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Análise sobre a obesidade em adolescentes e 

os reflexos na prática da Educação Física escolar

Análisis sobre la obesidad en los adolescentes y sus repercusiones en la práctica de la Educación Física escolar

Analysis on obesity in adolescents and reflections in the practice of school Physical Education

 

*Professor Mestre – Centro Universitário de Votuporanga - UNIFEV

**Discente em Educação Física – Centro Universitário de Votuporanga – UNIFEV

(Brasil)

Anderson Bençal Indalécio*

Gabriela Aparecida Rodrigues Trindade**

Nathalia Aparecida Montanhine dos Santos**

anderson.indalecio@outlook.com

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo teve como objetivo principal verificar o comportamento do aluno com obesidade nas aulas de educação física em relação as atividades proposta pelo professor e sua relação com os colegas durante as aulas em duas escolas estaduais de Votuporanga, SP. Nesta pesquisa abordaremos conceitos, tipos, causas, problemas de saúde causada pela obesidade, aspectos psicológicos, a educação física escolar e o professor. Para realização deste trabalho foi elaborado um questionário com questões fechadas e observações. Colaboraram com a entrevista 211 alunos obesos e não obesos. Durante as observações realizadas nas escolas E.E Uzenir Coelho Zeitune Profª e E.E Maria Nívea Costa Pinto Freitas Profª, os alunos obesos tinham dificuldade de participar das atividades proposta pelo professor e sua relação com os colegas de sala. O professor sempre intervia com estes alunos para que não ocorresse o preconceito, então devido a este caso, resolvemos ir a campo para verificar este comportamento nas aulas. A pesquisa nos trouxe um resultado satisfatório quanto a pratica de atividade física, a relação com seus colegas e professor e sobre seu corpo.

          Unitermos: Obesidade. Ensino médio. Educação Física escolar

 

Abstract

          This study had as its main goal to verify the behavior of obese students in Physical Education classes in relation with the activities proposed by the teacher and their relation with their classmates at two public schools in Votuporanga, SP. In this research, we will approach concepts, types, causes, obesity health problems, psychological aspects, Physical Education at school and the teacher. To achieve the objectives, a questionnaire with close-ended questions and observations was prepared. 211 obese and non-obese students participated in the interviews. During the observations made at Uzenir Coelho Zeitune Profª and Maria Nívea Costa Pinto Freitas Profª state schools, obese students had difficulty in participating in the activities proposed by the teacher and their relation with the other students. The teacher had to intervene in order to avoid prejudice, which led us to go on-site to analyze their comportment during class. The research brought us satisfactory results regarding the practice of physical activities and the students’ relation with their body, classmates and teachers.

          Keywords: Obesity. High School. Physical Education.

 

Recepção: 23/08/2015 - Aceitação: 09/12/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 213, Febrero de 2016. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Obesidade é um dos temas relacionados à saúde atual mais estudado no mundo. Durante um período foram realizados vários estudos para verificar quais são suas causas e por quais motivos levaram milhões de pessoas no mundo sofrerem com essa doença. Doença esta que vem chamando atenção desde a fase infantil até sua adolescência.

    Segundo Duarte e Guerra:

    A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da gordura corporal. Constitui-se em causa de aumento do risco das enfermidades metabólicos como diabetes e arteriosclerose, e hoje é considerada como importante fator de risco das doenças cardiovasculares e até de neoplasias malignas – câncer de intestino, da mama da mulher e de próstata do homem. (2001, p.111)

    Segundo Guedes e Guedes (1998, p.11) “o excesso de gordura e de peso corporal é acompanhado por maior suscetibilidade de uma variedade de disfunções crônico-degenerativas que elevam extraordinariamente os índices de morbidade e mortalidade”.

    Obesidade é uma doença que pode chegar até a morte e em causar outras doenças como hipertensão, diabetes, resistências à insulina, etc. Uma pessoa obesa pode ficar sem mobilidade nenhuma dependendo do seu grau da doença, terá que depender de terceiros para realizar suas atividades diárias como, tomar banho, comer, até para andar.

    “A obesidade refere-se especialmente ao aumento na quantidade generalizada ou localizada de gordura em relação ao peso corporal, associado a elevados riscos para a saúde”. (Guedes e Guedes, 1998, p.12).

    Neste sentido, por meio das observações realizadas durante o período de projeto nas escolas E.E Uzenir Coelho Zeitune Profª e E.E Maria Nívea Costa Pinto Freitas Profª, decidimos realizar este trabalho através do comportamento do aluno obeso nas aulas de educação física, buscando entender por quais razões levam a não quererem participar das aulas de educação física junto com os colegas de sala.

    Percebemos também as dificuldades nos aspectos físicos e sociais desses alunos em relação aos colegas de sala, pois eles sempre eram os últimos a serem escolhidos pelos colegas devido ao fato de não terem tanto condicionamento físico perante uma atividade e por serem taxados como “gordos” – por piadas.

    Além de tais dificuldades e a não aceitação no grupo, eles mesmo se auto-excluíam do grupo e das atividades propostas pelo professor. E quando praticavam alguma atividade física tinham vergonha de mostrar certas partes de seu corpo, e também eram muitos limitados por si mesmo a qualquer atividade.

    Segundo Borba:

    Assim, a baixa autoestima promovida pela não aceitação de si próprio, bem como o distanciamento dos colegas são problemas comuns para jovens obesos, e que consequentemente os levam a procuram refúgios nos alimentos, geralmente guloseimas e, como se fosse um ciclo vicioso, isso acaba contribuindo ainda mais para o aumento da obesidade (2004, apud Sturm, 2009, p.12)

    O objetivo deste trabalho é verificar o comportamento do aluno com obesidade nas aulas de educação física em relação às atividades físicas proposta pelo professor e sua relação com seus colegas de sala durante as aulas de Educação Física.

    Assim, este trabalho justifica-se na importância de discutir o papel do profissional de Educação Física frente ao acompanhamento do processo de aprendizagem de alunos obesos, como na prevenção e controle de obesidade, o sendo que a aula de educação física é o momento que esses alunos têm a convivência da prática de atividade física.

Metodologia

    O presente estudo foi realizado com uma pesquisa bibliográfica sobre o que é obesidade, as causas, os tipos e as doenças que estão ligadas a obesidade. Para que possam contribuir para trabalho as informações específicas sobre esta doença que tanto cresce no mundo inteiro. A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas da rede pública estadual, E.E Uzenir Coelho Zeitune Profª e E.E Maria Nívea Costa Pinto Freitas Profª na cidade de Votuporanga/SP, com meninos e meninas entre 15 e 17 regularmente matriculados no ensino médio. No mês de agosto foram entrevistados 211 alunos onde a coleta dos dados foi feita através de questionários, na qual foi utilizado computador, folhas, caneta e calculadora. Foi aplicado um questionário composto de 10 questões, para verificar a frequência, a prática de atividades físicas durante a semana, a opinião de cada aluno sobre as aulas de educação física e a relação de cada aluno com o seu próprio corpo.

Fundamentação teórica

Métodos de avaliação de peso corporal

    Segundo pesquisas o método mais utilizado para calcular a obesidade é o IMC (índice de massa corporal) esse método não define apenas a massa de gordura e sim a massa corporal total. No IMC deve dividir o peso do individuo pela sua altura, gerando assim um resultado na qual estará classificado a um dos seguintes graus:

IMC

Classificação

<18,5

ABAIXO DO PESO

18,5 – 25

NORMAL

25 – 30

SOBREPESO

30 – 35

OBESIDADE I

35 – 40

OBESIDADE II (SEVERA)

>40

OBESIDADE III (MÓRBIDA)

    Segundo Nahás (1999, apud Salve 2006, p.38):

    Para avaliar a obesidade recorre-se a medida da composição corporal, ou seja, gordura corporal (GC) e massa corporal magra (MCM). Para tal utilizam-se as técnicas de pesagem hidrostática, medidas de dobras cutâneas, higrometria, determinação do potássio corporal, ressonância magnética, densidade por emissão de fótons ou bioimpedância.

Causas da obesidade

    Uma das principais causas do aparecimento e da crescente expansão da obesidade é, o consumo desnecessário de alimentos hipercalóricos e a falta de atividade física.

    Com o modernismo, a mulher se tornou mais independente e passou a entrar no mercado de trabalho assim como o homem, e devido a isso houve algumas mudanças quanto à alimentação das famílias, ela deixou de preparar alimentos em casa e passou a adquirir produtos industrializados. Mas não é apenas por comer errado que as pessoas engordam, a outros fatores que influenciam.

