Nível de atividade física de funcionários da Cientec, Viçosa, MG Nivel de actividad física de los empleados de Cientec, Viçosa, MG Level of physical activity of Cientec employees, Viçosa, MG
	Licenciatura Plena e Bacharelado em Educação Física pela Universidade Federal de Juiz de Fora Aperfeiçoamento em Proposta Curricular e Metodologias da Educação Integral pela Universidade de Viçosa Pós-Graduação em Treinamento Desportivo pela Universidade Federal de Viçosa Pós-Graduação em Atividades Motoras para a Promoção da Saúde e Qualidade de Vida pela Universidade Federal de Juiz de Fora Pós-Graduação em Atividade Física e Saúde pela Universidade Federal de Paraná Mestrado em Ciências da Educação Física, do Esporte e do Lazer pela Universidade de Matanzas, Cuba	Me. Rodrigo Mendes Costa rodrigo.m.c10@gmail.com (Brasil)
	Resumo           Objetivo: Avaliar o nível de atividade física de funcionários de uma empresa de consultoria e desenvolvimento de sistemas. Metodologia: participaram do estudo 19 funcionários de uma empresa de consultoria e desenvolvimento de sistema, de ambos os sexos. Para a coleta de dados foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ - versão curta), para a classificação do nível de atividade física da amostra. Os dados foram analisados através da estatística descritiva. Resultados: dentre as classificações possibilitadas pela análise do IPAQ, foram encontrados inativos (21,05%), insuficientemente ativos (36,85%), ativos (42,10%) e nenhum muito ativo. Conclusão: houve predomínio de (57,90%) de inatividade na amostra de funcionários.           Unitermos: Atividade física. Sedentarismo. Funcionários.   Abstract           Objective: To assess the level of physical activity of the employees of a consulting and systems development firm. Methodology: 19 employees of a consulting and systems development firm of both sexes participated in the study. In order to collect the data, the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ - short version) was used for the classification of the level of physical activity of the sample. The data were analyzed using descriptive statistics. Results: among the classifications made possible by analyzing the IPAQ, 21.05% were found as sedentary, 36.85% as insufficiently active, 42.10% as active, and none was very active. Conclusion: there was predominance (57.90%) of a sedentary lifestyle in the sample of employees.           Keywords: Physical activity. Sedentary lifestyle. Employees.   Recepção: 23/10/2015 - Aceitação: 03/03/2016
	EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 21, Nº 215, Abril de 2016. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Segundo Monteiro (1996), a Educação para a saúde objetiva apoiar indivíduos, grupos e comunidades a tomarem decisões sobre saúde, fundamentadas em informações.

    Nos últimos 40 anos, através de estudos experimentais e clínicos com melhor abordagem epidemiológica, pôde-se confirmar que o baixo nível de atividade física é um fator importante no desenvolvimento de doenças degenerativas. Inversamente, o aumento da prática de atividade física tem sido associado a um risco reduzido para o aparecimento de várias doenças crônicas, sendo um fator chave para aumentar a longevidade. Evidências científicas reforçam que um estilo de vida ativo pode trazer vários benefícios para a saúde e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos (Ghorayeb, 2007).

    O estilo de vida ativa e a mudança de hábitos, através do exercício físico regular, facilitam na prevenção e no tratamento de doenças crônico-degenerativas (Monteiro, 1996).

    Para Nahas (2001, citado por Venturim e Molina, 2005), a atividade física exerce papel relevante na prevenção e no tratamento das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT).

    O exercício físico regular pode aumentar o bem-estar dos indivíduos, por meio de um imediato aumento da disposição geral e, a longo prazo da melhoria da auto-estima, ajudando também a reduzir a ansiedade e o estresse.

    Nahas et al. (2005) relatam que, apesar de todas as evidências disponíveis sobre os benefícios da prática de atividades físicas, acreditasse que grande parte da população continua exposta a comportamentos sedentários. Nos Estados Unidos, estima-se que aproximadamente 60% dos adultos são insuficientemente ativos e cerca de um em cada três pessoas não realiza qualquer atividade de lazer (US Department of Health and Human Services, 1999).

