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Avaliação da aptidão física relacionada à saúde de calouros de

Educação Física que ingressaram no primeiro semestre de 2011 

nos cursos de bacharelado e licenciatura do CEFD/UFSM

La evaluación de la condición física relacionada con la salud de los estudiantes de primer año de Educación 

Física ingresantes en el primer semestre de 2011 en los cursos de licenciatura y bachillerato del CEFD/UFSM

Evaluation of related health fitness for freshmen of Physical Education who

entered first half of 2011 in degree and bachelor courses of CEFD/UFSM

 

*Licenciada/o em Educação Física pelo CEFD/UFSM. Integrante do Núcleo

de estudos em medidas e avaliação dos exercícios físicos e saúde – NEMAEFS

**Especialista em Atividade Física, Desempenho Motor e Saúde – UFSM. Integrante

do Núcleo de estudos em medidas e avaliação dos exercícios físicos e saúde – NEMAEFS

***Especialista em Atividade Física, Desempenho Motor e Saúde – UFSM. Vice-líder

do Grupo de Estudos em Avaliação da Educação Física Escolar – GEADEFE e integrante

do Núcleo de estudos em medidas e avaliação dos exercícios físicos e saúde – NEMAEFS

****Graduada em Educação Física Bacharelado CEFD/UFSM

*****Doutora em Medidas e Avaliação/Cineantropometria – UFSM

Docente Associada 1 da UFSM e coordenadora do Núcleo de estudos

em medidas e avaliação dos exercícios físicos e saúde – NEMAEFS

(Brasil)

Lidiane Soares Bordinhão*

lidianesoaresbordinhao@gmail.com

Alessandra da Silva de Sá**

lessasm@gmail.com

Augusto da Rocha Oberto*

augustooberto@gmail.com

Leandro Lima Borges***

lelimaborges@yahoo.com.br

Karen Iensen de Freitas****

kaisen@hotmail.com

Thiago Barcelos Fontoura*

thiago.tbf@hotmail.com

Luciane Sanchotene Etchepare Daronco*****

lusanchotene@ufsm.br

 

 

 

 

Resumo

          O seguinte trabalho é um estudo sobre a Aptidão Física relacionada à saúde de calouros do Curso de Educação Física, da Universidade Federal de Santa Maria, no ano de 2011, visando avaliar e analisar as aptidões desses indivíduos. As variáveis avaliadas foram: flexibilidade, resistência muscular localizada e composição corporal. Foram coletados dados de 47 alunos (licenciatura e bacharelado), entre homens e mulheres, com média de 21,93 anos. Os dados foram analisados de acordo com uma estatística descritiva e classificados de acordo com autores da área. Os resultados encontrados foram insatisfatórios, tendo em vista a faixa etária do público participante.

          Unitermos: Educação Física. Aptidão física. Calouros.

 

Abstracto

          El siguiente trabajo es un estudio sobre el estado físico relacionado con la salud de estudiantes de primer año del curso de Educación Física de la Universidad Federal de Santa María, en 2011, para evaluar y analizar las habilidades de estas personas. Las variables evaluadas fueron: flexibilidad, resistencia muscular y composición corporal. Se recogieron datos de 47 estudiantes (licenciatura y bachillerato), entre hombres y mujeres, con media de 21,93 años. Los datos se analizaron de acuerdo a un estudio descriptivo y clasificado según autores del Área de Estadística. Los resultados fueron insatisfactorios, teniendo en cuenta la edad del público.

          Palabras clave: Educación Física. Aptitud Física. Estudiantes de primer año.

 

Abstract

          The following work is a study on the health-related Physical Fitness freshmen Course of Physical Education, Federal University of Santa Maria, in 2011, to evaluate and analyze the skills of these individuals. The variables evaluated were: flexibility, muscular endurance and body composition. Data from 47 students (Undergraduate and graduate), between men and women, with a mean of 21.93 years were collected. Data were analyzed according to a descriptive and classified according to the authors Statistical Area. The results were unsatisfactory, considering the age of the participant audience.

          Keywords: Physical Education. Physical fitness. Freshmen.

