Avaliação física em idosos participantes na Universidade Sénior de Beja Evaluación física en personas de edad avanzada que participan de la Universidad de Mayores de Beja Physical assessment in elderly participants in the Senior University of Beja |
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Mestre em Educação Física Docente no Instituto Politécnico de Beja (Portugal) |
João Lourenço |
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Resumo Está comprovado que a atividade física nos idosos é de extrema importância, na medida em que minimiza a degeneração provocada pelo envelhecimento, possibilitando, assim, ao idoso manter uma qualidade de vida ativa. E por outro lado a inatividade física está relacionada com o declínio físico. Deste modo, pretendemos avaliar a aptidão física funcional de um grupo de idosos que frequentam um programa de atividade física na universidade sénior de Beja, através da bateria de testes "Fullerton Functional Fitness Test" (Rikli e Jones, 1999). A amostra constituiu-se de 15 utentes, composto por 6 elementos do género masculino e 9 do género feminino, com idades compreendidas entre os 55 e os 76 anos (média de 65 anos). No total foram realizadas 105 avaliações, dessas, 74 apresentaram valores considerados normais ou dentro da média, 14 mostraram valores acima da média e 17 abaixo da média. Podemos também observar, que no diz respeito à Flexibilidade (os testes Sentar e alcançar e alcançar atrás das costas) os valores encontram-se dentro da média, tal como, a força e resistência muscular (Levantar e sentar / Flexão do antebraço) e a aptidão cardiorrespiratória (andar 6’ e step 2’). Em contrapartida quanto à agilidade, equilíbrio e velocidade (Sentar, caminhar e sentar) os valores estão abaixo da média. Unitermos: Envelhecimento. Atividade física. Avaliação física. Aptidão funcional.
Abstract It is proven that physical activity in elderly patients is extremely important, as it minimizes the degeneration due to aging, enabling the elderly to maintain an active quality of life. And moreover physical inactivity is related to physical decline. Thus, we intend to evaluate the functional fitness of a group of seniors who attend a physical activity program in the senior college of Beja, through a battery of tests "Fullerton Functional Fitness Test" (Rikli and Jones, 1999). The sample consisted of 15 users, composed of 6 elements males and 9 females, aged 55 to 76 years doing an average of 65 years. We can see, using the contact details of 15 users performing 105 ratings, of these, 14 of the results are above average values. As for the values considered normal were presented 74 results. However they found 17 results below average or classified as "Mobility Loss Risk." We also note, with regard to flexibility (Sit the tests and achieve and reach behind your back) values are about average, such as strength and muscular endurance (Raise and sit / forearm flexion) and cardiorespiratory fitness (floor 6 'and step 2'). On the other hand as agility, balance and speed (Sit, walk and sit) values are below average. Keywords: Aging. Physical activity. Physical assessment. Functional fitness.
Recepção: 09/08/2015 - Aceitação: 20/12/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 213, Febrero de 2016. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
São cada vez mais os estudos que evidenciam a importância da atividade física na minimização da degeneração provocada pelo envelhecimento, possibilitando ao idoso manter uma qualidade de vida ativa. O American College of Sports Medicine (ACSM, 1998) refere que as causas que provocam o declínio físico, à medida que envelhecemos, são múltiplas: vão desde o envelhecimento biológico, passando pelas doenças, até aos níveis muito baixos de atividade física provocados por estilos de vida muito sedentários. Sendo este, atualmente, referido como um dos principais fatores que contribui para o envelhecimento precoce e o surgimento de doenças crónicas degenerativas, como as doenças cardiovasculares (Spirduso et al., 2005).
Segundo Geis (1994), alguns estudos demonstram que a atividade/exercício físico podem, no mínimo, atrasar algumas modificações decorrentes do declínio humano, e por isso, quanto mais cedo se começar a prática de atividade/exercício físico, melhores serão os resultados obtidos.
O exercício físico apresenta benefícios ao nível da melhoria ou manutenção de gestos e movimentos indispensáveis na realização de tarefas do dia-a-dia, bem como no aumento da aptidão física através do aumento das capacidades de força, de equilíbrio, de coordenação, de flexibilidade e de resistência (Carvalho & Mota, 2002). Passando também a ter uma melhor relação com o mundo que o rodeia, diminuindo os sentimentos de solidão e as frequentes depressões (Geis, 1994).
