Efeito do alongamento de cadeia posterior em praticantes de musculação Efecto de la elongación de la cadena posterior en practicantes de musculación Effect of posterior chain stretching in bodybuilders |
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*Professor da/o Faculdade Presbiteriana Gammon – FAGAMMON Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS Centro Universitário do Sul de Minas - UNISMG, Minas Gerais **Professor/a da Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS, Minas Gerais ***Professor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP – São Paulo Universidad Politécnica de Madrid - UPM – Espanha Universidade de Franca - UNIFRAN – Franca – São Paulo Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS - Alfenas – Minas Gerais Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP – São Paulo **** Professora/o da Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS Centro Universitário do Sul de Minas - UNISMG, Minas Gerais *****Discente do curso de Educação Física na Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS, Minas Gerais |
Giuliano Roberto da Silva* Gerusa Dias Siqueira Vilela Terra** Marcelo Rodrigo Tavares** César Augusto Costa Rodrigues** Yvan Fernandes Vilas Boas** Cassiano Merussi Neiva*** Márcia Ribeiro Moysés**** Felipe Marques de Carvalho***** Marcos Roberto Megda Marques***** (Brasil) |
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Resumo O objetivo do trabalho foi verificar o efeito do alongamento de cadeia posterior em praticantes de musculação, através da biofotogrametria computadorizada. As variáveis analisadas foram o ganho de flexibilidade de cadeia posterior, a idade de cada indivíduo e a diferença no ganho de flexibilidade ao se submeteram a um programa de alongamentos bem orientado. A amostra foi constituída de 20 indivíduos do sexo masculino praticantes de musculação com idade entre 18 e 35 anos. Os instrumentos para a coleta de dados foram o software de computador Imagem J, o banco de Wells, uma câmera fotográfica digital Sonny e fita métrica. Os resultados foram analisados utilizando-se o teste t pareado com o p ≤ 0,05. Houve diferença estatística significante comparando-se o alongamento antes e depois do treinamento com p=0,0028. Portanto, conclui-se que o alongamento de cadeia posterior em praticantes de musculação foi eficiente para o ganho de flexibilidade dos indivíduos avaliados através da biofotogrametria computadorizada. Unitermos: Alongamento de cadeia posterior. Praticantes de musculação. Biofotogrametria.
Resumen El objetivo del estudio fue evaluar el efecto de la elongación en la cadena posterior en los practicantes de musculación, mediante la fotogrametría computarizada. Las variables analizadas fueron la ganancia de flexibilidad de la cadena posterior, la edad de cada individuo y la diferencia en las ganancias de flexibilidad a la que se sometieron en un programa de elongación bien orientado. La muestra consistió en 20 varones practicantes de musculación entre 18 y 35 años. Los instrumentos para la recolección de datos fueron el software Image J, el banco Wells, una cámara fotográfica digital Sonny y cinta métrica. Los resultados fueron analizados utilizando la prueba t pareada con p ≤ 0,05. Hubo una diferencia estadística significativa comparando el estiramiento antes y después del entrenamiento con p = 0,0028. Por lo tanto, se concluye que el estiramiento de la cadena posterior en practicantes de musculación fue eficiente para obtener flexibilidad en sujetos evaluados a través de la fotogrametría computarizada. Palabras clave: Posterior cadena de estiramiento. Musculación. Fotogrametría.
Abstract The objective was to verify the effect of posterior chain elongation in bodybuilders using computerized photogrammetry. The variables analyzed were the gain of posterior chain flexibility, the age of each individual and the difference in flexibility gains to have undergone a focused stretching program. The sample consisted of 20 males bodybuilders aged between 18 and 35 years. The instruments for data collection were computer software Image J, the bank Wells, a digital still camera and Sonny tape. The results were analyzed using the paired t test with p ≤ 0.05. There was a significant statistical difference comparing the stretch before and after training with p = 0.0028. Therefore, it is concluded that the posterior chain elongation in bodybuilders was efficient to gain flexibility of the individuals using computerized photogrammetry. Keywords: Stretching of the posterior chain. Bodybuilders. Biophotogrammetry.
