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O tríceps corda

El tríceps cuerda

The triceps rope

 

*Bacharelanda em Educação Física no Centro Universitário Moura Lacerda

**Profissional de Educação Física, pesquisador e membro da equipe da USP

do Núcleo de Estudos, Ensino e Pesquisa do Programa

de Assistência Primária de Saúde Escolar – PROASE

Renata Gallo Mendes*

Prof. Dr. José Eduardo Costa de Oliveira**

prof.zedu@usp.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este artigo tem como objetivo realizar uma breve análise de alguns parâmetros anatômicos, cinesiológicos e biomecânicos do exercício conhecido como "tríceps corda". Movimento que é um dos mais importantes, quando se objetiva o trabalho do tríceps. Anatomicamente, a origem da cabeça longa do tríceps se dá no tubérculo infraglenoidal da escápula; da porção lateral, na superfície posterior do úmero, acima do sulco do nervo radial; e a porção medial, também sobre a face posterior do úmero, mas, abaixo do mesmo sulco para o nervo radial, e, a inclusão de todas as três “cabeças” na face posterior do olecrânio da ulna. Cinesiologicamente, o movimento é classificado como monoarticular (extensão/flexão dos cotovelos), e tem como posição inicial quando os cotovelos estão flexionados, e como posição final, quando os cotovelos estão estendidos; e onde o músculo motor primário é o tríceps braquial. Biomecanicamente, o sistema de alavancas envolvido é a do tipo interfixa (Braço de Força - Eixo - Braço de Resistência), e a cadeia cinética a do tipo mista. Por fim, adenda-se que as três porções do tríceps sempre trabalham em conjunto, sendo impossível isolar uma da outra, mas, sendo possível priorizar qualitativamente uma delas, em detrimento das outras, dependendo o exercício escolhido.

          Unitermos: Tríceps. Corda. Cinesiologia. Biomecânica. Anatomia.

 

Resumen

          Este artículo pretende hacer un breve análisis de la participación de algunos parámetros anatómicos, biomecánicos de kinesiología y gimnasio movimiento conocido como "Tríceps cuerda", que constituye uno de los movimientos más importantes, cuando el objetivo de trabajo son los tríceps. Anatómicamente, el origen de la porción larga del tríceps se da en tubérculo infraglenoidal de la escápula; la porción lateral de la superficie posterior del húmero encima de la ranura para el nervio radial; la porción medial y también en la cara posterior del húmero, pero por debajo de la misma ranura para el nervio radial, y la inclusión de los tres de la cara posterior del olécranon del cúbito. Kinesiológicamente, el movimiento se clasifica como monoarticular, ya que es una extensión del codo y tiene como posición inicial, cuando se flexionan los codos, y como la posición final cuando los codos están extendidos; y donde el músculo motor primario es el tríceps braquial. Biomecánicamente, el sistema de palanca implicados es del tipo interfija (Brazo del Fuerza - Eje – Brazo del Resistencia), y el movimiento de la cadena cinética es del tipo mixto. Por último, se agrega que las tres partes de los tríceps trabajan siempre juntas, por lo que es imposible aislarlas unas de las otras, pero es posible priorizar el énfasis cualitativo de una sobre otra, dependiendo del ejercicio elegido.

          Palabras clave: Tríceps. Cuerda. Kinesiología. Biomecánica. Anatomía.

 

Abstract

          This article intends to conduct a brief analysis involving some anatomical, biomechanical parameters of kinesiology and fitness movement known as "Triceps Rope" which constitutes one of the most important movements, when the objective work of the triceps. Anatomically, the origin of the long portion of the triceps is given in infraglenoidal tubercle of the scapula; the lateral portion of the posterior surface of the humerus above the groove for the radial nerve; medial portion and also on the rear face of the humerus, but below the same groove for the radial nerve, and the inclusion of all three of the rear face of the olecranon of the ulna. Kinesiology, the movement is classified as monoarticular because it is an extension of elbows, as it has as initial position when the elbows are flexed, and as the final position when the elbows are extended; and where the muscle is the prime mover own triceps. Biomechanically, the involved lever system is the interfixa type (Force Arm - Shaft - Arm Resistance), and the kinetic chain movement is covered in the mixed type. Finally, addendum that the three portions of the triceps always work together, making it impossible to isolate from each other, but it is possible to prioritize the qualitative emphasis of one over another, depending on the chosen exercise.