    Segundo Wilmore e Costill:

    A obesidade refere-se à condição em que o indivíduo apresenta uma quantidade excessiva de gordura corporal avaliada em porcentagem do peso total (%G). Embora ainda não tenham sido estabelecidos valores exatos consideram-se obesos limítrofes homens com 20 a 25% e mulheres com valores de 30 a 35% e obesos propriamente ditos homens e mulheres com valores acima de 25% e 35% respectivamente (2001 p.664 apud Freitas 2010, p.12).

    As causas também podem ser hormonais, hereditários, devido à ingestão excessiva de alimentos com alto nível de gordura e a falta de atividade física. Na maioria dos casos, a alimentação correta e a pratica de atividade física representam a melhor forma para o controle de peso.Já o consumo excessivo de alimentos e o sedentarismo são as principais causas do alto índice de pessoas com sobrepeso e pessoas obesas.

    Hoje em dia consideram-se a obesidade como um desequilíbrio entre a energia consumida através de alimentos e o gasto energético, na qual acaba gerando um grande acúmulo de gordura no tecido adiposo, na qual pode ocorrer um comprometimento com a saúde. E, além disso, também estão envolvidos alguns aspectos genéticos, psicológicos, socioeconômicos, culturais e ambientais.

    Apesar de uma boa parte da população brasileira sofrer de desnutrição, nos grandes centros urbanos vê-se um grande surto de “gordinhos” e obesos devido à inatividade física e a ingestão desnecessária de alimentos industrializados.

Obesidade em adolescentes

    A obesidade em adolescente se inicia na infância, e depois se agrava na adolescência, devido ao grande consumo de alimentos com alto valor calórico e a falta de pratica de atividade física.

    Na adolescência é onde a obesidade começa se agravar, pois é nessa hora que os adolescentes estão em fase de crescimento e desenvolvimento, com várias mudanças morfológicas e fisiológicas, nas quais a alimentação e a pratica de atividade física passa ser de extrema importância.

    Crianças obesas têm grandes chances de se tornarem adolescentes obesos, e com isso eles já passam para a fase de adolescentes com uma auto- imagem negativa, pouca aceitação de si mesmo e alto exclusão.

    É interessante a família trabalhar desde a infância a alimentação, evitando que está criança tenha o peso acima do normal, pois assim pode ocorrer a diminuição de adolescentes obesos. A adolescência é uma etapa da vida que apresenta intensas transformações no processo de crescimento e desenvolvimento. (Ferriani; Dias; Silva, et al, 2005).

    Durante o período escolar a pouca aceitação do grupo em relação seu corpo faz com que a auto - estima fique cada vez mais baixa e isso contribui para ele tenha uma autoimagem negativa de si mesmo.

    Com tudo isto pode acontecer de estes adolescentes a terem problemas emocionais, como a depressão. O convívio social cada vez mais fica difícil, evitam festas, sair com os amigos. De acordo com Campos, “os distúrbios emocionais são as causas de muitas dificuldades de fala, que afligem muitos adolescentes” (2002, p.66).

    Entretanto nas aulas de educação física o professor deve ter uma atenção especialmente voltada para este adolescente, sempre orientando este aluno sobre a importância da pratica de atividades físicas, e os benefícios que essa pratica traz para a saúde. Assim podendo ajudar os adolescentes a tomarem novos rumos em sua vida mudando suas formas de pensar e agir.

Resultados e discussões

    Neste gráfico verificamos que 37% dos alunos praticam atividade física de 1 a 2 vezes por semana, 25% não praticam nenhum tipo de atividade física, 22% dos alunos praticam atividade física todos os dias e 16% dos alunos praticam atividade física de 1 a 2 vezes por semana.

    Com estes dados podemos afirmar que a maioria dos alunos leva uma vida ativa. Podemos verificar também que houve uma porcentagem satisfatória quanto ao número de alunos que não fazem a pratica nenhuma atividade física.

    “Desde os primórdios da humanidade o ser humano sente a necessidade de praticar atividades físicas, seja ela par ao prazer ou mesmo para sobreviver frente às dificuldades impostas pelas condições de vida cotidiana” (Moreira; Martins e Toledo et al., 2004, p.19).

    Neste grafico verificamos que 65% dos alunos vão a escola caminhando, 28% dos alunos vão a escola através de veiculos automotores e apenas 7% dos alunos vão a escola pedalando.