Uma prática regular de atividade/exercício físico produz efeitos positivos no sistema músculo-esquelético, cardiovascular, endócrino e respiratória, reduzindo a prevalência de algumas doenças que mais afetam os idosos, levando assim a uma diminuição dos internamentos, hospitalização e da mortalidade (Duarte & Nahas, 2003), reduzindo, consequentemente, os gastos ao nível da saúde.
A avaliação física é sempre necessário para quem quer iniciar uma pratica regular de atividade/exercício físico. De várias existentes a utilizada foi a bateria de testes "Fullerton Functional Fitness Test" (Rikli e Jones, 1999), por ser uma bateria validada.
O presente estudo tem o objetivo de analisar a aptidão funcional dos idosos participantes nas aulas de fitness da Universidade Sénior de Beja.
Procedimentos e metodologias
A amostra é constituída por 15 utentes, que ao longo do período foi aumentando gradualmente, até aos finais 24 utentes. Com idades compreendidas entre os 55 e os 76 anos fazendo uma média de 65 anos, o grupo era composto por 6 elementos do género masculino e 18 do género feminino. As aulas decorriam no Instituto Politécnico de Beja, com uma periodicidade de 2 vezes por semana, no período de Janeiro a Junho de 2013.
Primeiramente, foi aplicado aos 15 utentes iniciais o "Fullerton Functional Fitness Test" (Rikli e Jones, 1999). Esta bateria de testes foi desenvolvida com o objetivo de providenciar uma forma de avaliar parâmetros fisiológicos e motores em comportamentos executados em tarefas do dia-a-dia da sua mobilidade funcional.
Tabela 1. Baterias de testes de Fullerton Riki e Jones (1999), adaptado de Baptista e Sardinha (2005)
A avaliação da aptidão física funcional deve ser realizada em circuito, de forma a minimizar os efeitos da fadiga localizada. Após um período inicial de 8 a 10 minutos de aquecimento, devem ser formados pequenos grupos de 3 a 4 pessoas por estação. A avaliação da capacidade aeróbia não está incluída no circuito, já que deve ser efetuada após todas as outras avaliações (Baptista e Sardinha, 2005).
Figura 1. Protocolo/sequência de realização dos testes (Baptista e Sardinha, 2005)
Os dados do estudo foram posteriormente analisados com o auxílio do programa de computador Microsoft Office Excel, com a análise estatística descritiva básica.
Análise e discussão dos dados
Inicialmente foi aplicado um questionário de anamnese, baseado em questões existentes no IPAQ, onde foram colhidas as informações pessoais de cada participante, juntamente com questionamentos relevantes sobre o seu estado físico.
Em relação às patologias, verifica-se que 8 participantes não apresentam nenhuma doença. Enquanto isso, 2 declararam ter diabetes, 2 sofrem de doenças metabólicas e 3 de doença cardiovascular ou pulmonar.
Quanto aos sintomas 4 apresentam sintomas de taquicardia, 1 desmaios e tonturas e 1 dor no peito.
No que respeita aos fatores de risco 3 apresentam obesidade, 5 tensão arterial, 4 colesterol elevado e 1 histórico familiar.
Para completar esta informação, acrescentamos que 14 utentes tomam medicação regularmente e que não apresentam problemas de saúde condicionante para a prática de atividade física.
Quanto à prática de atividade física, 10 já frequentaram aulas de grupo e 6 praticam outro exercício regularmente, mais especificamente a caminhada.
Por fim justificam que os objetivos pelos quais se inscreveram no núcleo foi para manter a forma e pelo convívio.
De seguida apresentamos os resultados dos testes.
O tratamento de dados tem como base de trabalho os próprios valores de referência da Baterias de testes de Fullerton Rikli e Jones (1999).
Figura 2. Resultados dos testes de Fullerton
Dos utentes que realizaram o teste podemos observar que os resultados obtidos estão na sua maioria na média padronizada pelo teste.
No que respeita ao Índice de Massa Corporal (IMC), observamos que a maioria (12 utentes) se encontra nos valores médios, ou seja 6 no percentil 25, 5 no percentil 50 e apenas 1 no percentil 75 e apenas 3 abaixo da média (percentil 10). De salientar que nenhum utente apresentou valores acima da média.
No teste Senta e Alcança, cujo objetivo é avaliar a flexibilidade dos membros inferiores, verificamos que a maioria (14) se encontram nos valores médios (5 correspondem ao percentil 25, 5 ao percentil 50, 4 ao percentil 75) e 1 acima, ou melhor no percentil 90. De salientar que nenhum utente ficou abaixo dos valores médios de referência.
A flexibilidade pode trazer grandes benefícios para a saúde, pois possibilita a amplitude de movimentos, elasticidade dos músculos e tendões (Nahas, 2010), fatores importantes que aplicam em atividades diárias por exemplo na higiene pessoal.
No teste de levantar e caminhar avalia-se a agilidade e o equilíbrio dinâmico, observamos que 7 utentes se encontram nos valores médios de referência e 8 encontram-se abaixo. De acordo com a tabela de referência dos percentis observamos que 8 situam-se no percentil 10, 3 no percentil 25 e apenas 4 no percentil 50. Não se encontram valores nos percentis 75 e 90.
Para Ferreira e Gobbi (2003) os níveis de agilidade estão diretamente ligados às atividades quotidianas dos indivíduos, ou seja, à aptidão funcional.
Segundo Ruwer e al. (2005), o processo de envelhecimento provoca distúrbios no equilíbrio corporal, tendo este grande impacto para os idosos, pode provocar uma diminuição da autonomia, desencadeado pela propensão de quedas e fraturas. Esta situação poderá criar situações de medo, sofrimento e incapacidade.
No teste para avaliar a flexibilidade dos membros superiores, podemos verificar que 5 utentes apresentaram resultados classificados abaixo da média (percentil 10). Já 9 ficaram com índices normais (6 no percentil 50, 3 no percentil 75) e somente 1 classificou-se acima da média para a faixa etária (percentil 90).
A flexibilidade ao nível do plano superior é fundamental para a manutenção da autonomia dos idosos pois está diretamente associada a tarefas simples da vida diária, como por exemplo vestir e despir-se
Nos resultados obtidos no teste de levantar da cadeira, que avaliou a força dos membros inferiores, 11 participantes apresentaram índices normais de força, enquanto os restantes (4) encontram-se acima da média esperada para suas respetivas idades. Que face à tabela de referência, significa que 6 encontram-se no percentil 25, 2 no percentil 50, 3 no percentil 75 e 4 no percentil 90, isto é acima da média para a faixa etária. De referir que nenhum utente se situou no percentil 10, isto é abaixo da média.
Segundo Rikli, Jones (2008), a perda de massa muscular e da força para além de estar relacionado com vários fatores é a falta de atividade física que influencia mais, pois através do exercício físico que ocorre maiores ganhos. Podemos observar em situações da vida como por exemplo, sentar e levantar no autocarro parado, levantar-se rapidamente para realizar uma atividade.
No teste de flexão do Antebraço que avalia a força dos membros superiores, 11 utentes tiveram um desempenho normal, especificando 5 no percentil 25 e 3 em cada percentil 50. Já 3 utentes apresentaram valores acima da média (percentil 90) e apenas 1 utente abaixo da média (percentil 10).
Fleck e Kraemer (1999) afirmam que, a força é uma das mais importantes valências física. O enfraquecimento dos músculos pode ocorrer até que uma pessoa idosa não consiga realizar mais atividades comuns no dia-a-dia, por exemplo transportar sacos de compras, levantar objetos, etc.
Segundo Nahas (2010), a partir dos 40 anos, bons níveis de força muscular, ajudam a prevenir a osteoporose e quedas, preservando a independência das pessoas na velhice.
Na análise da resistência aeróbia foram realizados os 2 tipos de teste (Andar 6 minutos e step 2 minutos). No caso dos utentes que realizaram o teste de andar durante 6 minutos, todos (10) ficaram com valores dentro da média, ou seja 4 em cada percentil 25 e 50 e 2 no percentil 75. Quanto aos que realizaram o teste de step durantes 2 minutos, todos (5) ficaram com valores acima da média, isto é no percentil 90.
