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Diferenças na força explosiva de membros superiores e inferiores, entre um grupo competitivo e um recreacional, de uma escolinha de futsal

Diferencias en la fuerza explosiva de miembros superiores e inferiores, 

entre un grupo competitivo y uno recreativo de una escuela de futsal

Differences in explosive force of arms and legs, between 

a competitive and a recreational group, a futsal soccer school

 

*Bacharel em Educação Física ULBRA/LAFIMED, RS

**Mestre em Ciências do Movimento Humano

Professor do curso de Educação Física da ULBRA/LAFIMED, RS

***Mestre em Ciências do Movimento Humano

Professor dos cursos de Educação Física e Medicina da ULBRA/LAFIMED, RS

****Doutor em Ciências do Movimento Humano

Professor dos cursos de Educação Física e Medicina da ULBRA/LAFIMED, RS

Ari Rodrigo Borgelt*

Osvaldo Donizete Siqueira**

Luiz Antonio Barcellos Crescente***

Daniel Carlos Garlipp****

dcgarlipp@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Melhorar a condição física é inerente nos seres humanos; entre elas destaca-se a força, que é a base para as demais capacidades físicas, pois com um bom desenvolvimento dela, as outras possuem um aporte para se desenvolverem de forma integral. O presente estudo teve como objetivo comparar dados de força explosiva em dois grupos, divididos por rendimento na modalidade de futsal, com idades entre 9 e 11 anos. O primeiro grupo compreendido por 10 atletas competitivos e que participam de campeonatos. O segundo grupo compreendido por 10 alunos de recreação. O estudo, caracterizado como descritivo e comparativo, foi realizado na cidade de Paverama/RS. Para avaliar a força explosiva em ambos os grupos foram utilizados os seguintes testes: teste de força explosiva de membros inferiores e teste de força explosiva de membros superiores. Para fazer a categorização dos níveis de rendimento dentro de cada teste, foram utilizadas as tabelas do Projeto Esporte Brasil (Proesp-Br). Foi também aplicado um questionário sobre: tempo de escolinha, tempo em frente à televisão, tempo de exercício fora da escolinha e alimentação. Para a análise descritiva foi utilizado a média, o desvio-padrão, valores percentuais e absolutos. Na análise inferencial foi utilizado o teste t para amostras independentes. Todas as análises foram realizadas no SPSS 20.0. O Nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados obtidos indicaram que há diferença entre os grupos investigados; o grupo competitivo obteve melhores resultados nos testes de força do que o grupo recreativo. Em todos os quesitos investigados através do questionário, na grande maioria os atletas de rendimento tiveram melhores resultados.

          Unitermos: Força muscular. Desempenho atlético. Criança.

 

Abstract

          Improve physical condition is inherent in human beings; among them there is the force that is the basis for other physical, because with a good development of it, the others have a contribution to develop in an integral way. This study aimed to compare explosive force data into two groups, divided by income in futsal mode, ages 9 and 11 years. The first group comprised of 10 competitive athletes and participating in championships. The second group comprised of 10 students of recreation. The study, characterized as descriptive and comparative, was held in the city of Paverama, RS. To assess the explosive strength in both groups the following tests were used: explosive strength test of the lower limbs and explosive strength test of the upper limbs. To make the categorization of income levels within each test, we used the tables of Project Sport Brazil (PROESP-Br). It was also applied a questionnaire on: Time kindergarten, time in front of television, exercise time out of school and food. For descriptive analysis was performed using the mean, standard deviation, percentage and absolute values. In the inferential analysis we used the t test for independent samples. All analyzes were performed using SPSS 20.0. The significance level was set at 5%. The results indicated that there is difference between the groups investigated; the competitive group obtained better results in tests of strength than the recreational group. In all aspects investigated by the questionnaire, in most the performance athletes did better.

          Keywords: Muscle strength. Athletic performance. Child.

 

Recepção: 21/07/2015 - Aceitação: 13/10/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 211, Diciembre de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    No processo de desenvolvimento físico e psicológico da criança, o esporte tem um papel de proporcionar, a esse indivíduo em formação, um aprimoramento integral de suas habilidades motoras, capacidades físicas e autoestima positiva, possibilitando uma boa qualidade de vida (Oliveira e Machado Filho, 2011).

    Para além das aulas de Educação Física, o jovem estudante pode participar de programas desportivos na sua própria escola ou em outros lugares apropriados. Uma dessas modalidades é o futsal, um esporte coletivo e dinâmico (Lopes, 2003).

    O futsal é considerado um esporte de oposição/cooperação, em que o espaço é comum e a participação de jogadores sobre a bola é simultâneo (Ferreira, 1998). Algumas escolas implantaram as chamadas “escolinhas” de futsal, em horários diferenciados das aulas, os chamados contra turnos (Mota, 1992).

    O crescente aumento de crianças e adolescentes por essa modalidade tem incentivado os professores/técnicos a desenvolver parâmetros bem estabelecidos, a fim de aprimorar a prescrição dos exercícios, agindo diretamente na melhora da técnica e da tática do praticante. Nesse sentido, o desenvolvimento da força muscular assume um papel importante pois é a base para as demais. Segundo Tani (2005), um bom desenvolvimento da força, nas suas diferentes manifestações, auxilia o desenvolvimento integral das demais capacidades físicas.

    Força e resistência musculares são dois importantes componentes da aptidão física. São necessários níveis mínimos de capacidade muscular para realizar atividades de vida diária, para manter a independência funcional, à medida que se envelhece, e para participar de atividades de lazer sem fadiga ou estresse excessivo. Níveis adequados de capacidade muscular diminuem as chances de desenvolver problemas lombares, fraturas osteoporóticas e lesões musculoesqueléticas (Heyward, 2004).

    Do ponto de vista da física, a força muscular é a capacidade da musculatura de produzir a aceleração ou a deformação de um corpo, mantê-lo imóvel ou frear seu deslocamento. Em algumas situações esportivas, a resistência à qual se opõe a musculatura é o próprio corpo esportista; em outras ocasiões, atua ainda sobre certas resistências externas que fazem parte da peculiaridade de cada esporte (Badillo, 2001).

    Não surpreendentemente, o custo de energia dos movimentos dos aprendizes diminui com a prática, à medida que o controle, a coordenação e os padrões de atividade muscular tornam-se mais eficientes. Talvez essa seja uma das razões pelas quais exímios executantes são capazes de produzir ações eficientes por períodos mais longos de tempo. Uma possível medida de resultado da eficiência poderia também solicitar que as pessoas avaliassem sua percepção de esforço no final de uma sessão de aprendizagem, particularmente quando a tarefa executada inclui um componente significativo de resistência (Schmidt, 2010).

    Dessa forma, o objetivo deste estudo foi comparar dados de força explosiva de membros superiores e inferiores entre dois grupos, sendo um competitivo (participam de competições) e outro recreativo (participam das aulas por vontade dos pais ou para melhorar seu rendimento físico), a fim de verificar se essas diferentes motivações são suficientes para modificar essas variáveis.

Material e método

    O estudo desenvolvido tem característica descritiva e comparativa, sendo realizado na cidade de Paverama na Região do Alto Taquari no estado de RS.

    Para a composição da amostra foi realizado um levantamento dos alunos da Escolinha de Futsal Fênix que em média trabalha com cem alunos mensais. Para esse estudo foram avaliados um total de vinte alunos, com idades entre os 9 e os 11 anos. Os alunos foram divididos em dois grupos, sendo um chamado de competitivo e outro de recreativo. O grupo competitivo contou com 10 alunos, e foi assim nominado tendo em vista que seus participantes jogam competições pela região. Já o grupo recreativo, também com 10 participantes, tem o mesmo treinamento, mas estão na escolinha para melhora de seu condicionamento.

