Iniciação e formação esportiva
Iniciación y formación deportiva en las modalidades deportivas colectivas The sports formation and the sports iniciation in team sports |
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*Doutor em Ciências do Movimento Humano Professor dos cursos de Educação Física e Medicina da ULBRA/CANOAS. **Especialista em Psicopedagogia Professor da ULBRA/TORRES Universidade Luterana do Brasil – ULBRA/RS |
Daniel Carlos Garlipp* Luiz Carlos Garlipp** (Brasil) |
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Resumo O esporte é considerado um componente cultural de significativa importância na vida de todos os povos, isso o torna um fenômeno global. Nesse contexto, as modalidades esportivas coletivas ocupam um lugar importante no quadro da cultura esportiva contemporânea, dado que, na sua expressão multitudinária, não são apenas um espetáculo esportivo, mas também um meio de educação. Assim, esse artigo teve como objetivo revisar a temática da iniciação esportiva nas modalidades esportivas coletivas, além de identificar as principais propostas de formação esportiva no Brasil. A iniciação é o primeiro passo na formação esportiva, onde se procura ensinar os aspectos básicos de uma ou mais modalidades e promover as primeiras adaptações no indivíduo para que ele possa responder aos novos estímulos. Na teoria do treinamento, essa temática tem sido abordada a partir de dois conceitos: treinabilidade e período crítico ou sensível. A formação esportiva no Brasil tem sido sugerida por seus autores a partir de fases. Essas fases, de uma forma geral, obedecem a um aumento da complexidade e exigências. Alguns autores classificam as fases a partir da idade cronológica, enquanto outros levam em consideração a bagagem cultural do aprendiz. Conclui-se, então, que a iniciação esportiva é algo bastante relevante no intuito do desenvolvimento amplo do ser humano, sendo a mesma apresentada por uma divisão etária, exigindo assim do professor/treinador o estabelecimento de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliações diferenciadas. Unitermos: Esportes. Criança. Adolescente.
Abstract The sport is considered a cultural component of significant importance in the lives of all people, making it a global phenomenon. In this context, the team sports an important role in the context of contemporary sports culture, in its multitudinous expression, are not just a sporting spectacle, but also a means of education. The aim of this article reviews the issue of sports initiation in collective sports, as well as identifying the main proposals of sports training in Brazil. Initiation is the first step in sports training, which seeks to teach the basics of one or more modalities and promote the first adaptations in the persons so that he can respond to new stimuli. In theory training studies, this issue has been addressed from two concepts: trainability and critical or sensitive period. The sports training in Brazil has been suggested by authors from phases. These phases, in general, obey to increased complexity and requirements. Some authors classify phases from the chronological age, while others take into account the cultural background of the learner. In conclusion the sport initiation is something quite relevant in the broad development objective of the human being, being the same age presented by division, thus requiring teacher/coach setting objectives, contents, methodologies and different assessments. Keywords: Sports. Child. Adolescent.
Recepção: 03/02/2016 - Aceitação: 22/07/2016
1ª Revisão: 06/07/2016 - 2ª Revisão: 18/07/2016
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 21 - Nº 218 - Julio de 2016. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O esporte é considerado um componente cultural de significativa importância na vida de todos os povos, o que o torna um fenômeno global. Segundo Bento (1999), o esporte deve ser compreendido a partir de um sentido plural. Em outras palavras, o esporte é um fenômeno com várias formas e distintos significados: esporte de excelência, de lazer, escolar, de reeducação e reabilitação (Gaya e Torres, 2004).
Nesse contexto, as modalidades esportivas coletivas (MEC) ocupam um lugar importante no quadro da cultura esportiva contemporânea, dado que, na sua expressão multitudinária, não são apenas um espetáculo esportivo, mas também um meio de educação (Garganta, 1998), em que as relações existentes dentro de um grupo não podem ser representadas pela soma dos valores e talentos individuais (Menezes, 2012). Fator relevante das MEC é a variabilidade das situações de jogo: (1) a velocidade com que as informações devem ser processadas; (2) a coerência para as tomadas de decisões; (3) a velocidade na execução das ações motoras e; (4) a complexidade e imprevisibilidade provocada pela combinação desses fatores (Menezes, 2012).