          Keywords: Triceps. Rope. Kinesiology. Biomechanics. Anatomy.

 

Recepção: 04/07/2015 - Aceitação: 10/10/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 211, Diciembre de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O presente artigo intenciona realizar uma breve análise, envolvendo alguns parâmetros anatômicos, biomecânicos e cinesiológicos do movimento de musculação conhecido como “Tríceps Corda”, que se configura como um dos mais importantes, quando se objetiva o trabalho do tríceps braquial.

O Tríceps Corda

    O tríceps braquial é assim denominado em razão do músculo possuir três origens distintas, bem como o fato do mesmo perfazer cerca de 60% da massa muscular total do braço. Este exercício também se configura como uma dissidência do trabalho de tríceps na polia (que geralmente é realizado através de uma haste rígida, proporcionando as pegadas pronada e a supinada), realizado através de uma corda, o que permite a execução da variante com uma pegada do tipo neutra, que por sua vez, evidencia-se como a de maior torque de força, e, portanto, de maior ativação quantitativa das unidades motoras do músculo em questão.

    Anatomicamente, a origem da porção longa do tríceps braquial dá-se no tubérculo infraglenoidal da escápula; a porção lateral na face posterior do úmero, acima do sulco para o nervo radial; e a porção medial, também, na face posterior do úmero, mas, abaixo do mesmo sulco para o nervo radial, e, a inserção de todas as três na face posterior do olécrano da ulna (Rasche e Burke, 1987).

    O músculo também é vascularizado pela artéria braquial profunda e inervado pelo nervo radial do plexo braquial.

    Cinesiologicamente, o movimento classifica-se como monoarticular, pois se trata de uma extensão de cotovelos, onde se tem como posição inicial quando os cotovelos estão fletidos (Figura 1), e como posição final quando os cotovelos estão estendidos (Figura 2), onde o músculo motor primário é o próprio tríceps braquial (Enoka, 2001).

    Biomecanicamente, o sistema de alavancas envolvido é a do tipo interfixa (Braço de Força – Eixo – Braço de Resistência), e a cadeia cinética abrangida no movimento é a do tipo mista (Amadio e Duarte, 1996).

Considerações finais

    Por fim, adenda-se que as três porções do tríceps sempre trabalham em conjunto, sendo impossível isolar uma das outras, mas, sendo possível “priorizar” a ênfase qualitativa de uma em detrimento das outras, dependendo do tipo de exercício eleito.

    Evidências científicas também comprovam que o tríceps braquial, apesar de apresentar pouca diferença eletromiográfica, em relação a sua posição articular, que em média, 336.19 μv de corrente de ativação nervosa no músculo são utilizadas quando a posição da pegada é a do tipo pronada; 320.26 μv quando a pegada é a supinada; e 362,83 μv para a pegada neutra (com análises realizadas no exercício de extensão de cotovelos na polia), o que ratifica a eficácia e a supremacia da posição neutra dos punhos sobre as outras (Hall, 2000).

    Assim, tem-se uma maior ativação da cabeça lateral quando a pegada é a do tipo neutra ou a pronada; uma maior ativação da cabeça medial quando a pegada é a do tipo supinada (ambas com os ombros em posição anatômica); e, para uma maior ativação da “cabeça” longa, faz-se necessário que o exercício aconteça com ombros em flexão ou em hiperextensão.

Bibliografia

  • Amadio, A. C. e Duarte, M. (1996). Fundamentos biomecânicos para a análise do movimento humano. São Paulo: Laboratório de Biomecânica/EEFUSP. 162p.

  • Enoka, R.M. (2001). Bases Neuromecânicas da cinesiologia. São Paulo: Manole.

  • Hall, Susan (2000). Biomecânica básica. 3ª ed. São Paulo: Guanabara-Koogan.

  • Rasche, P. e Burke, R. (1987). Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

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