efdeportes.com

Nível de atividade física e estado nutricional de 

adolescentes em escola pública de Teresina, Piauí

Nivel de actividad física y estado nutricional de los adolescentes en una escuela pública en Teresina, Piauí

Level of physical activity and nutritional status of teens in public school in Teresina, Piaui

 

*Acadêmica do Curso de Educação Física da Faculdade Santo Agostinho (FSA)

**Mestre em Alimentos e Nutrição (UFPI)

Professor do Curso de Educação Física da FSA

***Mestrando em Educação Física (UFTM)

****Doutoranda em Saúde Pública, USP

(Brasil)

Cássia Bianca Dantas*

Antonio Carlos Leal Cortez**

Ruan Carlos Macedo Morais***

Mara Jordana Magalhães Costa****

marinhajmc@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Na adolescência, assim como também em outras fases da vida, é muito importante manter hábitos de alimentação saudável e procurar estar ativos, as escolhas feitas neste período afeta a saúde, tanto no presente quanto no futuro. O presente estudo teve como objetivo geral analisar o nível de atividade física e o estado nutricional de adolescentes do ensino médio em uma escola pública de Teresina-PI. A pesquisa é do tipo descritiva, quantitativa, tendo como amostra 63 adolescentes que cursavam o 1º e 2º ano do Ensino Médio. Para avaliar o nível de atividade física utilizou-se o Questionário Internacional de Atividade Física- IPAQ versão curta referente a atividades física realizadas durante a semana e o estado nutricional foi avaliado por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). OS dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS, versão 20.0, e foi realizada uma estatística descritiva e uma correlação de Spearman. Os resultados apontaram que em relação aos adolescentes do 1º ano (24 participantes em ambos os sexos), obteve-se 25% dos mesmos com risco de sobrepeso e obesidade, enquanto os alunos do 2º ano não apresentaram a classificação de obesidade, mas 14,7% estavam com sobrepeso. No tocante ao nível de atividade física, os adolescentes do 1º ano, 40%, foram classificados como irregularmente ativos e sedentários e s os do 2º ano apresentaram um percentual um pouco menor, sendo que 35,3% foram classificados como irregularmente ativos e sedentários. No 1º ano, houve uma correlação entre estado nutricional e nível de atividade física (r = 0,297), enquanto que no 2º ano, esta correlação foi negativa (-0,059). Assim, pôde-se concluir que a maioria dos adolescentes estava com peso normal e ativos, sendo que os adolescentes de ambos os sexos do 1º do ensino médio apresentaram uma maior porcentagem em relação a sobrepeso e obesidade.

          Unitermos: Nível de atividade física. Estado nutricional. Adolescentes.

 

Abstract

          In adolescence, as well as in other stages of life, it is very important to maintain healthy eating habits and aim to be active, the choices made in this period affects health, both in the present and in the future. This study aimed to analyze the level of physical activity and the nutritional status of high school students in a public school in Teresina-Pi. The research is descriptive, quantitative type, with a sample size 63 teenagers who attended the 1st and 2nd year of high school. To assess the level of physical activity used the Activity of International Questionnaire physically IPAQ short version related to physical activities during the week and the nutritional status was assessed by calculating the Body Mass Index (BMI). OS data were analyzed using SPSS, version 20.0, and descriptive statistics and Spearman correlation was performed. The results showed that compared to adolescents from 1 year (24 participants in both sexes), we obtained 25% of those at risk of overweight and obesity, while students of 2nd year did not present the classification of obesity, but 14, 7% were overweight. Regarding the level of physical activity the children of the 1st year, 40% were classified as irregularly active and sedentary is the 2nd year showed a percentage slightly lower, and 35.3% were classified as irregularly active and sedentary. In the 1st year, there was a correlation between nutritional status and physical activity level (r = 0.297), while in the 2nd year, this correlation was negative (-0.059). Thus, it was concluded that adolescents in both sexes of 1 medium education showed a percentage above in relation to overweight and obesity.

          Keywords: Physical activity. Nutritional status. Teens.

 

Recepção: 10/08/2015 - Aceitação: 17/10/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 210, Noviembre de 2015. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    Na adolescência, observa-se que há uma dificuldade para manutenção dos níveis de atividade física, uma vez que estes parecem declinar durante esta fase da vida. No entanto, ainda não estão bem esclarecidos quais os aspectos que contribuem para a redução dos níveis de atividade física na adolescência. De modo geral, pesquisa indica que não existe apenas um aspecto que explique a adoção e a manutenção desse comportamento, e sim uma diversidade de aspectos que estão fortemente inter-relacionados (Sousa et al, 2013).

