Medidas antropométricas e risco para doenças cardiovasculares Medidas antropométricas y riesgo de enfermedades cardiovasculares Anthropometric measures and risk for cardiovascular diseases |
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*Acadêmica do Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Departamento de Ciências da Saúde, Setor Nutrição, Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul **Mestre em Gerontologia Biomédica, Professora, Departamento de Ciências da Saúde, Setor Nutrição, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul ***Mestre em Envelhecimento Humano, Professora e Coordenadora do Curso de Nutrição, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul ****Mestranda do PPGEDU URI - Frederico Westphalen/RS. Nutricionista responsável pela Alimentação escolar do município de Caiçara RS |
Sandra Mara Bolson* Caroline Marangon Dourado** Dionara Simoni Hermes Volkweis*** Mariana Balestrin**** (Brasil) |
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Resumo Introdução: Obesidade, problema de saúde pública que mais cresce no mundo, quando associada a outros fatores, implica em risco cardiovascular. Medidas antropométricas são utilizadas para identificar este risco. Este estudo teve como objetivo verificar as medidas antropométricas e risco de doenças cardiovasculares. Metodologia: Estudo transversal, quantitativo, com pacientes adultos, de 20 a 59 anos, ambos os sexos, com sobrepeso ou obesidade, freqüentadores do Ambulatório de Nutrição da URI-FW-RS. Medidas utilizadas: índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), relação cintura-quadril (RCQ) e circunferência do pescoço (CP). Amostra composta por 20 indivíduos, 80% sexo feminino, 20% sexo masculino. Resultados e Discussões: Os resultados demonstraram que tanto a CC como a RCQ podem ser associados ao risco de doença cardiovascular. E quanto mais elevado o IMC dos indivíduos, maior o risco de desenvolver essas doenças. O mesmo não foi encontrado na CP. Conclusão: Mais estudos são necessários para definir se a CP é um parâmetro confiável. Unitermos: Antropometria. Obesidade. Doenças cardiovasculares.
Abstract Introduction: Obesity, the public health issue with the highest growth rates worldwide, when associated with other factors, results in cardiovascular risks. Anthropometric measurements are used in order to identify this risk regarding obesity. This study aimed to verify the anthropometric measures and cardiovascular disease risks. Methodology: This is a cross-sectional, quantitative study, with 20 to 59 years old male and female patients that are overweight or obese, and regulars at URI-FW Nutrition Ambulatory. Applied anthropometric measurements: body mass index (BMI), waist circumference (WC), waist-hip ratio (WHR) and neck circumference (NC). The sample consists of 20 individuals, 80% female and 20% male. Results and Discussion: the results show that WC, WHR and NP measures can be associated with cardiovascular disease risk. However, the higher the BMI, the greater the risk of developing this illness. Conclusion: Further studies are necessary to determine if the NC is a reliable parameter for cardiovascular disease. Keywords: Anthropometry. Obesity. Cardiovascular disease.
Recepção: 20/06/2015 - Aceitação: 15/09/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 209, Octubre de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O estilo de vida sedentário aliado a problemas de estresse, de nutrição, de bem estar social e de ausência de um comportamento preventivo, está diretamente relacionado ao aparecimento de diversas doenças; muitas delas conseqüência da obesidade, que se alastra como uma pandemia e atinge todas as classes da população. Este fato causa uma enorme preocupação por parte de toda a rede de saúde. Uma vez que, representa fator de risco ao desenvolvimento de diversas doenças de cunho cardíaco e metabólico. (Brasil, 2006).
A avaliação antropométrica e o reconhecimento do excesso de peso podem favorecer a identificação precoce do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Achados indicam que a circunferência da cintura (CC) elevada e inadequação em outros índices, tais como o índice de massa corporal (IMC), razão circunferência cintura-quadril (RCQ) (Furtado & Polanczyk, 2007; Pitanga & Lessa, 2007) e a circunferência do pescoço (CP) (Vallianou et al. 2013) podem contribuir para o aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV).
As medidas antropométricas possuem a vantagem de serem técnicas simples, não invasivas e fáceis de serem aplicadas, que podem ser utilizadas seguramente para avaliação da composição corporal (Fontanive, Paula & Peres, 2007). Deve-se considerar também que, o baixo custo de seus equipamentos, os quais normalmente são duráveis e portáteis, e a grande disponibilidade de dados dessas medidas faz da antropometria uma técnica bastante utilizada pelos profissionais no momento da avaliação nutricional (Nacif & Viernig, 2011).
Através do exposto, o presente trabalho teve como objetivo verificar as medidas antropométricas e a presença de risco para doenças cardiovasculares.
Metodologia
Estudo transversal, de natureza quantitativa, realizado entre março e abril de 2014, com freqüentadores do Ambulatório de Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, campus de Frederico Westphalen – RS.