    Para avaliar a força dos atletas foram utilizados o teste de força explosiva de membros inferiores (salto horizontal) e teste de força explosiva de membros superiores (arremesso medicine Ball). Os protocolos e critérios de avaliação utilizados estão descritos no manual do Projeto Esporte Brasil (PRO­ESP-BR, 2012).

    Para a realização do estudo, primeiramente foi verificado se os alunos tinham condições físicas para a realização dos testes. Para além disso, foi obrigatória a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais ou responsáveis. Em seguida, partiu-se para a coleta das informações e análise dos resultados. Para além dos testes físicos, foram analisados outros aspectos que pudessem influenciar a performance tais como alimentação adequada, tempo de treino na escolinha, tempo de exercício fora da escolinha e o tempo que fica em frente ao computador ou televisão no turno inverso da escola.

    Para a análise descritiva foi utilizado a média, o desvio-padrão, valores percentuais e absolutos. Na análise inferencial foi utilizado o teste t para amostras independentes. Todas as análises foram realizadas no SPSS 20.0. O Nível de significância adotado foi de 5%.

Resultados

    Na tabela 1 são apresentadas as médias, desvio padrão, além da comparação dos valores médios dos testes de salto horizontal e arremesso do medicineball, para os grupos competitivo e recreacional. O grupo competitivo apresentou maior força explosiva, tanto dos membros inferiores, como superiores, todavia essas diferenças não sejam estatisticamente significativas. Ressalta-se que os dois grupos recebem o mesmo treinamento físico.

Tabela 1. Comparação dos valores médios dos testes de força explosiva de membros inferiores e superiores entre os grupos competitivo e recreativos

 

Gráfico 1. Categorização dos resultados do teste de arremesso

do medicineball nos grupos competitivo e recreativo

    No teste de força explosiva de membros superiores, chama a atenção o fato de que 80% do grupo recreativo encontra-se nas categorias fraco e razoável, enquanto que no grupo competitivo 60% estão categorizados como bom e muito bom. Outro fato importante é que 10% do grupo competitivo foi categorizado como excelência, enquanto que no grupo recreativo, nenhum dos avaliados atingiu essa categoria.

Gráfico 2. Categorização dos resultados do teste

do salto horizontal nos grupos competitivo e recreativo

    No teste de força explosiva de membros inferiores, chama a atenção o fato de que 80% do grupo recreativo encontra-se nas categorias fraco e razoável, enquanto que no grupo competitivo 80% estão categorizados como bom e muito bom. Outro fato importante é que 20% do grupo competitivo foi categorizado como fraco, e que nenhum membro dos grupos avaliados está categorizado como excelência.

Quadro 1. Dados de tempo de treino, exercícios para além da escolinha de futsal, tempo em frente à TV e consumo de produtos industrializados nos grupos competitivo e recreativo

    Conforme os dados do quadro 1, pode-se notar que os alunos do grupo competitivo têm uma alimentação mais saudável, passam menos horas em frente ao computador e praticam exercícios praticamente todos os dias.

    Oitenta por cento (80%) dos alunos do grupo competitivo estão a mais de 2 anos praticando futsal na escolinha, e 20% menos de 1 ano. Já no grupo recreacional, 40% dos alunos participam da escolinha a mais de 2 anos e 60% menos de um ano.

    Outro fator importante é que dentre os alunos do grupo competitivo, 90% praticam algum tipo de exercício fora da escolinha de futsal e 10% que só praticam nos dias de treinos. No grupo recreacional, 60% dos entrevistados praticando algum tipo de exercício fora da escolinha e 40% só praticam exercício quando estão no horário de treino.

    Quanto ao tempo de exposição à televisão e utilização do computador, também foram identificadas diferenças entre os grupos. Vinte por cento (20%) do grupo competitivo e 70% do grupo recreacional ficam mais de 4 horas por dia assistindo televisão e utilizando o computador, enquanto que 80% do grupo competitivo e 30% do grupo recreacional declaram estar menos de 2 horas diárias nessas atividades.

