A atividade física e a criança com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) Physical activity and the children with attention deficit hyperactivity disorder (ADHD ) La actividad física y el niño con trastorno de déficit de atención e hiperactividad (TDAH) |
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*Pedagoga pela Universidade Presbiteriana Mackenzie **Doutorando do PPGDD na Universidade Presbiteriana Mackenzie (Brasil) |
Carolina Pereira Dias* Ms. Ronê Paiano** |
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Resumo O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda sua vida. O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a opinião dos professores sobre a relação entre atividade física, medicação e TDAH. Participaram da pesquisa 17 professores, da cidade de São Paulo. Desta amostra 82% dos professores tem pós-graduação e 81% já tiveram contato com crianças diagnosticadas com TDAH. Os participantes responderam a sete perguntas na Escala de Likert sobre TDAH. Os resultados desta pesquisa nos permitiram conhecer a opinião dos educadores sobre diversos aspectos. Este grupo pesquisado não acredita que, em alguns casos, a medicação possa ser substituída pelo esporte em crianças com TDAH, porém, acreditam que as atividades extracurriculares podem contribuir como fator de redução da severidade dos sintomas de TDAH para estas crianças. Unitermos: Esporte. TDAH. Movimento.
Abstract The Attention Deficit Disorder with Hyperactivity (ADHD) is a neurobiological disorder, genetic causes, which appears in childhood and often accompanies the individual throughout his life. The objective of this research was to evaluate the opinions of teachers on the relationship between physical activity, medication and ADHD. The participants were 17 teachers from the city of São Paulo. From this sample 82% of teachers have graduate and 81% have had contact with children diagnosed with ADHD. Participants answered seven questions in Likert scale on ADHD. These results allowed us to know the opinion of educators on various aspects. This research group does not believe that in some cases, medication may be replaced by sport in children with ADHD, however, they believe that extracurricular activities can contribute to reduction factor of the severity of ADHD symptoms for these children. Keywords: Sports. ADHD. Movement.
Resumen El Trastorno por Déficit de Atención con Hiperactividad (TDAH) es un trastorno neurobiológico, de origen genético, que aparece en la infancia y con frecuencia acompaña al individuo durante toda su vida. El objetivo de esta investigación fue evaluar las opiniones de los profesores sobre la relación entre la actividad física, la medicación y el TDAH. Los participantes fueron 17 maestros de la ciudad de Sao Paulo. De esta muestra 82% de los profesores hicieron posgrado y el 81% han tenido contacto con los niños diagnosticados con TDAH. Los participantes respondieron a siete preguntas en la Escala de Likert sobre el TDAH. Estos resultados nos han permitido conocer la opinión de los educadores en diversos aspectos. Este grupo investigado no cree que en algunos casos, la medicación puede ser sustituido por el deporte en los niños con TDAH. Sin embargo, creen que las actividades extracurriculares pueden contribuir como un factor de reducción de la severidad de los síntomas del TDAH para estos niños. Palabras clave: Deporte. TDAH. Movimiento.
Recepção: 10/04/2016 - Aceitação: 07/12/2016
1ª Revisão: 17/11/2016 - 2ª Revisão: 03/12/2016
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Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, Año 21, Nº 223, Diciembre de 2016. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (s/f) “O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD”. Para esta pesquisa iremos utilizar TDAH.
Na última versão do Manual de Diagnóstico e Estatísitca da Associação Americana de Psiquiatria (APA, 2013), o DSM-5, o TDAH é assim definido “O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade” (APA, p. 32, 2013).
Em relação ao percentual de crianças com TDAH Rotta et al. (2006, p. 303) refere estimativa de prevalência entre 3% e 30% nas crianças em idade escolar. Para Rohde (2000), no Brasil, cerca de 3 a 6% da população de crianças de 7 a 14 anos apresentam TDAH, com uma frequência maior em meninos do que em meninas, ressalta o autor.
Para que ocorra um diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção a Hiperatividade é necessário que se faça uma avaliação detalhada, profissional e com a utlização de multiplos informantes. Em muitos casos, o distúrbio é percebido quando a criança ingressa na escola, momento em que as dificuldades de atenção e inquietude se evidenciam, tendo em vista que, normalmente, é quando o sujeito com TDAH passa a ser alvo de comparação com outras crianças da mesma idade e ambiente (Poeta; Rosa Neto 2004).
Esses sintomas para Benczik (2000) seguem um padrão persistente e são mais frequentes e severos do que em crianças da mesma idade e nível de desenvolvimento mental.
