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Relação da imagem corporal e propensão à vigorexia

Relación de la imagen corporal con la predisposición a la vigorexia

Relationship of body image and propensity to vigorexia

 

*Graduada e Especialista em Educação Física pela Faculdade Adventista de Hortolândia

**Doutora pela Unicamp e Docente na Faculdade Adventista de Hortolândia

(Brasil)

Raquel Viana da Silva*

Helena Brandão Viana**

helena.viana@unasp.edu.br

 

 

 

 

Resumo

           Diante da busca desenfreada por um corpo perfeito vista na atualidade, este estudo vem com o intuito de analisar a se há relação entre a satisfação com a autoimagem e propensão à vigorexia. Este estudo abordou 31 indivíduos freqüentadores de academia de ginástica, sendo 17 do gênero masculino e 14 do gênero feminino, com média de idade de 24,7 anos entre os homens e de 29,07 anos para as mulheres. Foi aplicado primeiro um questionário de múltiplas escolhas e logo em seguida um auto teste de imagem corporal, Escalas de Silhuetas de Stunkard et al. (1983) para as mulheres e Matriz Somatomórfica do TCI (Pope et al., 2000) para os homens. Os resultados mostraram que 85,5% dos entrevistados estavam insatisfeitos com a autoimagem, dentre estes 7,5% apresentaram indícios de vigorexia, em contrapartida apenas 14,5% estavam felizes com sua aparência.

           Unitermos: Autoimagem. Dismorfia. Academia de ginástica.

 

Abstract

           Facing the unbridled quest for a perfect body seen today, this study is in order to analyze whether there is a relationship between satisfaction with self-image and propensity to vigorexia. This study addressed 31 individuals who regularly attended fitness facility, 17 male and 14 female, with a mean age of 24.7 years for men and 29.07 years for women. First was a questionnaire of multiple choices and then immediately a self body image test, silhouettes Scales Stunkard et al. (1983) for women and TCI Somatomorfica matrix (Pope et al., 2000) for men. The results showed that 85.5% of respondents were dissatisfied with the self-image among these 7.5% had dismorphy evidence, however only 14.5% were happy with their appearance.

           Keywords: Self-image. Dismorphy. Gym places.

 

Recepción: 16/02/2016 - Aceptación: 05/04/2016

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 21, Nº 215, Abril de 2016. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O tema imagem corporal tem sido muito estudado ultimamente, trata-se da “figura mental do corpo existencial e constitui-se ponto de referência para o desenvolvimento da identidade da pessoa” (Souza et al., p. 50, 2013). E algumas vezes essa imagem criada, para a pessoa, é mais real até mesmo que o próprio corpo (Souza et al., 2013).

    A imagem corporal é a composição do desenho do corpo que a pessoa tem de si mesma, ou seja, como ela imagina e compreende seu próprio corpo. Esta composição é desenvolvida por meio das sensações emanada de formas distintas e, por conseguinte chegam à consciência mental (Pereira Júnior, Campos Júnior & Silveira, 2013). É a maneira que o corpo se apresenta a si mesmo, no entanto essa imagem não é fidedigna, pois sofre com inúmeras influências externas. Além do sexo e idade, as crenças e valores correlacionados com a cultura da pessoa, por meio da mídia, reforçam o desejo à padronização do corpo, forçando o indivíduo a viver uma constante busca por um corpo ideal (Alexandre et al., 2013; Mello & Rech, 2012).

    A insatisfação com a própria imagem é uma resposta direta ao não encaixe nos padrões de belezas expostos pela mídia e sociedade, em contrapartida essa busca incessante do corpo ideal pode pôr em riscos a saúde e a qualidade de vida (Ristow et al., 2013).

    A pessoa que possui uma baixa autoestima agregado à dificuldade de se relacionar com outras pessoas, em sua maioria têm dificuldades de aceitar a própria imagem (Vargas et al., 2013). Nesse tipo de situação que se pode observar os transtornos na autoimagem, pessoas que não se aceitam e que não vêem sua imagem corporal como é na realidade, como é o caso da anorexia, bulimia e vigorexia.