 

Recepção: 18/08/2015 - Aceitação: 03/12/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 212, Enero de 2016. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O ser humano está sempre passando por constantes mudanças em seus hábitos, estes refletem diretamente a forma que cada indivíduo vive e também a sociedade a qual está inserido. Os hábitos humanos passaram por significativas mudanças desde sua origem até então; na antiguidade, o homem tinha como principal característica o movimento, pois dele dependia sua sobrevivência, posteriormente, o movimento humano evoluiu e passou também a ser essencial na comunicação. Com isso, o homem passou a estruturar suas experiências motoras de forma utilitária, precisa e consciente. No decorrer desta evolução, a atividade física foi essencial à sobrevivência humana.

    Atualmente, as características da sociedade contemporânea mudaram expressivamente os hábitos da população, pois estão restringindo, cada vez mais, o movimento humano. De fato, os “Tempos Modernos”, repletos de novas tecnologias, excessos de trabalho e falta de tempo, impuseram novas características ao ser humano, que por sua vez está deixando de lado o movimento e passando a ter uma vida sedentária, que pode trazer diversos problemas à saúde.

    Sabe-se que os reflexos deste estilo de vida estão acometendo as pessoas cada vez mais cedo. Vários estudos demonstram o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, além do aparecimento cada vez mais precoce de doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares (Monteiro et al., 2000; Oren et al., 2004; Weiss et al., 2004).

    No início do século passado, houve um grande incentivo ao estudo do desenvolvimento humano com o objetivo de melhor compreender o homem e tornar seus desempenhos mais eficientes. Para dar o suporte necessário a este pretenso desenvolvimento, foram elaborados instrumentos de medidas para a área de desenvolvimento motor e cognitivo, muitos validados e reconhecidos pela comunidade científica internacional. A avaliação do gesto motor, tanto para verificar habilidades atléticas como para identificar problemas com a saúde, se destina a acompanhar o desenvolvimento harmônico dos indivíduos e sempre foi uma preocupação da Educação Física.

    A partir da década de 80, surgiu o conceito de aptidão física relacionada à saúde (AFRS), que segundo o ACSM (2007a), pode ser definida como a capacidade de realizar as atividades diárias com vigor, assim como com a posse de traços e capacidades que estão associados a um baixo risco do surgimento prematuro de doenças hipocinéticas (por exemplo, aquelas associadas com a inatividade física). Os componentes da aptidão relacionados à saúde incluem a resistência cardiovascular, força e resistência muscular, flexibilidade e composição corporal.

    A aptidão física é uma área de estudos que se justifica por sua grande relação com a qualidade de vida das pessoas, especialmente nesse caso, em que optou-se por trabalhar a mesma relacionada à saúde. Sendo assim, é notório que uma pessoa com uma boa aptidão física relacionada à saúde, aliada a prática de atividades físicas regulares, possuirá uma melhor qualidade de vida, tanto no aspecto físico, como também no psicológico.

    Diretamente relacionada ao movimento humano, encontra-se a Educação Física, que no Brasil é conhecida através do estereótipo de ser uma atividade exclusivamente prática, remetendo o culto ao corpo, a boa forma. Juntamente com essa imagem, criou-se o perfil do profissional desta área que, admitindo ou não, todos imaginam como aqueles modelos que vemos na mídia, de “corpo perfeito”, sendo praticamente atletas em qualquer atividade que praticam.

    Sabendo disso, tornou-se interessante, fazer avaliações que mostrassem as reais condições dos profissionais e futuros profissionais dessa área, que atualmente, estão mais em foco. Nesse sentido, este trabalho objetivou verificar a aptidão física relacionada à saúde dos acadêmicos calouros dos cursos de Educação Física, Licenciatura e Bacharelado, do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), visando averiguar seu estado inicial ao adentrar no Ensino Superior.

Materiais e métodos

Caracterização da pesquisa

    Esta pesquisa caracterizou-se como diagnóstica exploratória.

População e amostra

    Fizeram parte da amostra, os calouros do curso de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria, das turmas de Licenciatura e Bacharelado, que ingressaram ao curso no primeiro semestre de 2011. A cada semestre, ingressam no curso uma turma de Bacharelado e outra da Licenciatura, cada turma com 30 alunos. Para este estudo, foram avaliados 47 alunos, sendo estes 26 da turma de Licenciatura (11 homens e 15 mulheres) e 21 do Bacharelado (15 homens e 6 mulheres), com uma média de 21,93 anos. Estipulou-se como critério de exclusão, quem por qualquer motivo deixou de realizar algum dos testes propostos.

Instrumentos de coleta de dados

    Os instrumentos utilizados nas coletas de dados foram:

  • IMC (Índice de Massa Corporal).

