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A Rosca Scott

La Rosca Scott

The Scott Curl

 

*Mestre em Educação, na área de concentração Educação Escolar

na linha de pesquisa a constituição do sujeito no contexto escolar

pelo Centro Universitário Moura Lacerda

**Profissional de Educação Física, pesquisador e membro da equipe da USP

do Núcleo de Estudos, Ensino e Pesquisa do Programa

de Assistência Primária de Saúde Escolar – PROASE

Profa. Ms. Paula Figueiredo Pereira*

Prof. Dr. José Eduardo Costa de Oliveira**

prof.zedu@usp.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente artigo intenciona realizar uma breve análise, envolvendo alguns parâmetros histórico, anatômicos, biomecânicos e cinesiológicos do movimento de musculação conhecido como “Rosca Scott”, que se configura como um dos mais importantes, quando se objetiva o trabalho do bíceps braquial, sobretudo das unidades motoras localizadas na porção distal do músculo. Anatomicamente, o bíceps braquial tem esse nome em razão de possuir duas origens distintas. A cabeça longa origina-se no tubérculo supra glenoidal da escápula e a cabeça curta no processo coracóide, também, da escápula, sendo que ambas inserem-se na tuberosidade do rádio e através da aponeurose do bíceps, na fáscia do antebraço. O músculo é inervado pelo nervo músculo-cutâneo e vascularizado pela artéria braquial. Cinesiologicamente trata-se de um movimento monoarticular de flexão/extensão de cotovelos, onde o músculo motor primário é o Braquial, que é mais interno e mais forte, auxiliado secundariamente pelo Bíceps Braquial, que por sua vez é mais externo, menos forte, mas, esteticamente mais importante; e tem-se no tríceps braquial o músculo antagônico. Biomecanicamente, o sistema de alavancas envolvidas é o de terceira classe ou a interpotente e cadeia cinética de movimento a do tipo mista. Por fim, adenda-se que o exercício pode ser realizado com barra, podendo ser a reta ou a do tipo “w”, bem como com halteres, bi ou unilateralmente, recomendando-se o completo encaixe das axilas no banco e a utilização da máxima amplitude de movimento, para que o escopo principal da proposta do exercício seja atingido, ou seja: o supracitado desenvolvimento da porção distal do bíceps braquial.

          Unitermos: Rosca Scott. Cinesiologia. Biomecânica. Anatomia.

 

Resumen

          Este artículo pretende hacer un breve análisis de la participación de algunos de los parámetros históricos, anatómicos, biomecánicos y kinesiológica el movimiento corporal conocido como "Rosca Scott", que constituye uno de los más importantes cuando se pretende trabajar los bíceps, especialmente las unidades motoras situadas en la porción distal del músculo. Anatómicamente, el bíceps se llaman así porque posee dos orígenes distintos. La porción larga se origina en el tubérculo glenoideo por encima de la escápula y la porción corta en el proceso coracoides, también, la escápula, los cuales son parte de la tuberosidad del radio y por la aponeurosis del bíceps, la fascia del antebrazo. El músculo está inervado por el nervio musculocutáneo y vascularizado por la arteria braquial. Kinesiológicamente es una de articulación única y codos de flexión/extensión, en el que el músculo es el motor primario braquial, que es más interior y más fuerte, ayudado por bíceps braquial secundario, que a su vez es más exterior, menos fuerte, pero estéticamente más importante; y tiene el músculo tríceps como antagónico. Biomecánicamente, el sistema de palancas implicadas es de tercera clase o interpotente y la cadena cinética del movimiento de tipo mixto. Por último, se concluye que el ejercicio puede realizarse con una barra y puede ser recto o como "w", así como pesas, bi o de forma unilateral, se recomienda el ajuste completo de las axilas en el banco y el uso del máximo rango de movimiento, de modo que se alcance el sentido de la aplicación principal de la finalidad del ejercicio, es decir, el desarrollo antes mencionado del bíceps distal.

          Unitermos: Rosca Scott. Kinesiología. Biomecánica. Anatomía.

 

Abstract

          This article intends to conduct a brief analysis involving some historical parameters, anatomical, biomechanical and kinesiological the fitness movement known as "Scott Curl", which constitutes one of the most important when it aims to work the biceps, especially the motor units located in the distal portion of the muscle. Anatomically, the biceps is so named because of possessing two distinct origins. The long head originates in the glenoid tubercle above the scapula and the short head in the coracoid process, too, the scapula, both of which are part of the tuberosity of the radius and by the biceps aponeurosis, the forearm fascia. The muscle is innervated by the musculocutaneous nerve and vascularized by the brachial artery. Cinesiologicamente it is a single-joint flexion/extension elbows, where the muscle is the prime mover Brachial, which is innermost and stronger, aided by secondary brachial biceps, which in turn is outermost, less strong, but aesthetically more important; and has the triceps antagonistic muscle. Biomechanically, the system of levers involved is the third class or interpotente and motion kinetic chain to the mixed type. Finally, if addendum that the exercise can be performed with bar and can be straight or like "w" as well as dumbbells, bi or unilaterally, it is recommended to full seating of the armpits in the bank and the use of maximum range of motion, so that the main scope of the purpose of the exercise is reached, i.e. the aforementioned development of distal biceps.

          Keywords: Scott Curl. Kinesiology. Biomechanics. Anatomy.

 

Recepção: 01/08/2015 - Aceitação: 03/12/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 212, Enero de 2016. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O presente artigo intenciona realizar uma breve análise, envolvendo alguns parâmetros histórico, anatômicos, biomecânicos e cinesiológicos do movimento de musculação conhecido como “Rosca Scott”, que se configura como um dos mais relevantes e diferenciados, quando se objetiva o trabalho do bíceps braquial, sobretudo das unidades motoras localizadas na porção distal do músculo.

A história da Rosca Scott

    A Rosca Scott ou a “Scott Curl” tem sua história ligada a dois personagens. Inicialmente, sua gênese é alusiva ao atleta chamado Vince Gironda, nascido a 09/11/1917 no Bronx, NY, EUA, também conhecido como o “guru do ferro”; tendo ele ficado conhecido, mundialmente, por vários episódios, entre eles por defender que o fisiculturismo depende 85% da nutrição e apenas 15% dos treinos e dos recursos ergogênicos.

    Gironda também foi o pioneiro na introdução do consumo maciço de ovos na dieta dos atletas, enquanto fonte protéica. No entanto, sua história competitiva foi simplória, sendo que em 1950 foi 4º Lugar no Mr. EUA e em 1951 2º lugar no Mr. América.

    Já na década de 60, enquanto renomado personal trainer, desenvolveu o exercício denominado de “Rosca Scott”, na simples intencionalidade de realizar a rosca direta com mais comodidade, e, para tanto, utilizou-se de uma prancha de madeira improvisada como apoio para os braços.

    Como um segundo personagem histórico, surge outro famoso fisiculturista, ainda na mesma década de 60, chamado Larry Scott, nascido a 12/10/1938 em Blackfoot, Idaho, EUA; ex-atleta profissional da IFBB (International Federation of BodyBuilding and Fitness), vencedor do título de Mr. Olympia nos dois primeiros anos da competição (1965 e 1966), apelidado de “A Lenda”.

    Scott, preocupado com uma deficiência no desenvolvimento de seu bíceps braquial que era - encurtado - tomou conhecimento da invenção de Gironda e adaptou-o, realizando-o apoiado a uma escrivaninha velha.

    Como resultado, Scott teria se afeiçoado ao exercício, passando a utilizá-lo com freqüência, pois o mesmo propiciava um maior grau de amplitude de movimento durante a fase excêntrica, levando a um desenvolvimento da porção distal do músculo, e, portanto, minimizando a problemática que o incomodava, tornando-o um atleta mais simétrico e competitivo.

As análises

    Anatomicamente, o bíceps braquial tem esse nome em razão de possuir duas origens distintas: a cabeça longa e a curta.

    A cabeça longa, origina-se no tubérculo supra glenoidal da escápula e a cabeça curta no processo coracóide, também, da escápula, sendo que ambas inserem-se na tuberosidade do rádio e através da aponeurose do bíceps, alcançam a fáscia do antebraço.

    O músculo também é inervado pelo nervo músculo-cutâneo, que se liga ao sistema nervoso central na altura das vértebras C5 e C7, e é vascularizado pela artéria braquial (Rasche e Burke, 1987).

    Cinesiologicamente trata-se de um movimento monoarticular de flexão/extensão de cotovelos, onde o músculo motor primário é o Braquial (com punhos supinados), que é mais interno e mais forte, auxiliado secundariamente pelo Bíceps Braquial, que por sua vez é mais externo, menos forte, mas, esteticamente mais importante; e, tem-se no tríceps braquial o músculo antagônico (Enoka, 2001).

    A posição inicial se dá quando os cotovelos estão estendidos (Figura 1) e como posição final quando a mesma articulação está fletida (Figura 2).

    Biomecanicamente, o sistema de alavancas envolvidas é o de terceira classe ou a interpotente (Eixo – Braço de Força – Braço de Resistência) e cadeia cinética de movimento a do tipo mista (Hall, 2000).

Considerações finais

    Por fim, adenda-se que, lendas, histórias ou estórias, o mérito da criação do exercício foi delegado a Scott, em detrimento de Gironda, pelo fato Larry ter descoberto de forma empírica, um método de desenvolver o bíceps de uma maneira mais simétrica e sistêmica.

    O exercício pode ser realizado com barra, podendo ser a reta ou a do tipo “w”, bem como com halteres, bi ou unilateralmente, recomendando-se o completo encaixe das axilas no banco e a utilização da máxima amplitude de movimento, para que o escopo principal da proposta do exercício seja atingido, ou seja: o supracitado desenvolvimento da porção distal do bíceps braquial (Rasche e Burke, 1987).

Bibliografia

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 20 · N° 212 | Buenos Aires, Enero de 2016
Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2016 Derechos reservados