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Avaliação do desenvolvimento cognitivo 

esportivo em escolares de 11 a 15 anos

Evaluación del desarrollo cognitivo en deportes de la escuela de 11 a 15 años

Evaluation of sporting cognitive development in school of 11 to 15 years

 

Universidade Federal de Sergipe - UFS

Programa de Pós-Graduação em Ciência

da Propriedade Intelectual – PPGPI

(Brasil)

Ricardo Fontes Macedo

Ângela Luciana De-Bortoli

Robélius De-Bortoli

robelius@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo tem o objetivo analisar como escolares de ensino básico utilizam suas capacidades de elaboração de estratégia (função cognitiva) em testes aparentemente motores, comparando gênero e idade. Foram avaliados 70 sujeitos de ambos os gêneros (X = 14,85; SD = 1,17 anos), escolares de uma escola pública na cidade de Aracaju, SE, Brasil, 33 masculinos e 37 femininos, utilizando testes físico-cognitivos, encontrados na literatura, onde observa-se tomada de decisão, concentração, capacidade de elaboração, capacidades motoras e capacidades coordenativas. Comparando os grupos por gênero, houve diferenças significativas entre ambos nos testes de FTS teve t (1,667) = 9,001; p < ,000, VLB t (1,667) = 6,143; p < ,000 e TNS t (1,667) = 5,589; p < ,000 e os meninos obtiveram valores mais elevados que as meninas. Agrupados por da idade, o grupo acima da idade média teve pontuações maiores que o outro grupo, mesmo embora não apresente diferenças significativas. As correlações são positivas e pode ser realçado que mesmo em testes que envolvem mão (VLB) e pés (FTS) a correlação entre o montante total dos sujeitos foi r = ,73 e entre os meninos r = ,63. Os principais resultados dão conta que os meninos tiveram maiores pontuações que as meninas com boa Correlação de Pearson. A especificidade dos testes que solicitam alta capacidade cognitiva dos sujeitos na elaboração de estratégias de ação nos leva a crer que atividades físicas desportivas podem contribuir para desenvolvimento intelectual dos praticantes. Assim, a deficiência cognitiva poderia ser combatida através da aprendizagem nos esportes.

          Unitermos: Aprendizagem. Cognição. Testes.

 

Resumen

          Este estudio tiene como objetivo analizar cómo los estudiantes utilizan sus capacidades de desarrollo de la estrategia (función cognitiva) para ejecución de las pruebas aparentemente motrices, comparando género y edad. Se evaluaron 70 sujetos de ambos sexos (X = 14,85; SD = 1,17 años), estudiantes de una escuela pública en la ciudad de Aracaju, Brasil, 33 hombres y 37 mujeres, utilizando pruebas físicas y cognitivas, donde hay la toma de decisiones, la concentración, el desarrollo de capacidades, habilidades motrices y las capacidades coordinativas. La comparación de los grupos por sexo, hubo diferencias significativas entre los tests FTS tenido t (1,667) = 9,001, p < ,000, VLB t(1,667) = 6,143, p < ,000 y TNS t(1,667) = 5,589, p < ,000 y los chicos tuvieron valores más altos que las niñas. Agrupados por edades, el grupo por encima de la mediana de edad tuvo puntuaciones más altas que el otro grupo, a pesar de que no presentan diferencias significativas. Las correlaciones son positivas y se pueden notar que incluso en pruebas con la mano (VLB) y los pies (FTS), la correlación entre la cantidad total de los sujetos fue de r = 73 y entre los varones r = 63. Los principales resultados encontrados indican que los niños tenían puntajes más altos que las niñas y hubo buenas correlaciones. La especificidad de las pruebas aplicadas solicitando alta capacidad cognitiva de los individuos para desarrollar estrategias de acción que nos lleva a creer que la actividad física y los deportes pueden contribuir al desarrollo intelectual de los practicantes. Así, la deficiencia cognitiva se podría abordarse a través del aprendizaje en los deportes.

          Palabras clave: Aprendizaje. Cognición. Tests.

 

Abstract

          This study aims to analyze how the students use their capacities of strategy development (cognitive function) for tests execution motors, comparing gender and age. We evaluated 70 subjects of both genders (X = 14.85; SD = 1.17 years), a public school in the city of Aracaju, Brazil, 33 male and 37 female, using physical and cognitive tests, where there is decision making, concentration, capacity development, motor skills and coordinative abilities. Comparing the groups by gender, there were significant differences between the FTS tests had t (1.667) = 9.001, p < .000, VLB t (1.667) = 6.143, p < .000 and TNS t (1.667) = 5.589, p < .000 and the boys had higher values than girls. Grouped by age, the group above the median age had higher scores than the other group, even though not present significant differences. The correlations are positive and can be noted that even in tests involving hand (VLB) and feet (FTS), the correlation between the total amount of the subjects was r = 73 and among boys r = .63. The main results found indicate that boys had higher scores than girls and good correlations were found. The specificity of the tests applied requesting high cognitive ability of individuals to develop strategies of action leads us to believe that physical activity and the sports can contribute to the intellectual development of practitioners. Thus, the cognitive impairment could be tackled through learning in sports.

          Keywords: Learning. Cognition. Tests.

 

Recepção: 16/10/2015 - Aceitação: 28/01/2016

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 214, Marzo de 2016. http://www.efdeportes.com/

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    A função da educação na formação do cidadão vai além do que se admite efetivamente, possibilitando enormes ganhos quando realizada de forma íntegra. Parrat-Dayan (2007, p. 18) falando da ação em sala de aula, diz que “o professor deve insistir na perspectiva do enriquecimento mútuo através de intercâmbio de pontos de vista entre diferentes crianças. Ele pode criar situações que exijam da criança a relativização de seu ponto de vista.” Isso nos remete às aulas de educação física e sua aplicabilidade. Presume-se que a atividade aberta a diversas opções assegura um melhor aprendizado, ou seja, o aprendiz resolve a tarefa proposta pelo professor.

    Essa possibilidade está relacionada com a aprendizagem cognitiva e sua transferência, inclusive para outros âmbitos da ação humana. Quando falamos em crianças entre 11 e 15 anos a possibilidade é ainda maior. Santana, Roazzi, e Dias (2006, p. 73) observam que “as operações se desvinculam paulatinamente do plano concreto, favorecendo o surgimento do raciocínio hipotético-dedutivo, cuja utilização permite ao indivíduo agrupar representações em estruturas equilibradas.” Os autores ainda seguem dizendo que “...essa aquisição viabiliza ao adolescente pensar sobre o próprio pensar, evidenciando, assim, a conquista de uma habilidade metacognitiva.”

    Antunes et al. (2006, p. 109) nos trazem uma definição de Função Cognitiva ou Sistema Funcional Cognitivo dizendo que são fases do processo de informação como percepção, aprendizagem, memória, atenção, vigilância, raciocínio e solução de problemas.

    O grande desafio é dispor de mecanismos que garantam o aprendizado de certas habilidades e que elas sejam úteis posteriormente em outras situações da vida cotidiana. No âmbito da educação física observamos que isso se potencializa pois as situações oferecidas aos praticantes geralmente são situações de exercício físico, trazendo dificuldades para tratar do tema das funções cognitivas.

    O objetivo desse estudo é analisar como escolares de ensino básico utilizam suas capacidades de elaboração de estratégia (função cognitiva) em testes aparentemente motores, comparando gênero e idade.

Metodologia

    Este é um estudo transversal, empírico exploratório e que foram realizados testes para avaliação de variáveis motoras cognitivas. Os sujeitos da amostra foram selecionados de forma intencional entre escolares de uma escola pública da cidade de Aracaju, SE, Brasil, representando uma população de escolares de nível socioeconômico semelhante ao estudado. Foram 70 sujeitos (X = 14,85; SD = 1,17 anos), sendo 33 do gênero masculino (X = 15,11; SD = 1,37 anos) e 37 do gênero feminino (X = 14,61; SD = 0,91 anos). Só participaram os sujeitos que, depois de informados do conteúdo dos testes aceitaram participar voluntariamente. Todos foram identificados com sua data de nascimento e convertida para idade em fração decimal de duas casas.

Procedimentos

    Foi feito contato prévio com o estabelecimento de ensino para conseguir sua autorização. Após foram contatados os escolares e posteriormente, aqueles que aceitaram participar executaram os testes no próprio estabelecimento de ensino onde estudam.

Instrumentos

    A bateria de testes é utilizada em outros estudos em curso nesse Laboratório baseada em De Bortoli e De Bortoli (2007) e é chamada de Teste de Capacidade de Elaborar Estratégias de Ação, onde são realizados três tipos de testes motores desportivos com componentes táticos de percepção e antecipação, o primeiro teste [FTS] utilizando o esporte futsal, manejando os membros inferiores. O segundo teste [VLB] utilizando elementos dos esportes voleibol, basquetebol e handebol e tenta analisar as habilidades com os membros superiores. O terceiro teste [TNS] utilizando um implemento para o contato com a bola e tenta analisar as habilidades do esporte tênis e deslocamentos espaciais associados.

    O FTS tem duração de 30 s e consiste em uma parede lisa e uma linha paralela a ela a uma distância de 3 m; uma bola de futsal, tamanho adulto com 9 lbs de pressão interna. Em uma tentativa o sujeito tem como objetivo fazer o maior número possível de chutes contra a parede a uma distância de 3 m. Para efeito da pontuação é considerado o número total de chutes feitos em 30 s. Os chutes feitos sem a bola ultrapassar a linha demarcatória de 3 m não serão considerados.

    O VLB tem duração de 30 s e consiste em uma parede lisa e uma linha paralela a ela a uma distância de 3 m. Na parede, uma linha paralela ao solo, distante 2 m. Uma bola de voleibol de praia, tamanho adulto com 6 lbs de pressão interna. Em uma tentativa o sujeito tem como objetivo fazer o maior número possível de lançamentos contra a parede a uma distância de 3 m, por cima da linha dos ombros. Para efeito da pontuação é considerado o número total de lançamentos feitos em 30 s. Os lançamentos devem ser executados sem ultrapassar a linha no solo e deve partir com as duas mãos, por cima da linha dos ombros e tocar a parede por cima da linha de 2 m paralela ao solo.

    O TNS tem a duração de 30 s e consiste em uma parede lisa e uma linha paralela a ela a uma distância de 3 m. Na parede, uma linha paralela ao solo, distante 1,5 m. Uma bola de tênis e uma raquete de madeira de jogar na praia (frescobol). Em uma tentativa o sujeito tem como objetivo fazer o maior número possível de lançamentos contra a parede a uma distância de 3 m por cima da linha da parede, utilizando a raquete para impulsionar a bola. Para efeito da pontuação é considerado o número total de lançamentos feitos em 30 s. Os lançamentos devem ser executados sem ultrapassar a linha no solo e a bola deve tocar a parede por cima da linha de 1,5 m paralela ao solo.

Análise estatística

    Os dados foram analisados utilizando coeficiente de Pearson para os resultados dos testes cognitivos e Teste t-Student de duas vias presumindo variâncias equivalentes para verificar diferenças nos resultados entre grupos de idade e de gênero.

Cuidados éticos

    Este estudo segue critérios aprovados do Comitê de Ética em Pesquisa/UFS em projeto sob o número CAAE – 0030.0.107.000-10, e protocolo número 103/2010.

Resultados

    Na figura 1 observa-se a distribuição dos sujeitos estudados de acordo com sua média de idade e gênero, divididos em três grupos. Comparando os grupos por gênero, houve diferenças significativas entre ambos com t (1,667) =1, 834; p = ,035 sendo o grupo masculino menos homogêneo (SD =1, 37 ano) que o feminino (SD = 0,91 ano).

Figura 1. Médias e desvios padrões (SD) das idades por grupos *(p < ,05).

    Ao compararmos os resultados os testes de FTS teve t (1,667) = 9,001; p < ,000, VLB t(1,667) = 6,143; p < ,000 e TNS t(1,667) = 5,589; p < ,000 por grupos de gênero observamos que os meninos obtiveram valores mais elevados que as meninas. Na figura 2 observamos as pontuações médias divididas por gênero e a média geral dos sujeitos analisados.

Figura 2. Médias e desvios padrões dos resultados dos testes de FTS, VLB e TNS **(p < ,001).

    Na figura 3 são apresentados os grupos com divisão por faixa etária. O primeiro grupo é composto pelos sujeitos que têm idade superior à média de idade da amostra e o segundo grupo pelos sujeitos que têm idade inferior à média da amostra.

Figura 3. Médias e desvios padrões das idades por grupos acima e abaixo da média geral

    Agrupados em acima e abaixo da média da idade, os grupos foram comparados e os resultados apresentados na figura 4. Observa-se que o grupo acima da idade média teve pontuações maiores que o outro grupo, mesmo embora não apresente diferenças significativas.

Figura 4. Médias e desvios padrões dos resultados dos testes

FTS, VLB e TNS dos grupos “acima” e “abaixo” da média de idade

    Na figura 5 são apresentadas as correlações de Pearson entre as médias dos resultados dos testes FTS, VLB e TNS do total dos resultados, gênero masculino e gênero feminino. As correlações são positivas e pode ser realçado que mesmo em testes que envolvem mão (VLB) e pés (FTS) a correlação entre o montante total dos sujeitos foi r = ,73 e entre os meninos r = ,63, o que parece ser indicador de que de alguma forma a capacidade motora não foi a única responsável pelos resultados. As piores correlações ficaram por conta dos testes que reúnem implemento (TNS).

Figura 5. Representação gráfica da Correlação de Pearson entre resultados por gênero e total

    Na tabela 1 são apresentados os valores discriminados das correlações entre os resultados dos testes de FTS, VLB e TNS, considerando o total da amostra e entre os sexos.

Tabela 1. Valores da Correlação de Pearson entre resultados por gênero e total

Discussão

    A faixa etária do grupo estudado extrapola os 15 anos de idade, fase em que o ser humano desenvolve o raciocínio hipotético-dedutivo (Santana et al., 2006) o que indica que alguns sujeitos já construíram suas estruturas mentais que os ajudariam a responder de forma estratégica às tarefas apresentadas. Dessa forma, pode-se estimar que os resultados coincidem com a capacidade real da amostra.

    Há diferenças altamente significativas entre gêneros nos três testes (p < ,001). Essa diferença nos faz acreditar que seja relacionada à capacidade motora mais que à capacidade de elaboração de estratégias de ação, confirmando Berleze, Haeffner e Valentini (2007) que encontraram superioridade no desenvolvimento motor dos meninos e atrasos no desenvolvimento motor de crianças obesas e Valentini (2002) que em um estudo comparando o desenvolvimento motor de meninos e meninas percebeu que crianças mais velhas exibem desempenho locomotor superior e que meninos e meninas evidenciam desempenhos locomotores similares, porém meninos evidenciam superioridade nas habilidades de controle de objetos.

    Corrêa, Silva e Paroli (2004) estudando métodos parcial, total e situacional de ensino de futsal, não encontraram diferenças entre gêneros, diferente dos resultados encontrados em nosso estudo, mas para eles, somente as meninas evoluíram no posteste. Os autores falam em melhora no envolvimento no jogo para as meninas.

    Cohen (1999) diz que para na prática de esportes como o futebol é necessário um Nível Técnico que deve ser executado com máxima velocidade e conduzido por uma inteligente Capacidade de Decisão. Acrescenta que se a estes elementos lhe agregamos um plano estratégico coletivo sumamente complexo, vê-se ainda que o jogo obriga a seus participantes a terem uma grande concentração mental nas tarefas coletivas de cooperação-oposição. Essa maior experiência poderia ser a explicação para os mais velhos obterem melhores pontuações.

    Esses valores de correlação entre o resultados dos testes nos remete ao que Santana et al. (2006, p. 74) afirmam: “qualquer máquina capaz de processar símbolos pode simular também os processos mentais”. “A inteligência é um processo de busca para resolução de problemas (estratégias heurísticas)”, base dos testes utilizados neste estudo. O problema é que as condições iniciais de qualquer tarefa sempre são variadas, o que dificulta a transferência do percebido para a ação.

    Assim, a tese de que a capacidade de execução está associada somente à capacidade motora sofre alguns questionamentos, pois os testes propostos não eram de conhecimento dos sujeitos participantes. Suas respostas foram de acordo com a sua capacidade de identificar o objetivo do teste e elaborar uma solução motora para as condições iniciais.

    Antunes et al. (2006, p. 112) confirmam essa dependência dizendo que “a ação do exercício físico sobre a função cognitiva pode ser direta ou indireta. Os mecanismos que agem diretamente aumentando a velocidade do processamento cognitivo seriam uma melhora na circulação cerebral e alteração na síntese e degradação de neurotransmissores.”

    Em casos mais reduzidos como a transferência de aprendizagem, Koeneke, Battista, Janocke e Peters (2009) não encontraram resultados muito satisfatórios para a transferência da aprendizagem de habilidades motoras intramãos e entremãos. Todavia, os resultados apresentados aqui nos estimulam a pensar diferente em se tratando de estratégias de ação para tarefas um pouco mais complexas, neste caso utilizando implementos.