  • RCQ (Relação Cintura-Quadril).

  • Teste de sentar e alcançar (utilizando o instrumento Banco de Wells).

  • Abdominal Modificado.

Procedimentos gerais

    Realizou-se uma conversa explicando a finalidade das avaliações e para que fossem utilizadas. Em seguida foi combinado com as turmas o respectivo dia e horário para a realização das avaliações. No dia das avaliações, foram explicados, aos acadêmicos presentes, todos os protocolos dos testes que seriam realizados, não se estimulou qualquer tipo de incentivo externo, mas pediu-se que evitassem brincadeiras entre as turmas, a fim de evitar uma maior interferência de variáveis psicológicas, que certamente estão presentes em qualquer tipo de avaliação, então, buscou-se minimizar estes efeitos.

    Após as devidas explicações foram realizados os testes, sendo estes realizados em forma de circuito, pois os materiais foram organizados previamente com esta finalidade. Os testes obedeceram à seguinte seqüência: composição corporal, resistência muscular localizada e flexibilidade.

Tratamento estatístico dos dados

    Utilizou-se uma estatística descritiva dos dados, através da utilização do programa Microsoft Excel 1997-2003.

Resultados e discussão

    Com relação aos métodos antropométricos utilizados para determinar a composição corporal e, também, para o estabelecimento de alguns índices, existem alguns instrumentos de fácil aplicação e baixo custo que podem determinar essas variáveis. Um desses instrumentos é o Índice de Massa Corporal (IMC) que é usado para avaliar o peso em relação à altura e é calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pela estatura em metros quadrados (kg/m²).

    Tendo em vista que a composição corporal está diretamente relacionada ao estado de saúde ou pré-disposição ao desenvolvimento de determinadas doenças nos indivíduos. Os resultados dos testes de IMC encontrados nas turmas de licenciatura e bacharelado em Educação Física foram classificados da seguinte maneira:

    A turma da licenciatura apresentou um valor médio de IMC de 22,33 para os homens e 22, 36 para as mulheres, o que de acordo com a OMS, citada por Nahas (2003), os classifica na faixa recomendável de IMC, com um desvio padrão de 1,30 para homens e 2,10 para mulheres. Na turma de bacharelado, a média masculina foi de 25,73, que os enquadrou na faixa de sobrepeso, com desvio padrão de 4,88; Já as mulheres obtiveram uma média de 25,16, o que também as classificou com sobrepeso, com um desvio padrão de 2,71. Mais detalhes na tabela de classificação a seguir:

Tabela 1. Classificação IMC segundo a OMS

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS) citado por Nahas (2003)

    Para a maioria das pessoas, os problemas de saúde relacionados à obesidade aumentam com um IMC além de 25, no entanto, o IMC não consegue estabelecer a diferença entre gordura corporal, massa muscular, óssea ou residual. A utilização de valores específicos do IMC para predizer o percentual de gordura corporal e o risco para a saúde encontra-se nos estágios iniciais de desenvolvimento (ACSM, 2007a).

    A seguir, será abordada a relação da cintura com o quadril (RCQ) que, segundo Fontoura et al. (2008), é a relação (ou proporção) da cintura para o quadril (RCQ) que está fortemente associada à gordura visceral, e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal. Medem-se as circunferências da cintura e do quadril, aplicando-se a equação: RCQ = Cintura (cm)/Quadril (cm) e, na seqüência, classifica-se o resultado obtido em uma tabela de normalidades.

    Através dos resultados obtidos pela RCQ, constatou-se que na turma da licenciatura, com uma média de idade de 21,93 anos. Os homens, com uma média de 0,81 e um desvio padrão de 0,02, de acordo com Bray e Gray (1988) são considerados como tendo baixo risco à saúde pela relação entre as medidas da cintura e do quadril. Já as mulheres, com uma média de 0,71 e um desvio padrão de 0,03, são consideradas como tendo risco moderado.

    A turma do bacharelado, com a mesma média de idade da licenciatura, e uma média de 0,82 para os homens e desvio padrão de 0,02, classifica-os na faixa de baixo risco, e as mulheres com uma média de 0,74, e um desvio padrão de 0,07, foram classificadas como risco moderado.

