prática do exercício resistido realizado através de indivíduos com quadros patológicos de osteoporose teve melhoera benéficas quanto ao aumento da densidade mineral óssea. Com tudo isso sendo mencionado é necessário a realização de novas pesquisas e de estudos com diferentes grupos para serem abordados. O exercício resistido pode ser uma ferramenta bem proveitosa e qualitativa para indíviduos osteoporóticos.Com isso cabe ressaltar também que num programa de treinamento para os indivíduos a prescrição dos exercícios deve ser de maneira correta e bem orientada, fazendo com que este treinamento proporcione inúmeros benefícios aos idosos que possuem quadros patológicos, por isso o profissional deve ampliar e conceituar seus conhecimentos.
Bibliografia
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Aveiro, M. C., e colaboradores. (2006). Influence of a physical training program on muscle strength, balance and gait velocity among women with osteoporosis. Rev Bras Fisioterapia.
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Fleck, S. J., Kraemer, W. J. (2006). Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ª ed. São Paulo: Artmed.
Hamill, J., Knutzen, K. M. (1999). Bases biomecânicas do movimento humano. Manole: São Paulo.
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Jovine, M. S. e col. (2006). Efeito do treinamento físico sobre a osteoporose após a menopausa: estudo da atualização. Ver Brasil. Epidemiol.
Kemper, C., de Oliveira, R. J., Bottaro, M., Moreno, R., Bezerra, L. M. A., Guido, M., De França, N. M. (2009). Efeitos da natação e do treinamento resistido na densidade mineral óssea e mulheres idosas. Revista Brasileira de medicina do esporte.
Lima, M. D. O. (2002). Qualidade de vida relacionada ás atividades físicas. Recife: Ed. UFPE.
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Mazo, G. Z., Lopes, M. A., Azher, T. B. (2006). Atividade física e o idoso. Porto Alegre: Sulina.
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Spirduso, W. W. (2005). Dimensões físicas do envelhecimento. São Paulo: Manole.
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