Todavia, embora a complexidade dos processos de ensino, aprendizagem e treinamento dessas competências, no âmbito do esporte para crianças e jovens é recorrente a utilização de exercícios próprios de equipes de alto rendimento (Hirama, 2014). Exercícios para atletas de alto rendimento repetidos para crianças e adolescentes, tantas vezes sem qualquer adaptação didática à aprendizagem e o aperfeiçoamento integral de seus alunos.
Daolio (2002) têm apontado que os jogos esportivos coletivos não são apenas transmissão de técnicas (o passe, o drible, a recepção), mas sim o momento de desenvolver nos alunos disponibilidades motoras e mentais, que ultrapassem o ensino de gestos, assimilação de regras de ação do jogo e formas de comunicação entre os jogadores. Costa e Nascimento (2004) ressaltam que um dos principais problemas encontrados, principalmente no ensino das modalidades esportivas coletivas, é a forma tradicional de inspiração mecanicista com a qual elas são abordadas metodologicamente. São ações mecânicas e repetitivas do movimento, eventualmente carentes de reflexão sobre as ações táticas do jogo (Scaglia et al., 2014).
Nesse sentido, parece evidente que para além do processo ensino-aprendizagem-treinamento que melhor se adapta às necessidades das crianças e jovens, existe, também, uma falta de compreensão sobre a adequação da prática esportiva aos estágios de desenvolvimento e características psicomotoras desses indivíduos. Além disso, existem dúvidas sobre as idades em que as crianças e jovens estariam preparados para serem iniciados numa prática esportiva sistemática e, de que forma, essa inserção deveria ocorrer. Segundo Silva, Fernandes e Celani (2001) é imprescindível diferenciar os objetivos, os conteúdos e os processos de treinamento entre jovens e adultos, tendo em vista as características e particularidades determinadas pelo nível de desenvolvimento físico, psíquico e afetivo relacionados aos estágios de crescimento e desenvolvimento humanos.
Sendo assim, sabendo que o esporte contribui para o desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo e social de crianças e jovens, além de promover um estilo de vida saudável na vida adulta (Fechio et al., 2011), esse artigo teve como objetivo revisar a temática da iniciação esportiva nas modalidades esportivas coletivas, além de identificar as principais propostas de formação esportiva no Brasil.
Iniciação esportiva
A iniciação esportiva é reconhecida mundialmente como um processo cronológico no transcurso do qual um sujeito toma contato com novas experiências regradas sobre uma atividade físico-esportiva (Ramos e Neves, 2008). É um período em que a criança começa a aprender, de forma específica e planejada, a prática esportiva (Santana, 2005). A iniciação é o primeiro passo na formação esportiva, onde se procura ensinar os aspectos básicos de uma ou mais modalidades e promover as primeiras adaptações no indivíduo para que ele possa responder aos novos estímulos (Tsukamoto e Nunomura, 2005). Para Oliveira e Paes (2004) é um período que abrange desde o momento em que as crianças iniciam-se nos esportes até a decisão por praticarem uma modalidade.