Recepção: 26/08/2015 - Aceitação: 19/12/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 214, Marzo de 2016. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Desde a antiguidade, o alongamento e o desenvolvimento da flexibilidade têm sido utilizados para atingir vários objetivos. Exemplos comuns dos usos da flexibilidade são encontrados histórica e geograficamente em pinturas e entalhes. Por um lado, a flexibilidade pode ser usada construtivamente para melhorar o bem-estar de uma pessoa. Por outro lado, pode ser usada em detrimento do bem-estar do indivíduo e, por fim, causar a morte. Esses usos prejudiciais incluem tortura (para fins de interrogação, intimidação e punição) e execução (Alter, 1999).
De acordo com Egan (1984), a origem da flexibilidade como método de treinamento é desconhecida. Contudo, imagina-se que os antigos gregos usaram algum tipo de treinamento de flexibilidade que permitia a eles que dançassem, realizassem acrobacias e lutassem com grande facilidade. Posturas de alongamento, chamadas “asanas”, fizeram parte das tradições dos orientais por milhares de anos. O alongamento também tem sido, ainda hoje, um componente vital no desenvolvimento das habilidades de sobrevivência defensiva e ofensiva em várias artes marciais.
Devido às facilidades da vida moderna e ao avanço da tecnologia, o homem está se tornando cada vez mais sedentário, permanecendo grande parte do dia sentado e inativo. A estrutura biológica encontra dificuldades em assimilar e adaptar-se repentinamente a essa nova modificação refletida em seu próprio corpo, pois é a mais prejudicada com sobrecargas que resultam no aumento de problemas posturais da população mundial, tanto em adultos como em crianças (Gould, 1993). O alongamento provoca alívio, dor e melhora na performance esportiva, porém, quando aplicado imediatamente antes da atividade física, não previne lesões agudas. O alongamento resulta no aumento do tamanho do músculo e da porcentagem de proteínas contráteis.
Atualmente, os praticantes de musculação tendem a negligenciar os benefícios e a importância do alongamento, seja por falta de conhecimento, pouco costume de praticar ou até por comodismo.
Este trabalho justifica-se na tentativa de elucidar os efeitos decorrentes da prática de alongamentos de cadeia posterior em praticantes de musculação, já que esses alongamentos podem beneficiar a própria execução de movimentos dentro da musculação. Uma musculatura bem alongada permite maior amplitude de movimentos, além de ajudar a corrigir problemas posturais que são comuns em praticantes de musculação, já que estes podem possuir musculaturas encurtadas.
Portanto, o objetivo do estudo foi verificar o efeito do alongamento de cadeia posterior em praticantes de musculação, através da biofotogrametria computadorizada.
Fundamentação teórica
Músculos da planta do pé
Os músculos constituintes da planta do pé são: Abdutor do Hálux; Adutor do Hálux; Flexor Curto do Hálux; Flexor Curto dos Dedos; Flexor Longo do Hálux; Flexor Longo dos Dedos (Marques, 2000).
Músculos da perna e da coxa
Os músculos da perna e da coxa são os seguintes: Gastrocnêmio; Sóleo; Poplíteo; Semitendíneo; Semimembranáceo; Bíceps da Coxa; Glúteo Máximo (Marques, 2000).
Músculos da coluna vertebral
Os músculos da coluna vertebral são divididos em 2 grupos:
Grupo superficial: Iliocostal Lombar; Iliocostal Torácico; Iliocostal Cervical; Longo do Tórax: Longo do pescoço; Longo da cabeça; Espinhal do tórax; Espinhal do pescoço (Marques, 2000).
Grupo profundo: Semi-espinhal do Tórax; Semi-espinhal do Pescoço; Semi-espinhal da Cabeça; Multifídio; Rotadores; Interespinhais; Intertransversários; Esplênio do Pescoço; Esplênio da Cabeça (Marques, 2000).
