O peitoral no cross over El pectoral en cross over The breastplate in cross over |
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*Bacharelanda em Educação Física pelo Centro Universitário Moura Lacerda **Profissional de Educação Física, pesquisador e membro do PROASE/USP (Brasil) |
Camila Covas* Prof. Dr. José Eduardo Costa de Oliveira** |
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Resumo O presente artigo intenciona realizar uma breve análise, envolvendo alguns parâmetros anatômicos, biomecânicos e cinesiológicos do movimento de musculação conhecido como “peitoral no Cross Over”, que por sua vez vislumbra o trabalho do músculo peitoral maior, especificamente em seus feixes inferiores. Em termos cinesiológicos, trata-se de um movimento mono articular de ombros, que aduzem/abduzem-se no plano e eixo frontal de movimento, onde o músculo motor primário é o peitoral maior, amparado secundariamente pela porção clavicular do deltoide, e que tem no córaco braquial o músculo auxiliar no movimento. Em termos anatômicos, o peitoral maior origina-se no segundo terço médio da clavícula, no externo e nas seis primeiras cartilagens costais, na aponeurose do músculo oblíquo externo e do abdômen, e, insere-se na crista do tubérculo maior do úmero. Em termos biomecânicos, dentre as várias alavancas envolvidas no movimento, destaca-se aquela que faz interface direta com o movimento do peitoral maior e a articulação escápulo-umeral, ou seja, uma alavanca de terceira classe ou a interpotente e a cadeia cinética de movimento a do tipo mista. Por fim, adenda-se que o movimento deve ser realizado observando-se alguns pontos, ente eles: a) primeiro, que o tronco deve estar inclinado à frente, cerca de vinte graus (20º), pois, caso a inclinação seja excessiva, a ênfase do recrutamento das fibras musculares recairá sobre os feixes médios do peitoral maior, fugindo, portanto, do escopo principal do exercício; b) caso se deixe o tronco totalmente ereto, sem inclinação, a ênfase principal do acionamento do músculo motor primário migrará do peitoral maior para o grande dorsal, o que implicaria em um erro de execução, portanto; c) deve-se permitir que os cotovelos permaneçam semiflexionados durante o movimento de adução/abdução dos ombros, mas, apenas cerca de cinco graus (5º), e com suas faces posteriores voltadas para cima, e sem se movimentarem durante a execução, aviltando assim, os riscos de sobrecarga nas referidas articulações durante a execução do exercício.Unitermos: Análise. Anatomia. Biomecânica. Cinesiologia. Peitoral. Cross over.
Abstract This article intends to make a brief analysis involving some anatomical parameters, biomechanics and kinesiology of bodybuilding movement known as "the pectoral Cross Over", which in turn sees the work of the pectoralis major, specifically in his lower beams. In kinesiology terms, it is a mono joint movement of shoulders, which adduce / s abduct him plan and front axle movement, where the prime mover muscle is the pectoralis major, supported secondarily by the clavicular portion of the deltoid, and has Hearts in brachial muscle assist in the movement. In anatomical terms, the pectoralis major originates in the second middle third of the clavicle, the outer and in the first six costal cartilages, the aponeurosis of the external oblique muscle and abdomen, and is part of the crest of the greater tubercle of the humerus. In biomechanical terms, among the various levers involved in the movement, there is one that makes direct interface with the movement of the pectoralis major and the scapular-humeral articulation, ie a lever third-class or interpotent and motion kinetic chain the mixed type. Finally, the addendum that the movement should be performed observing some points, being they: a) first, the torso should be leaning forward, about twenty degrees (20º), because if the slope is excessive, the emphasis the recruitment of muscle fibers will fall on average beams of the pectoralis major, escaping therefore the main scope of the exercise; b) if they leave the fully erect stem, without gradient, the main emphasis of the primary motor muscle activation of the pectoralis major migrate to the latissimus dorsi, which would imply a runtime error, so; c) should be allowed to remain semi-inflected elbows during the movement of adduction / abduction of the shoulder, but only about five degrees (5º), and its subsequent face-up, and not to move during execution ; demeaning so the risk of overloading in these joints while performing the exercise. Keywords: Analysis. Anatomy. Biomechanics. Kinesiology. Breastplate. Cross over.
Resumen Este artículo tiene la intención de hacer un breve análisis, comprometiendo la participación de parámetros anatómicos, biomecánicos y kinesiológicos del movimiento de musculación conocido como "Pectoral Cross Over", que a la vez permiten observar el trabajo del pectoral mayor, en concreto en sus niveles inferiores. En términos de kinesiología, es un movimiento de la articulación mono de hombros, que aducen/abducen en el plano y el eje frontal del movimiento, donde el músculo motor primario es el pectoral mayor, apoyado en segundo lugar por la porción clavicular del deltoides, y tiene el músculo córaco braquial como auxiliar del movimiento. En términos anatómicos, el pectoral mayor se origina en el segundo tercio medio de la clavícula, en el externo y en los primeros seis cartílagos costales, la aponeurosis del músculo oblicuo externo y el abdomen, y es parte de la cresta del tubérculo mayor del húmero. En términos biomecánicos, entre las diversas palancas implicadas en el movimiento, hay una que hace interfaz directa con el movimiento del pectoral mayor y la articulación escápulo-humeral, es decir, una palanca de tercera clase o interpotente y la cadena cinética de movimiento el tipo mixto. Por último, se agrega que el movimiento se debe realizar teniendo en cuenta algunos puntos, siendo que: a) en primer lugar, el torso debe estar inclinado hacia adelante, a unos veinte grados (20º), ya que si la pendiente es excesiva, el énfasis que el reclutamiento de fibras musculares caerá sobre sectores medios del pectoral mayor, por lo tanto, escapan del alcance principal del ejercicio; b) en el caso que se deje el tronco totalmente erecto, sin inclinación, el énfasis principal de la activación muscular motora primaria del pectoral mayor migra hacia el dorsal ancho, lo que implicaría un error de ejecución; c) se debe permitir que los codos permanezcan semi-flexionadas durante el movimiento de aducción/abducción del hombro, pero sólo unos cinco grados (5o), y posteriormente boca arriba, y que no se muevan durante la ejecución, evitando así los riesgos de sobrecarga en estas articulaciones mientras se realiza el ejercicio. Palabras clave: Análisis. Anatomía. Biomecánica. Kinesiología. Pectoral. Cross over.
Recepção: 02/11/2015 - Aceitação: 23/02/2016
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 21 - Nº 216 - Mayo de 2016. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O presente artigo intenciona realizar uma breve análise envolvendo alguns parâmetros anatômicos, biomecânicos e cinesiológicos do movimento de musculação conhecido como “peitoral no Cross Over”, que por sua vez vislumbra o trabalho do músculo peitoral maior, especificamente em seus feixes inferiores.
Outro escopo intrínseco deste, é que como produto final, que o mesmo sirva enquanto material de apoio, consulta e orientação a profissionais de Educação Física, atuantes no mercado de academias de ginástica, na área de musculação e demais extensões afins.
O Peitoral no Cross Over
Exercício que carrega em seu sobrenome a herança do nome do equipamento de musculação conhecido como - Cross Over - que em inglês significa “aquele que atravessa, que cruza sobre”, por ser alusivo a uma trave de futebol, pois o mesmo constitui-se de duas hastes laterais que o fixam e fazem contato com o solo, unidas por uma espécie de travessa que cruza sobre o espaço vazio, bem como sobre os praticantes, e as une.
O implemento de musculação denominado - Cross Over – e aqui vinculado ao trabalho de peitorais, tem por característica principal ser multifuncional, pois pode ser utilizado para vários músculos do corpo, por viabilizar a possibilidade de execução de múltiplos movimentos, em diversos planos, e, no caso do exercício que aqui é objeto de análise, constitui-se em uma forma efetiva de trabalho dos peitorais em seus feixes inferiores.
As análise
Em termos cinesiológicos, trata-se de um movimento mono articular de ombros, que aduzem/abduzem-se no plano e eixo frontal de movimento, onde o músculo motor primário é o peitoral maior, amparado secundariamente pela porção clavicular do deltoide, e que tem no córaco braquial o músculo auxiliar no movimento (Amadio e Duarte, 1996).
Em termos anatômicos, o peitoral maior, que é um músculo peniforme multipenado, origina-se no segundo terço médio da clavícula, no externo e nas seis primeiras cartilagens costais, na aponeurose do músculo oblíquo externo e do abdômen, e, insere-se na crista do tubérculo maior do úmero.
O peitoral maior ainda é inervado pelos nervos peitorais mediais e laterais, e o músculo antagônico é o Grande Dorsal (Rasche e Burke, 1987).
Em termos biomecânicos, dentre as várias alavancas envolvidas no movimento, destaca-se aquela que faz interface direta com o movimento do peitoral maior e a articulação escápulo-umeral, ou seja, uma alavanca de terceira classe ou interpotente (Eixo – Braço de Força – Braço de Resistência) e a cadeia cinética de movimento a do tipo mista (Hall, 2000).
A posição inicial se dá quando os ombros estão abduzidos no plano frontal, vide figura 1, e a posição final quando ombros estão aduzidos n o mesmo plano, vide figura 2 (Enoka, 2001).
Considerações finais
Por fim, adenda-se que o movimento deve ser realizado observando-se alguns pontos, ente eles:
primeiro, que o tronco deve estar inclinado à frente, cerca de vinte graus (20o), pois, caso a inclinação seja excessiva, a ênfase do recrutamento das fibras musculares recairá sobre os feixes médios do peitoral maior, fugindo, portanto, do escopo principal do exercício;
caso se deixe o tronco totalmente ereto, sem inclinação, a ênfase principal do acionamento do músculo motor primário migrará do peitoral maior para o grande dorsal, o que implicaria em um erro de execução, portanto;
deve-se permitir que os cotovelos permaneçam semiflexionados durante o movimento de adução/abdução dos ombros, mas, apenas cerca de cinco graus (5o), e com as faces posteriores dos braços e dos antebraços voltadas para cima, e sem se movimentarem durante a execução, aviltando assim os riscos de sobrecarga nas referidas articulações durante a execução do exercício;
ressalta-se que a flexão demasiada dos cotovelos contribui para a diminuição do braço de resistência do movimento, e, mesmo que isso propicie a adição de carga, haverá a consequente diminuição qualitativa do acionamento das unidades motoras do peitoral maior;
os pés devem permanecer em afastamento ântero-posterior, por ser esta a base de equilíbrio de sustentação mais indicada para viabilizar o torque de força durante a fase concêntrica do movimento;
o “estribo”, que é parte integrante do equipamento e que se conecta aos cabos, servindo de ponto de “pegada” e apoio para as mãos, devem encontrarem-se no término da fase final do movimento (ombros aduzidos e vide figura 2), cerca de vinte centímetros (20 cm) à frente da região inferior do abdômen, viabilizando o movimento, bem como o recrutamento quantitativo e qualitativo das unidades motoras inferiores do peitoral maior.
Bibliografia
Amadio, A. C. e Duarte, M. (1996). Fundamentos biomecânicos para a análise do movimento humano. São Paulo: Laboratório de Biomecânica/EEFUSP. 162p.
Enoka, R. M. (2001). Bases Neuromecânicas da cinesiologia. São Paulo: Manole.
Hall, S. (2000). Biomecânica básica. 3ª ed. São Paulo: Guanabara Koogan.
Rasche, P. e Burke, R. (1987). Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Outros artigos em Portugués
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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 21 · N° 216 | Buenos Aires,
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