Isto faz com que o professor possua papel central neste processo, pois, como um dos informantes é o professor que, a partir da sua observação, compara as atitudes de seus alunos e percebe quando alguns destes apresentam comportamentos diferentes dos demais passando então a sugerir aos pais que encaminhem a criança para uma avaliação.
Muitos relatos atribuem aos “profissionais especializados” as intervenções no caso de crianças com TDAH. Por um lado, o diagnóstico, o tratamento medicamentoso e a identificação de comorbidades precisam ser feitos por médicos especialistas, já as avaliações psicológicas e psicoterapias que acompanham o processo diagnóstico e de tratamento devem ser feitas pelos psicólogos. Entretanto, intervenções educacionais que determinem o melhor modo para que o aprendizado possa ocorrer devem ser feitas pelo professor, que conhece a classe, seus alunos com suas necessidades específicas (Carreiro et al., 2007, pág. 50).
O objetivo primordial de uma avaliação ampla envolve, além do objetivo central de determinar a presença ou ausência do TDAH, outros pontos importantes, como investigar as condições acadêmicas, psicológicas, familiares e sociais para se delinear um plano de intervenção adequado para tratamento do quadro (Calegaro, 2002).
O DSM-5 (2013) subdivide o TDAH em três subtipos e em três níveis de gravidade. Em relação aos tipos temos: Apresentação combinada: se tanto o critério A1 (desatenção) quanto o critério A2 (hiperatividade-impulsividade) são preenchidos nos últimos seis meses. Apresentação predominantemente desatenta: se o critério A1 (desatenção) é preenchido, mas o critério A2 (hiperatividade-impulsividade) não é preenchido nos últimos seis meses. Apresentação predominantemente hiperativa-impulsiva: se o critério A2 (hiperatividade-impulsividade) é preenchido mas o critério A1 (desatenção) não é preenchido nos últimos seis meses.
Mães de crianças com TDAH, apesar de não gostarem de dar um medicamento psicotrópico para o filho, o fazem, primeiramente, por ser uma recomendação médica, portanto, indiscutível. Em segundo lugar, existe uma pressão por parte da escola para que essa criança receba uma avaliação e um acompanhamento médicos. Por fim, existe ainda uma preocupação da adequação de seus filhos na sociedade, para que eles possam ter as mesmas oportunidades que os demais (Brzozowski, 2009).
O tratamento do TDAH, no âmbito da medicina, é descrito como multimodal, englobando intervenção medicamentosa, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao paciente. Intervenções farmacológicas e psicoterápicas atuam, basicamente, no controle dos impulsos e na adaptação escolar e social, uma vez que não há, até o momento, do ponto de vista médico, cura para o transtorno (Brandão, 2011, p.45).
Nos últimos anos houve uma expansão do interesse em intervenções não farmacológicas para TDAH (Barenberg; Berse; Dutke, 2011).
Neste sentido, alguns trabalhos tem sido realizados propondo intervenções motoras em crianças com TDAH como, por exemplo, no estudo de Poeta e Rosa Neto, (2005) no qual verificaram melhoras dos aspectos de motricidade fina, equilíbrio, esquema corporal e na organização temporal. Os mesmos autores afirmam ainda que “apesar das limitações, estes resultados tem poder para justificar a relevância de programas de intervenção motora que permitam diminuir alguns dos sintomas característicos do TDAH” (Poeta; Rosa Neto, 2005, p.8).
Dada importância do papel do professor para intervenção e indicação de criança scom TDAH, começaram a surgir os seguintes questionamentos: Qual o conhecimento dos professores sobre o TDAH? Será que os professores acreditam que a atividade física pode contribuir para a redução da severidade dos sintomas? Qual a opinião sobre a prescrição de medicamentos em crianças com TDAH.
Pesquisa realizada por Carreiro et al. (2007) com 31 professores de escolas públicas e particulares de São Paulo, sobre os conhecimentos e ideias associadas ao TDAH, constataram que existe uma carência de informações dos professores (tanto das escolas públicas quanto das privadas) a respeito do transtorno, bem como a falta de métodos ou estratégias específicas para a inclusão dessas crianças no processo educacional.
Objetivo Geral
Em função disto o objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a opinião dos educadores sobre a relação entre atividade física, medicação e TDAH.
Objetivo Específico
Verificar se acreditam que a atividade física e as atividades extracurriculares podem contribuir como fator de redução da severidade dos sintomas para crianças com TDAH.
Verificar a opinião dos educadores sobre a substituição da medicação pelo esporte em crianças com TDAH.
Método
Foram participantes da pesquisa 17 professores, da cidade de São Paulo, escolhidos intencionalmente e por acessibilidade em dois colégios particulares e em um curso de pós graduação, sendo que 12 atuam no ensino fundamental I, 3 atuam na educação infantil e 5 atuam na educação infantil e no ensino fundamental I. Desta amostra 82% dos professores tem pós-graduação e 81% já tiveram contato com crianças diagnosticadas com TDAH.
Os participantes responderam a sete perguntas (ver Tabela 1) na Escala de Likert sobre TDAH retiradas de estudo feito pela ABDA (Gomes, et al. 2007), sendo (1) Não concordo totalmente, (2) Não concordo parcialmente, (3) Indiferente, (4) Concordo parcialmente e (5) Concordo totalmente.
O presente trabalho foi realizado como PIBIC com apoio da Universidade Presbiteriana Mackenzie e faz parte de um projeto maior “Conhecimento dos educadores sobre o transtorno de deficit de atenção com hiperatividade (TDAH)” que foi aprovado pela Comissão Interna de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie, CAAE 50353415.0.0000.0084 parecer número CEP n° 1.317.005 de 10/11/2015 de acordo com a resolução CNS 196/96 sendo que os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
Resultados e discussão
A análise das sete perguntas na escala de likert nos permitiu montar a tabla abaixo com as médias, desvios padrões e mediana para cada afirmação.
Tabela 1. Opinião dos professores sobre TDAH (elaborada pelos autores com base nos dados da pesquisa)
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Média |
Desvio Padrão |
Mediana |
Q1 |
Toda criança com TDAH é excessivamente agitada |
2 |
1,34 |
1 |
Q2 |
Você acredita que atividades extracurriculares podem contribuir na redução da severidade |
3,57 |
0,98 |
4 |
Q3 |
Você acredita que atividades ligadas ao movimento podem contribuir na redução da severidade |
4,10 |
0,70 |
4 |
Q4 |
É melhor para a criança com TDAH praticar esporte do que tomar medicação |
2,86 |
1,56 |
3 |
Q5 |
A prática de esportes substitui o tratamento com medicamentos |
3,57 |
1,30 |
2 |
Q6 |
Você acredita que é necessária a prescrição de medicação para a redução da severidade |
4,05 |
0,92 |
4 |
Q7 |
TDAH é uma doença e deve ser tratada com medicamento |
3,10 |
1,14 |
4 |
Em relação às características da criança com TDAH (Questão 1) os participantes não não concordam totalmente (mediana 1) com a afirmação de que toda a criança com TDAH é excesivamente agitada o que está correto pois nem sempre a manifestação do TDAH ocorre apenas pela agitação.
Em relação à redução na severidade dos sintomas seja por atividades extracurriculares, seja por atividades ligadas ao movimento, (Questões 2 e 3) a mediana 4 indica que os sujeitos concordam parcialmente.
Barenberg, Berse, Dutke (2011) e Best (2010) apontam que o exercício físico pode ser utilizado como uma grande ferramenta auxiliar no curso do tratamento.
Para uma melhor otimização dos benefícios da prática esportiva, é muito importante ter cuidado sobre a escolha da atividade física a ser realizada. A modalidade eportiva que trará maiores benefícios para a criança, tanto física, como psicologicamente é aquela que ela mais se identificar e mais gostar. Dessa forma, ressalta-se o papel do protagonismo da escolha da criança.
Silva et al. (2015) verificaram um desempenho 30% melhor em testes de atenção de um grupo de sujeitos entre 10 e 16 anos com TDAH em relação ao grupo com TDAH em teste de atenção em computador após se exercitarem por 5 minutos de forma intensa.
Ziereis e Jansen (2015) dividiram 43 crianças com TDAH em três grupos e submeteram a duas intervenções diferentes durante 12 semanas sendo os grupos experimentais (GE1, n = 13; EG2, n = 14) e um grupo controle de lista de espera (GC, n = 16). Os participantes em EG1 participaram de uma formação que se centrou na capacidade manipulação de bola, equilíbrio e destreza manual. Os participantes no grupo EG2 foram treinados em esportes sem um foco específico. As crianças do grupo GC receberam nenhuma intervenção. Várias medidas do EG1 e EG2s significativamente melhoraram ao longo do tempo. Além disso, entre comparações entre os grupos demonstraram melhorias significativas em ambos EG1 e EG2 comparado ao GC em variáveis de avaliação do desempenho memoria de trabalho e desempenho do motor. Estes resultados suportam a hipótese de que a atividade física tem um efeito positivo sobre as funções executivas de crianças com TDAH, independentemente da especificidade da atividade física.
No esporte, deve-se sempre instruir as crianças a verem o sucesso como a superação de suas próprias metas, realidade, limites e não meramente como vitórias em competições. Deve-se sempre orientar a comparação em relação ao melhor que poderia ter feito e não com performances de outras pessoas (Weinberg; Gould, 2001).
Quanto à substituição da medicação pela prática esportiva ou se seria melhor para a criança praticar esporte do que tomar medicação (Questões 4 e 5) os participantes também não concordam parcialmente mediana 2 e acham ser indiferente mediana 3 respectivamente. Estas respostas são contraditórias em relação às respostas das questões anteriores (Questões 2 e 3) que sinalizaram mediana 4 concordo parcialmente.
Este resultado difere da pesquisa de Gomes et al. (2007) na qual dos educadores ouvidos por telefone, 50% acreditam que TDAH e fruto de pais ausentes e que tratamento psicoterápico basta e que os esportes substituem os medicamentos.
As questões relacionadas à medicalização, (Questão 6) Você acredita que é necessária a prescrição de medicação para a redução da severidade e (Questão 7) TDAH é uma doença e deve ser tratada com medicamento sinalizaram mediana 4 o que indica que os ´participantes concordam parcialmente com a utilização de medicamentos para o tratamento das crianças com TDAH.
Este resultado é um indicativo da aceitação dos professores da terapia medicamentosa podendo gerar uma desconsideração de outras perspectivas como a terapia comportamental ou as atividades físicas e esportivas.
Rotta et al (2006) aponta que, com o diagnóstico de TDAH, deve-se deixar bem claro que se trata de um problema crônico e que o objetivo do tratamento não é curá-lo, mas viabilizar um comportamento funcional satisfatório na família, na escola e na sociedade. Além disso, “não há uma única abordagem terapêutica que seja comum a todos os casos. O tratamento deve ser planejado individualmente. O manejo no caso do TDAH é dividido em quatro importantes itens: modificação do comportamento; ajustamento acadêmico; atendimento psicoterápico; terapia farmacológica” (Rotta et al., 2006, p. 309).
De acordo com Rotta et al (2006), a terapia farmacológica mais indicada é um fármaco psicoestimulante, com destaque para o metilfenidato, que é o mais usado no Brasil e no mundo para as situações diagnosticadas como TDAH. O fármaco estimulante tem efeito predominantemente sobre o sistema reticular ativador ascendente e a corticalidade cerebral. Sua ação aumenta as catecolaminas na fenda sináptica (dopamina e norepinefrina); diminui a impulsividade e a atividade motora; aumenta a vigilância; melhora a memória recente, o que repercute positivamente no tempo de reação, no aprendizado verbal e não verbal; melhora a performance acadêmica e social; permite melhores condições para a intervenções terapêuticas.
Essa prática de medicar um número cada vez maior de crianças tem como objetivo tratar sintomas, sem considerar o contexto em que essas crianças vivem e suas individualidades (Guarido, 2010). A efetividade de uma resposta rápida para o problema, principalmente nos casos em que serão prescritas medidas farmacológicas, faz que a prática dos encaminhamentos seja cada vez mais comum entre os professores (Brzozowski, 2009).
Conclusões
Os resultados desta pesquisa nos permitiram conhecer a opinião dos educadores sobre diversos aspectos.
Este grupo pesquisado não acredita que a medicação possa ser substituída pelo esporte em crianças com TDAH, o que contraria as pesquisas mais recentes, em algunas casos. Por outro lado acreditarem que as atividades extracurriculares podem contribuir como fator de redução da severidade dos sintomas para crianças com TDAH.
Com os estudos realizados nesse trabalho, pôde-se refletir acerca de alguns aspectos importantes referentes à medicalização da educação. Um destes aspectos, que foi uma das principais preocupações iniciais, era o consumo crescente de medicamentos psicoterápicos, como o metilfenidato, no Brasil.
Não se pretende afirmar, aqui, que os medicamentos são nocivos e não devem ser utilizados, e sim promover uma reflexão para que se estude mais sobre o assunto. É importante que se conheça os efeitos que o uso prolongado do metilfenidato causa no organismo das crianças.
Olhando-se a situação por esses dois aspectos, cabe aos profissionais que atuam na escola saber investigar e avaliar cada caso e verificar se é possível promover a aprendizagem do aluno através de estratégias criadas na própria escola, em conjunto (professores, equipe diretiva, aluno e família), pensando-se em utilização de diferentes metodologias e estratégias de ensino no ambiente escolar assim como propondo a busca por tratamentos não medicamentosoa.
Este estudo não pretendeu esgotar a discussão sobre uma temática tão atual quanto polêmica e recomenda que novos estudos com um número maior de professores seja realizada.
Bibliografia
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