Mulheres vítimas de violência física e seus problemas emocionais Mujeres víctimas de violencia física y sus problemas emocionales Women who are victim of physical violence and their emotional problems |
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*Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Centro de Ciências da Saúde, UFSM **Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Centro de Ciências da Saúde, UFSM ***Mestranda do Programa de Pós Graduação em Gerontologia Biomédica – PUCRS (Brasil) |
Josi Arend* Patricia Gabbi** Veronica Jocasta Casarotto*** |
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Resumo O objetivo desse trabalho foi buscar medir a prevalência da violência física e suas conseqüências emocionais em mulheres que buscaram o Serviço de Assistência Jurídica da Universidade Luterana do Brasil (SAJULBRA). Trata-se de um estudo tipo levantamento survey, e análise quantitativa dos dados. Foi aplicado um questionário nas mulheres que buscaram o serviço no SAJULBRA, no qual 32 mulheres com idade igual ou superior a 18 anos participaram do estudo durante o mês de outubro na cidade de Santa Maria, em 2008. Á análise dos resultados mostrou que 50% do total da amostra já haviam sofrido pelo menos uma vez na vida violência física. As mulheres vitimas de violência física possuíam baixa renda, baixa escolaridade e relataram ter sido o ex marido e o esposo o seu agressor. Quanto aos sentimentos despertados em função da violência predominou o medo, tristeza, vergonha e ansiedade/angústia. Entre as medicações mais usadas destacaram-se o diazepan, fluoxetina, paroxetina, sertralina e rivotril. A prevalência da violência física encontrada no presente estudo é significativa gerando conseqüências emocionais importantes requerendo capacitação dos profissionais. Unitermos: Violência física. Mulher. Problemas emocionais.
Abstract The objective of this study was to seek to measure the prevalence of physical violence, and the emotional consequences on women who sought the Judicial Assistance Service of The Lutheran University in Brazil (SAJULBRA).This is a survey type of study including a quantitative analysis of data. A questionnaire was applied to women who sought the Judicial Assistance Service of The Lutheran University in Brazil. Participated of the study 32 women aged 18 or over, and the questionnaire was applied in October 2008, in the city of Santa Maria. The analysis of the results showed that 50% of the total sample had suffered physical violence at least once in their lives. The women who were victims of physical violence received low wages, had little formal education, and reported the aggressor as being their husbands or former husbands. Regarding the feelings arisen due to that violence, prevailed fear, sadness, shame and anguish. Among the medicines more used were diazepan, fluxetina, paroxetina, sertralina e rivotril. The prevalence of physical violence found is this study is significant generating significant emotional consequences requiring training of professionals. Keywords: Physical violence. Woman. Emotional problems.
Trabalho final de graduação
Recepção: 12/10/2015 - Aceitação: 16/11/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 211, Diciembre de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A violência é um grande problema de saúde pública que acomete o mundo, tendo conseqüências de curto e longo prazo para os indivíduos, famílias, comunidades e países, segundo dados da Assembléia das Nações Unidas em 1996 (Krung & Col 2002).
No Brasil, atualmente, existe uma grande preocupação de estudiosos com o tema, pois a violência se constitui em um grande problema social. Entretanto ainda não possui um lugar definido que possa reconhecê-la como sendo objeto próprio, ou seja, como um alvo de estudo e de atuação (Schraiber e Oliveira, 1999).
Day et al (2003) classificam a violência intrafamiliar em quatro formas mais comuns, tais como: violência física, violência psicológica, violência sexual e a negligência. A violência física pode ser definida como o uso do poder físico em forma de ameaça contra si mesmo, ou outra pessoa, grupo ou comunidade, com probabilidade de danos físicos, psíquicos e morais segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002).
Em relação às vítimas de violência física estudos apontam para uma prevalência do sexo feminino como sendo as vítimas mais comuns. Essa violência contra as mulheres pode ocorrer em qualquer período da vida, sendo que pode ser cometida tanto no trabalho como no próprio lar. A Organização das Nações Unidas (2006) relata que a violência contra a mulher ocorre em todos os países do mundo, e é vista entre homens e mulheres como uma violação dos direitos humanos, sendo um impedimento da igualdade de gênero.
Dessa forma, a violência física contra a mulher normalmente se manifesta no espaço intrafamiliar (Mesa et al, 2001). Além das mulheres as meninas e os meninos são as vítimas mais comuns dentro da família (Ortega, 2001). Em uma pesquisa realizada com 322 mulheres, usuárias do serviço da rede pública do município de São Paulo constatou-se que das mulheres entrevistadas, 44,4% (143 mulheres) responderam já ter sofrido pelo menos um episódio de agressão física na vida adulta e 11,5% (37 mulheres) disseram ter sido forçadas a ter relações sexuais pelo menos, uma vez na vida adulta (Schaiber et al, 2003).
Em um estudo transversal de base populacional realizado no Rio Grande do Sul na cidade de Canoas mediu a prevalência da violência física. Constatou-se que a violência acomete 9,7% da população composta principalmente por pessoas do sexo feminino, inseridos na faixa etária entre 20 a 39 anos e entre 40 a 59 anos. Além disso, foi observado no estudo que a violência pode ter conseqüências emocionais e físicas importantes na vida da vítima (Kelling, 2006).
Essas conseqüências deixadas pela violência física podem se apresentar por vários sintomas, tais como: depressão, ansiedade, transtorno agudo e transtorno de estresse pós-traumático, uso e abuso de álcool, abuso de medicações e tentativa de suicídio. Além disso, existem outras seqüelas que a violência física pode provocar, como lesões no corpo, obesidade, síndrome de dor crônica, distúrbios gastrintestinais, fibromialgia, fumo, invalidez, distúrbios ginecológicos, doenças psicossomáticas e até a morte (Day et al, 2003).
De acordo com a literatura a violência ocorrida contra mulheres grávidas também é freqüente. Cerca de 1% a 20,1%, de mulheres gestantes são vítimas de violência e homicídio. A agressão sofrida representa uma das causas mais importantes de morte materna e fetal em diversos países, sendo que 36% a 63% destas mortes, na maioria das vezes são praticados pelos parceiros íntimos (Menezes et al, 2003).
Além disso, no Brasil, o mesmo estudo aponta que dados sobre a violência física normalmente são os denunciados nas delegacias de defesa da mulher demonstrando ser o parceiro ou ex-parceiro o agressor em aproximadamente 77,6% dos casos registrados. Esses estudos apontam, mesmo de forma não conclusiva, que a gravidez é um fator de risco para a violência, podendo esta ter início depois da gestação ou alterar o padrão quanto à freqüência e gravidade neste período, causando abortamento espontâneo, retardo ao iniciar o pré-natal, baixo peso ao nascer, trabalho de parto prematuro, perdas fetais, dor crônica, cefaléia, doença hepática do cólon entre outras (Menezes et al, 2003).
Normalmente a mulher que sofre da síndrome da mulher espancada, poderá ter dificuldades de reconhecer a violência, e tampouco, de romper com a relação, pois a violência contra a mulher não se constitui em episódios discretos e isolados, mas em uma vitimização contínua e repetitiva na qual gera tensão e medo, que aumentam com o tempo, em freqüência e intensidade (Soares, 1999).
Um traço encontrado em mulheres vítimas de agressão com maior freqüência é a dependência, pois o fato de não terem para onde ir torna-se um grande problema quando resolvem abandonar seus agressores. O espancamento é grave, envolvendo membros fraturados, costelas partidas, hemorragias internas e lesões cerebrais. Quando uma mulher agredida resolve deixar seu agressor este, com freqüência torna-se intimidador, ameaçando a vítima, que enfrenta um risco ao deixar o parceiro abusivo. Mulheres que abandonam os maridos violentos possuem 75 vezes mais chance de serem mortas em relação às mulheres que permanecem em casa (Kaplan, Sadock e Grebb, 1997).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2005), países onde já foi realizado um estudo sobre a violência física em mulheres os resultados indicaram que 16% a 52% delas já foram agredidas por seus companheiros. No estudo realizado na cidade de São Paulo e na Zona da Mata de Pernambuco (PE) com 2.645 mulheres de 15 a 49 anos, mostrou que 29% das mulheres de São Paulo e 37% em Pernambuco relataram algum episódio de violência física ou sexual cometido por parceiro ou ex-parceiro, e relataram ter de duas a três vezes mais ideação e tentativa de suicídio, além de problemas relacionados à bebida do que mulheres que não sofreram de maltrato.
Entre os anos de 2000 e 2005 foram avaliados na cidade de Jardinópolis, no interior de São Paulo, um total de 1766 processos jurídicos, que envolviam crianças e adolescentes vítimas sendo 121 do sexo feminino e 136 do sexo masculino, os quais apresentaram a violência física como a de maior incidência em 44,1% dos casos; as negligências em 42,1%, e a violência sexual em 13,8% (Roque & Ferriani, 2007).
Também nesse mesmo estudo entre os anos de 1995 e 1999 avaliou-se a situação de crianças que também foram vítimas de violência familiar onde foi constatado que 42,8% delas adotaram comportamentos marginais se envolvendo com crimes como roubos, uso e tráfico de drogas (Roque & Ferriani, 2007).
Este estudo tem por objetivo fazer o levantamento da prevalência da violência física e as conseqüências emocionais em mulheres que buscam pelo Serviço de Assistência Jurídica da Universidade Luterana do Brasil (SAJULBRA).
Material e método
Trata-se de um estudo tipo levantamento (survey), e análise quantitativa dos dados, sobre a prevalência da violência física e suas conseqüências emocionais em mulheres que buscam o Serviço de Assistência Jurídica da Universidade Luterana do Brasil (SAJULBRA), localizado no centro de Santa Maria, na Rua Riachuelo, nº 364 CEP: 97050010, prestando um serviço na vara de família civil e criminal, de forma gratuita a população de Santa Maria que possuem renda igual ou inferior a três salários mínimos, sendo cobrado de seus clientes, apenas serviço de correio e xerox quando necessário. A pesquisa foi realizada com mulheres com idade igual ou superior a 18 anos que buscavam o serviço. O objetivo geral da pesquisa constituiu-se em fazer o levantamento da prevalência da violência física e as conseqüências emocionais em mulheres que buscaram o Serviço de Assistência Jurídica (SAJULBRA) em Santa Maria. O objetivo específico é as variáveis sócio demográficas (escolaridade, profissão, estado civil, número de filhos e idade), sentimentos despertados após a violência física, tempo de violência física, identificação do agressor, consulta por problemas dos nervos, uso de medicação após o evento, além de verificar se a vítima sentiu-se diferente após a violência física.
O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário aplicado de forma anônima, e voluntária, aplicado na sala de espera. Os critérios utilizados para participar da pesquisa eram: ser mulher, ter idade igual ou superior a 18 anos, ser cliente do Serviço de Assistência Jurídica da ULBRA (SAJULBRA) preencher o questionário e estar nos dias pré–definidos para a coleta de dados. A tabulação dos dados foi realizada através do programa Microsoft Office Excel. No total de 32 mulheres participaram da amostra na pesquisa no período do mês de outubro de 2008. O questionário era composto de quatro perguntas fechadas e três perguntas abertas sobre a presença da violência física em algum momento da vida, além de constar dados gerais como: escolaridade, profissão, estado civil, número de filhos e idade. Os dados foram coletados durante o mês de outubro, todas as segundas e quartas-feiras pela parte da tarde a partir das 14 h 00 min ás 16 h 00 min horas e sábado das 08 h 00 min às 11 h 00 min.
Resultados
A prevalência da violência física encontrada foi de (50%) entre o total da amostra. O estudo foi composto somente por mulheres e participaram no total (n=32), sendo que a metade, ou seja, 16 mulheres relataram já ter sofrido violência física pelo menos uma vez na vida. Em relação a escolaridade das mulheres que participaram do estudo vítimas de violência física (27%) cursaram o ensino fundamental incompleto, (12,5%) ensino médio, (4,5) ensino superior.
Em relação á profissão (16%) das mulheres vítimas de violência física eram do lar, (6,5%) domésticas e (4%) balconistas e acompanhantes de idosos. Quanto ao estado civil, (15,65%) das mulheres vítimas eram solteiras, (14,05%) eram companheiras e (6,25%) eram separadas e/ou viúva.
Quanto ao número de filhos (12,5%) tiveram de um a três filhos, (6,25%) não tiveram filhos. Em relação á idade o estudo separou-as por faixas etárias compostas por: 20-30; 31-40; 41-50 e 51-60. A idade que mais prevaleceu no estudo entre as vítimas de violência foi entre 51 a 60 anos (10,95%), 20 a 30 anos (7,8%) e 41 a 50 anos (6,25%).
Em relação aos sentimentos vividos em decorrência da violência, (12%) relataram tristeza, (10%) medo e vergonha e (9%) ansiedade/angústia. Quanto ao tempo de violência sofrido, (37%) sofreram por três anos ou mais, e (6,5%) de um a dois anos.
Em relação ao agressor, (9,4%) foi o ex-marido, (7,8%) esposo e (4,7%) o companheiro. No tocante à pergunta do questionário (você já consultou para problemas dos nervos) das 16 mulheres vítimas de violência física 9 (56,3%) responderam que já consultaram e (43,7%) ou seja 7 mulheres responderam nunca terem consultado. Quanto a medicações, das 16 mulheres vítimas de violência 8 responderam tomar medicação e 8 responderam que não tomaram nenhum tipo de medicação. Entre as medicações mais usadas pelas entrevistadas vítimas foram: diazepan, fluxetina, paroxetina, sertralina e rivotril.
Em relação á última pergunta do questionário (Você se acha diferente hoje depois de ter sofrido violência física? Se sim, como?) 12 mulheres (75%) responderam que sim e 4 (25%) não relatou diferença após a violência. As respostas que mais apareceram foram: tristeza, medo, vergonha, ansiedade/ angústia.
Discussão
Estudos relacionados á esta área demonstram-nos cada vez mais prevalente esse fenômeno “Violência Física”, pois está presente no cotidiano de inúmeras famílias brasileiras. Nesse sentido, o presente trabalho reforça esses dados pois 50% das mulheres entrevistadas já haviam sofrido violência física em algum momento da vida retratando a significação do problema, uma vez que a violência afeta a qualidade de vida das vítimas.
Sobre a relação da violência física com dados sócio demográficos, das 16 mulheres vítimas de violência física, 27% delas possuem o ensino fundamental incompleto. A baixa escolaridade e a baixa renda constituem um fator de risco para a violência física, segundo Adeodato et al (2005), quando afirma que, quanto mais a mulher estuda menor tolerância a violência, ou seja, maiores são as chances de trabalho remunerado, conseqüentemente melhorando a autoestima e independência. No que se refere a profissão/ocupação 16% das vítimas eram do lar, 6,5% domésticas. Para Menezes et al (2003) a profissão e a escolaridade constituem em um conjunto, onde ambas interferem nos mecanismos (tanto da vítima como do agressor) utilizados para resolução de problemas, assim como a incapacidade para aquisição de condições mínimas de sobrevivência motivados por salários inapropriados ou por desemprego.
Quanto ao agressor, estatísticas revelam que a violência familiar envolvendo mulheres na maioria dos casos é perpetrado por alguém muito íntimo da vítima, como marido/companheiro ou ex-marido Esse dado é comprovado na delegacia da mulher de Santa Maria onde dos 2.829 casos entre ameaças e lesões registrada nas ocorrências dos últimos doze meses de 2007 partiram do marido e do companheiro.
Contudo, em relação ao estado civil, chama atenção o fato de a maioria das vítimas (15,65%) serem solteiras no momento da entrevista. Isso não significa que elas não poderiam estar acompanhadas quando sofreram a violência física. Fica então o questionamento no momento da violência física, qual era o seu estado civil?
No que se refere a faixa etária (10,95%) têm entre 51 a 60 anos no momento da pesquisa, nada impedindo que nessa idade as vítimas buscassem não mais ficar com o agressor, pois de acordo com a pesquisa em segundo lugar a faixa etária encontrada foi de 20-30 anos.
Em relação às conseqüências emocionais deixadas pela violência tanto de crianças como de adultos, a violência psicológica associada a violência física é considerada a mais perigosa uma vez que ela pode desenvolver para um Estresse Pós-Traumático, em função da vulnerabilidade que a violência física causa, fazendo com que elas revivam novamente o trauma (Hirigoyen, 2006). No estudo, 12 mulheres vítimas da violência relataram acharem-se diferentes depois da violência, tendo como principais sentimentos manifestados medo, tristeza, vergonha, ansiedade/angústia.
Buscando o tempo de violência física sofrida o estudo aponta (37%) três anos ou mais e (13%) de um a dois anos, o que leva a hipótese que o maltrato, as humilhações físicas são devastadoras para a autoestima das mulheres levando ao agravamento da situação, pois quanto mais tempo a vítima sofrer violência mais crônica ficara sua situação. Diante de tanta violência a vítima acaba por introjetar a imagem negativa que seu companheiro lhe deu, passando a ver o mundo como algo hostil e por muito tempo mantêm um sentimento de desvalorização (Tavares, 2003).
Outro fator associado ao tempo de violência é o fato que para muitas mulheres abandonar o casamento é difícil, pois 60% daquelas que saem de casa retornam a conviver com os companheiros, mesmo após tentado separação.
Em relação ao uso de medicação oito mulheres do total das vítimas responderam terem tomado medicação enquanto oito mulheres nunca fizeram uso. As medicações mais utilizadas foram: diazepan, fluxetina, sertralina, paroxetina e rivotril.
Com análise as medicações, podemos pensar que algum momento após a violência, as vítimas desencadearam algum tipo de transtorno como distúrbios do sono, ansiedade e depressão, pois as medicações mais usadas pelas vítimas na amostra são antidepressivos, o que é muito comum, pois a vítima encontra-se debilitada experimentando sentimentos de desamparo e falta de controle da situação.
Por fim, conclui-se que a violência física esta presente no nosso dia-a-dia trazendo prejuízos tanto para a vítima como para seus familiares, incluindo o agressor. Mesmo que o presente trabalho tenha sido desenvolvido com uma amostra pequena de mulheres em função da alta desistência na busca pelo Serviço de Assistência Jurídica percebeu-se o quanto o pensamento de posse, impunidade e a falta de políticas públicas contribuem como alicerces de manutenção da violência física. Portanto, a violência contra mulheres, crianças e adolescentes ainda não conseguiu ser vista como uma prioridade em saúde pública, e o atendimento psicológico ainda são visto sem relevância pelas autoridades públicas, o que acarreta um índice elevado de transtornos psicológicos nas vítimas.
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