Os exercícios aeróbios, sendo mais recomendado a caminhada, quando praticados regularmente possibilitam inúmeros benefícios, por exemplo: melhora na saúde, melhora na coordenação de braços e pernas, melhora na capacidade motora, articular, muscular e cardiorrespiratórias entre outros (Mazo, 2009).
Tabela 2. Resultados dos testes Fullerton enquadrados com o percentil
Tabela 3. Média dos resultados por género
Através das análises dos resultados dos testes, pode-se observar que de acordo com a média de idade por género, a maioria dos testes flexibilidade, força e resistência muscular e aptidão cardiorrespiratória, se classificaram dentro da média, oscilando entre o percentil 50 e percentil 75 (médio alto). Apenas no teste Sentar, caminhar e Sentar onde é avaliado a agilidade, o equilíbrio e a velocidade, o percentil da média do género feminino é o 25 (médio baixo) e no género masculino é o único que se classifica abaixo dos valores de referência.
De acordo com o percentil considera-se dentro da média os percentis 25, 50 e 75, enquanto o percentil 10 é abaixo e o percentil 90 acima da média de acordo com a faixa etária.
Tabela de referência de percentis para o género masculino
Tabela de referência de percentis para o género feminino
Detalhadamente verificamos que no teste sentado e alcançar a média dos senhores foi de 3,75 e a média das senhoras foi de 7,68, estando ambos no percentil 50 (média).
No teste levantar e caminhar, a média dos senhores situou-se no 7,16 o que corresponde ao percentil 10, o único teste com valores abaixo da média. No que respeita as senhoras a média foi de 6,50 o que corresponde ao percentil 25, valor baixo mas dentro da média para a faixa etária.
Quanto ao teste alcançar as costas, observa-se que a média dos senhores foi 1,25 correspondente ao percentil 75, valor médio alto para a faixa etária. E a média das senhoras foi de -5,08, estando no percentil 50.
Relativamente ao teste de levantar e sentar, a média dos senhores foi de 16, situando-se no percentil 50 e no caso das senhoras a média foi de 17,55, estando este no percentil 75, valor médio alto para a faixa etária.
No teste flexão do antebraço, a média dos senhores foi de 20,25 e das senhoras de 16,45, ambos situados no percentil 50.
Quanto ao último teste, andar durante 6 minutos, a média dos senhores foi de 615 e a média das senhoras de 538,57, estando ambos no percentil 50.
Conclusão
A velhice é um processo inevitável, assim, o que se pretende acima de tudo é obter uma velhice bem-sucedida e com autonomia para exercer as suas atividades diárias, para isso, é essencial que o individuo seja ativo, devendo desta forma incentivar cada vez mais a população idosa para um programa de atividades desportivas ou físicas, apostando numa variedade grande de exercícios e aulas onde não só se verificam ganhos na saúde e físicos, como também mentais e de integração social.
Em jeito de conclusão, podemos verificar que que dos 15 utentes realizaram 105 avaliações, dessas, 14 dos resultados apresentam valores acima da média. Já para os valores considerados normais, foram apresentados 74 resultados. No entanto foram encontrados 17 resultados abaixo da média. Podemos também observar, no que diz respeito à Flexibilidade (os testes Sentar e alcançar e alcançar atrás das costas) os valores encontram-se dentro da média, tal como, a força e resistência muscular (Levantar e sentar / Flexão do antebraço) e a aptidão cardiorrespiratória (andar 6’ e step 2’). Em contrapartida quanto à agilidade, equilíbrio e velocidade (Sentar, caminhar e sentar) os valores estão abaixo da média.
De acordo com a média de idade por género, a maioria dos testes flexibilidade, força e resistência muscular e aptidão cardiorrespiratória, se classificaram dentro da média, oscilando entre o percentil 50 e percentil 75 (médio alto). Apenas no teste Sentar, caminhar e Sentar onde é avaliado a agilidade, o equilíbrio e a velocidade, o percentil da média do género feminino é o 25 (médio baixo) e no género masculino é o único que se classifica abaixo dos valores de referência.
Bibliografia
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Spirduso, W.W., Francis, K.L., & MacRae, P.G. (2005). Physical dimensions of aging. Champaign, Illinois: Human Kinetics Publishers.
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Digital · Año 20 · N° 213 | Buenos Aires,
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