    Ao analisar os resultados obtidos em testes técnicos, mas com componentes cognitivos de elaboração de estratégia de ação, a afirmação de Cerezo (2000) dizendo que todos que trabalham com esporte (treinadores, preparadores físicos, médicos, psicólogos, etc.), “de una manera o de otra, actuemos en el ámbito de la iniciación o de la alta competición, tenemos una preocupación común, la de hacer más eficientes los procesos de entrenamiento que podamos llevar a cabo”, não somente é pertinente como ponto crucial para condução desse estudo. Ele acrescenta, ainda, que “...las posibilidades de éxito dependerán de un uso inteligente de la relación de oposición/cooperación.”

    Dessa forma, ao perceber que os gêneros apresentaram diferenças significativas com os meninos obtendo maiores médias de pontuações nos testes, passamos a supor que foi por causa da maior habilidade física ou motora.

    Quando o grupo com idade acima da média dos sujeitos estudados apresentou pontuações superiores ao outro grupo, mas sem haver diferenças significativas começamos a questionar a tese de diferenças por habilidade motora, pois para confirmar-se deveria haver diferenças significativas nos resultados.

    Seguindo os resultados, as correlações encontradas entre os resultados dos testes nos levam a manter a tese de que a transferência da aprendizagem cognitiva se manifeste, pois parece haver uma tendência de que os melhores resultados nos testes com implemento, usando os pés, obtenham melhores resultados com implementos usando as mãos.

    Essa relação, amparada na especificidade dos testes que solicitam alta capacidade cognitiva dos sujeitos na elaboração de estratégias de ação, e associada ao fato de que a situação inicial da tarefa é o ponto crucial para a sua execução, nos leva a crer que atividades físicas desportivas podem contribuir para desenvolvimento intelectual dos praticantes.

    Admitindo que os processos e metodologias de ensino pudessem ser otimizados em relação ao objetivo final, que é desenvolver o sujeito preparado para as atividades diárias mais que para a especificidade do esporte, passamos a defender que a transferência da aprendizagem cognitiva é possível. Assim, teríamos que alterar as metodologias de ensino dos esportes a partir da proposição das tarefas, e realizar mais estudos dentro dessa área de deficiência cognitiva e que pode ser combatido através da aprendizagem nos esportes.

Limitações do presente estudo

    A amostra deste estudo foi composta por um número de sujeitos que não permite a inferência dos resultados. Esse é o motivo para seguir estudando nesta área, buscando mais sujeitos para ter-se valores realmente significativos nessa área de investigação.

Bibliografia

  • Antunes, H. K. M., Santos, R. F., Cassilhas, R., Santos, R. V. T., Bueno, O. F. A. & Mello, M. T. (2006). Exercício Físico e Função Cognitiva. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 12(2), 108-113.

  • Berleze, A., Haeffner, L. S. B. & Valentini, N. C. (2007). Desempenho motor de crianças obesas: uma investigação o processo e produto de habilidades motoras fundamentais. Revista Brasileira de Cineatropometria e Desenvolvimento Humano. 9(2), 134-144.

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  • Cohen, R. (1999). Futbol: análisis funcional para la detección y formación de talentos. Lecturas: Educación física y Deportes, Buenos Aires, 4(14), jun. http://www.efdeportes.com/efd14/talent.htm

  • Corrêa, U. C., Silva, A. S. & Paroli, R. (2004). Efeitos de diferentes métodos de ensino na aprendizagem do futebol de salão. Motriz. 10(2), 79-88.

  • De Bortoli, R. & De Bortoli, A. L. (2007). Entrenamiento Cognitivo en los Deportes Tácticos. En: F. Guillen & M. Bara Filho (Eds.). Psicología del Entrenador Deportivo (pp. 305-319). Sevilla: Wanceulen.

  • Koeneke, S., Battista, C., Janocke, L. & Peters, M. (2009). Transfer Effects of Practice for Simple Alternating Movements. Journal of Motor Behavior, 41(4), 347-355.

  • Parrat-Dayan, S. (2007). A discussão como ferramenta para o processo de socialização e para construção do pensamento. Educação em Revista, 45, 13-24.

  • Santana, S. M., Roazzi, A. & Dias, M. G. B. B. (2006). Paradigmas do desenvolvimento cognitivo: uma breve retrospectiva. Estudos de Psicologia, 11(1), 71-78.

  • Valentini, N. C. (2002) Percepções de Competência e Desenvolvimento Motor de meninos e meninas: um estudo transversal. Movimento, Porto Alegre, 8(2), 51-62.

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