    É neste período de transição que todos os adolescentes devem praticar atividades físicas e esportivas diariamente, ou seja, quase todos os dias, como: brincadeiras, jogos, esportes, etc., no contexto de atividades familiares, escolares ou comunitárias, podendo assim, promover satisfação com o aprendizado, responsabilidade pessoal, e, além disso, a atividade física vigorosa e regular é uma forma de contribuir para o desenvolvimento e crescimento normal durante a adolescência (Galahue e Ozmun, 2005).

    Dessa forma, é importante praticar atividades físicas, também é fundamental manter hábitos de alimentação saudável. Diante disso, ressaltou que a condição nutricional do indivíduo é resultante do balanço entre a disponibilidade e consumo de alimentos, da absorção e utilização dos nutrientes frente às necessidades nutricionais diárias, salientando que as condições socioambientais influenciam marcadamente no estado nutricional (Flavio, 2006).

    Grande parte da população adolescente vem a cada dia se alimentando de forma inadequada, e mantendo um estilo de vida sedentário, podendo assim apresentar um risco para problemas de saúde no futuro. Diante disso, observou-se a necessidade de conhecer a realidade de uma escola de Teresina-PI, para posteriormente criar estratégias e tentar melhorar a atual situação de saúde na escola dos adolescentes. Assim, o objetivo geral do presente estudo foi analisar o nível de atividade física e estado nutricional de adolescentes do ensino médio em escola pública de Teresina-PI.

Métodos

    O presente estudo foi do tipo descritivo, com uma abordagem quantitativa. Estudo descritivo procura descrever características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados, tais como o questionário e a observação sistemática (Gil, 2008). Foi desenvolvido no período de setembro a outubro de 2014, em uma escola pública em Teresina-Piauí. As informações da pesquisa foram obtidas por meio de questionários e teste realizados pela pesquisadora do curso de licenciatura em educação física em razão de todos que aceitarem a participar desta pesquisa.

    A população foi de 148 alunos, sendo representada por uma amostra de 63 adolescentes, de ambos os sexos, estudantes do ensino médio de uma escola pública de Teresina-Piauí, localizada na zona sul da cidade. Os alunos tinham idade entre 15 e 17 anos, cursando o 1º e 2º ano do ensino médio no período da manhã.

    Foram considerados como critérios de inclusão: ter idade entre 15 a 17 anos, estar devidamente matriculado na Instituição de Ensino na qual está sendo realizada a pesquisa, estar em condições físicas adequadas para realização das medidas antropométricas e ter assinado o Termo de Assentimento e Consentimento Livre e Esclarecido – TCLA e TCLE. Como critérios de exclusão os adolescentes não poderiam ter idade de 18 anos mesmo cursando o 2º ano do ensino médio, ou apresentar alguma de restrição física, motora ou mental.

    A avaliação antropométrica foi realizada de acordo com as técnicas e procedimentos propostos para medição do peso corporal e da estatura corporal com os sujeitos descalços, usando roupas leves (Fernandes Filho, 2003).

    O peso corporal foi mensurado com balança Digital Wind MEA-07700 Prata – Plenna com capacidade até 150 kg. A estatura corporal foi mensurada com régua antropométrica com escala de 2 m de alumínio. O IMC- Índice de Massa Corporal é obtido por divisão do peso corporal em quilogramas pela estatura corporal em metros elevado ao quadrado (IMC=kg/m²).

    Para avaliar no nível de atividade física (NAF) o instrumento utilizado foi o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), em sua versão curta. Trata-se de um instrumento desenvolvido com a finalidade de estimar o nível de prática habitual de atividade física de populações de diferentes países e contexto socioculturais.

    Este questionário foi aplicado com os adolescentes após a aula de Educação Física, em um local confortável para os alunos. Antes de aplicar este questionário, foi apresentado à escola um Termo Institucional, para que a pesquisa fosse autorizada. Em seguida, foi apresentado aos alunos e pais dos alunos os Termos de Consentimento. Após terem assinado e concordado participar da pesquisa, o IPAQ foi aplicado com os adolescentes.

    Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS, versão 20.0. Foi realizada uma estatística descritiva, para caracterização da amostra estudada e realizada a correlação de Spearman, para verificar a correlação entre estado nutricional e IMC, adotando nível de significância p ≤ 0,05.

Resultados e discussão

    A estatística descritiva mostrou que com relação ao 1º ano, os adolescentes tinham idade média de 15,5 anos, sendo 52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino, e os do2º ano, tinham idade média de 16,3 anos, sendo 58,8 do sexo feminino e 41,2 do sexo masculino. O estado nutricional dos adolescentes pesquisados é apresentado na tabela 1, em percentual.

