Importância das atividades lúdicas para a aprendizagem e construção de laços de afetividade e sociabilidade no ensino fundamental Importancia de las actividades lúdicas para el aprendizaje y la construcción de lazos de afectividad y sociabilidad en la escuela primaria |
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*Mestre em Educação Física Professor da Faculdade União das Américas – UNIAMÉRICA/PR **Licenciada (o) em Educação Física. Faculdade UNIAMERICA União das Américas. Foz do Iguaçu/PR (Brasil) |
Fernando Guilherme Priess* Karla Rafaela Cocato** Fellipe Zanata da Silva** |
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Resumo Os estudos relacionados à aprendizagem e o lúdico tem recebido maior destaque nos últimos anos, pois e clara sua importância na construção de uma sociedade mais harmoniosa e desenvolvida, sendo capaz de aprender, desenvolver, interagir e se relacionar. Esta pesquisa tem como objetivo principal relatar a relevância bem como a importância das atividades lúdicas no processo de ensino e aprendizagem. Neste artigo, será apresentando jogos e as brincadeiras, sua contribuição para o processo de ensino da criança, também será relatado o papel fundamental do docente, em relação à orientação e acompanhamento das crianças, a fim de identificar qual a influência das mesmas para a superação dos conflitos da vida do educando. Unitermos: Atividades lúdicas. Aprendizagem. Recreação.
Resumen Los estudios con relación el aprendizaje y la recreación han recibido una mayor atención en los últimos años, pues es evidente su importancia en la construcción de una sociedad más armoniosa y desarrollada, siendo capaz de aprender, desarrollar, interactuar y relacionarse. La investigación tiene como objetivo informar sobre la pertinencia y la importancia de las actividades lúdicas en la enseñanza y el aprendizaje. En este artículo vamos abordar los juegos y la recreación, su contribución al proceso de aprendizaje del niño, también se reporta el papel clave de los docentes en relación con la orientación y supervisión de los niños con el fin de identificar la influencia de la misma para superar los conflictos de la vida del estudiante. Palabras clave: Actividades lúdicas. Aprendizaje. Recreación.
Recepção: 02/11/2015 - Aceitação: 10/01/2016
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 214, Marzo de 2016. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
O ato de divertir-se oportuniza diversas vivências para o individuo, assim promovendo o enriquecimento de suas próprias capacidades intelectuais e motoras.
Mediante estímulo à iniciativa, à melhoria nos processos de interação e comunicação e principalmente o aumento da autoestima, o autoconhecimento.
Assim podemos entender que o ato de brincar é um dos caminhos mais saudável para a construção do processo de ensino e aprendizagem da criança, pois o mesmo propicia através de diferentes formas de brincadeiras, o afeto e a sociabilidade, dando a criança estímulos para um desenvolvimento equilibrado e sadio.
Através de uma pedagogia que vise trabalhar com aspectos da ludicidade, o educador possibilita que o educando se desenvolva com maior facilidade e abrangendo uma gama mais ampla de experiências vivenciadas na prática de forma educativa, pois o elemento lúdico, além de ocasionar um encontro de maneira mais espontânea entre as pessoas, possibilita inúmeras situações para possível aprendizagem.
Esta pesquisa se mostra bastante dinâmica mostrando diferentes discussões e direcionamentos, contidos de diversas óticas de grandes pensadores é ainda, um estudo que está sujeito a sucessivas alterações, pois expressa o atual momento político educacional, resultado de um intermitente recomeço na construção e aprimoramento do conhecimento, numa sociedade de inúmeras mudanças e transformações.
Para facilitar a inteligibilidade, o documento divide-se em fundamentação teórica baseada em sugestões debates, e citações de grandes autores relacionados ao tema, a fim de contribuir para a construção do processo educacional que vise à possibilidade do educando adquirir inúmeras vivencias. Dessa forma, a proposta do presente estudo objetiva-se em auxiliar nas práticas pedagógicas voltadas a educação num ambiente lúdico promovendo que o alunado tenha maior relação teoria e prática de maneira diversificada.
Assim, a construção de uma pedagogia lúdica exige por parte de toda comunidade escolar, (gestores, servidores, orientadores educacional, professores e educadores) a compreensão do lúdico e como se da às configurações das relações pedagógicas, no contexto escolar, para que assim possamos criar possibilidades e espaços de participação de todas as pessoas envolvidas.
2. Fundamentação teórica
2.1. Lúdico na aprendizagem e na construção de laços de afetividade sociabilidade
O ato de brincar é um dos caminhos mais saudáveis e naturais para a construção do processo da aprendizagem do educando, sendo que o mesmo se inicia de maneira espontânea, dando formas e vozes aos sonhos e anseios do mundo infantil.
Os jogos lúdicos no processo da aprendizagem podem auxiliar tanto para a melhoria nos processo cognitivo quanto para aptidões motoras da criança, pois o mesmo contribui para que a criança desenvolva o pleno funcionamento de todas as suas faculdades mentais, além disso, a criança que é estimulada a brincar, interagir, superar obstáculos tornar-se um adulto muito mais equilibrado fisicamente e emocionalmente, conseguirá superar com mais facilidade, problemas que possam surgir no seu dia a dia.
Para Leal e Nogueira (2012, p. 31) “a aprendizagem e o desenvolvimento da criança necessitam estar sendo estimulados afetivamente”.
Sendo assim as atividades lúdicas tonar-se um importante recurso para auxiliar a aprendizagem, pois além de promover a agregação do ensino de diferentes formas possibilita que sejam liberadas frustrações, canalizar energias, exploradas sua criatividade e imaginação aprimorando o estado maturacional e adquirindo experiências.
A ludicidade esta por muitas vez diante de um concepção erronia das pessoas de que se trata apenas de uma passa tempo cujo objetivo e apenas o prazer e diversão superficial, assim fazendo com que acabe sendo negligenciado seus benefícios para o desenvolvimento de modo geral.
Partindo do pressuposto que as atividades lúdicas estão associadas aos jogos, e através deles ocorrem os processos de aprendizagem, maturação, a aquisição de experiência e desenvolvendo diversas valências físicas, podemos classificar algumas categorias específicas de jogos lúdicos, que contribui de maneira clara no processo de ensino e aprendizagem.
Para Piaget (1946),
Os jogos de exercícios dividem-se sensório motor e de exercício de pensamento. Os jogos simbólicos expressam-se através do fantástico mundo do faz de conta, e da ficção. Os jogos de regras possuem sua regularidade imposta pelo grupo resultado da sociabilidade necessária, e passam de uma condição motora e egocêntrica para cooperação e até mesmo codificação.
Durante a atividade lúdica a criança adquire construções de mecanismo de potencialização para sua aprendizagem, pois além de promover e favorecer o desenvolvimento motor ela influência também no aspecto psicomotor das crianças. O lúdico transmite experiências prazerosas às crianças assim a experiência da aprendizagem dentro do contexto lúdico tende a se constituir em um processo prazeroso.
Uma maneira de proporcionar a criança diversos meios eficazes e instrumentos de lazer junto ao aprendizado para se desenvolver e possibilitando que a mesma participe de atividades recreativas, Piaget (1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança.
Segundo Freire (1989) PP 286-96, brincar é divertir-se infinitamente, entreter-se, recrear-se; distrair-se; pular; dançar (...). O brincar na criança é naturalmente livre.
Correia (2006, p.38) diz que
O esporte, jogo ou competição são muito mais do que representações culturais, históricas ou sociais. Representam concepções de mundo de ser humano e de valores que estiveram em volta de um determinado momento. Hoje, valores com cooperação, a solidariedade, [...] estão ganhando destaque nos discursos de diversos setores da sociedade. Assim, é possível que a Educação Física incorporem os novos valores eminentes. Neste contexto e nesse momento, os jogos cooperativos tornam –se a proposta mais adequada para atender ao chamado da cooperação.
Outro fator relevante que se mostra muito benéfico ao explorar as atividades lúdicas contexto escolar é que durante a brincadeira a criança tem a liberdade de demostrar suas vivencias em casa, experiência que ocorrem no seu dia-a-dia, que acontecem fora do ambiente escolar assim fazendo com que os educadores tenham uma maior compreensão da vida da criança. Segundo Vygotski (1984, p. 97)
“a brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz”.
Neira (2006, p. 4), “por meio de uma brincadeira, pode se compreender como ela vê e constrói o mundo e como ela gostaria que ele fosse, quais as suas preocupações e que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que tem dificuldade de traduzir em palavras”.
2.2. Educação Física e ensino fundamental
Atualmente a Educação Física tem espaço significativo nas questões educacionais e em relação à saúde ganhando muitos mais adeptos a sua pratica buscando tornar as pessoas cada vez mais saudáveis. A Educação Física é regulamentada sendo uma profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo.
Art. 3º - A Educação Física
é uma área de conhecimento e de intervenção acadêmico-profissional que tem como objeto de estudo e de aplicação o movimento humano, com foco nas diferentes formas e modalidades do exercício físico, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte marcial, da dança, nas perspectivas da prevenção de problemas de agravo da saúde, promoção, proteção e reabilitação da saúde, da formação cultural, da educação e reeducação motora, do rendimento físico-esportivo, do lazer, da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas, recreativas e esportivas, além de outros Campos que oportunizam ou venham a oportunizar a prática de atividades físicas, recreativas e esportivas. (Brasil, 2004, p. 1).
No Ensino Fundamental os alunos já apresenta maior independência, compreendendo as regras com mais clareza e autonomia permitindo que os alunos criem aspectos estratégicos para os jogos, nesta fase e comum que os alunos comecem a organizar atividades desenvolvidas nas aulas de Educação Física em horários de intervalo, recreio ou na entrada e saída da escola. O certo é que escola conta com especialistas em brincar as crianças nessa fase de seu desenvolvimento adoram inventar, modificar e aprender algo diferente, e tudo que o educador precisa fazer é estimular, oportunizar, criar ambientes que propicie o jogo a brincadeira o faz de conta dentro da escola.
Segundo Cunha (1998) “brincando a criança experimenta, descobre, inventa, exercita e confere suas habilidades, acrescenta ainda que brincar é algo natural e o diz que ato de brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança”.
O lúdico, estendendo-o ao ato pedagógico, auxilia às crianças na sua formação cidadã, pois quando a criança brinca respeitando as diferenças e as regras isso resulta em construções de valores éticos e morais, contribuindo para uma vida adulta regrada de bons hábitos.
Segundo Machado (1986),
Dentre os objetivos da recreação, temos o equilíbrio da personalidade. Sabemos que o caráter é mutável. Vai se estruturando conforme a receptividade da criança ao meio. É durante a recreação baseada nos jogos que a criança revela com maior espontaneidade seus mais íntimos impulsos e sentimentos e o professor atento terá vasto campo de análise para conhecer seus alunos. No jogo, a criança acha os seus erros. A obediência ás regras traz simpatia e aceitação por parte do grupo e a insubmissão é atitude repelida.
Assim, lúdico também tem seu papel no respeito às diversidade na força da união e a conscientização para um estilo de vida mais harmonioso e saudável, faz com que as crianças tenham maior aceitação com o diferente, convivam melhor em sociedade num espírito de igualdade, onde todos independentes das suas diferenças tenham os mesmos direitos.
3. Considerações finais
Após a realização desta revisão bibliográfica sobre a ludicidade e seus benefícios no Ensino fundamental constamos que este exerce o papel de mais um instrumento que possa ser utilizado no processo educacional, ou seja a inserção e a prática desse método no ensino fundamental e de suma importância para um desenvolvimento sadio e harmonioso da criança, possibilitando que a mesma tenha experiências diversificas, melhorando suas habilidades e valências.
Dessa forma a prática regular de brincadeiras da ludicidade dentro do contexto escolar, o simples ato de correr, saltar, girar, arremessar, do ambiente lúdico entre outros durante as aulas se torna uma necessidade para as crianças ter o melhor crescimento e desenvolvimento.
Conclui-se também que o jogo é bem mais que o ato de jogar brincar, é através dos jogos que a criança se expressa e conseqüentemente se comunica com o mundo e a participar de atividade lúdica a criança aprende e investiga o mundo que a cerca, assim toda e qualquer atividade lúdica deve ser respeitada e disseminada no ambiente pedagógico.
É imprescindível ressaltar também a importância do educador neste processo, pois é essencial que a criança compreenda que não é um simples brincar que estão realizado e sim ter o discernimento do aprendizado.
Bibliografia
Brasil (2004). Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CSE n. 58, de 18 de Parecer CNE/CSE.
Correia, M. M. (2006). Trabalhando com Jogos Cooperativos. Em busca de novos paradigmas na educação física. Campinas, SP: Papirus.
Cunha, N. H. S. (1998). Brinquedo, Desafio e Descoberta. Rio de Janeiro: FAE.
Freire, J.B. (1989). Educação de Corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione.
Leal, D. & Nogueira, M. O. G. (2012). Dificuldade de aprendizagem: um olhar psicopedagógico. Curitiba: Intersaberes.
Machado, N. V. (1986). A Educação Física e Recreação para o pré-escola. 3ª ed. Porto Alegre: Prodil.
Neira, M. G. (2006). Educação física: Desenvolvendo competências. 2ª ed. São Paulo: Phorte.
Piaget, J. A. (1976). Psicologia e Pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Piaget, J. A. (1946). Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho. Rio de Janeiro: Zahar.
Vygotski, L. S. (1984). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.
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