    Outro item relacionado na pesquisa foi o consumo de alimentos industrializados como chocolate, salgados, refrigerantes entre outros. No grupo competitivo 80% dos entrevistados afirmam consumir 2 vezes por semana esse tipo de alimentação contra 20% que consome de 3 vezes a todos os dias da semana. No grupo recreacional os resultados impressionam pois 80% dos alunos afirmam consumir 3 vezes ou todos os dias da semana esse tipo de alimentos restando apenas 20% que consome um ou dois dias da semana.

Discussão dos resultados

    Segundo Costa et al. (2010), o futsal e o futebol possuem como característica movimentações aleatórias, passes longos, curtos, alguns saltos, entre outros fundamentos; tais movimentações de­senvolvem basicamente os membros inferiores.

    Foi verificado que os atletas competitivos apresentam maior força explosiva de membros inferiores, todavia suas diferenças não foram estatisticamente significativas.

    Machado Filho (2012), a partir de treinamentos e gestos desportivos correlatos aos desportos futsal e handebol, durante as aulas de Educação Física, durante 12 semanas não identificou diferenças estatisticamente significativas nas comparações intra e inter-grupos.

    Segundo Oliveira e Gallagher (1997), a força é um processo diretamente vinculado ao crescimento e maturação. Ainda, a força muscular de membros inferiores, avaliada através do salto horizontal, pode ser desenvolvida a partir de atividades que exijam a superação do peso corporal, ou de sobrecargas.

    Quanto à força explosiva de membros superiores, foi observada diferenças nos valores médios (GC = 234,80 ± 57,24; GR = 210,90 ± 21,08), porém as mesmas não foram estatisticamente significativas.

    O estudo de Machado Filho (2012) apresentou diferenças estatisticamente significantes nos testes de força de membros superior e sem escolares após o treinamento de gestos correlatos ao Handebol e Futsal. Quando se observa os dados de FMS intragrupos houve melhora significativa na comparação dos grupos nos testes inicial (T1) e final (T2). Na comparação intergrupos também ocorreram diferenças estatisticamente significativas. Faigenbaum (2002), realizou um estudo com 21 meninas e 34 meninos com idades entre 7 e 12 anos, com o objetivo de comparar os efeitos de um e dois dias por semana de treinamento com sobrecarga, sobre a força explosiva de membros superiores. O autor identificou diferença estatisticamente significativa, apresentando maiores médias o grupo que treinava dois dias por semana. Ainda o mesmo autor conclui que os efeitos treinamento com duas sessões semanais demonstraram excelentes resultados no desenvolvimento de força em crianças. O presente estudo difere do autor mencionado, tendo em vista que não foi aplicado exercício com sobrecarga, somente atividades esportivas. Isso aponta para especificidade de treinamento como melhoria da força de membros superiores.

    Quanto à força explosiva de membros inferiores, foi observada diferenças nos valores médios (GC = 146,9 ± 9,08 e GR = 132,10 ± 45,53), porém as mesmas não foram estatisticamente significativas

    Segundo Gonçalves (2009) os atletas de voleibol apresentaram diferença significativa sobre os de futsal nas capacidades de força para os membros inferiores. Dependendo das características de execução dos gestos motores da modalidade, algumas capacidades podem ser mais desenvolvidas em relação aos testes físicos do que outras.

    Machado Filho, Pellegrinotti e Gonelli (2011) desenvolveram um estudo com 35 escolares na faixa etária de 11 a 13 anos no município de Guarulhos, SP, dividindo-os em três grupos: dois com atividades direcionadas e um com todas as atividades propostas nos outros dois grupos. Encontraram melhores resultados para as crianças que participaram de todas as atividades, acentuando a melhora na reavaliação dos membros superiores e inferiores e obtendo os mesmos valores para o teste de força/ resistência abdominal. Assim, ressalta-se a importância de evitar ao máximo a especialização esportiva pre­coce, procurando aumentar a experiência com diversas habilidades físicas e maior gama de atividades.