Tabela 1. Estado nutricional dos adolescentes do 1º ano do Ensino Médio. Teresina, 2014

Fonte: Dados da pesquisa

    Dos adolescentes avaliados, 16,7% apresentaram sobrepeso, enquanto que a obesidade foi verificada em 8,3% dos adolescentes, encontrando-se um valor de excesso de peso de25%. Em contrapartida, verificou-se que 66,7% apresentaram peso normal e 8,3% estavam desnutridos. Estudo realizado com adolescentes do município de Fortaleza demonstrou baixa prevalência de sobrepeso e obesidade (19,5%), na faixa etária de 15 a 19 anos (Campos, Leite e Almeida, 2007). Quando comparado com o presente estudo, a prevalência deste foi mais elevada (25,0%).

    Estudo realizado com adolescentes de Salvador, os autores encontraram valores de excesso de peso menos elevados do que os do presente estudo, com o percentual de 14,3% Frainer et al, 2011). Já em estudo realizado em Belo Horizonte, os autores obtiveram resultados similares aos do presente estudo, com valores excesso de peso para os adolescentes de 21,9% (Bispo et al, 2013). Estes dados demonstram que o número de adolescentes com excesso de peso vem aumentando a cada ano, tornando-se assim cada vez mais um problema de saúde pública.

    Estudo recente mostrou que a cada ano essa prevalência de excesso de peso entre adolescentes aumenta não apenas nas escolas públicas, mas também vem aumentando nas escolas privadas (Xavier et al, 2014). Ressaltaram ainda que a escola se constitui como um ambiente propício para a realização de ações que promovam a prevenção e o controle do avanço dos problemas nutricionais, mas infelizmente o que se observa é que pouco se tem feito para mudar essa realidade (Xavier et al, 2014).

    A tabela 2 mostrou o estado nutricional dos alunos do 2º ano do ensino médio e pôde-se observar que nenhum aluno avaliado foi classificado como obeso.

Tabela 2. Estado nutricional dos adolescentes do 2º ano do Ensino Médio. Teresina, PI

Fonte: Dados da pesquisa

    Observou-se na tabela 2 que 14,7% dos adolescentes apresentaram sobrepeso, enquanto que 82,4%encontravam-se com peso normal, tendo ainda 2,9%com desnutrição. O sobrepeso e obesidade foram os problemas razoavelmente prevalentes em maior proporção nos adolescentes do 1º ano do ensino médio. A desnutrição tanto para adolescentes de 1º e 2º ano na faixa etária de 15 e 16 anos no presente estudo foi elevada (11,2%) em comparação a outros estudos nacionais, entretanto, estatisticamente não significativos.

    Em estudo realizado no Rio de Janeiro com escolares, 2,4% dos escolares de 15 anos apresentando baixo peso (Oliveira e Veiga, 2005). Em outro estudo, realizado em Toledo-Paraná, os autores identificaram que 3,8% dos adolescentes de 14 a 19 anos encontravam-se abaixo do peso (Dalla Costa et al, 2007). O que pôde se inferir é que a transição nutricional já ocorreu no Brasil, demonstrando que a população jovem antes desnutrida, hoje se mostra em um novo contexto: com excesso de peso.

    Esse avanço do excesso de peso vem ocorrendo em todos os níveis sociais. Os adolescentes deste estudo são estudantes de uma escola pública da cidade de Teresina, e por serem a maioria da capital, devido ao estilo de vida mais moderno e de mais acesso a comidas não saudáveis, esperava-se que esses valores estivessem aumentando. Um dado relevante mostrou um estudo, em que os autores avaliaram o estado nutricional de adolescentes da zona rural e os dados corroboram com os do presente estudo, uma vez que a prevalência de excesso de peso foi de 28,9% (Barros et al, 2013) . Isto mostra que a prevalência de sobrepeso/obesidade está próxima àquelas das áreas urbanas.

    Além de investigar o estado nutricional, fez-se necessário conhecer também o nível de atividade física dos escolares avaliados. Analisando o nível de atividade física dos alunos do 1º ano, pode-se observar que em um total de 25 adolescentes, 24,0% eram sedentários; 16% irregularmente ativo; 32,0% ativos e 28,0%, muito ativos. Esses resultados demonstram que a maioria (32%) deles estavam ativos, o que de certa forma contribuiu para a maioria também apresentar peso normal.

    Estudos relacionados ao comportamento da prática de atividades físicas vêm despertando interesse cada vez maior nos pesquisadores adolescentes do ensino médio, da cidade do Recife-PE, com média de idade de 16,2 ± 1,1 (14 a 19 anos), No grupo estudado, 61,6% dos adolescentes foram classificados como inativos ou irregularmente ativos, e 26,2%, como sedentários (pré-contemplativos e contemplativos) (Sousa e Duarte, 2005).