Tabela 2. Normas para classificação da relação cintura/quadril para homens

Fonte: Bray e Gray (1988)

 

Tabela 3. Normas para classificação da relação cintura/quadril para mulheres

Fonte: Bray e Gray (1988)

    A circunferência da cintura está diretamente associada ao surgimento de doenças crônicas. Vale ressaltar que esta é a circunferência que passa imediatamente acima do umbigo, ou seja, a menor porção abdominal.

    Quanto aos resultados da circunferência da cintura, de acordo com Nahas (2003), na turma da licenciatura, os homens, com uma média de 76,4 e desvio padrão de 5,12, e as mulheres com uma média de 69,26 e desvio padrão de 3,69, ambos apresentam risco moderado à saúde. Mesmo com o desvio padrão ambos os sexos não chegariam à classificação de alto risco.

    Já no bacharelado, os homens com uma média de 83,6 e desvio padrão de 4,88, e as mulheres com a média de 76,5 e desvio padrão de 8,36, também mostram risco moderado à saúde, porém com o desvio padrão, podem entrar na classificação de alto risco. Veremos mais detalhadamente esses dados na tabela a seguir.

Tabela 4. Normas para classificação da circunferência da cintura

Fonte: Nahas, 2003 (retirado de www.iotf.org)

    A flexibilidade é uma qualidade física relacionada à saúde e ao grau de desempenho atlético. Dantas (1998) salienta que, flexibilidade é uma qualidade física expressa pela maior amplitude possível do movimento voluntário de uma articulação ou combinação de articulações num determinado sentido, dentro dos limites morfológicos e sem provocar lesão. O termo flexibilidade é comumente utilizado como um indicador da mobilidade articular, mas não é um fator geral, e sim um fator específico de cada articulação, ou seja, uma quantidade extrema de flexibilidade em uma articulação não garante o mesmo grau de flexibilidade nas outras articulações, tal esclarecimento encontra-se em Weineck (1986).

    Para Rodrigues (1986), flexibilidade é o grau de extensão da amplitude do movimento de uma articulação. A referida autora acrescenta ainda que uma musculatura que apresenta um bom estiramento vê melhorado seu transporte de energia, sua capacidade mecânica, permitindo assim um aproveitamento mais econômico da energia mecânica. A musculatura passa a ser mais resistente às lesões, comprovando assim a importância dessa valência física no campo do treinamento desportivo e da atividade física.

    Não existe um teste que possa sozinho ser usado para avaliar a flexibilidade corporal total. O teste de sentar e alcançar é muito utilizado para a região lombo sacral e articulação do quadril; optou-se por este teste pois uma flexibilidade precária nessa região, somada a uma baixa força abdominal, contribui para o surgimento das lombalgias e problemas posturais que irão interferir em todos os aspectos da vida desse indivíduo.

    Na seqüência, os resultados avaliando a flexibilidade dos acadêmicos. Segundo a ACSM (2000b), na turma da licenciatura, com uma média de idade de 21,93 anos, os homens com uma média de 25,27 e desvio padrão de 7,8, são considerados com uma flexibilidade fraca, e as mulheres, com uma média de 28,56 e desvio padrão de 8,83, também foram classificadas com a flexibilidade na mesma faixa de classificação.

    No bacharelado, também com uma média de idade de 21,93 anos, os homens com uma média de 22,26 e desvio padrão de 9,80, apresentam uma flexibilidade muito fraca, e as mulheres com a média 24,01 e o desvio padrão de 7,01, também apresentam a flexibilidade muito fraca. Nas tabelas a seguir, mais detalhes sobre estes dados.

Tabela 5. Sentar e alcançar Feminino

Fonte: ACSM (2000b)

 

Tabela 6. Sentar e alcançar Masculino

Fonte: ACSM (2000b)

    Nas opiniões de Badillo e Ayestarán (2001) e Fleck e Kraemer (2006), resistência muscular é a capacidade de um grupo muscular executar contrações repetidas por período de tempo suficiente para causar a fadiga muscular ou manter estática uma porcentagem específica de contração isométrica voluntária máxima (CVIM), por um período de tempo prolongado.

    A seguir, os resultados dos testes que avaliaram a resistência muscular localizada dos participantes. A turma da licenciatura, tem uma média masculina de 38,18 e um desvio padrão de 9,8, e a média feminina de 26,21 e desvio padrão de 7,63, sendo classificados, de acordo com Pollock e Wilmore (1993), como acima da média e na média respectivamente. No bacharelado, os homens tem média de 36, 78 e desvio padrão de 9,46, sendo classificados como acima da média, e as mulheres com média de 34 e desvio padrão de 6,92, sendo também classificadas como acima da média.