    Anorexia trata-se de um transtorno alimentar, a pessoa passa a reduzir a alimentação ao extremo, colocando em risco a saúde, com o objetivo específico: reduzir o peso. Mesmo que este esteja na faixa normal mínima em relação idade e altura. É uma doença psiquiátrica que acomete mais exclusivamente mulheres jovens (Leonidas & Santos, 2011; Moreira, 2014).

    Outro transtorno, a bulimia, também mais comum entre as mulheres em idade de reprodução insatisfeitas com a própria imagem, ou apenas alguma parte de seu corpo, como se fosse “defeituosa”, o que também pode se caracterizar como um transtorno dismórfico corporal. Há um medo absurdo de engordar, com ataques de compulsão alimentar, seguidos de arrependimento, onde a pessoa acaba provocando vômito ou usando algum medicamento anorexígeno para tentar chegar ao corpo desejado (Nascimento, Appolinário & Fontenelle, 2012).

    Entretanto quando se trata de vigorexia seus sintomas iniciais são muito mais sutis, de difícil detecção, pois tem aparência de ser apenas uma busca por um corpo saudável, marcada por mudança nos hábitos alimentares e cotidianos dos indivíduos. E realmente de início é capaz ser, mas a distorção da imagem provoca uma obsessão por exercícios e pela musculatura, que em sua maioria deve estar aparente, com expressão de tônus muscular. (Vargas et al., 2013).

    Essa busca desenfreada por um corpo idealizado em sua mente faz com que esses indivíduos abandonem o convívio social, se estes atrapalharem seu foco, e também porque é muito difícil conciliar a rotina de alimentação regrada/ controlada e prática excessiva de exercícios com a socialização. Outro fator para esse afastamento é que a pessoa com vigorexia não se sente confortável exposta em meio público, e evita qualquer situação que leve a isso.

    De acordo com Pope et al (1997) apud Schmitz & Campagnolo (2013) vigorexia é um novo transtorno dismórfico corporal, com diferença que se trata de insatisfação, preocupação com o corpo inteiro, especificamente a musculatura e não apenas alguma parte do corpo. Portanto usa-se o novo termo: transtorno dismórfico muscular (TDM) ou vigorexia.

    Para Pope, Phillips e Olivardia (2000 apud Bartholomeu et al., 2010) a análise dos sintomas da vigorexia segue uma série de critérios:

    Hale et al. (2013) fizeram uma pesquisa com setenta e quatro mulheres praticantes de exercícios de resistência de força (musculação), divididas em três grupos: 26 eram fisiculturistas experientes, 29 fisiculturistas iniciantes e 19 apenas faziam musculação. E foi constatado que os dois grupos de fisiculturistas femininos apresentaram uma tendência significativa superior à dependência de exercício e dismorfia muscular do que o grupo de mulheres praticantes de musculação, esses valores foram tão significativos que podem ser comparados aos índices apresentados pesquisas sobre o assunto em fisiculturistas masculinos.

    Outra pesquisa interessante foi de Ravelli et al. (2011), onde foi analisada a insatisfação corporal, vigorexia e uso de anabolizantes, para isso foi usada uma adaptação do Questionário do Complexo de Adônis. Participaram 93 indivíduos do sexo masculino, com idade de 14 a 53 anos, com tempo de treinamento médio de 39,3 ± 57,62 meses. Destes, 48,39 % relataram que às vezes suas preocupações com a aparência os perturbam, e 5,38% disseram que isso acontece com freqüência. Seguindo a pesquisa, 90,32% relataram que gastam mais de 30 minutos por dia em atividades para melhorar a aparência, deixando em segundo plano a vida social e os afazeres. E por último, o mais agravante 20,81% afirmam que já usaram anabolizantes para alterar sua aparência física, além de tomaram atitudes drásticas em prol da estética, como treinar com lesões e induzir ao vômito. Esta pesquisa mostrou como é relevante o transtorno da imagem corporal para a indução de transtornos psicológicos como é o caso da vigorexia.

    Já o objetivo desta pesquisa foi analisar o nível de satisfação com a autoimagem; verificar se há indícios de vigorexia e identificar qual o gênero sofre mais com isso.

Metodologia

    Foi aplicada a pesquisa em três academias de pequeno porte no interior do estado de São Paulo, na cidade de Hortolândia. A escolha dos participantes foi ao acaso, em horários variados, no período do mês de fevereiro de 2015.

    A amostra compreendeu um total de 31 indivíduos, sendo 17 do gênero masculino e 14 do gênero feminino, com média de idade de 24,7 anos entre os homens, com a mínima de 18 anos e máxima de 41 anos. Na população feminina a média de idade de 29,07 anos, com mínima de 19 anos e máxima de 46 anos. A amostra apresentou um bom grau de escolaridade, apenas 3,2% com Ensino Fundamental (1 pessoa), 19,35% Ensino Médio (6 pessoas), Ensino Superior Incompleto 35,5% (11 pessoas), Ensino Superior 22,6% (7 pessoas) e 19,35% com Pós-Graduação (6 pessoas).

    Os participantes após receberem informações sobre a pesquisa e coleta de dados, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC-Campinas.

    A pesquisa foi dividida em duas partes, primeiro para ambos os sexos foi aplicado um questionário de múltiplas escolhas onde há uma soma de pontos para analisar tendência ou presença de vigorexia (resultado acima de 11 pontos). Este questionário proposto por Rodrigues, Araújo & Alencar (2008) possui dez questões, as quais cada resposta tem uma pontuação específica de acordo com o grau de propensão à vigorexia (Figura 1).

Figura 1. Formulário para avaliação de propensão à vigorexia

Rodrigues, Araújo & Alencar (2008)

    Após essa fase, foi aplicado um auto teste de imagem corporal, que consistia de um formulário contendo Escalas de Silhuetas de Stunkard et al. (1983) para as mulheres (por não haver nenhum caso notado de vigorexia com o questionário aplicado anteriormente), com nove silhuetas numeradas de 1 a 9, onde 1 representa magreza e vai aumentando a medida que se aproxima do nove, que se caracteriza por obesidade severa (Figura 2).

Figura 2. Escala de Silhuetas de Stunkard et al. (1983)

    Para os homens foi aplicado a Matriz Somatomórfica do TCI (POPE et a.l, 2000), com doze imagens masculinas (figura 3). Para responder três questões, os participantes teriam que assinalar a imagem achava que representava seu corpo (questão 1); que imagem representava o corpo que gostaria de ter (questão 2); e que imagem representava o corpo de uma pessoa com sua idade (questão 3). Cada uma dessas doze imagens tem um valor em % de gordura corporal e FFMI (índice de massa isenta de gordura, kg/m²).

Figura 3. Matriz Somatomórfica (Pope et al., 2000)

Resultados

    Dentre os 31 indivíduos entrevistados dois apresentaram um quadro mais preocupante, pois de acordo com o questionário de Rodrigues, Araújo & Alencar (2008), acima de 11 pontos já se trata de uma preocupação com o corpo fora do que é considerado normal. Já entre o grupo de mulheres não foi observado nenhum traço de vigorexia, a que teve maior pontuação fez 10 pontos, que ainda é considerado normal, mas exige cuidado para que não se transforme futuramente em transtorno dismórfico corporal.

Figura 4. Respostas masculinas ao questionário de múltipla escolha

    As questões mais preocupantes são em relação ao tempo gasto na academia (questão 1) a qual dois indivíduos apresentaram respostas fora do considerado normal, alternativas C e D, ou seja, tempo superior a duas horas. Seguida da questão relacionada ao uso de anabolizantes (questão 5), entretanto não houve nenhuma resposta positiva ao uso. Já na questão 7, relacionada a autoestima 7 homens responderam que estavam insatisfeitos com sua forma física. Na questão 8, indaga se já treinou lesionado, e 3 indivíduos responderam que sim. O mais intrigante entre as respostas masculinas é que 10 indivíduos (58,82%) estão dispostos a correr o risco das enfermidades ocasionadas pelo excesso de treinamento (questão 9).

Figura 5. Gráfico com relatório das respostas femininas ao questionário de múltipla escolha

    Das quatorze mulheres entrevistadas nenhuma apresentou quadro de vigorexia, as respostas que chegaram mais próximas foram: uma pessoa na alternativa C (questão 1), que treina por duas horas; as duas que afirmaram estar dispostas a correr o risco de sofrer com as enfermidades ocasionadas pelo excesso de treinamento físico (questão 9). As mulheres relataram que nunca treinaram lesionadas (questão 8), e já em relação a autoestima 5 delas afirmaram não estarem satisfeitas com sua forma física, contra 9 que estavam satisfeitas com sua própria imagem. Comparando todos os resultados com suas devidas pontuações teremos os dados apresentados na tabela a seguir.

Tabela 1. Pontuação obtida para classificação de indícios de vigorexia

Classificação dos indícios a vigorexia entre os praticantes de musculação

Pontos do Questionário

Número (17 Homens)

Número (14 Mulheres)

Total 31 (100%)

0 a 7 pontos

13

12

80,64%

8 a 10 pontos

2

2

12,9%

11 a 15 pontos

1

0

3,22%

16 a 21 pontos

1

0

3,22%

    Vale lembrar que todos os indivíduos que apresentaram pontuação igual ou acima de 11 pontos estão na zona de risco a vigorexia, entretanto pode-se afirmar vigorexia propriamente dita aos que apresentarem pontuação igual ou acima de 16 pontos. Neste estudo um homem pontuou 13 pontos, o que é indício do transtorno, e também um homem apresentou pontuação de 16 pontos, o que de acordo com Rodrigues; Araújo & Alencar (2008) trata-se de um caso de vigorexia, onde foi aconselhado a pessoa procurar um médico especialista no assunto.

Figura 6. Gráfico com número de indivíduos por resultado

de pontuação do questionário (Rodrigues, Araújo & Alencar, 2008)

    A figura 6 ilustrou a pontuação de todos os 31 entrevistados, com números de indivíduos por pontuação, quanto mais alta é a pontuação, mais próximo se está de um caso de vigorexia.

    Em relação a satisfação com a autoimagem apresentada na questão 7 (questionário de indícios de vigorexia) 48,4% (15 indivíduos) estão satisfeitos com sua forma física, contra 51,6% que disseram não estarem satisfeitos. Dos que estão contentes com sua aparência física 5 se tratavam de mulheres e 10 do sexo masculino.

    Mas os resultados são mais abrangentes quando comparados com os testes de autoimagem corporal, pois atua como uma contraprova do questionário. As mesmas pessoas que quando questionadas sobre sua satisfação corporal responderam positivamente, ao se depararem com a tabela de silhuetas desejaram ter um corpo diferente do que marcaram representar o seu. Para se ter uma idéia, apenas quatro pessoas mostraram estar totalmente satisfeitas com seu corpo, um homem e três mulheres, de acordo com o teste de silhuetas.

Figura 7. Gráfico de comparação entre questões 1 e 2 dos testes de autoimagem

    Nota-se uma maior preocupação com emagrecimento no grupo das mulheres (71,42%), em contrapartida os homens pesquisados, além de expressarem desejo por diminuir o percentual de gordura querem também aumentar a massa magra corporal. A insatisfação masculina mostra-se claramente superior à feminina, ao comparar os dados obtidos. Esses resultados da população masculina podem ser minimamente observados nos gráficos e tabela apresentados a seguir.

Tabela 2. Valores encontrados como respostas aos três questionamentos do TCI

    A tabela 2 mostra que a satisfação masculina está sofrendo influência dos padrões de belezas atuais, pois em praticamente todos os entrevistados foi constatado que querem emagrecer e (ou) aumentar a massa muscular.

Figura 8. Freqüência das respostas femininas obtidas na Escala de Silhuetas de Stunkard (1983)

    Em relação às mulheres na questão 2, onde se pergunta qual imagem representa o corpo que gostaria de ter, a silhueta 4 foi a que teve o maior número de respostas, em comparação a questão 1, a qual deveria se escolher a imagem que representa seu próprio corpo, a silhueta mais apontada foi a 6, o que fica bem claro que o objetivo das mulheres, em sua maioria, é o emagrecimento.

Discussão

    Este estudo tratou de um assunto muito comum em nossa sociedade, a preocupação com o bem-estar, da aparência física sobrepondo o bem-estar com a saúde. Foi analisado primeiramente o que se faz para manter ou melhorar o corpo, como tempo de treinamento, alimentação, suplementação ou até mesmo uso de anabolizantes. Em seguida, prosseguiu-se a análise de como a pessoa se vê e o que ela pensa ser um corpo ideal para ela. Nota-se que a insatisfação com a autoimagem não é mais característica somente do gênero feminino, os homens vêm tomando parte neste fato.

    No grupo analisado houve uma cobrança com a aparência maior entre os homens do que entre as mulheres. Elas por sua vez têm uma apreensão em parecer mais magras, 71,42% querem emagrecer. Já os homens 47,06% querem emagrecer, destes, metade querem também aumentar a massa magra, músculos. Resultado que se comparado aos 11,76% que apresentaram já a presença de vigorexia, leva-nos a pensar se a sociedade de forma geral não está impondo-nos a “obrigação” de perfeição corporal, perfeição esta que nos é transmitida todos os dias pela mídia e refletida nos convívios sociais.

    Se analisarmos todos os dados obtidos, entre homens e mulheres e também cruzando dados dos dois testes, verifica-se que somente 14,5% estão contentes com sua aparência, os outros 85,5% estão insatisfeitos, querem mudanças que, como foi visto nos resultados, a maioria segue o padrão de beleza atual baseado em um corpo mais magro e com músculos mais aparentes. Dentre os insatisfeitos 7,5% já apresenta traços de vigorexia, lembrando que a população analisada se trata de pessoas mais conservadoras, em um bairro nobre, com bom nível de escolaridade, em uma cidade do interior de São Paulo. No entanto presume-se que se for analisada a população das grandes metrópoles os resultados poderão ser ainda mais alarmantes.

    Pereira & Soares (2015) obtiveram resultados muito semelhantes, os quais assinalam também a crescente insatisfação entre os homens, superando as mulheres. Fato este que pode se tornar um risco sabendo-se que a vigorexia aflige mais necessariamente os homens.

    Para Fonseca Junior, Oliveira & Pierucci (2014) esses os indícios de transtorno poderiam ser maiores, pois segundo estes autores os resultados obtidos por meio de questionários não são de fato a total realidade, pois muitas pessoas não respondem de maneira fidedigna de acordo com sua real situação, isso porque estudos obtiveram resultados mais preocupantes quando analisado os fatores antropométricos.

    Santos et al. (2013) discute a pressão de um corpo perfeito sob o ponto de vista atual, onde os meios de comunicação social são os principais meios influenciadores, onde exibem ícones da beleza, desejados e apresentados como um padrão a ser copiado.

Considerações finais

    Em relação à insatisfação com a aparência apresentada neste estudo, já era de se esperar por isso. Estudos recentes têm apontado para o mesmo fato, que a mídia e a sociedade estão supervalorizando corpos mais definidos e com pouco percentual de gordura, principalmente entre o público masculino (Pereira & Soares, 2015).

    Com os dados obtidos nota-se a prevalência da insatisfação com a autoimagem, mesmo em pessoas que praticam atividades físicas, neste caso a musculação. Além do desejo de emagrecimento generalizado, pode-se então questionar se os padrões de belezas atuais estão mais exigentes em relação ao corpo mais magro ou se a nossa população está mais propensa à obesidade. Essa é uma questão para ser abordada em estudos futuros.

    Vale ressaltar que devido ao número pequeno de participante desta pesquisa os valores obtidos aqui são representações especificas do grupo, podendo ou não representar a situação da população. Outra limitação na pesquisa foi o fato de não se comparar com dados antropométricos dos participantes, o que poderia revelar novos resultados, talvez até aumentar o percentual de propensos à vigorexia.

Bibliografia

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 21 · N° 215 | Buenos Aires, Abril de 2016
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