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Análise dos resultados de perimetria após a realização de um programa de treinamento físico: um estudo de caso El análisis de los resultados de la perimetría después de la realización de un programa de entrenamiento físico: un estudio de caso Analysis perimetry results of the holding of a physical training program: a case study |
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*Acadêmica do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário de Caratinga - UNEC **Mestre em Desenvolvimento da Criança pela Universidade Técnica de Lisboa - Portugal Orientador – professor do Centro Universitário de Caratinga – UNEC |
Maria do Rosário Torres Saqueto* Vagner Maciel Freris** (Brasil) |
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Resumo Introdução: A perimetria é a mensuração em centímetros da circunferência, feita com fita métrica que consiste em encontrar o perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo. Objetivo: Comparar os resultados de perimetria (pré-teste e pós-teste) em uma pessoa, após a realização de um programa de treinamento físico por 12 semanas. Metodologia: descritiva com caráter exploratório em um estudo de caso. Conclusão: verificamos neste estudo que, a atividade física realizada regularmente, promove diferenças significativas nos resultados de perimetria. Unitermos: Perimetria. Treinamento físico. Qualidade de vida.
Abstract Introduction: The perimeter is the measurement in centimeters circumference, made with tape which is to find the maximum circumference of a body segment when measured at right angles to its long axis. Objective: To compare the results of perimetry (pretest and posttest) on a person, after conducting a physical training program for 12 weeks. Methodology: descriptive exploratory with on a case study. Conclusion: in this study we found that physical activity performed regularly, promotes significant differences in the results of perimetry. Keywords: Perimetry. Physical training. Quality of life.
Recepção: 06/10/2015 - Aceitação: 02/02/2016
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 214, Marzo de 2016. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
As questões sobre a qualidade da saúde e por consequência sobre qualidade de vida, já preocupam os seres humanos há muitos anos. Não é novidade ouvirmos especialistas alertarem sobre a necessidade das pessoas modificarem o seu estilo de vida objetivando a promoção da saúde.
Além da mudança no estilo de vida, ou seja, dos hábitos cotidianos, que envolvem alimentação, equilíbrio emocional e prática de exercícios físicos, têm-se a necessidade de manter um controle do atual estado de saúde das pessoas. Esse controle vai desde os mais diversos tipos de exames laboratoriais até a parte de medição das estruturas corporais.
A medida das circunferências corporais é um método alternativo para a predição da composição corporal, sendo vastamente utilizada por profissionais da saúde por sua simplicidade de manuseio e aceitabilidade.
A perimetria é a mensuração em centímetros da circunferência, feita com fita métrica que consiste em encontrar o perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo.
Esta forma de avaliação é bastante aceita em dois casos, primeira quando o avaliado apresentar quantidade excessiva de gordura corporal e segundo, quando o objetivo é quantificar o padrão de distribuição da gordura corporal. (GUEDES, 2006).
Diante do exposto, seria possível efetuar a análise de perimetria (pré-teste e pós-teste) em uma pessoa, após a mesma ter sido submetida a um programa de treinamento físico por 12 semanas?
Objetivos
Geral
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Comparar os resultados de perimetria (pré-teste e pós-teste) em uma pessoa, após a realização de um programa de treinamento físico por 12 semanas.
Específicos
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Contextualizar sobre o protocolo de perimetria como referência no trabalho com pessoas iniciam um programa de treinamento físico;
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Descrever o protocolo de perimetria utilizado na pesquisa;
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Apresentar os dados de perimetria pré e pós um programa de treinamento físico.
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Promover a discussão dos resultados obtidos.
Revisão de literatura
A obesidade é um dos maiores problemas de saúde enfrentados na atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais. O aumento da obesidade tem relação com o sedentarismo, os erros alimentares e pelo próprio estilo de vida. Ela ocorre quando há uma ingestão elevada de calorias e não acontece o seu gasto, levando ao aumento do peso podendo agravar a situação causando doenças do coração, pressão alta, diabetes, colesterol elevado, dentre outras.
Segundo Reis (2009), a obesidade esta altamente e diretamente relacionada ao estilo de vida das pessoas. Diversos fatores influenciam para o desenvolvimento da obesidade, como: fatores relacionados ao trabalho, a qualidade de sono, formas de entretenimento e relações culturais e sociais.
Os números da prevalência da obesidade no mundo industrializado vêm apresentando constantes aumentos e atingiram na última década níveis alarmantes. A organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a obesidade como uma doença que atinge proporções epidêmicas a nível global. Sendo assim, os interesses em controlar, prevenir e tratar a obesidade tornou-se ainda maiores (Januario et al., 2008).
Com o quadro de crescimento de obesos na última década o Brasil começou a se preocupar com esta questão. Segundo IBGE 1 em cada 10 adultos é considerado obeso e a tendência é de aumentar esta proporção (Nahás, 2001).
O peso corporal tende aumentar progressivamente dos 20 aos 50 anos e este fenômeno agrava-se ainda mais quando há redução nos níveis de prática de atividade física (Sidney et al. 1998).
Segundo Buemmann e Trembay (1999, p. 34), a atividade física é um relevante instrumento não farmacológico no tratamento da obesidade e das desordens metabólicas associadas a ela.
Uma das melhores formas de combate à obesidade é a prática regular de exercícios físicos associada a uma alimentação saudável, tais atitudes proporcionam uma redução do tecido adiposo e conseqüentemente em uma qualidade de vida melhor.
A prática de atividades físicas, preferencialmente, aeróbias e controle alimentar, visa o controle ou manutenção de peso corporal. Segundo Foss e Keteyian (2000) relatam que para se promover déficit calórico no balanço calórico diário e reduzir a massa de gordura corporal, o exercício físico deve ser de natureza aeróbia, ou seja, de longa duração e baixa intensidade, utilizando assim, principalmente as reservas de gordura para a energia necessária ao exercício.
Os exercícios aeróbios, de longa duração e baixa intensidade, são os mais indicados no processo de redução e controle da quantidade de gordura corporal (Guedes, 1995 e Cyrino & Nardo, 1996)
Bailey et al (1986) e Filardo et al (2002) citam que o treinamento físico pode provocar importantes modificações nos parâmetros de composição corporal, sobretudo na gordura corporal e na massa magra, sendo assim um importante fator na regulação e na manutenção da composição corporal.
Quanto ao programa a ser desenvolvido Dâmaso et al. (1995), sugerem uma freqüência de 3 a 5 vezes por semana, intensidade de 50% a 60% do VO2 máx, duração de 50 a 60 minutos por um período mínimo 12 semanas.
Sendo assim, foi realizada a análise de perimetria (pré-teste e pós-teste) após o período de 12 semanas de treinamento físico. A mensuração da perimetria é importante para obtenção dos valores das medidas, essencial para acompanhar o desenvolvimento ao longo das semanas e meses de treinamento físico.
O propósito da perimetria é mensurar: obesidade, índice de depósito de gordura e de massa muscular, desenvolvimento muscular, indicador de gordura visceral, predisposição a diabetes e doenças cardiovasculares.
Essa análise foi feita após 12 semanas de treinamento físico, pois após 12 semanas é que as alterações corporais aparecem, contribuindo para a melhora do desempenho físico e perfil antropométrico.
Matsudo (1979) afirma que os principais benefícios à saúde, advindos da prática de atividade física, referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos.
Abordagem metodológica
Tipo de pesquisa: descritiva com caráter exploratório.
População/amostra estudada na pesquisa: uma pessoa do sexo feminino de 57 anos de idade, regularmente freqüente ao programa de estágio supervisionado do curso de bacharelado em educação física do Centro Universitário de Caratinga – UNEC. Nessa atividade acadêmica, as pessoas da comunidade são atendidas pelos estagiários do referido curso sob a supervisão de um profissional de educação física. Como objetivo, esse estágio supervisionado, desenvolve com a comunidade um programa de treinamento físico dentro dos objetivos e necessidades de cada pessoa;
Critérios de inclusão e exclusão: foi inclusa uma pessoa que freqüenta de forma regular o programa de estágio supervisionado de bacharelado em educação física do Centro Universitário de Caratinga – UNEC no primeiro semestre de 2015 e que aceitou participar da pesquisa. Essa pessoa foi escolhida de forma aleatória. Foram excluídas as demais pessoas que freqüentam o referido programa de estágio;
Instrumento utilizado: foi utilizado na perimetria uma fita métrica para mensurar a circunferência do peito normal e inspirado, cintura, abdome, quadril, braço direito e braço esquerdo relaxado e contraído, coxa direita e coxa esquerda, perna direita e perna esquerda de forma pré e pós programa de treinamento físico desenvolvido durante 12 semanas, no período de 26 de fevereiro de 2015 a 02 de junho de 2015;
Procedimentos e coleta de dados para a pesquisa: inicialmente foi efetuada uma anamnese que faz parte do atendimento no programa de estágio supervisionado de bacharelado em educação física do UNEC. Nessa anamnese consta a parte de perimetria, objeto dessa pesquisa. Os dados iniciais foram coletados no dia 26 de fevereiro de 2015 o que consideramos como dados pré-programa de treinamento. Na data 02 de junho de 2015 foram coletados novamente os mesmos dados, que consideramos como dados pós-programa de treinamento. Foram utilizados para a coleta dos dados, uma fita métrica simples.
Apresentação e discussão dos resultados
Quadro I. Descrição dos dados de perimetria pré e pós um programa de treinamento
No quadro I, estão expressos os valores de perimetria do pré e pós-programa de treinamento físico da pessoa objeto desse estudo. Verifica-se que houve redução das circunferências após o período de 12 semanas, destacando os resultados obtidos das medidas aferidas principalmente na cintura, no abdome e no quadril, onde tivemos uma redução satisfatória destas medidas. Tais valores são referências importantes para a prevenção e controle de algumas doenças, como as cardiovasculares e a diabetes, dentre outras. Segundo Rezende et al (2006), intervenções visando reduzir o peso corporal, em especial à gordura central, são de extrema importância para a prevenção e controle das doenças cardiovasculares na população.
A diminuição das circunferências ocorre com a prática regular de exercício aeróbio, pois, esse tipo de exercício induz alterações favoráveis no peso e na composição corporal. Foss e Keteyian (2000) relatam que para se promover déficit calórico no balanço calórico diário e reduzir a massa de gordura corporal, o exercício físico deve ser de natureza aeróbia, ou seja, de longa duração e baixa intensidade, utilizando assim, principalmente as reservas de gordura para a energia necessária ao exercício.
Considerações finais
Para responder ao objetivo geral desse estudo ora traçado que era de comparar os resultados de perimetria (pré-teste e pós-teste) em uma pessoa, após a realização de um programa de treinamento físico por 12 semanas, pode-se afirmar que o mesmo foi realizado, bastando que nos reportemos ao quadro I, na discussão dos resultados.
Com relação aos objetivos específicos, todos também foram realizados. Contextualizamos e descrevemos sobre o protocolo de perimetria bem como apresentamos e discutimos os dados sobre perimetria levantados junto a uma pessoa que freqüenta o programa de exercícios físicos do estágio supervisionado do curso de bacharelado em educação física do UNEC.
Verificamos neste estudo que, a atividade física realizada regularmente, promove diferenças significativas nos resultados de perimetria. Isto nos permite inferir que, além de atender aos objetivos estéticos, reduzindo medidas, o exercício físico também reduz significativamente os riscos de doenças em função do excesso e distribuição de gordura corporal, agindo positivamente sobre aspectos relacionados à qualidade de vida, levando a níveis mais próximos dos padrões desejáveis em termos de saúde.
Bibliografia
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Bailey, D., Malina, R.M., Mirwald, R. Physical activity and growth of the child. In: Falkner, F., Tanner, J.M. (eds.). (1986). Human growth: a comprehensive treatise. 2ª ed. New York: Plenum Press, p.147-170.
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Buemann, B.; Trembay, A. (1999). Efeitos do condicionamento físico na obesidade abdominal. Revista Sprint, Rio de Janeiro. n. 102, p. 34-48.
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Cyrino, E.S. & Nardo, N.N. Jr. (1996). Subsídios para a prevenção e controle da obesidade. Revista de atividade física e saúde, 1(3) 15-25
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Dâmaso, A., Teixeira, L. & Curi, C. M. (1995). Atividades Motoras na Obesidade. In: Fisberg, M. Obesidade na infância e adolescência (pp. 91-99). São Paulo: Fundação BYK, SP.
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Filardo, R. D., Pires-Neto, C. S., Rodriguez-Añes, C. R. (2001). Comparação de indicadores antropométricos e da composição corporal de escolares do sexo masculino participantes e não participantes de programas de treinamento. Rev. Bras. Ativ. Fis. Saúde. v.6, n.1. p. 31-37.
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Foss, M. L.; Keteyian, S. J. (2000). Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
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Guedes, D. P. (1995). Atividade física, aptidão física e saúde. In: Brasil, Ministério da Saúde-Coordenação de Doenças Crônico-degenerativas. Orientações básicas sobre atividade física e saúde para os profissionais das áreas de educação saúde. Brasília: Ministério da Saúde, p.51-62.
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Guedes, D. P. (2006). Recursos antropométricos para análise da composição corporal. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 20, p. 115-119.
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Januário, R. S. B. & Nascimento, M. A. & Barazeti, L. K. & Reichert, F. F. & Mantoan, J. P. B. & Oliveira, A. R. (2008). Índice de massa corpórea e dobras cutâneas como indicadores de obesidade em escolares. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. n.10.a3. pp. 266-270. http://www.efdeportes.com/efd171/indice-de-massa-corporal-e-dobras-cutaneas.htm
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Matsudo, V. K. R. (1979). Avaliação da potência anaeróbica: Teste de corrida de 40 segundos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. São Paulo, n.1, p. 8 -16.
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Nahás, M.V. (2001). Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida mais ativo. Londrina: Midiograf.
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Reis, C. P. (2009). Obesidade e Atividade Física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 130. http://www.efdeportes.com/efd156/obesidade-consequencias-e-tratamento.htm
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Sidney, S. et al. (1988) Seven-year change in graded exercise treadmill test performance in young adults in the Cardia-study. Méd. Sci. Sport Exerc., v.30, n.33, p. 427-433.
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