Na teoria do treinamento, essa temática tem sido abordada a partir de dois conceitos: treinabilidade e período crítico ou sensível (Silva, Fernandes e Celani, 2001). O primeiro consiste em definir se um gesto se encontra no estágio ideal para ser desenvolvido. Nesse sentido, a criança ou adolescente, dependendo do estágio que se encontra, deveria ter um variado repertório motor e uma atitude positiva para aprender e/ou utilizar suas habilidades. Conforme Lopes e Maia (2000), o grau de treinabilidade é influenciado pelo genótipo, havendo forte interação entre os efeitos do genótipo e os efeitos do envolvimento, o que ocasiona grande variação no grau de sensibilidade ao treino e instrução entre os indivíduos. Quanto ao segundo conceito, esse está vinculado ao momento adequado à produção de determinados efeitos de treino. O período crítico ou sensível é o período de tempo durante o qual um indivíduo é mais suscetível a determinada influência externa (Lopes e Maia, 2000). É o período de tempo em que a aprendizagem de habilidades ou desenvolvimento de aptidões e competências se faz de forma mais facilitada (Ford et al., 2011). Todavia, Philippaerts et al. (2006) alertam para a importância de individualizar a carga de treino durante estes períodos sensíveis, a fim de não acarretar prejuízos ao desenvolvimento motor, emocional e moral dos iniciantes (Cavichiolli et al., 2011). Desta forma, se puderem ser estabelecidos com precisão, podem representar momentos de maior prontidão e elevada sensibilidade aos estímulos do treino e instrução.
Nesse mesmo sentido, Côté et al. (2005) relatam a existência de períodos chave no desenvolvimento desportivo e enfatizam que a participação numa ampla variedade de atividades esportivas colabora com o enriquecimento do repertório motor. Essa diversificação das práticas permite fomentar habilidades, providenciando uma contribuição ativa no que diz respeito ao desenvolvimento psicomotor e multilateral dos aprendizes (Leite et al., 2009). Este tipo de abordagem multilateral facilita o desenvolvimento da motivação intrínseca, a qual está relacionada com a longevidade desportiva e proporciona estímulos diversos que permitem uma aquisição motora geral (Baker et al., 2003; Baker et al., 2006).
Para Ré (2011), a existência de períodos críticos é defendida devido ao rápido desenvolvimento neurológico e maior plasticidade neural durante a infância, o que facilitaria a aquisição das habilidades motoras. Essa argumentação está baseada no fato de que as diferentes experiências durante a infância causa alterações na arquitetura dos circuitos neurais, facilitado pela maior plasticidade do mesmo, fazendo com que os padrões de conexão tornem-se mais estáveis e fortalecidos (Hernandez e Li, 2007; Yarrow, Brown e Krakauer, 2009). Desta forma, torna-se imperioso que até os 10 anos de idade aproximadamente, a criança apresente um amplo domínio das habilidades motoras fundamentais.
Quando nos reportamos à iniciação esportiva, devemos considerar a fase na qual o aprendiz se encontra e também viabilizar o ensino dos conteúdos da modalidade a partir de jogos e brincadeiras que motivem a sua continuidade no esporte (Menezes, Marques e Nunomura, 2014).
Etapas da formação esportiva
A formação esportiva no Brasil tem sido sugerida por seus autores a partir de fases. Essas fases, de uma forma geral, obedecem a um aumento da complexidade e exigências. Autores como Almeida (2005), Arena e Bohme (2000), Paes (2001) e Greco e Benda (2001) classificam as fases a partir da idade cronológica. Já Freire (2003) prefere levar em consideração a bagagem cultural do aprendiz.
Nesse sentido, Almeida (2005) defende que a iniciação esportiva deve ser dividida em três fases: a primeira chamada de iniciação esportiva deve ocorrer entre os 8 e 9 anos de idade. Tem como objetivo a aquisição de habilidades motoras e destrezas específicas e globais, realizada através de formas básicas de movimento e de jogos pré-esportivos. A segunda fase chamada de aperfeiçoamento esportivo, deve ocorrer entre os 10 e os 11 anos de idade. Tem como objetivo introduzir os elementos técnicos fundamentais, táticas gerais e regras através de jogos educativos e atividades esportivas com regras. Já a terceira e última fase, deve ocorrer entre os 12 e 13 anos de idade. O objetivo é o aperfeiçoamento das técnicas individuais, dos sistemas táticos, além da aquisição das qualidades físicas necessárias à prática dos esportes.
Arena e Bohme (2000) desenvolveram sua proposta no sentido de alertar sobre os problemas que podem advir de uma especialização precoce. Desta forma, consideram que o processo de treinamento seja realizado através de uma preparação planejada e sistematizada. Segundo as autoras supracitadas, isso deve ocorrer em três fases: 1) Iniciação e formação básica geral (12-13 anos); 2) Treinamento específico – período destinado ao aprimoramento dos gestos específicos da modalidade. Início da organização e sistematização do treinamento (a partir dos 13 anos); 3) Treinamento de alto-rendimento. Estabilização das capacidades coordenativas com o aumento otimizado das capacidades condicionais (a partir dos 17-18 anos de idade).
Paes (2001) centra a atenção nas aulas de Educação Física. Essa proposta de iniciação esportiva apresenta um caráter multidisciplinar e está dividida nas quatro fases: 1) Compreende os alunos de 07 e 08 anos de idade. O trabalho enfatiza o domínio corporal e a manipulação de bolas e objetos; 2) Alunos com idades entre 09 e 10 anos. Aumento do trabalho com bola. As habilidades a serem desenvolvidas mais especificamente durante essa fase seriam os passes, as recepções e os dribles; 3) Entre os 11 e os 12 anos de idade. O trabalho é centrado nos fundamentos básicos das principais modalidades esportivas e nas finalizações em geral; 4) Última fase, com os alunos entre 13 e 14 anos de idade. Trabalhar o jogo e os sistemas ofensivos e defensivos.
Também Greco e Benda (2001) dividem o processo de ensino-aprendizagem-treinamento a longo prazo em fases. Cada fase possui referências etárias e conteúdo específicos que devem ser trabalhados em função das características do praticante e da tarefa, sendo que o processo é dividido em nove fases:
Fase pré-escolar (4 a 6 anos): vivência diversificada de movimentos, a fim de desenvolver um repertório motor extenso que será aproveitado nas outras fases;
Fase universal (6 a 12 anos): é a maior e mais importante fase. Voltada a uma preparação geral, a fim de criar uma base ampla e variada de movimentos que ressaltam o aspecto lúdico. Deve-se estimular o desenvolvimento da imagem corporal, a bagagem coordenativa, a percepção sensorial e especial;
Fase de orientação (12 a 14 anos): ocorre a automatização de grande parte dos movimentos trabalhados na fase anterior, liberando a cognição para a realização de movimentos concomitantes;
Fase de direção (14 a 16 anos): vivência de duas ou três modalidades esportivas diferentes, porém complementares em um sentido psicomotor. Início do aperfeiçoamento e especialização de técnicas específicas para cada modalidade esportiva;
Fase de especialização (16 a 18 anos): concretização da especialização da modalidade escolhida, com otimização e aperfeiçoamento dos conhecimentos técnico e tático. Também deve ser iniciado um árduo processo de estabilização das capacidades psíquicas pois esse deve ser o primeiro momento de preparação para o alto rendimento, aumentando de maneira significativa a participação em competições;
Fase de aproximação/integração (18 a 21 anos): transição do jovem para uma possível carreira esportiva. Último degrau antes do treinamento de alto rendimento;
Fase de alto nível (a partir dos 21 anos): máximo do desempenho esportivo;
Fase de readaptação: não possuí uma determinada faixa etária de trabalho. Seu objetivo central é destreinar de maneira saudável um atleta que por qualquer motivo tenha deixado de seguir no treinamento de alto nível;
Fase de recreação e saúde: essa fase da iniciação esportiva é para pessoas com mais de 16 anos que optem por ter o esporte em um nível de menor comprometimento em suas vidas. Participação de programas de atividade física que assegurem os efeitos positivos na manutenção da função fisiológica.
A proposta de Freire (2006) é específica para o Futebol e é dividida em seis fases. A primeira compreende crianças entre os 06 a 07 anos de idade. Nessa fase, o importante é o brincar, todavia já deve haver um conceito de regras a fim de que as mesmas possam assimilar, conhecer e obedecer as regras. Na segunda fase (7 aos 9 anos), o número de brincadeiras diminui e o número e complexidade de regras aumenta. Na terceira fase, com crianças entre os 9 e os 11 anos, através de atividades lúdicas, inicia-se o rodízio de posições para que os alunos experimentem todas as posições no campo de jogo. Dos 11 aos 13 anos, durante a quarta fase, introduz-se o conceito de táticas e o rodízio de posições deve ser ainda trabalhado. Na quinta fase (13 aos 15 anos), início da preparação física e conceitos de ataque-defesa e defesa-ataque. Na última fase (15 aos 16 anos) se deve trabalhar os conceitos de tática, além de intensificar a preparação física e o aprimoramento técnico.
Também Filgueira e Greco (2008), ao analisar o comportamento de uma equipe em um jogo de futebol, observaram uma cadeia de ações inteligentes, que voltadas ao planejamento tático coletivo (sistema de jogo), obedecem às seguintes fases: 5 a 8 anos – fase recreativa, 9 a 12 anos – fase recreacional e 13 a 18 anos – fase educacional e específica.
Para Scaglia et al. (2014), um currículo de formação para o processo de ensino dos jogos esportivos coletivos, deve respeitar os ambientes de jogo e aprendizagem, a fim de desencadear uma metodologia coerente que privilegie o jogo. Nesse sentido, o jogador deve entender a lógica do jogo, o que resumidamente seria o fato de estruturar-se no espaço coletivo, confluindo ações individuais com as coletivas, em relação ao posicionamento dos adversários e a estratégia preestabelecida coletivamente, configurando-se as circunstâncias contextuais do jogo. Estas, porém devem ser lidas pelos jogadores à medida que se ampliam suas respectivas habilidades de interpretação da lógica do jogo, aliada ao seu amadurecimento cognitivo e ampliação contextualizada de seus esquemas de ação, comunicando-se por meio de suas ações com os demais jogadores. Isto somado a manter uma adequada e eficiente relação com a bola (ou implemento), de modo a conseguir executar as ações motrizes requeridas, sempre com o objetivo de ganhar o ponto. Ou seja, para Scaglia 2011, aprender a jogar pressupõe aprender a se comunicar, compreendendo a lógica interna de cada jogo, a partir interpretação de seu padrão de organização, em meio ao seu processo organizacional sistêmico.
Para Menezes, Marques e Nunomura (2014), independente do ambiente físico e da disponibilidade de materiais para o ensino dos jogos esportivos coletivos, é necessário enfatizar os diferentes aspectos do desenvolvimento (motores, cognitivos e sócio afetivos).
Importante notar que as etapas de formação esportiva vinculadas as MEC, mesmo que apresentadas de formas diferentes, apresentam uma lógica comum em seu desenvolvimento. Nesse sentido, a utilização de uma ou outra depende do contexto e das possibilidades nas quais o professor/treinador estiver inserido.
Conclusão
O envolvimento de crianças e jovens em esportes, particularmente nas modalidades esportivas coletivas, tem preocupado e motivado a comunidade científica a entender e sugerir o melhor momento para a iniciação e a especialização esportiva.
A partir dos trabalhos analisados, parece claro a importância de uma iniciação esportiva a fim do desenvolvimento amplo do ser humano, sendo a mesma apresentada por uma divisão etária, exigindo assim do professor/treinador o estabelecimento de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliações diferenciadas. Nesse sentido reforça-se a ideia de não entender a criança como um adulto em miniatura, todavia vislumbrar que o desenvolvimento das mesmas ocorre através de fases, de forma sequencial, porém em velocidades diferentes.
Desta forma, a inserção de crianças e jovens nas modalidades esportivas coletivas, deve ocorrer com o intuito de aprimorar a formação geral dos indivíduos, levando-se em consideração a interdependência dos aspectos físicos, psicológicos e sócio afetivos. Assim, deve-se observar o atendimento aos aspectos multilaterais da aprendizagem, assumindo um papel formativo e adaptado as características individuais.
Enfim, a iniciação e especialização nas modalidades esportivas coletivas deve ocorrer de tal forma que crianças e jovens possam adquirir experiências e conhecimentos, a fim de poder responder a uma gama de problemas motores dos mais variados possíveis.
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