    Com isto podemos afirmar que o nivel de atividade física dos alunos é muito satisfatório. Também verifica-se uma porcentagem satisfatória quanto aos alunos que vão a escola com veiculos automotores.

    Neste gráfico verificamos que 61% dos alunos levam menos de 15 minutos para chegar à escola, 33% levam de 15 a 30 minutos, 4% de 30 a 60 minutos e apenas 2% levam mais de 60 minutos.

    Com estes dados podemos afirmar que estes alunos que levam menos de 15 minutos moram perto a escola que estudam.

    Neste grafico podemos verificar que 57% dos alunos avalia a aula de educação física boas, 29% dos alunos avalia as aulas ótimas, 13% dos alunos avalia as aulas regulares e apenas 1% dos alunos avalia as aulas ruins.

    Com estes dados podemos afirmar que o professor está fazendo um trabalho satisfatório com as aulas de educação física.

    “O desafio é tornar a aula de educação física atraente e cheia de significados. Esses desafios poderão ser os mesmo, porém, com novas vestes” (Moreira; Martins e Toledo et al., 2004, p. 25).

    Neste gráfico verificamos que 26% dos alunos escolheram o voleibol como atividade que mais gostam de praticar durante as aulas de educação física, 20% escolheram o futsal, 21% escolheram jogos e brincadeiras, 8% escolheram o handebol, 6% dos alunos escolheram basquetebol e outros 6% escolheram a dança, 5% dos alunos atletismo e outros 5% escolheram lutas, e por fim apenas 3% dos alunos escolheram que não gostam de nenhuma das atividades propostas.

    Com estes dados podemos afirmar que a maioria dos alunos tem preferência por praticarem o voleibol nas aulas de educação física e, que a minoria dos alunos não gosta de nenhuma das atividades propostas.

    Neste gráfico verificamos que 16% dos alunos não gostam de jogar basquetebol durante as aulas de educação física basquetebol,15% dos alunos não gostam de jogar futsal durante as aulas de educação física, 14% dos alunos não gostam de jogar handebol durante as aulas de educação física,13% dos alunos não gostam de lutas durante as aulas de educação física, 12% dos alunos não gostam de aulas de dança durante as aulas de educação física, 10% dos alunos não gostam de atletismo durante as aulas de educação física, 9% dos alunos não gostam de jogar voleibol durante as aulas de educação física, 7% dos alunos não gostam de jogos e brincadeiras durante as aulas de educação física, e apenas 4% dos alunos gostam de todas as atividades propostas.

    Com estes dados podemos ver a maioria dos alunos não gostam de praticar voleibol durante as aulas de educação física.

    Neste gráfico podemos verificar que 66% dos alunos participam das duas aulas semanais de educação física, 16% dos alunos participam apenas uma vez na semana, 12% dos alunos participam excepcionalmente das aulas de educação física, ou seja, participam quando não há nenhum emprevisto, e apenas 6% dos alunos não participam das aulas de educação física.

    Com esses dados podemos afirmar que mais da metade dos alunos participam de todas as aulas semanais de educação física, gerando assim uma porcentagem satisfatória quanto ao número de alunos que participam das atividades físicas.

    Neste gráfico podemos verificar que 46% dos alunos têm uma relação boa com os colegas de sala durante as aulas de educação física, 36% dos alunos tem uma ótima relação com os colegas de sala durante as aulas de educação física, 15% dos alunos tem uma relação regular com os colegas de sala e apenas 3% dos alunos tem uma ruim com os colegas de sala.

    Com estes dados podemos ver que quanto à relação dos alunos tivemos uma porcentagem satisfatória quanto à relação positiva.

    Neste gráfico podemos verificar que 61% dos alunos não responderam a essa questão o que indica que essa porcentagem de alunos participa normalmente das aulas de educação física, 14% dos alunos responderam que não participam das aulas de educação física porque os conteúdos propostos não os atraem 11% dos alunos responderam que não participam das aulas de educação física por outros motivos, 7% dos alunos responderam que não participam das aulas de educação física porque não gostam de se movimentar e não gosta do seu próprio corpo, 3% dos alunos responderam que não participam das aulas de educação física porque não gostam da maneira como os colegas de sala os tratam, outros 3% responderam que não participam das aulas de educação física porque tem problemas de saúde que os impedem de participar das aulas, 1% dos alunos responderam que não participam das aulas de educação física porque se sentem excluídos, e por fim nenhum dos alunos responderam que não participam das aulas educação física porque o professor não os motiva a participar.

