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A utilização da tecnologia no processo de reabilitação funcional de membros superiores: uma abordagem na Esclerose Lateral Amiotrófica

El uso de la tecnología en el proceso de rehabilitación funcional de los 

miembros superiores: una intervención en Esclerosis Lateral Amiotrófica

 

Graduado em Terapia Ocupacional – FAMINAS/MG

Mestrando em Educação – UCP/RJ

(Brasil)

Adalberto Romualdo Pereira Henrique

bettohenrique@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho apresenta a utilização da tecnologia no processo de reabilitação funcional de membros superiores de um paciente atendido no setor de Terapia Ocupacional de uma clínica na cidade de Juiz de Fora-Minas Gerais, Brasil. Utilizando o tablete e o aplicativo Trace Lines para a estimulação da motricidade fina.

          Unitermos: Tecnologia. Reabilitação. Membros superiores.

 

Resumen

          En este trabajo se presenta el uso de la tecnología en el proceso de rehabilitación funcional de las extremidades superiores de un paciente que asistió al departamento de terapia ocupacional de una clínica en la ciudad de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. El uso de la tablet y la aplicación Trace Lines para la estimulación de la motricidad fina.

          Palabras clave: Technología. Rehabilitación. Miembros superiores.

 

Recepção: 10/10/2015 - Aceitação: 28/11/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 211, Diciembre de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa do sistema nervoso, que acarreta perda da força e coordenação motora, paralisia motora progressiva, irreversível, limitante, sendo uma das mais temidas doenças conhecidas. De acordo com Klein (2006), nas primeiras manifestações da ELA, os pacientes poderão apresentar algumas dificuldades como, por exemplo, abotoar uma camisa, virar uma chave na porta, manusear talheres e etc., até progressivamente perder a capacidade de exercer cuidados pessoais, como higiene, vestuário e alimentação. Este quadro começa lentamente a progredir, comprometendo finalmente os membros superiores e inferiores juntamente com a musculatura do pescoço e da língua, em alguns casos. De acordo com pesquisadores (Godoy, 1993; Arboleda, 2009; Volarelli, 2004) o paciente pode manifestar dificuldade para deglutir, engolir a saliva e os alimentos (disfagia), apresentar perda de peso, e dificuldade na articulação das palavras (disartria). A fala pode ser flácida ou contraída, podendo haver uma alternância desses dois aspectos. A dificuldade de deglutir resulta em sialorréia (salivação), enquanto as dificuldades de respirar levam a queixas de cansaço.

    Segundo Klein (2006), entre os profissionais envolvidos com a reabilitação dos pacientes com ELA, está o terapeuta ocupacional, apesar de pouca bibliografia referenciando a atuação deste profissional no tratamento da ELA, entendemos a importância da sua atuação, que por meio de uma avaliação da capacidade funcional dos membros superiores (MMSS) e do levantamento das principais dificuldades nas atividades de vida diária (AVD’s) e de vida prática (AVP’s) que este virá apresentar, poderá fazer uso de recursos de tecnologia assistiva.

Objetivo

Metodologia

    Para este trabalho contamos com a participação de “Py” (nome fictício para a identificação do participante), atendido no setor de Terapia Ocupacional de uma clínica na cidade de Juiz de Fora-MG, 14 anos e diagnóstico de ELA. Para a avaliação utilizamos a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM), que compreende tarefas para cada faixa etária, observando os elementos da motricidade. O participante apresentou fraqueza muscular e dificuldade na coordenação motora, para a estimulação das destrezas e habilidades em membros superiores (MMSS) utilizamos um tablet 10.1 polegadas, da marca Samsung. Escolhemos este tamanho para melhor visualização das imagens, do qual foi instalado o aplicativo Trace Lines que possui atividades pontilhadas compreendendo letras e números para a coordenação motora fina, do qual é necessário utilizar os dedos para ligar os pontos e formar as imagens. As reavaliações ocorreram a cada 3 meses e as atividades 3 vezes por semana entre abril de 2014 a Janeiro de 2015.

Resultados

    Na primeira reavaliação (Julho/14) “Py” não apresentou melhoria da motricidade fina, realizando as atividades propostas pelo aplicativo de maneira não satisfatória, como pode ser observado na figura abaixo:

Figura 1. Atividade disponível no aplicativo Trace Lines

Fonte: Aplicativo Trace Lines

 

Figura 2. Resultado da atividade executada pelo participante

Fonte: Aplicativo Trace Lines. Dados de campo. 2014

    Na segunda reavaliação (Outubro/14) conseguiu satisfatoriamente realizar as atividades com numerais, por se tratar de uma atividade com poucos pontilhados, observando menos tempo de realização para o numeral (1) e maior tempo para o numeral (4).

Atividade 1

Fonte: Aplicativo Trace Lines. Dados de Campo. 2014

 

Atividade 2

Fonte: Aplicativo Trace Lines. Dados de Campo. 2014

    E na terceira reavaliação (Janeiro/15) o paciente realizou todas as atividades propostas pelo aplicativo, não apresentando nenhuma dificuldade na execução. Como apresentado nos quadros abaixo:

Atividades com pontilhados

Fonte: Aplicativo Trace Lines. Dados de campo. 2015

 

Atividades com numerais

Fonte: Aplicativo Trace Lines. Dados de campo. 2015

Discussão

    A utilização da tecnologia pelo terapeuta ocupacional tem se tornado um instrumento importante no processo de reabilitação dos pacientes, principalmente nos atendimentos á Geração Y (pessoas que nasceram após os anos 1980), pois estes apresentam maior interesse pelos aparatos tecnológicos.

Conclusão

    Através deste trabalho podemos observar os benefícios dos aplicativos móveis nos atendimentos, contribuindo para a reabilitação da motricidade fina e conseqüentemente melhoria na execução das Atividades de Vida Diárias.

Bibliografia

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Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados