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Abordagem pedagógica crítico-emancipatória: 

uma busca pela autonomia e emancipação

Enfoque educativo crítico-emancipatorio: una búsqueda de la autonomía y la emancipación

Educational approach critical-emancipatory: a search for autonomy and emancipation

 

*Licenciado em Educação Física pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI. Itajaí/SC

Especialista em Metodologia do Ensino da Educação Física pela Faculdade

de Administração, Ciências, Educação e Letras – FACEL. Curitiba/PR

**Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio

Professor da Faculdade de Administração, Ciências, Educação

e Letras – FACEL, Curitiba/PR

Paulo Roberto Serpa*

paulorobertoserpa@hotmail.com

Henrique Mendonça Machado**

hsmlucas1970@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Apresenta-se neste artigo, a questão do desenvolvimento da autonomia e da emancipação a partir da abordagem pedagógica da Educação Física Crítico-emancipatória, que se trata de uma abordagem que procura fazer com que os educandos reflitam, inicialmente com relação as suas práticas corporais, com relação ao meio ao que estão envolvidos, assim podendo desenvolver com a sua criticidade, a sua autonomia e, por conseguinte a emancipação. Tanto no quesito de suas práticas corporais, quanto do seu modo de ver o mundo. A partir dos dados identificou-se que a abordagem Crítico-Emancipatória promove a partir do se-movimentar uma autorreflexão, que contribui para o desenvolvimento da autonomia e da emancipação dos educandos.

          Unitermos: Autonomia. Crítico-Emancipatória. Educação Física. Emancipação.

 

Abstract
         
It’s presented in this article, the issue of development of autonomy and emancipation from the pedagogical approach of Physical Education Critical-emancipatory, it is an approach that seeks to make the students reflect, initially regarding their body practices, with respect to the means that are involved, thus being able to develop with their criticality, their autonomy and therefore emancipation. Both in the category of their body practices, as their way of seeing the world. From the data it was found that the Critical-Emancipation approach promotes from up moving a self-reflection, which contributes to the development of autonomy and empowerment of the students.

          Keywords: Autonomy. Critical-Emancipatory. Physical Education. Emancipation.

 

Recepção: 27/03/2016 - Aceitação: 30/04/2016

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 21 - Nº 216 - Mayo de 2016. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A Educação Física veio construindo-se e aperfeiçoando-se como área pedagógica ao longo de sua história. Buscando isto, por volta da década de 80 ocorre à chamada “crise da Educação Física”, uma grande efervescência de modelos de ensino para a mesma, dentre as quais, pode-se destacar a teoria crítica crítico-emancipatória. Tal abordagem busca uma transformação didático-pedagógica do esporte, proporcionando a inserção educandos na realidade crítica e transformadora, reivindicando assim a valorização do se-movimentar. Desta forma o movimento humano seria o diálogo do homem com o mundo que o cerca (pessoas, objetos e consigo mesmo).

    Para tanto a Abordagem crítico-emancipatória oferece perspectivas didático-pedagógicas para transcender a instrumentalização do esporte, ou seja, a mesma não visa à aplicação dos esportes por uma didática tecnicista, de rendimento ou a competição, mas sim, uma didática pedagógica, onde todos os educandos possam ter uma relação bem-sucedida com a cultura de movimento.

    No caso da Cultura de Movimento, o critério metodológico gira em torno do se-movimentar (Kunz, 1994, 1991), representando o diálogo entre sujeito que se movimenta e as formas objetivadas de movimento, possibilidade de compreender-o-mundo-pela-ação, em que novas objetivações culturais do movimento devem vir a manifestar o sentido e significado individual e coletivo, de acordo com o contexto situacional no qual o sujeito se movimenta (Negrelli, 2005, p. 277, grifo do autor).

    Com isto, a mesma propõe através de uma ação comunicativa, da reflexão e da autorreflexão, o desenvolvimento da autonomia e emancipação dos educandos, sendo estas, oriundas do processo de esclarecimento. Neste sentido, percebe-se que a abordagem crítico-emancipatória deseja conduzir seus educandos á uma libertação. Ainda, desejando não apenas a libertação de alguns poucos, mas que estes possam também atuar no seu meio favorecendo a emancipação da sociedade a qual estão inseridos.

    Entendendo que o objetivo da Educação Física na escola é inserir os alunos nas diversas manifestações da cultura corporal de movimento, formando o aluno que vai ter autonomia para usufruir o seu tempo de lazer em benefício da sua qualidade de vida, ser crítico quanto ao consumismo, dentre outros aspectos, temos claro que vale a pena investir na aquisição da autonomia durante os anos escolares (Fernandes, 2008, p. 9).

    Neste sentido, os educandos desenvolverão sua emancipação quando alcançarem uma autonomia intelectual individual (sem ajuda de outros), podendo assim utilizar da sua própria razão para ações críticas.

    A partir destas reflexões iniciais, a pesquisa propõe-se responder o seguinte questionamento: De que maneira a abordagem pedagógica Crítico-Emancipatória contribui para a autonomia e emancipação nas aulas de Educação Física?

    Para tanto foram elencados alguns objetivos, são eles: objetivo geral - compreender de que maneira a abordagem do ensino da Educação Física Crítico-Emancipatória contribui para a autonomia e emancipação dos educandos; e com os objetivos específicos pretende-se - Investigar as contribuições da abordagem pedagógica Crítico-Emancipatória no desenvolvimento da autonomia e emancipação nas aulas de Educação Física; Apresentar aspectos teóricos da abordagem pedagógica Crítico-Emancipatória; Caracterizar o processo problematizador da abordagem pedagógica Crítico-Emancipatória; Explicitar porque se deve estimular a autonomia e emancipação dos educandos; Reconhecer a busca pela autonomia apresentada pelos documentos oficiais de educação.

    O presente trabalho apresenta-se como sendo uma pesquisa do tipo bibliográfica. Para Macedo é a pesquisa bibliográfica que permite ao pesquisador agrupar o conhecimento espalho e recuperar as informações quando quiser. A pesquisa bibliográfica no conceito restrito, seria a:

    [...] busca de informações bibliográficas, seleção de documentos que se relaçionam com o problema de pesquisa (livros, verbetes de enciclopédia, artigos de revistas, trabalhos de congressos, teses etc.) e o respectivo fichamento das referências para que sejam posteriormente utilizadas (na identificação do material referenciado ou na bibliografia final) (Macedo, 1994, p. 13).

    Já no conceito amplo, pode ser “[...] entendido como o planejamento global-inicial de qualquer trabalho de pesquisa” (Macedo, 1994, p. 13). Não obstante deve haver um processo metodológico a ser seguido, ou seja, as etapas de trabalho, em que:

    procura-se identificar, localizar e obter documentos pertinentes ao estudo de um tema bem delimitado, levando-se a bibliografia básica;

    elabora-se um esquema provisório (temas e subtemas do futuro trabalho) e um rol de descritores (em português e outras línguas) para servir de guia na fase de anotações dos dados de leitura;

    transcrevem-se em fichas, segundo critérios, os dados de leitura (resumos, transcrições, notas etc.).

    enriquece-se o primeiro levantamento pelas bibliografias constantes nos documentos analisados, organizando-se um conjunto de fichas de anotação para documentar o trabalho (citações de texto) [...] (MACEDO, 1994, p. 13-14. Grifo do autor).

    A partir destas constatações, entende-se então a pesquisa bibliográfica é aquela que se utiliza unicamente de materiais já produzidos, que serão utilizados numa nova pesquisa.

2.     Documentos oficiais e a busca pela autonomia e emancipação

    A busca pela formação crítica e pela autonomia dos educandos pelos documentos oficiais de educação é base para os objetivos dos mesmos, o que pode ser observado já no capítulo II da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96 com relação à Educação Básica em seu artigo 22, diz que “A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (Brasil, 1996).

    Então, de que forma pode-se conseguir alcançar esta formação para os educandos, uma possibilidade real e viável é através da autonomia, que, para os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN's, “[...] é tomada ao mesmo tempo como capacidade a ser desenvolvida pelos alunos e como princípio didático geral, orientador das práticas pedagógicas” (BRASIL, 1997, p. 61).

    Neste sentido, a autonomia é algo além das capacidades de se posicionar e cooperar com o meio, trata da relação de emancipação, que não deixa de ser um sinônimo de autonomia. Ou seja, trata-se de saber se colocar nas situações didáticas das aulas e do dia-a-dia, com uma postura ética, moral, responsável, em que, mesmo que solicite ajuda, tenha a capacidade se solicitar a pessoa certa e agir com clareza e respeito nestes momentos.

    A autonomia é uma capacidade que pode demorar a se desenvolver, a partir disto:

    O desenvolvimento da autonomia depende de suportes materiais, intelectuais e emocionais. No início da escolaridade, a intervenção do professor é mais intensa na definição desses suportes: tempo e forma de realização das atividades, organização dos grupos, materiais a serem utilizados, resolução de conflitos, cuidados físicos, estabelecimentos de etapas para a realização das atividades. Também é preciso considerar tanto o trabalho individual como o coletivo-cooperativo (Brasil, 1997, p. 62).

    No item “Interação e cooperação”, os PCN's apresentam a necessidade em se trabalhar dentro do ambiente escolar, de forma a valorizar a socialização, participação e convívio dos alunos.

    Um dos objetivos da educação escolar é que os alunos aprendam a assumir a palavra enunciada e a conviver em grupo de maneira produtiva e cooperativa. Dessa forma, são fundamentais as situações em que possam aprender a dialogar, a ouvir o outro e ajudá-lo, a pedir ajuda, aproveitar críticas, explicar um ponto de vista, coordenar ações para obter sucesso em uma tarefa conjunta, etc. (Brasil, 1997, p. 63).

    Entende-se que tanto a interação como a cooperação são essenciais para a formação de cidadãos autônomos, pois, durante a formação deve-se trabalhar de um modo que faça alusão a vida adulta, tarefas e necessidades que terão que enfrentar no dia-a-dia pouco tempo à frente.

    Neste sentido “[...] na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (FREIRE, 1996, p. 43-44).

    Já na introdução dos PCNs do terceiro e quarto ciclo é apresentado para o desenvolvimento da autonomia dos educandos a “Educação e Cidadania”, que vem trazer justamente a preocupação com a formação dos pequenos cidadãos. Neste contexto da constituição de futuros cidadãos, são apresentados os quatro pilares da educação:

    Estes pilares vem de encontro com as áreas de conhecimento, trazendo a preocupação com a formação cultural, formação crítica, formação da própria cidadania. Neste sentido, Educação Física brevemente tratada neste momento, é apontada como uma área que tem grande poder de adesão e inúmeras possibilidades de intervenção, podendo romper:

    [...] com o tratamento tradicional dos conteúdos que favorece os alunos que já têm aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o princípio da inclusão, apontando para uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da afirmação de valores e princípios democráticos (Brasil, 1998, p. 62).

    Novamente a autonomia encontra seu espaço específico, sendo tratada neste momento através da autonomia moral e intelectual. Tratando da autonomia como uma capacidade e trazendo esta como uma dos princípios educativos deverá se valorizar as capacidades já existentes dos educandos de modo a partir dos seus conhecimentos tornando o desenvolvimento de novas capacidades mais viáveis.

    Desta forma, a autonomia intelectual vem da capacidade do aluno discernir o que quer “saber o que quer saber, como fazer para buscar informações” (Brasil, 1998, p. 90), realizar as tarefas, e interagir com mais afinco, perguntando e respondendo as questões, etc.

    Procedimentos e atitudes dessa natureza são objeto de aprendizagem escolar, ou seja, a escola pode ensiná-los, planejada e sistematicamente, criando situações que auxiliem os alunos a se tornarem progressivamente mais autônomos (Brasil, 1998, p. 90).

    Os Parâmetros Curriculares Nacionais para Educação Física (Brasil, 1998, p. 85), diz que o processo evolutivo da autonomia do aluno se dá a partir dos esforços realizados para se fornecer situações que tenham significado concreto para o mesmo. No entanto, não é simplesmente oferecer de tantas possibilidades de conhecimento produzido que fará com que o aluno se torne autônomo, para tanto se deve existir a preocupação com relação ao arranjo do espaço e do tempo de trabalho, a partir das possibilidades de desenvolvimento do educando.

3.     Caracterização Da Abordagem Crítico-Emancipatória

    A abordagem crítico-emancipatória se preocupa em ir além do puro interesse técnico do campo da Educação Física, voltando à mesma para uma formação cidadã do educando. Tal metodologia objetiva a emancipação das pessoas, para que possam a partir de situações de conflito e consigam interferir na sua própria realidade tomando as melhores decisões. Deste modo, o ensino a partir desta abordagem aposta na capacidade dos educandos em saberem questionar com criticidade.

    Neste sentido, tal abordagem favorece tanto a participação dos professores quanto dos alunos na construção do conhecimento e não a transmissão de informações, ou repetição de gestos mecânicos e estereotipados. Assim como indica Freire, “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (Freire, 1996, p. 25). Ou seja, existe uma troca de funções a todos os momentos da aprendizagem, assim, todos aprendem juntos. Deste modo:

    [...] é possível a professores e alunos, através de uma Ação Comunicativa do ato pedagógico conhecerem ainda melhor a Realidade já conhecida e, em conjunto, pesquisarem e reconhecerem uma Realidade ainda desconhecida, tornando o ensino produção do conhecimento e não simples transmissão de informações (Kunz, 2012, p. 150-151).

    Logo, a prática educacional deve partir de um processo de conscientização de professores e educandos sobre a realidade, sendo através de uma Ação Comunicativa tratada de maneira crítica e problematizadora, possível de se reconstruir o conhecimento a todo o momento. É pelo diálogo que se consegue desenvolver a consciência a partir do Mundo Vivido, pois, com este os conteúdos a serem ensinados são expostos com a intenção de tomar atitudes com relação à realidade concreta, desta forma é mais fácil entender, explicar e transformar esta realidade (Kunz, 2012, p. 151).

    Para tanto a autonomia que é uma das finalidades do processo educativo, pode ser desenvolvida por esta abordagem. Neste caso, vale acrescentar o significado da palavra autonomia:

    O elemento de composição aut(o)- é um antepositivo derivado do grego autós, ê, ó, o qual significa ‘(eu) mesmo, (tu) mesmo, (ele) mesmo ou (si) mesmo’. O outro elemento de composição, -nomia, é um pospositivo que provém do grego nómos, isto é “o que cabe por partição, opinião geral, o que é de lei e de direito” ou ainda também do grego nomós, que significa ‘divisão territorial, província, distrito’. (Houaiss, 2002). Neste sentido, significa qualidade ou estado de governar a si próprio e seus antônimos são servidão, dependência, sujeição (Palma e Assis, 2005, p. 37. Grifo do autor).

    Ainda, com relação à abordagem crítico-emancipatória, afirma-se que a mesma procura refletir sobre o ensinamento dos esportes para os educandos, pois os mesmos devem inicialmente passar por uma transformação didático-pedagógica, para que então atenda os objetivos educacionais, podendo contribuir para a formação das competências crítica e emancipada dos educandos.

    Neste momento o conceito crítico apresentado pode ser compreendido como o ato de saber questionar e analisar as situações apresentadas, de forma a permitir com que o educando realize a sua auto avaliação a partir das suas atitudes e colocações adotadas e tomadas. Logo:

    [...] a educação física crítico emancipatória, proposta por Kunz, está relacionada com a capacidade de comunicação/diálogo que as diversas formas de se movimentar desenvolvem nos sujeitos praticantes, o que poderia desencadear nestes mesmos sujeitos um processo emancipatório, diante das inúmeras possibilidades e significados envolvidos neste processo (Duarte, 2014, p 10).

    Também cabe conceituar emancipação, Kunz pretende tratá-la como o “[...] processo de libertar o jovem das condições que limitam o uso da razão crítica e com isso todo o seu agir social, cultural e esportivo, que se desenvolve pela educação” (Kunz, 2004, p. 33).

    Neste sentido, o aluno deve ser aceito como um Sujeito com diferentes intenções e interesses, este reconhecimento possibilita que ele desenvolva a capacidade de agir de forma autônoma.

    A concepção de ensino orientado pela problematização ou solução de problemas significa, para a Educação Física, que no processo da ‘ação-reflexão-ação’ do ato pedagógico a estruturação dos problemas e a busca de soluções dos mesmos deve obedecer a critérios que possibilitem estabelecer sentidos e interesses comuns a todos os participantes; ou seja: que a sua relação – dos participantes – com os movimentos e jogos deve basear-se no respectivo significado político e sócio-cultural que as possíveis soluções encontradas possam representar para cada contexto social (Kunz, 2012, p. 192).

    Assim a problematização do ensino auxilia principalmente na quebra da constante rotina da Educação Física. Com a mesma pode-se oportunizar um processo de permanente criação e descoberta, tanto individual como coletiva, logo os educandos podem agir de maneira independente e cooperativa.

4.     Considerações finais

    A Educação Física é uma grande área conhecimento dentro do ambiente escolar, em que com a utilização da abordagem crítico-emancipatória, procura tornar o aluno autônomo e emancipado nas diversas manifestações corporais existentes na cultura de movimento. Neste sentido, suas aulas não devem ser desenvolvidas a partir da repetição de movimentos que não agregam conhecimento para os educandos, e também, o professor não deve ser observado como o dono conhecimento, e sim, o conhecimento deve ser fruto da reflexão coletiva a partir dos ensinamentos levantados pelos participantes - professor e alunos.

    Tal abordagem apresenta a necessidade de que os alunos tenham liberdade de expressar seus movimentos, dúvidas e expressar suas críticas. Logo, conforme tratado, a emancipação seria o processo do agir do educando, possibilitado a partir da ação comunicativa que iria induzindo a sua autorreflexão, e esta poderia lhe esclarecer e lhe libertar de condições limitantes. E a autonomia surgiria a partir deste momento, em que com tudo isto, o educando já saberia se autogovernar.

    Ainda, conforme as contextualizações da abordagem pedagógica crítico-emancipatória, um dos seus preceitos é estimular o ato de questionar do educando, promovendo desta maneira sua capacidade crítica. Este é o propósito central da abordagem, pois, fazendo com que os educandos desenvolvam o hábito de questionar, poderão estabelecer/construir críticas construtivas através da reflexão e autorreflexão.

    Desta forma acredita-se que estudos em torno de uma das principais metodologias de ensino da Educação Física na atualidade devem ser tratados com maior freqüência, justamente por produzir o conhecimento para área. Assim, com este trabalho, buscou compreender de que maneira a abordagem do ensino da Educação Física crítico-emancipatória contribui para a autonomia e emancipação dos educandos, trazendo para tanto questões do processo problematizador de ensino na abordagem critico-emancipatória.

    Ainda, deve ser esclarecido que a autonomia e emancipação dos educandos não se desenvolveram de uma aula para outra, estes, são fruto de um processo que se utiliza das vivências nas aulas para oportunizar as reflexões necessárias, que vão estimular a aquisição da autonomia e da emancipação. Por fim, é de extrema importância que tal abordagem sege utilizada na prática pedagógica dos professores, justamente pela conscientização e pela possibilidade de proporcionar aos alunos durante o processo de ensino o desenvolvimento da autonomia e emancipação.

Bibliografia

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 21 · N° 216 | Buenos Aires, Mayo de 2016  
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