Alongamento
Segundo Kisner e Colby (1992), alongamento é a habilidade para mover uma articulação através de uma amplitude de movimento normal sem estresse excessivo para unidade músculo-tendinosa (Chandler et al., 1990).
De acordo com Evjenth e Hamberg (1984), o alongamento pode ser dividido em duas categorias: auto-alongamento e alongamento muscular terapêutico. O primeiro é comumente usado em exercícios de aptidão, treinamento atlético e dança. O alongamento muscular terapêutico pode ser definido como alongamento específico realizado, instruído ou supervisionado por um terapeuta, para pacientes com disfunções do sistema musculoesquelético (Mühlemann & Cimino, 1990).
O alongamento e o treinamento da flexibilidade como forma de exercícios terapêuticos são importantes na redução e no alívio do estresse (De Vries, 1975; De Vries et al., 1981; Levarlet-Joye, 1979; Morgan e Horstman, 1976; Sime, 1977).
Outro benefício importante de um programa de alongamento é a possível promoção do relaxamento, que é a suspensão da tensão muscular. Indesejavelmente, altos níveis de tensão muscular no organismo humano resultam em vários efeitos colaterais negativos (Larson & Michelman, 1973).
Com relação à prevenção de lesões, o uso de exercícios de alongamento para aumentar a flexibilidade é geralmente, baseado na idéia de que ele pode diminuir a incidência, a intensidade ou a duração da lesão musculotendinosa e articular (Arnheim, 1971; Aten & Knight, 1978; Bryant, 1984; Corbin & Noble, 1980; Davis, Logan & Mckinney, 1965; Garrett et al., 1989; Hilyer et al., 1990; Wiktorssohn-Möller et al., 1983).
Alongamentos da cadeia posterior
A cadeia posterior é formada pelos músculos espinhais, glúteo máximo, isquiotibiais, poplíteo, tríceps sural e os da planta do pé. Os comprometimentos desta cadeia são a protração da cabeça, desequilíbrios das curvas vertebrais, coxofemoral aberto, alterações do joelho e calcâneo (varo ou valgo), ângulo tíbio-társico aberto ou fechado (Souchard, 1986).
A flexão anterior de tronco é definida como inclinar ou mover o tórax na direção das coxas. Quando a flexão do tronco é realizada a partir da posição de pé, ela é produzida, primariamente, pela gravidade e controlada pela contração excêntrica dos músculos extensores da coluna vertebral. A amplitude de movimento é limitada pela insuficiência contrátil do flexor do tronco, tensão dos músculos extensores da coluna, tensão passiva das estruturas posteriores da coluna, aposição óssea dos lábios dos corpos vertebrais anteriormente com as superfícies das vértebras adjacentes, com pressão das partes ventrais do disco fibrocartilaginoso intervertebral e contato das costelas com o abdômen (Pollock et al., 1998).
A flexão do tronco ocorre quase exclusivamente na região lombar, devido à orientação desfavorável das facetas articulares na região torácica (Alter, 1999). Um desempenho favorável e seguro, quando se alonga, requer uma combinação de flexibilidade, força e mecânica adequadas (Pollock et al., 1998).
Musculação
Musculação pode ser definida como os meios de preparação física para o desenvolvimento das qualidades físicas relacionadas com as estruturas musculares (Tubino, 1984).
Como exercício físico, a musculação é eficiente para aumentar a massa muscular e estimular, ao mesmo tempo, várias qualidades de aptidão física, como a força, flexibilidade, potência e a resistência para esforço de alta intensidade. Essas qualidades podem ser decisivas na preservação e reabilitação funcional de articulações com processos degenerativos ou inflamatórios crônicos e são fundamentais para evitar quedas nas situações de desequilíbrio do corpo, prevenir distúrbios posturais e realizar tarefas específicas com menor número de fibras, diminuindo a intensidade e o esforço e também as alterações da freqüência cardíaca e da pressão arterial (Santarém, 1996).
Biofotogrametria
Atualmente, existem várias categorias de ferramentas para avaliação da postura, entre elas as radiografias, o goniômetro, a fita métrica e, a biofotogrametria (Baraúna & Adorno, 2001).
A fotogrametria é uma palavra de origem grega, photos significa luz; gramma, algum desenho ou escrito e metron significa medir. De acordo com a origem da palavra, fotogrametria significa medir graficamente usando a luz (Tommaselli et al., 1999).
De acordo com Magazoni (2000), esse programa é um algoritmo matemático que transforma pontos de imagens em eixos coordenados cartesianos e os quantifica, ou seja, ele tem por base operacional o cálculo de um ângulo selecionado pela marcação de três pontos seqüenciais, e o resultado encontrado apresenta precisão de três casas decimais.
A evolução dessa técnica permitiu uma melhor utilização dos recursos eletrônicos atualmente disponíveis no âmbito da reeducação postural, com a finalidade de aumentar a eficiência das avaliações, para melhoria das intervenções terapêuticas e ações preventivas (Scaglione, 2000).
A biofotogrametria é a análise métrica da anatomia topográfica, a partir de uma imagem digitalizada de um indivíduo, em um ou mais “softwares” (Baraúna & Adorno, 2001).
Materiais e métodos
Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, descritivo do tipo experimental.
Foram selecionados 20 participantes do sexo masculino praticantes de musculação, com idade entre 18 a 35 anos para avaliação fotogramétrica estática, submetidos a duas fotografias na posição de flexão anterior de tronco, sendo a primeira antes do treinamento com alongamentos de cadeia posterior, e a segunda, após o treinamento.
O estudo foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, aprovado sob o parecer nº 222.2010. Os voluntários assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), ocasião em que foram esclarecidos sobre a metodologia.
Os participantes foram fotografados em posição sentados ao chão, descalços e em trajes sumários (sunga), a uma distância padronizada de 1,5 metros do centro do pedestal da câmera digital, fixa a um tripé a uma altura de 1 metro do chão, focando o corpo inteiro do indivíduo em postura de alongamento de cadeia posterior (Figura 1). O indivíduo permaneceu nessa posição durante 5 segundos para o ato fotográfico. As imagens foram tratadas por um programa de computador (Imagem J).
As fotografias digitais foram capturadas com uma câmera fotográfica digital (Sony modelo Steady Shot 8.1 Mega Pixels, com 12x de zoom óptico e 5 x de zoom digital, com monitor de 2.5 LCD).
Os alongamentos realizados no estudo foram: alongamento de isquiotibiais unilateral (Figura 2); alongamento de glúteo (Série de Willians) (Figura 3 e 4); alongamento global de cadeia posterior com joelho estendido (Figura 5); alongamento de panturrilha com joelhos fletidos (Figura 6).
Para aferir a flexibilidade, foi usado um caixote de madeira com medidas de 30,5 x 30,5 cm de base e 30,5 x 5,6 cm em cima (Banco de Wells), onde os indivíduos avaliados ficaram na posição sentada ao chão, apoiando os pés na parede desse caixote, com os joelhos em extensão total e as mãos unidas à frente, com os membros superiores estendidos, realizando um alongamento de cadeia posterior num movimento único e sem compensações, com flexão total do tronco sobre a escala, onde tentou alcançar ou ultrapassar com os dedos das mãos os dedos dos pés (Figura 1)
A coleta de dados foi realizada e estes foram submetidos ao teste t pareado com um p ≤ 0,05.
Figura 1. Análise biofotogramétrica: teste de flexibilidade
com os joelhos em extensão total e as mãos unidas à frente
Resultados
Após o treinamento de alongamentos realizado com 20 praticantes de musculação, foram avaliados os seguintes quesitos: o ganho na amplitude de movimento e flexibilidade de cadeia posterior.
Observou-se, pela média dos avaliados, que o treinamento com alongamentos de cadeia posterior, realizado três vezes por semana com duração de 30 segundos cada sessão durante um mês, acarretou melhoras no alongamento de cadeia posterior em praticantes de musculação, que antes do treinamento a média obtida foi 25,44 cm, e após o treinamento obteve-se uma média igual a 24,32 cm (Gráfico 1), o que em relação à análise estatística comparando-se os resultados, obteve-se p=0,0028, ou seja, melhora significativa.