    Barbosa et al. (2008) avaliaram 251 escolares de duas escolas na faixa etária de 9 a 14 anos no município de Presidente Prudente, SP, obtendo resultados semelhantes nos testes de salto horizontal e arremesso de medicineball, comparando aos encontrados neste estudo.

    Em estudo de Seabra, Maia e Garganta (2001), jovens atletas apresentaram valores significativamente diferentes (p < 0,05) de jovens não-atletas para três grupos etários (10-12 anos, 13-14 anos, 15-16 anos) em medidas de potência de membros inferiores e potência de membros superiores. Porém, ao ser removido o efeito da maturação sexual entre os jovens, as diferenças deixaram de existir para os membros inferiores e permaneceram para os membros superiores.

    É natural que jovens avançados maturacionalmente apresentem maior força muscular, já que estão mais predispostos para conseguirem resultados superiores em tarefas que façam apelo à capacidade de força com especial incidência entre os 13 e os 16 anos de idade (Vitor, 2008).

    Faingenbaun (1993) estudou o efeito de um programa de treinamento de força em crianças com freqüência de dois dias semanais. Entre alguns testes propostos para avaliação de força havia o 10 RM na máquina de extensão e flexão de pernas e o salto vertical para força explosiva de pernas. Após o treinamento os resultados mostraram aumentos significativos em 10RM de extensão de pernas e flexão de pernas (exercícios realizados em máquinas de musculação), no entanto não houve aumento estatisticamente significativo para força explosiva de membros inferiores no teste de salto vertical.

    Posteriormente, Faigenbaun (1996) investigou novamente os efeitos de um programa de treinamento de força em crianças (média idade= 10,8 anos). Neste estudo as crianças foram avaliadas em máquinas de musculação (supino, flexão de braços, desenvolvimento, extensão de pernas e flexão de pernas) e também testes para força funcional ou desempenho motor (salto vertical, arremesso de medicineball e flexibilidade). Ao final de oito semanas de treinamento, observou que as crianças aumentaram a força em todos os testes em que se utilizaram máquinas de musculação, mas não aumentou nos testes de desenvolvimento motor, em especial o salto vertical para força explosiva de membros inferiores.

    Já Hetzler (1997) examinou os efeitos do treinamento de força na potência anaeróbica de 30 meninos púberes, especialmente no salto vertical, velocidade, teste de Wingate, extensão de pernas e supino. Os meninos foram divididos em grupo controle, um grupo com experiência em treinamento e outro sem experiência em treinamento. Treinaram 12 semanas com pesos livres e máquinas de musculação em 3 seções semanais. Ao final de 12 semanas os dois grupos experimentais para parte inferior do corpo apresentam aumento significativos no teste de salto vertical e na extensão de pernas.

    Enfim, parece claro que o treinamento físico diferenciado pode levar a aumentos das diferentes manifestações da força em crianças e adolescentes. Todavia, esses aumentos, em muitos casos, podem não ser estatisticamente significativos.

Conclusão

    Os resultados obtidos neste estudo demonstram não haver diferenças estatisticamente significativas entre as médias nos testes de força (salto horizontal e arremesso do medicineball). Todavia, no grupo competitivo, 60% foram categorizados como sendo bom e muito bom e 10% como excelentes no teste do arremesso do medicineball, enquanto que 80% do grupo recreacional foi categorizado como sendo fraco e muito fraco. Já no teste do salto horizontal enquanto que 80% do grupo competitivo foi categorizado como sendo bom e muito bom, 80% do grupo recreacional foi categorizado como sendo fraco e muito fraco. Diferenças também foram identificadas quanto a horas em frente à TV e utilização do computador, assim como no consumo de produtos industrializados, onde o grupo experimental apresentou hábitos mais saudáveis quando comparados ao grupo controle. Conclui-se, portanto, que mesmo em crianças inscritas em uma escolinha de futsal, as motivações e comportamentos são diferenciados frente ao próprio esporte em questão, o que também está refletido nos hábitos do cotidiano.

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