    Com estes dados podemos afirmar que a maioria dos alunos está satisfeito com suas aulas de educação física. Houve uma porcentagem muito satisfatória quanto aos alunos que se sente, excluídos das aulas, há uma relação muito boa com seus colegas de sala.

    Neste gráfico podemos verificar que 82% dos alunos nunca sofreram nenhum tipo de preconceito nas aulas de educação física quanto às características de seu corpo e quanto a sua capacidade física, 10% dos alunos já sofreram algum tipo de preconceito nas aulas de educação física uma vez, e 8% dos alunos sempre sofrem algum tipo de preconceito durante as aulas de educação física.

    Com estes dados podemos afirmar que há poucos alunos que sofrem algum preconceito quanto ao seu corpo, ou seja, há poucos alunos obesos nas escolas que foram feita a pesquisa, porém um dado muito preocupante por ainda haver preconceito nas escolas quanto a relação do aluno obeso no seu desenvolvimento nas aulas de educação física, com isso afetando sua relação com seus colegas de sala.

    “A idéia é justamente que, o princípio de inclusão não deve desconsiderar as dificuldades dos alunos, mas assim, fazer com que todos sejam importantes nas aulas e principalmente que se sintam bem” (Moreira; Martins; Toledo; et al., 2004, p. 22).

Conclusão

    Após as observações realizadas nas duas escolas de Votuporanga-SP, podemos verificar como é o comportamento do aluno obeso do ensino médio durante as aulas de Educação física, e a relação desse aluno com os colegas de sala. Durante as aulas verificamos que o professor passava algumas atividades praticas e o aluno obeso se negava a fazer tal atividade, pois ele mesmo acabava se limitando e se auto-excluindo dizendo que não conseguia fazer tal exercício devido sua característica física. Quando esse aluno não se auto-excluíam, os colegas de sala acabavam fazendo isso por ele, por muitas vezes não quererem ele no time/equipe, ou deixavam ele para ser escolhido no final como uma ultima opção. Porém a relação do aluno com obesidade e dos demais colegas fora das aulas praticas é uma relação saudável e satisfatória. Após essas observações e a pesquisa aplicada com os questionários chegamos à conclusão de que os alunos obesos são excluídos durante as aulas praticas devido à falta de habilidade, coordenação e agilidade, e durante as aulas teóricas eles são tratados normalmente e sempre são incluídos nos trabalhos em grupo.

    O professor de educação física tem um papel muito importante na vida dos seus alunos, e principalmente na vida de seus alunos obesos, pois é ele que pode orientá-los sobre os riscos, as causas e as consequências que a obesidade pode trazer negativamente para a vida desse aluno, pois a cada dia que passa o índice de pessoas com obesidade vem aumentando cada vez mais. O professor pode orientá-lo para conscientizá-lo sobre a importância da pratica de atividade física tanto para a sua saúde quanto para a sua vida social e sua autoestima. Além da conscientização o professor devera trabalhar também a ética com os alunos, falando sobre o preconceito, a inclusão e propor mais atividades que beneficiem todos os alunos e não só os mais habilidosos.

Bibliografia

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  • Campos, D. M. S. (2002). Psicologia da adolescência: normalidades e psicopatologia. 19ª ed. Petrópolis: Vozes.

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  • Salve, M. (2006). Obesidade e peso corporal: riscos e consequências. Espírito Santo de Pinhal. Disponível em: http://www.slideshare.net/AdrianoPires/obesidade-e-peso-corporal-riscos-e-conseqncias

  • Silva, A. R.; Justino, A. C. P.; Pinto, A. M. P. N. et al (2006). Compreendendo o adolescente. Caderno do IASP Instituto de ação social do Paraná. Curitiba. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/72609426/CADERNOS-DO-IASP-do-o-Adolescente

  • Sturm, A. (2009). Participação dos alunos com sobrepeso e obesidadenas aulas de educação física e as atuações dos professores da diciplina, no município de Morro Reuter. Novo Hamburgo. Disponível em: http://ged.feevale.br/bibvirtual/monografia/MonografiaAneliseSturm.pdf

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