Resenha do livro: ‘O professor universitário em aula: prática e princípios teóricos’ de Maria Celia de Abreu & Marcos Tarciso Masetto Reseña del libro: “El profesor universitario en la clase: práctica y principios teóricos” de Maria Celia de Abreu & Marcos Tarciso Masetto Book Review: “The university professor in classroom: practical and theoretical principles” of Mary Celia de Abreu & Marcos Tarciso Masetto |
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*Mestrado em Administração pela PUC-MG, Especialista em Gestão Estratégica de Marketing pelo IEC/PUC-MG, Bacharel em Administração pela Unimontes **Especializanda em Educação Permanente em Saúde pela UFRGS, Especialista em Gestão e Auditoria em Saúde e em Saúde Pública pelas Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros-MG. Bacharel em Enfermagem pela UFVJM |
Kamila Veloso Coura* Nayra de Oliveira Duarte** (Brasil)
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Resumo O livro “O Professor Universitário em aula: práticas e princípios teóricos” (1980) descreve a ação do professor em sala de aula, discutindo como ocorre o processo de ensino aprendizagem e quais os passos para realizá-lo de forma a favorecê-lo. Demonstra em detalhes como realizar o plano de ensino e faz uma reflexão sobre as estratégias metodológicas utilizadas pelo professor em sala de aula. Esse livro mostra que o processo de ensino-aprendizagem é influenciado por duas variáveis, intrínsecas e extrínsecas, e que a interação entre elas determina como esse processo será efetivado. Unitermos: Docentes. Educação Superior. Ensino.
Abstract The book "The university professor in classroom: practices and theoretical principles" (1980) describes the action of teachers in the classroom, discussing how does the process of teaching and learning which steps to perform it in order to encourage it. Shows in detail how to perform the teaching plan and makes a reflection about the methodological strategies used by the teacher in the classroom. This book shows that the teaching-learning process is influenced by two variables, intrinsic and extrinsic motivations, and that the interaction between them determines how this process will be consummated. Keywords: Teachers. Higher Education. Teaching.
Recepção: 10/12/2015 - Aceitação: 03/04/2016
1ª Revisão: 25/02/2016- 2ª Revisão: 01/04/2016
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 21 - Nº 217 - Junio de 2016. http://www.efdeportes.com/ |
a obra os autores têm a intenção de fornecer “pistas, sugestões e idéias” que sirvam como estimulação para uma reflexão e renovação da ação do professor.1 / 1
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No capítulo 1, os autores discutem a opção que o professor faz pelo ensino que ministra ao aluno ou pelo aprendizado que o aluno adquire, abordando a diferença entre as duas perspectivas e suas conseqüências. Para isso é feita uma discussão sobre o significado de ensinar e de aprender, abordando algumas tendências relativas a “o que aprender” e “para que aprender”. Fechando o capítulo os autores afirmam que toda aprendizagem precisa ser significativa, pessoal, visar objetivos realísticos, ser acompanhada de feedback e ser embasada em um bom relacionamento interpessoal.
Na sequência (capítulo 2) são abordados alguns pontos que fundamentam a atividade de elaborar um plano de ensino. Definido como uma forma de organizar as ações do professor numa ordem sequencial, o plano de ensino serve também como um elemento de comunicação entre o professor e outros públicos. Os autores alertam ainda para a existência de diferentes planos de ensino, demonstrando roteiros específicos para um Plano de Disciplina e para um Plano de Unidade.
A partir do capítulo 3, os autores passam a abordar os componentes de um plano de ensino. Nesse capítulo são tratados os objetivos, entendidos como metas definidas com precisão ou resultados previamente determinados. Os objetivos devem auxiliar o professor a reforçar as intenções que possui e também orientar o aluno sobre o que se espera dele e/ou sobre o que vai ser avaliado na disciplina. Portanto, para cumprir suas funções, os objetivos devem ser reais, atingíveis, operacionalizados e devem representar as necessidades do indivíduo que aprende e da comunidade.
Já o conteúdo da disciplina, abordado no capítulo 4, possui relevância especial, pois é ele que define o plano, os exercícios, a avaliação, a escolha dos professores e sua contratação, bem como a importância e a atualidade da disciplina. Os autores reafirmam que o conteúdo se justifica em relação aos objetivos de um curso, e que vários agentes do processo devem participar da escolha e definição dos conteúdos.
No capítulo 5, é feita uma reflexão sobre as estratégias de aprendizagem utilizadas pelo professor em suas aulas. Considerando que estratégias são os meios que o professor utiliza em sala de aula para facilitar a aprendizagem dos alunos, os autores apresentam um exemplo de estratégias de uma primeira aula, destacando a importância de conhecer as estratégias existentes, empregando-as ou adaptando-as, a fim de variar as estratégias utilizadas no decorrer de um curso.
O capítulo 6 descreve algumas estratégias metodológicas a partir da experiência dos autores. As estratégias descritas foram agrupadas por categoria de objetivos que se pretende alcançar com o conteúdo. Os autores destacam que a utilização das metodologias não descarta os vários caminhos possíveis para o processo de ensino-aprendizagem.
Descrito no capítulo 7, o processo avaliativo torna-se um momento necessário para averiguação se a aprendizagem está sendo efetiva ou não. Para isso o professor deverá possuir claramente os objetivos que se pretende alcançar com a avaliação. Os autores discorrem sobre o processo de avaliação como contínuo e realizado durante todo o processo de ensino-aprendizagem, já que o aluno perfaz várias etapas até a concretização deste. Eles discutem a necessidade de momentos avaliativos ao longo de todo o processo de ensino, uma vez que será possível fazer adequações pontuais para um aprendizado significativo.
Os autores retratam ainda as partes do processo ensino-aprendizado que deverão sofrer avaliações, como desempenho do aluno, o plano de aula/curso, desempenho do professor, e quais os objetivos dessas avaliações. Trazem as várias técnicas de avaliação dependendo do objetivo que se deseja alcançar com a mesma.
A relação professor-aluno, descrita no capítulo 8, remete-nos à reflexão sobre a interação professor e aluno para concretização do ensino. Destacam que essa relação permeia a autoridade e subordinação, já que é papel do professor direcionar o ensino ou definir como ele será concretizado, porém não se devendo esquecer que essa relação é direcionada pela aprendizagem do aluno e não com o ensino do professor.
Para criação de um ambiente que facilite o aprendizado o professor deverá adotar posturas para criação de uma empatia entre ele e o aluno. Os autores descrevem vários aspectos que o professor poderá utilizar em aulas para favorecer o relacionamento com os alunos. Ressaltam o papel do monitor como facilitador da relação professor-aluno e como ajudante na adequação da linguagem das aulas tornando-as mais acessíveis aos alunos.
Esse livro mostra que o processo de ensino-aprendizagem é influenciado por duas variáveis, intrínsecas e extrínsecas, e que a interação entre elas determina como esse processo será efetivado. O professor precisa compreender essa relação para poder atuar sobre ela e direcioná-la a favor do ensino. Os autores se detiveram apenas na situação do professor em sala de aula, porém não descartam a necessidade de maiores debates sobre o sistema educacional uma vez que ele influencia e é influenciado pelo professor e aluno.
Bibliografia
Abreu, M. C. & Masetto, M. T. (1980). O professor universitário em aula: prática e princípios teóricos. São Paulo: Cortez.
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 21 · N° 217 | Buenos Aires,
Junio de 2016 |