Tabela 7. Normas para classificação da Resistência Muscular Localizada masculina

Fonte: Pollock e Wilmore (1993)

 

Tabela 8. Normas para classificação da Resistência Muscular Localizada Feminina

Fonte: Pollock e Wilmore (1993)

Conclusão

    Por meio deste estudo foi possível analisar como está a aptidão física relacionada à saúde dos acadêmicos de Educação Física, tanto da licenciatura quanto do bacharelado, do CEFD/UFSM, ingressantes ao curso no primeiro semestre de 2011. Tendo em vista a grande importância da mesma à qualquer pessoa, independente do sexo, idade ou atividades que exerçam. Porém, vale ressaltar que para os profissionais de Educação Física esta importância é ainda maior, uma vez que para este profissional o corpo é uma ferramenta fundamental para o exercício de sua profissão, necessitando de constantes cuidados e atenção.

    Os resultados deste estudo foram insatisfatórios, considerando que a maioria dos avaliados são jovens, aos quais esperava-se estarem no auge de sua aptidão, no entanto, a maior parte dos resultados acabou ficando abaixo do esperado, servindo de alerta para os avaliados. Almeja-se que estes busquem atividades ou treinamentos que desenvolvam melhor as capacidades físicas que estão em déficit, com a finalidade de melhorar a capacidade física relacionada à saúde dos mesmos.

    Através deste estudo também percebeu-se a carência de pesquisas com essa temática, relacionada a Educadores Físicos, o que é bastante contraditório, pois os mesmos trabalham com este conteúdo e, sendo este, de fundamental importância para este profissional. Certamente, dos profissionais da área da saúde, o que menos pesquisam as capacidades físicas de seus acadêmicos são os profissionais da Educação Física e essa realidade precisa e pode ser modificada.

    Quanto aos resultados encontrados, de forma geral, recomenda-se que estes acadêmicos tenham um cuidado especial em relação a flexibilidade que é uma característica vital e que interfere bastante na capacidade funcional humana, que está bastante abaixo da média; nos testes de resistência muscular localizada os resultados ficaram em torno da média; quanto a composição corporal, a maioria dos acadêmicos apresentou-se dentro dos níveis de normalidade ou, no máximo, com riscos moderados à saúde, lembrando que esta é uma capacidade que sempre necessita de nossa atenção, porém, no momento, para estes acadêmicos, a composição corporal necessita de menor atenção em relação as demais variáveis avaliadas.

Bibliografia

  • American, C. S. M. (2007a) Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

  • American, C. S. M. (2000b). Guidelines for Exercise Testing and Prescription. Rio de Janeiro: Ed. Revinter.

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  • Bray, G. A. y Gray, D. S. (1988). Obesity. Part I – Pathogenesis. Western Journal of Medicine, 7(149), 12-27.

  • Dantas, E. H. M. (1998). Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 4ª ed. Rio de Janeiro: Shape.

  • Fleck, S. y Kraemer, W. (2006). Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed.

  • Fontoura, A. S. da, Formentin, C. M. y Abech, E. A. (2008). Guia Prático de Avaliação Física: uma abordagem didática, abrangente e atualizada. São Paulo: Phorte.

  • Monteiro, C.A. et al. (2000). Da desnutrição para a obesidade: a transição nutricional no Brasil. In: C.A. Monteiro (Ed.). Velhos e novos males da saúde no Brasil: A evolução do país e de suas doenças. São Paulo: Hucitec; Nupens/USP.

  • Nahas, M.V. (2003). Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 4ª ed. Londrina: Midiograf.

  • Oren, A. et al. (2004). Change in body mass index from adolescence to young adulthood and increased carotid intima-media thickness at 28 years of age: The Atherosclerosis Risk in Young Adults study. Int. J. Obes., London, 1(27), sp.

  • Pollock, M. L. y Wilmore, J. H. (1993). Exercícios na saúde e na doença. Avaliação e prescrição para reabilitação. 2ª ed. Rio de Janeiro: MEDSI.

  • Rodrigues, T.L. (1986). Flexibilidade e alongamento. Rio de Janeiro: Sprint.

  • Weineck, J. (1986). Manual do treinamento esportivo. São Paulo: Manole.

  • Weiss, R. et al. (2004). Obesity and the metabolic syndrome in children and adolescents. N. Engl. J. Med., 350(23).

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