    Guedes e Guedes (1995ab) e Monteiro (1996) relatam que nos últimos anos o reconhecimento das vantagens da prática da atividade física regular na melhoria da qualidade de vida vem despertando atenção, também, quanto à complexa relação entre os níveis de prática da atividade física, os índices da chamada aptidão física e o estado de saúde das pessoas. A prática da atividade física tem influência nos índices de aptidão física, os quais, por sua vez, interferem nos níveis dessa prática e, certamente, estão relacionados ao estado de saúde de uma maneira recíproca.

    Contudo, apesar dos esforços realizados por diversas autoridades e grupos especializados para promover a atividade física diária, relatando seus benefícios à saúde, os índices de comportamentos sedentários não têm se alterado positivamente.

Objetivo geral

• Avaliar o nível de atividade física de funcionários de uma empresa de consultoria e desenvolvimento de sistemas.

Metodologia

    Esta pesquisa se caracterizou por ser um estudo descritivo transversal, sendo a amostra em março de 2010, composta por 19 funcionários da empresa Cientec da cidade de Viçosa-MG, de ambos os sexos (15 homens e 4 mulheres), voluntários, com idades entre 22 e 36 anos (média de 27,94 ± 4,33 dp). Para avaliar o nível de atividade física dos funcionários foi aplicado o questionário IPAQ - Questionário Internacional de Atividade Física-versão curta. Essa versão é composta por perguntas abertas e suas informações permitem avaliar o tempo que se gasta fazendo atividade física na última semana, além de estimar o tempo de inatividade física (posição sentada), sendo os indivíduos classificados em sedentários, insuficientemente ativos, ativos e muito ativos (www.celafiscs.org.br). Para o tratamento estatístico utilizou-se o programa Microsoft Office Excel 2007 e a análise descritiva (média, desvio-padrão, freqüência e porcentagem).

Resultados

Tabela 1. Nível de Atividade Física dos Funcionários da Cientec – MG (N = 19)

 

Tabela 2. Nível de Atividade Física de acordo com a idade cronológica dos Funcionários da Cientec, MG (N = 19)

 

Tabela 3. Tempo total (horas) sentado durante 1 dia de semana e 1 dia de final de semana dos funcionários da Cientec – MG (N = 19)

 

Tabela 4. Tempo total (horas) sentado durante 1 dia de semana de acordo com a idade cronológica dos funcionários da Cientec – MG (N = 19)

 

Tabela 5. Tempo Total (horas) sentado durante 1 dia de final de semana de acordo com a idade cronológica dos funcionários da Cientec – MG (N = 19)

Conclusões e recomendações

    A maior parcela dos funcionários da empresa faz pouca e/ou nenhuma atividade física, principalmente as mulheres abaixo e homens acima de trinta anos. Os homens inativos passam em média mais tempo sentados do que as mulheres inativas, tanto em um dia da semana quanto e um dia de final de semana, sendo que entre os ativos ocorre o oposto. Por outro lado, as mulheres inativas passam em média menos tempo sentadas do que as mais ativas; já em relação aos homens, ocorre justamente ao contrário, especialmente nos fins de semana.

    Diante disso, é sugestiva a adoção de uma vida fisicamente ativa nesse público profissional. Informações sobre saúde devem ser priorizadas no ambiente de trabalho dessa empresa.

Bibliografia

• Ghorayeb, N. et al. (2007). Adaptações cardiovasculares do esporte na criança. Cap. 9. In: N. Ghorayeb e G.S. Dioguardi. Tratado de cardiologia do exercício e do esporte. São Paulo: Editora Atheneu, 671 p.

• Guedes, D.P. e Guedes, J.E.R.P. (1995a). Atividade física, aptidão física e saúde. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 1 (1) 18-35.

• Guedes, D.P. e Guedes, J.E.R.P. (1995b). Exercício físico na promoção da saúde. Londrina: Midiograf.

• Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. (2003). Programa Nacional de Promoção da Atividade Física “Agita Brasil”: atividade física e sua contribuição para a qualidade de vida. Revista de Saúde Pública, 36 (2) 254-256.

• Monteiro, W.D. (1996). Aspectos fisiológicos e metodológicos do condicionamento físico na prevenção da saúde. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 1 (3) 44-58.

• Nahas, M.V.; Barros, M.V.G. e Oliveira, E.S. (2005). Promoção da saúde na adolescência: o papel da educação física. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 10 (1) 13-24.

• Venturim, L.M.V. P. e Molina, M.D.C.B. (2005). Mudanças no estilo de vida após ações realizadas no serviço de orientação ao exercício, Vitória, ES. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 10 (2) 4- 16.

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