O estudo iniciou após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da URI/FW, com o número de registro do CAAE 24943313.7.0000.5352 e autorização da Instituição (URI/F/W). Os pesquisados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Foi realizada a avaliação antropométrica dos participantes através de medidas como: peso, altura, circunferência do pescoço, circunferência da cintura e circunferência do quadril, com posterior cálculo de índice de massa corporal e relação cintura-quadril. Os valores de referência utilizados foram da OMS para IMC, CC e RCQ. Para a CP foram utilizados os valores de referência citados por Preis (2012) em seu estudo de 2010, considerando ideais valores de 40,5cm para homens e 34,2 para mulheres. A amostra estudada foi a partir do total de atendimento (n=20). Os critérios de inclusão foram: adultos na faixa etária de 20 a 59 anos, de ambos os sexos. Foram excluídos indivíduos que não se enquadravam na idade estipulada, mulheres grávidas e indivíduos com disfunção na glândula da tireóide.
Para esta pesquisa foi utilizado o pacote estatístico SPSS 18.0 e Windows Microsoft Excel, foram analisadas as estatísticas descritivas como média, desvio-padrão, freqüência das variáveis e tabelas cruzadas. Para um melhor aproveitamento dos dados foi utilizado o teste estatístico de Correlação de Spearman e teste Qui-quadrado, admitindo ser significativo quando o p-value < 0,05.
Resultados e discussões
No presente estudo objetivou-se verificar através das medidas antropométricas o risco para doenças cardiovasculares. A amostra foi constituída por 20 indivíduos, sendo 80% (n=16) do sexo feminino e 20% (n= 04) do sexo masculino. Todos adultos, na faixa etária entre 20 e 59 anos, com sobrepeso ou obesidade. A média de idade para o sexo feminino foi de 37,8 anos ± 13,42 e para o sexo masculino 44,75anos ± 6,70.
Quanto ao peso médio verificou-se para o sexo feminino 81,49kg ± 12,59 e para o sexo masculino 101,72kg ± 13,64. A altura média dos indivíduos analisados mostrou no sexo feminino 1,56m ± 0,05 e no sexo masculino 1,70m ± 0,02.
Como pode ser observado na Tabela 1, o sobrepeso/pré-obesidade foi encontrado em 25% dos pesquisados. Entretanto, a maior prevalência foi de indivíduos com obesidade grau I (45%). Além disso, verifica-se que, 15% do total da amostra apresentaram obesidade grau II e outros 15% obesidade grau III.
Tabela 1. Toda a amostra em relação ao IMC, n= 20, adultos com sobrepeso/obesidade. Frederico Westfhalen, 2014.
Fonte: Bolson, Dourado, Volkweis, Balestrin, 2014
Em relação ao gênero, a tabela 1 mostra que a obesidade grau I prevaleceu em ambos os sexos: 45% (9) dos pesquisados; apresentando um índice de 37,5% (6) para o sexo feminino e 75% (3) para o masculino.
Realizado em Taiwan, o estudo feito por Chuang et al. (2012) teve como objetivo determinar se a composição corporal está correlacionada com fatores de risco para síndrome metabólica e DCV. Para isso, foram selecionados 2.867 indivíduos maiores de 18 anos e aferidos o peso, altura e a pressão arterial (PA), além da realização da bioimpedância e cálculo do IMC. Após os testes estatísticos, os autores verificaram que o IMC e a porcentagem de gordura corporal estavam correlacionados positivamente (p < 0,001) em indivíduos do sexo masculino e feminino. Para os autores, o percentual de gordura corporal está correlacionado com IMC e CC, e estes estão associados a fatores de risco para síndrome metabólica e DCV em homens e mulheres. Tais resultados sugeriram que o percentual de gordura corporal pode ser um excelente preditor de síndrome metabólica e DCV.
Neste estudo constatamos correlação positiva com os resultados expostos por Chuang et al. (2012) em relação ao Índice de Massa Corporal (IMC) e o risco de doenças cardiovasculares, pois quanto maior o percentual de gordura corporal maior o risco para essas doenças. Na amostra foi constatado que as pessoas com sobrepeso foram as que apresentaram menor risco, comparado com as obesas.
A medida da circunferência da cintura é um bom parâmetro para a identificação de obesidade abdominal, e pode ser utilizada como um dado clínico adicional para a avaliação de situações clínicas que representem risco cardiovascular aumentado (Picon et al. 2007).
No Gráfico 1, em relação à circunferência da cintura, do total dos indivíduos pesquisados destaca-se que 80% possui risco cardiovascular muito elevado, 10% possui risco e 10% não possui risco para essas doenças.
Gráfico 1. Riscos de dcv no total da amostra em relação à CC, adultos com sobrepeso/obesidade. Frederico Westphalen, 2014
Fonte: Bolson, Dourado, Volkweis, Balestrin, 2014.
Estudo realizado por Félix-Redondo et al. (2013) estimou a associação de sobrepeso/obesidade geral e abdominal com fatores de risco cardiovascular. A amostra foi composta por 28.887 indivíduos, espanhóis, de 35 a 74 anos de idade. Constataram que indivíduos com CC elevada, >102 cm (H) ou >88 cm (M), tiveram maior chance de apresentar diabetes, hipertensão e hipercolesterolemia (p < 0,001).
Assim como no estudo de Félix-Redondo et al. (2013), o presente estudo apresentou alto índice (90%) de risco cardiovascular em relação à circunferência da cintura nos indivíduos pesquisados.
A circunferência do quadril associada à circunferência da cintura tem revelado efeito protetor sobre os fatores de risco cardiovasculares, uma vez que mostra maior proporção de musculatura permitindo, desta forma, melhor tolerância à glicose em indivíduos com circunferência do quadril aumentada. A associação entre essas duas medidas é de grande utilidade também para diferenciar a obesidade andróide da obesidade ginecóide (Cassiani, Schmidt, Rabito, Dutra-de-Oliveira & Marchini, 2008).
Conforme mostra o Gráfico 2, referente aos parâmetros da RCQ, no total da amostra (n=20), observa-se que 45% (n=9) dos indivíduos não apresentaram risco para desenvolvimento de DCV, entretanto, 55% (n=11) apresentaram risco.
Gráfico 2. Risco dcv no total da amostra em relação à RCQ, adultos com sobrepeso/obesidadade. Frederico Westphalen, 2014
Fonte: Bolson, Dourado, Volkweis, Balestrin, 2014
Quanto ao gênero, na RCQ, as mulheres 56,3% (n=9) não apresentaram risco cardiovascular, e 43,8% (n=7) apresentaram risco. Dos homens, 100% (n=4) apresentaram risco cardiovascular na RCQ. A média dos indivíduos que não apresentaram risco de DCV é de 0,72 ± 0,01, e dos indivíduos que apresentaram risco de DCV é de 0,89 ± 0,18. Knowles (2011) realizaram um estudo onde concluíram que a prevalência de ocorrência de fatores de risco para DVC eleva-se quando há o aumento das medidas de adiposidade, ou seja, os homens e mulheres com valores elevados de adiposidade global e central, IMC elevado e CC alta, respectivamente, apresentaram maior chance de ter fatores de risco cardiometabólico.
Estudos recentes vêm tentando demonstrar que a circunferência do pescoço pode ser utilizada de maneira isolada como medida antropométrica na identificação de fatores de risco cardiometabólico, pois com o aumento da circunferência do pescoço, aumenta também a probabilidade de risco cardiometabólico (Preis, 2010).
A circunferência do pescoço nesta amostra, conforme o Gráfico 3, indica que 40% (n=8) dos pesquisados não apresentaram risco DCV e 60% (n=12) apresentaram risco cardiovascular. No entanto, não houve diferenças significativas do risco com a circunferência do pescoço (p=0,095) e entre os sexos (p=0,76). Para tanto, utilizou-se o teste Qui-quadrado.
Gráfico 3. Risco DCV no total da amostra em relação à CP, adultos com sobrepeso/obesidade. Frederico Westphalen, 2014.
Fonte: Bolson, Dourado, Volkweis, Balestrin, 2014
Stabe et al. (2013) realizaram um estudo com uma população de 1053 homens e mulheres brasileiros, com idade média de 42,7 (±12,1) para homens, e para mulheres 38,1 (±12,8) anos. Os pesquisadores avaliaram a relação da CP com diversos marcadores associados à síndrome metabólica. Neste estudo foi observado que a CP estava positivamente relacionada com triglicerídeos e glicemia de jejum, e negativamente com HDLc em homens – não havendo correlação com pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e colesterol total; nas mulheres, houve correlação positiva com PAS, PAD, glicemia de jejum e negativa com HDLc. A CP, além disso, mostrou correlação positiva com outros indicadores antropométricos: IMC e CC em homens e mulheres, e RCQ apenas nos homens.
Conforme Gráfico 4 em relação ao risco cardiovascular, no total da amostra, obteve-se índices assim distribuídos: 27% não apresentaram risco, 41% apresentaram risco e 32% apresentaram risco muito elevado.
Gráfico 4. Risco DCV em toda a amostra, adultos com sobrepeso/obesidade. Frederico Westphalen, 2014.
Fonte: Bolson, Dourado, Volkweis, Balestrin, 2014
Na totalidade da amostra, observou-se que a ocorrência de risco cardiovascular foi elevada, com um percentual de 73% entre os indivíduos pesquisados. Portanto, podemos considerar que o excesso de peso, que freqüentemente determina um IMC elevado, é um fator de risco relevante para o desenvolvimento de DCV.
Conclusão
Conforme os dados obtidos no estudo, o resultado de dois indicadores antropométricos avaliados, CC e RCQ, apresentou risco de doenças cardiovasculares em ambos os sexos; e quanto mais elevado o IMC do indivíduo, maior o risco para estas doenças. No entanto, não houve diferenças significativas do risco com a CP e entre os sexos.
Cabe ressaltar que mais estudos devem ser realizados para avaliar se a CP é um indicador antropométrico confiável para se determinar risco cardiovascular.
Considerando a tendência crescente de sobrepeso e obesidade e a sua associação com o risco de doenças cardiovasculares, é necessária a realização de intervenções nutricionais visando reduzir e normalizar o peso corporal, prevenindo, assim, este tipo de patologia.
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