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Percepção de usuários da atenção básica acerca da produção do cuidado

Perception of users of primary care about healthcare production

La percepción de los usuarios de atención básica sobre la producción del cuidado

 

*Enfermeira, mestranda do Programa de Mestrado em Promoção

da Saúde do Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP/SP

**Enfermeira, mestre em Saúde Coletiva, docente do curso

de Enfermagem da Faculdade Adventista da Bahia - FADBA

***Enfermeira, doutora em ciências, docente do Programa de Mestrado em 

Promoção da Saúde no Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP/SP

Daniela da Cunha dos Santos*

Dayse Mota Rosa Pinto**

Gina Andrade Abdala***

Maria Dyrce Dias Meira***

dani.efmg@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Objetivo: Analisar a produção do cuidado multiprofissional na Estratégia Saúde da Família na perspectiva dos usuários. Método: Estudo transversal desenvolvido em abordagem quantitativa, amostra de conveniência constituída por 40 usuários da Atenção Básica. Aplicou-se questionário semiestruturado cujos dados foram submetidos à análise inferencial segundo Bardin. Resultados: Verificou-se que 75% dos usuários percebiam um atendimento resolutivo, enquanto 72% referiram um bom relacionamento com os profissionais. Entre as facilidades destacaram a proximidade de suas residências, disponibilidade de vacinas e ações educativas, enquanto as dificuldades relatadas foram a falta de médicos e a demora para marcar consultas e exames para diagnósticos. Conclusão: A maioria dos participantes estava satisfeita com a produção do cuidado. Contudo, ressalta-se que deveria haver maior comprometimento dos profissionais de saúde em buscar a efetividade das ações continuamente para se promover a integralidade do cuidado em saúde.

          Unitermos: Estratégia de saúde da família. Cuidados de saúde. Atenção primária à saúde.

 

Abstract

          Objective: To analyze the production of multidisciplinary care in the Family Health Strategy from the perspective of users. Methods: Cross-sectional study developed with a quantitative approach, convenience sample of 40 users of primary care. Applied semi-structured questionnaire and data were submitted to inferential analysis according to Bardin. Results: It was found that 75% of users perceived a terminating service, while 72% reported a good relationship with professionals. Among the facilities they highlighted the proximity of their homes, availability of vaccines and educational activities, while the reported difficulties were lack of doctors and the delay to make an appointments and diagnostic test. Conclusion: Most participants were satisfied with the care production. However, it is emphasized that there should be greater involvement of health professionals to seek the effectiveness of actions continuously to promote completeness of health care.

          Keywords: Family health strategy. Health care. Primary health care.

 

Recepção: 27/11/2015 - Aceitação: 20/09/2016

 

1ª Revisão: 07/09/2016 - 2ª Revisão: 16/09/2016

 

 
Lecturas: Educación Física y Deportes (EFDeportes.com), Revista Digital. Buenos Aires, Año 21, Nº 220, Septiembre de 2016. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    É de suma importância esclarecer aos usuários da Estratégia Saúde da Família (ESF) que eles têm grande responsabilidade com relação à oferta do cuidado prestado pelos profissionais da Atenção Básica. Hoje, percebe-se que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) têm percepção clara sobre normas, direitos e deveres que a ESF tem para com eles. Também, a maioria desses temas são tratados de forma aberta para todos os brasileiros, e eles já estão cientes sobre o que acontece e o que deixou de acontecer principalmente nas redes de serviços públicos (Martins, Garcia y Passos, 2008).

    Por isso, torna-se fundamental que todos os profissionais da ESF tenham conhecimentos suficientes sobre a estrutura funcional dos serviços que devem ser oferecidos na atenção primária, de modo a contemplar as demandas de saúde dos moradores de sua área de abrangência.

    Reconhecem-se as fragilidades enfrentadas com relação a manutenção dos serviços da ESF, que podem ser atribuídas a falhas por parte dos gestores, e que levam a insatisfação por parte dos usuários da Unidade de Saúde da Família (USF) afetando as condições de saúde do indivíduo, da família e da comunidade. A despeito dessas fragilidades, Henrique e Calvo (2009) comprovaram que em alguns municípios menores do Brasil, a exemplo de Santa Catarina, as USFs funcionavam muito bem e apresentavam ótimos resultados, com redução de gastos com as internações hospitalares.

    Paiva e Teixeira (2013) afirmam que a partir do movimento sanitário foi possível construir uma saúde democrática, pois a partir daí foi possível definir diretrizes fundamentais para mudar a política e os padrões assistenciais dos serviços de saúde. Os profissionais de saúde tiveram a oportunidade de ter participação ativa, tendo como principal conquista o fato da saúde passar a ser considerada como “direito de todos e dever do Estado”. Com a criação do SUS, estabeleceram-se princípios e diretrizes que constituem desafios permanentes para que sejam consolidados e que se fundamentam na universalidade, equidade, integralidade descentralização e comando único, regionalização e hierarquização e também na participação popular.

    Entre os avanços do SUS destaca-se a implantação da ESF que trouxe em seu bojo o intuito de prestar cuidado humanizado para promoção, prevenção e recuperação da saúde, de forma geral e contínua para melhoria do estado de saúde da população por meio de um modelo assistencial de atenção (Besen, Souza Netto, Ros, Silva, Silva y Pires, 2007; Lentsck, Kluthcovsky y Kluthcovsky, 2010).

    O Ministério da Saúde (MS) preconiza que a equipe da ESF deve ser composta pelo menos por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 4-6 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Em alguns lugares já existe a equipe de saúde bucal (um dentista, um técnico e um atendente) (Brasil, 2001; Oliveira y Spiri, 2006).

    Segundo o Ministério da Saúde (Brasil, 2001), a ESF é uma política que atua para elaborar estratégias específicas de vigilância, promoção e prevenção da saúde, conforme a necessidade das pessoas, e todas as atividades executadas são dirigidas aos usuários em todas as fases da vida. As principais atividades da ESF visam: saúde da criança, da mulher e do recém-nascido; prevenção e controle da hipertensão arterial; controle do diabetes mellitus; controle da tuberculose e controle da hanseníase.

    Envolver os usuários na definição de prioridades em saúde facilita a identificação e resolução das necessidades de saúde. Nesse sentido, os profissionais de saúde não estarão preocupados em apenas oferecer práticas curativas, mas compreenderão as necessidades de saúde do indivíduo de forma holística, investigando-as a partir do conhecimento dos hábitos de vida das famílias (Campos y Wendhausen, 2007; Besen, Souza Netto, Ros, Silva, Silva y Pires, 2007).

    A forma como a equipe de determinada USF presta o cuidado reflete os avanços resultantes da política de promoção da saúde ali implementadas. Nessa direção, preconiza-se que os usuários da ESF são capazes de avaliar os serviços de saúde a que tem direito por estarem vinculados a estes serviços.

    O êxito que tem sido alcançado na ESF, bem como, as carências que ainda existem em alguns lugares, motivaram as autoras a realizar este estudo, entendendo que analisar a produção do cuidado na ESF, sob o ponto de vista dos usuários, poderá contribuir para melhorar a qualidade dos serviços prestados.

    Refletir sobre a produção do cuidado em saúde requer que se analise as bases do sistema de saúde brasileiro, bem como a trajetória trilhada por atores de diversos setores sociais no sentido de construir um sistema que atenda os principais problemas de saúde da população brasileira.

    Assim, este estudo objetivou “analisar a produção do cuidado em saúde na Estratégia Saúde da Família na perspectiva dos usuários”, possibilitando uma reflexão acerca das fragilidades observadas nas práticas desenvolvidas no cotidiano das USFs, com vistas a atender de forma eficaz as reais necessidades da população atendida.

Métodos

    Estudo descritivo, de corte transversal com abordagem quantitativa. A população foi composta por 40 usuários da ESF de uma USF do Recôncavo Baiano - BA - Brasil, tanto do sexo masculino como do sexo feminino, sendo que a escolha se deu de forma aleatória, sendo incluídos apenas os participantes com faixa etária a partir de 18 anos.

    Utilizou-se para a coleta de dados, parte de um instrumento do “Primary Care Assesmen Toll”, questionário adaptado e validado no Brasil por Harzheim, Starfield, Rajmil, Dardet y Stein (2006) para avaliar a produção do cuidado na Estratégia de Saúde da Família. Para obtenção dos dados, os usuários participantes estiveram cientes de todos os procedimentos previstos e manifestaram sua concordância mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Adventista da Bahia (CAAE 00799312.6.0000.0042), tendo seguido todas as recomendações da resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde (Brasil, 2012).

    Os dados foram tratados segundo a análise de conteúdo de Bardin, que pressupõe um conjunto de técnicas de análise de comunicações, objetivando a compreensão crítica e que permite ultrapassar incertezas e enriquecer a leitura a partir dos dados. Utilizou-se a técnica de análise inferencial que se destaca pela potencialidade, validade e confiabilidade que são características essenciais para legitimação da pesquisa científica. A análise ocorre a partir da condensação dos dados e o destaque das informações que serão analisadas, consistindo então o momento em que ocorre a análise reflexiva e crítica (Bardin, 2011).

    Com base na análise inferencial os dados foram submetidos a um processo de codificação e análise por medida de frequência simples e a categorização por semelhança. Buscou-se assim identificar as potencialidades e lacunas das práticas da produção do cuidado em saúde, com vistas à construção do conhecimento acadêmico que pudesse subsidiar a formulação de estratégias que venha a atender às necessidades de saúde dos indivíduos (Bardin, 2011).

Resultados e discussão

    Dos pacientes atendidos na USF estudada, 92,5% eram do sexo feminino e casadas; 37,5% estavam na faixa etária entre 30-39 anos e 27,5% tinham mais de 60 anos e 35% variavam entre 18 e 59 anos. Com relação ao Nível de Escolaridade, verificou-se que 60% dos entrevistados possuíam o ensino básico, 20% eram analfabetos e 20% cursaram o ensino superior completo. Em relação à ocupação profissional, 75% estão empregados, 20% são aposentados e 5% estão desempregados. Quanto à renda mensal, 47,5% ganhavam por mês 1/2 a 1 salário mínimo enquanto 25% possuem de 2 a 5 salários mínimos e 92,5% dos participantes moravam em casas de alvenaria.

    Oliveira e Pinto (2007) verificaram que as condições socioeconômicas das famílias residentes nos municípios de Ribeirão Preto-SP também são precárias. Existe um grande número de pessoas não alfabetizadas ou com o ensino médio incompleto, e isto dificulta às orientações quanto à educação em saúde daquela população. Salientaram a necessidade dos profissionais continuarem a realização de ações de educação em saúde, considerando a como cada população entende determinados assuntos, para que de alguma forma eles sejam beneficiados no seu tratamento ou na promoção da saúde.

    Dos participantes, 50% frequentavam a USF desde que a mesma foi fundada, sendo que as crianças e os idosos eram os que mais utilizavam os serviços. Entre os usuários, 60% relataram que os profissionais de saúde da unidade demonstravam capacidade para resolver a maioria de seus problemas; 75% dos entrevistados recomendariam a USF a um amigo e 72,5% acreditavam que os profissionais da unidade se relacionavam bem com a comunidade. Preconiza-se que o principal objetivo da equipe multiprofissional de saúde que atua na ESF é o de conhecer bem as famílias residentes em seu território de abrangência para identificar os problemas de saúde e as situações de risco que existem na comunidade (Escorel, Giovanella, Helena, Mendonça y Senna, 2007).

    Ressalta-se que, além da equipe de saúde ter que trabalhar em união, torna-se necessário alcançar as pessoas em qualquer lugar, principalmente as que estão debilitadas e que não possuem condições para se deslocarem até a USF, mesmo sendo próximas de sua moradia, necessitando de acompanhamento contínuo, não apenas dos ACSs, mas principalmente do médico e do enfermeiro.

    Os motivos principais pelo quais os participantes procuravam a USF eram porque elas estavam localizadas “mais perto de sua residência” e “não precisavam pagar”. De acordo com Zorowich (2007), o SUS possui infra-estrutura que é composta por vários órgãos públicos que deve exercer saúde pública integral e gratuita. Atualmente as equipes de USF já existem em vários municípios no Brasil, ultrapassando as 26.259 equipes, propiciando a oportunidade das pessoas terem assistência à sua saúde o mais próximo possível de sua residência (Souza y Mercán-Hamann-I, 2009).

    Escorel, Giovanella, Helena, Mendonça e Senna (2007) reforçaram a ideia de que a USF deve ser acessível à população adscrita, eliminando as barreiras financeiras, geográficas, temporais e culturais; estes autores deduziram que de um modo geral, 90% das famílias brasileiras conhecem o local da USF e conseguem deslocar até ela a pé afirmando ser fácil chegar lá.

    Dos participantes, apenas 35% informaram que eram recebidos pelo nome quando chegavam à unidade de saúde, enquanto 67,5% eram cumprimentados e 42,5% relataram que os profissionais de saúde procuravam saber qual era o seu problema de saúde e tentavam resolvê-lo. Nesta direção, Camargo Junior (2008) ressaltaram que a formação de vínculo é a ferramenta que favorece a relação entre a equipe de saúde e o usuário, pois traz êxito durante as ações do cuidado à saúde, favorecendo a participação do usuário durante a prestação de serviço.

    Na maioria das unidades de saúde ainda se torna necessário que a equipe tenha consideração e dê mais apoio aos usuários da saúde, atendendo melhor suas necessidades individuais e tratando cada um holisticamente. As famílias muitas vezes necessitam apenas de demonstração de amizade, de pessoas sinceras e que inspirem confiança para terem uma boa qualidade de vida. Ressalta-se que alguns usuários não possuem vínculo com a população da comunidade na qual está inserida, então se sugere que é preciso transformar cada população em uma família, levando apoio integral aos usuários, e isto cabe aos profissionais (Rocha, Uchoa, Rocha, Souza, Rocha y Pinheiro, 2008).

    Com relação à satisfação dos usuários durante a consulta ou tratamento, 45% relataram que se sentiam satisfeitos por que seus problemas eram resolvidos; 37,5% se sentiam acolhidos; 65% achavam que eram respeitados e 40% se sentiam tranquilos e seguros durante a assistência prestada. Em um estudo, realizado na cidade de Porto Alegre - RS - Brasil, que objetivou analisar a satisfação dos usuários com relação ao acolhimento, os autores destacaram o bom atendimento pela equipe, a resolução de seus problemas e a agilidade no atendimento (Fertig, Braga y Witt, 2013).

    Em média, 40% dos usuários informaram gastar de 6 a 10 minutos na consulta ou para qualquer outra atividade de saúde na unidade e 47,5% consideravam que os profissionais de saúde da USF conheciam bem sua família. Considera-se que isto influencia na efetividade dos serviços na vida dos usuários, pois quando não se sentem aceitos não se comprometem em manter a frequência e participação em tal serviço. Entre os participantes 42,5% reconheciam que os profissionais de saúde discutiam com suas famílias os aspectos relacionados aos seus problemas de saúde. Martins, Garcia e Passos (2008) também reafirmaram que existe falta de informação e discussão sobre as condições de saúde do doente, devido a equipe multiprofissional da USF ainda não possuir o hábito de discutir os problemas de saúde com o usuário. Os autores esclareceram que esta condição pode interferir, negativamente, no processo saúde-doença.

    Para 55% dos participantes, os profissionais de saúde da unidade identificavam os problemas de saúde mais importantes da comunidade e ponderaram que isto era importante por que facilitava a intervenção da equipe em cada situação.

    Os resultados do presente estudo apontaram ainda que uma das principais dificuldades dos usuários, relativo ao atendimento, era a falta de medicamentos (47,5%) e falta de materiais e equipamentos (45%). Para 40% deles, sempre faltava médico ou outro profissional da unidade. Neste estudo amostral, para 27,5% dos participantes, essas dificuldades eram devido as filas grandes e a necessidade de profissionais especializados para agilizar o tratamento diante da realidade da população. No entanto, o estudo demonstrou que houve uma maior prevalência de facilidades, sendo localização de fácil acesso (82,5%); meios de informação e educação em saúde (47,5%); meios de informação (45%) (Tabela 1).

Tabela 1. Distribuição da frequência de respostas dos participantes

quanto às dificuldades e facilidades (n= 40 participantes)

    Martins, Garcia e Passos (2008) relataram que em relação ao acesso as consultas e encaminhamentos, existem uma grande demanda suprimida com relação ao atendimento. Alegaram que de um modo geral, quase sempre haviam grandes filas e o tempo de espera para consulta variava entre 1 a 7 dias. Em relação aos exames laboratoriais, alguns usuários mencionaram que esperavam até meses para conseguir realizá-los.

    É importante lembrar que todas as equipes das unidades de saúde devem avaliar o processo saúde-doença para desenvolver ações educativas e intersetoriais relacionados aos problemas identificados na população, prestando assim, atenção integral às famílias (Escorel, Giovanella, Helena, Mendonça y Senna, 2007).

    Com a participação dos usuários neste estudo, foi evidenciado que eles tinham o desejo de estar seguros quanto ao atendimento recebido e que eram carentes em relação ao vínculo afetivo por parte dos profissionais. Cabe ressaltar que durante a visita para aplicação dos questionários foi possível perceber que alguns demonstraram tristeza ao fazer referência à falta de conhecimento dos profissionais relativo às questões estruturais relacionadas à saúde as quais estavam expostos. Necessitavam ser vistos e ouvidos e ansiavam se sentir importantes e confiantes de que a equipe de saúde realmente estava preocupada com a sua família.

Conclusão

    A maioria dos participantes estava satisfeita com a produção do cuidado. Contudo, ressalta-se que deveria haver maior comprometimento dos profissionais de saúde em buscar a efetividade das ações continuamente para se promover a integralidade do cuidado em saúde, uma vez que, um percentual pequeno dos participantes apontou a necessidade de melhorar a inter-relação entre profissionais e usuários

    A ESF conquistou muitos avanços e tem contribuído para que o acesso e atendimento as necessidades das pessoas tenham êxito, porém, apesar desses avanços, ainda apresenta dificuldades para superar os desafios que se apresentam continuamente no processo de consolidação, por isto, se faz necessário avaliar continuamente, incluindo os olhares dos diversos atores envolvidos na produção do cuidado, sejam eles usuários, profissionais e gestores.

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