Gráfico 1. Análise do ganho da flexibilidade nos praticantes de musculação. Comparação das avaliações antes e depois do treinamento com alongamentos de cadeia posterior
(treinamento através de alongamento global de cadeia posterior com o joelho estendido, alongamento de panturrilha com joelho fletido, alongamento de ísquio tibiais unilateral
e alongamento de rotadores externos e lombar) no qual observou-se melhora estatística significante, comparando-se o alongamento antes e depois do treinamento
Discussão
Os resultados do treinamento através do alongamento de cadeia posterior demonstram melhoras e observou-se que houve um aumento da flexibilidade de cadeia posterior nos praticantes de musculação.
Muitas concepções errôneas ainda persistem entre treinamento de força e flexibilidade, onde vários treinadores e atletas acreditam que os ganhos de força podem limitar ou impedir a flexibilidade, ou que os ganhos substanciais na flexibilidade podem ter um efeito deletério sobre a força. Contudo, esta assertiva ainda não está totalmente clara, mas acredita-se que os exercícios de alongamento devem ser desenvolvidos junto com exercícios de força, pois parece ser um equívoco tornar um grupo muscular forte para somente depois desenvolver a sua flexibilidade articular (Achour Júnior, 2009).
Estudos realizados por Fleck e Kraemer (1999) foram conclusivos no sentido de que um programa de treinamento com pesos para desenvolver a força muscular não prejudica a flexibilidade. Ao contrário, o alongamento pode até aumentar a amplitude de determinados movimentos, considerando que a flexibilidade não é uma condição geral, mas sim específica de cada articulação (Barbanti, 1996).
De acordo com Monteiro (2000), o tipo de estímulo mais adequado para o treinamento de flexibilidade é o estático, pois é adequado para a manutenção e aperfeiçoamento da qualidade do movimento. Deve ser realizado até o ponto de leve desconforto e, então, ser mantido na posição por um tempo superior a aproximadamente 15 segundos. O tempo de permanência nos exercícios de alongamento variam muito, podendo ser de poucos segundos a vários segundos. Segundo Barbosa (1985), quanto maior o tempo de permanência nos exercícios de alongamento, maior serão seus efeitos. Muitas variações na quantidade de tempo foram propostas, podendo variar em até 60s. O mais comum entre todos os autores é que o alongamento varie de 10 a 30 segundos (Fleck & Kraemer, 1999). No presente estudo, o tempo de duração dos alongamentos foi de 30 segundos,
Segundo Alter (1999), é difícil alguém manter o alongamento por mais de 30 segundos com a mesma eficiência e sem que sinta dores. O desconforto e a dor causada pela grande tensão pelo tenso de sustentação do movimento são incômodos a ponto do indivíduo não suportar até o final do exercício (Manno et al., 1989).
Os exercícios de flexibilidade devem ser realizados no mínimo três vezes por semana (periodicidade adotada neste estudo), por ocasionar uma melhora significativa na flexibilidade, apesar de ser recomendada sua inclusão no momento do aquecimento e do resfriamento de cada sessão dos exercícios aeróbios e de força/resistência muscular (Guedes & Guedes,1998; Monteiro, 2000).
Em nossos estudos, houve diferenças estatísticas significantes quando foram analisadas a flexibilidade atingida pelos indivíduos praticantes de musculação que passaram por um acompanhamento contínuo de alongamentos.
Portanto, fica evidente que vários autores concordam que o alongamento de cadeia posterior, é um importante fator para se desenvolver a flexibilidade e facilitar a execução de movimentos dentro da musculação, além de prevenir lesões e promover maior amplitude de movimentos como quaisquer outros alongamentos.
Conclusão
Foi verificado que a alongamento de cadeia posterior em praticantes de musculação aumentou significativamente a flexibilidade dos indivíduos que foram avaliados através da biofotogrametria computadorizada.
Bibliografia
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