    Estudo realizado em uma amostra representativa de adolescentes escolarizados da rede pública da cidade de Curitiba mostrou que os níveis de atividade física apresentados pelos adolescentes são bastante preocupantes, principalmente entre as meninas. Apenas 22% dos meninos e 9,1% das meninas, atingiram a recomendação de atividades físicas necessárias para atingir benefícios em sua saúde (Santos et al, 2010)

    A prática regular de exercícios físicos é um importante fator de saúde, tornando-se um bom controle e prevenção da obesidade. Estudos mensurando o nível de atividade física em crianças e adolescentes obesos revelaram que existe uma preferência por atividades sedentárias no grupo obeso (Ortega et al, 2007; Edwards, 2008). Fator este preocupante uma vez que cada vez mais os jovens tendem a demonstrar comportamentos mais sedentários.

    Quando realizado a correlação de Spearman para verificar se existia relação entre o estado nutricional e nível de atividade física dos alunos do 1º ano, os resultados mostraram que houve uma correlação positiva (r = 0,294), demonstrando o que já se esperava. Uma vez que quanto mais ativos, menor é o percentual de excesso de peso. Não houve correlação ((r =-0,59) quando realizada com os alunos do 2º ano. Estas diferenças podem ser atribuídas ao número amostral que se diferencia de uma turma para outra.

    Em razão as respostas dadas ao questionário pelos alunos do 2º ano, observou-se uma diferença significativa em um total de 34 adolescentes que deste, em que 11,8% apresentaram-se sedentários; 23,55% irregularmente ativos; e dentre os restantes, houve uma classificação igualitária (ativo e muito ativo) em 22 adolescentes com um percentual de 32,4%.

    Estudo realizado com estudantes do ensino médio de Pernambuco, (14-19 anos), revelou que elevada prevalência de níveis insuficientes de atividade física e de exposição a compor­tamento sedentário (Tenório et al, 2010). Isto faz com que aumente cada vez mais, o número de adolescentes com problemas de saúde e, além disso, tornarem-se adultos obesos.

    As figuras 3 e 4 mostram a comparação entre o nível de atividade física entre os gêneros dos alunos do 1º e 2º ano, da escola pesquisada.

Figura 3. Nível de atividade física entre os sexos dos alunos do 1º ano do ensino médio Teresina, 2014

 

Figura 4. Nível de atividade física entre os sexos dos alunos do 2º ano do ensino médio. Teresina, 2014

    Observou-se nas figuras 3 e 4 que os adolescentes do sexo masculino são mais ativos do que as do sexo feminino. Resultados similares quanto ao sexo, foram observados no estudo de Thomaz et al (2010), no qual se obteve uma proporção de jovens ativos de 43,1%, sendo maior nos meninos (56,2%) em comparação às meninas (31,3%). Além disso, relataram também que a para promover a atividade física e a saúde no meio escolar, será preciso atribuir aos comportamentos saudáveis significados e interesse dos jovens.

    Dentro de cada classificação, fez-se a comparação entre os sexos e o nível de atividade física (IPAQ) dos adolescentes. Observou-se que a pratica de atividade física dos alunos do 1º e 2º ano, tem prevalência maior o sexo feminino. É importante destacar que as duas séries existem uma classificação de sedentarismo no sexo masculino. De acordo com estudos de Hallal (2010) e Rolim et al (2007), existe maior prevalência de inatividade física nos sujeitos do sexo feminino. Apesar dos resultados gerais encontrados não serem similares aos do presente estudo, quando se analisa o gênero e o nível de atividade física, observa-se que na atual pesquisa a prevalência de meninas muito ativas ou ativas é maior.

Conclusão

    Com base nos resultados obtidos ao final deste presente estudo, pode-se concluir que, a maioria dos adolescentes estava com pesos normais e estavam ativos, além disso, os adolescentes do gênero feminino apresentaram um melhor nível de atividade física, enquanto que no gênero masculino existe uma pequena parcela de indivíduos ativos e muito ativos.

    Em razão disso pode-se destacar a importância da atividade física como promotora da saúde, seja em seu âmbito escolar ou não, sendo que o que se deve ter em mente são as reais necessidades das crianças, e na atual pesquisa, os adolescentes. Faz-se necessário criar alternativas para que se estimule a pratica habitual de atividade física, com vistas ao ser humano em sua totalidade, fazendo-se necessário também a abordagem de assuntos relacionados ao consumo alimentar, uma vez que isso pode ser determinante para o estímulo pessoal a uma prática de atividade física.

Bibliografia

Outros artigos em Portugués

www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 20 · N° 210 | Buenos Aires, Noviembre de 2015
Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados