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Guerra de bexiga d’água e passa ou repassa com torta na cara nas aulas de Educação Física. A importância do professor
nas atividades recreativas escolares

Guerra de bombitas de agua y tirar tortas en la cara en las clases
de Educación Física. La importancia del profesor en actividades recreativas escolares

Bladder water war and pass with pie in the face in physical education
classes. The importance of teacher in the school recreational activities

 

Licenciado em Educação Física pela FASIPE – Faculdade de Sinop

Professor de Educação Física e Artes na Escola Estadual Renee Menezes de Sinop MT

(Brasil)

Marcelo De Assis

marcelo_enfermeiro@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          As aulas de educação física são sempre emocionantes para alunos e professor. Não devemos visar apenas nos fundamentos de jogos ou “rola bola” e sim aulas recreativas que todos os alunos possam participar. Este relato de experiência consiste no objetivo em descrever a importância do professor de educação física na contribuição de aulas atrativas recreativas para os alunos da Escola Estadual Renee Menezes promovendo maior interesse participativo nas outras disciplinas. Utilizou-se uma abordagem qualitativa, técnica descritiva e observação. Utilizou como referencia Silva e Gonçalves (2010) por afinidade com o livro e conhecimento do trabalho do autor em eventos. Este trabalho é fruto da auto avaliação de quanto é importante a presença do professor de educação física habilitado na escola, ou seja, considerando que o professor contribui muito no processo de ensino aprendizado dos alunos.

          Unitermos: Educação Física escolar. Atividades recreativas. Professor. Alunos.

 

Abstract

          Physical education classes are always exciting for students and teacher. We should not aim only at the games fundamentals or "rolling ball" but recreational classes that all students can participate. This experience report is the objective in describing the importance of physical education teacher in the contribution of recreational attractive classes for students of the State School Renee Menezes promoting greater participatory interest in other disciplines. We used a qualitative approach, descriptive technique and observation. Used as a reference Silva and Gonçalves (2010) affinity with the book and the author's knowledge of the work at events. This work is the result of self-assessment of how important the presence of the teacher enabled physical education at school, that is, considering that the teacher helps a lot in the teaching learning process of students.

          Keywords: School Physical Education. Recreational activities. Teacher. Students.

 

Recepção: 10/09/2015 - Aceitação: 13/10/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 209, Octubre de 2015. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    As atividades recreativas na escola fazem parte no processo de planejamento do professor e contribuem muito no processo de ensino/aprendizagem do aluno, inclusive aqueles que têm alguma dificuldade.

    “A recreação deve ser entendida como um momento ou situação que proporciona alegria e prazer, que busca satisfazer as vontades e os desejos alcançados pelo lazer” (Silva e Gonçalves, 2010, p. 24).

    Em 2013, ano letivo escolar, relato aqui minha primeira experiência em sala de aula onde tive o prazer e honra de trabalhar com alunos de várias faixas etárias.

    Nas aulas de Educação Física anterior os alunos tiveram poucas oportunidades na recreação, atividades que proporciona prazer, entusiasmo, motivação, lúdico; são relatos dos alunos da escola. O professor de educação física esta apto a trabalhar este tipo de diversão com os alunos, proporcionando ludicidade, ócio e ociosidade.

    Trata-se de um relato de experiência executado na Escola Estadual Renee Menezes de Sinop MT, visando a importância do professor de educação física na contribuição de aulas atrativas recreativas para alunos promovendo maior interesse participativo nas outras disciplinas.

    A guerra de bexiga da água e passa ou repassa com torta na cara foi um dos momentos mais marcantes para os alunos e para mim como professor de educação física. O importante de tudo isso, além do aumento participativo dos alunos foi a gratificação dos outros professores.

2.     Desenvolvimento

2.1.     O relato de experiência

    É importante relatar algo que emociona no contexto educativo escolar. No ano de 2013 iniciou-se a grande experiência de trabalhar numa escola e pude perceber a necessidade e importância da presença de um professor de educação física. Estamos gradativamente conquistando e firmando o nosso espaço no ambiente escolar, pois ainda na visão dos governantes a educação física não é necessária.

    As aulas dos anos anteriores eram pouca atrativa; pelo relato dos alunos eram trabalhados apenas os fundamentos dos jogos; futebol, vôlei, basquete, handebol. Agora chegando desta forma, mais dinâmica, foi possível provocar interesse nos anseios voltados ao lazer.

    Introduzir recreação nas aulas de educação física foi fácil, os alunos nem perceberam que estavam se divertindo. Nesta visão a recreação é fundamental na prática das atividades recreativas, lúdico é norteador e condutor para os participantes, pois nestas atividades elas são de entretenimento (Silva e Gonçalves, 2010).

    O interesse pelas atividades recreativas contribui muito no trabalho; com vários cursos de atualização na área, leituras e pesquisas ajudou-me muito no planejamento diário das aulas. Após uma semana de aula, observando os alunos percebi que algumas turmas tiveram problemas na socialização, falta de interesse nas aulas; estes problemas são relatados por todos os professores que lecionam na escola. Então tive a idéia em proporcionar a eles a guerra de bexiga com água e passa ou repassa com torta na cara.

    A Escola Estadual Renee Menezes está localizada no norte do Estado do Mato Grosso, no município de Sinop. Ela fica situada no Bairro Camping Club, que esta cerca de 20 km do centro da cidade. Então, com isso os alunos que moram nas fazendas, entorno, chegam de ônibus para estudar saindo cedo de casa. Neste caso há pouco interesse pelas atividades recreativas, brincar, divertir-se. Às vezes a cultura familiar destes alunos nas brincadeiras, jogos motores de motivação não são reconhecidos, apenas o objeto simbólico “bola” se obtêm no espaço escolar.

2.2.     Guerra da bexiga d’água

    Primeiramente fiz o planejamento bimestral e logo em seguida semanal onde avisei as turmas que participaram da atividade para trazer um pacote de balão/ou cada dupla. Quanto mais balão, mais divertido fica.

    Sempre no dia programado chegava antes do início da aula para organizar o ambiente. Quando tocava o sinal me deslocava até a sala de aula e dividia a turma e algumas equipes para organizar a lona no chão, local onde foi feito era no campo (gramado) não tinha problema de algum aluno se machucar; outro grupo ia enchendo os balões com água e amarrando. A roupa era primordial, tinha que trazer outra para não molhar o uniforme.

    Enquanto não estava tudo pronto, sem o meu sinal de apito não podia começar. Todos estavam apostos, prontos para o início. Então apitei e todos começaram a guerra atirando uns nos outros com alegria, prazer. Depois que acabaram as bexigas todos ficavam até o fim da aula deslizando na lona molhada, apostando corrida e consegui fazer atividades referentes.

    As atividades referentes com uso de água devem ser bem planejadas, orientada e cuidadosa, tudo feito pelo professor usando cautela e autorização da família para participar.

    Como Silva e Gonçalves (2010, p. 323) discorrem: “ofertar atividades recreativas e gerar o prazer do ser humano em contato com a água caracterizam papéis fundamentais da atuação profissional do recreador”.

    O sorriso era ardente de todos que estavam ali. Alguns professores se divertiram olhando a alegria deles. Alguns alunos ficavam observando de longe vendo a alegria da turma. Foi feito com todas as turmas, grande parte dos alunos passaram por isso e participaram.

    O resultado após de cada guerra de balão dos alunos de cada ciclo era de mais motivação, interesse pelas outras disciplinas; teve um aumento na participação, socialização.

2.3.     Passa ou repassa com torta na cara

    Esta brincadeira foi fruto de uma adaptação de um programa de televisão muito divertido. Da mesma forma que foi proposta a guerra de balão com água partiu o mesmo planejamento bimestral/plano de aula.

    Os alunos trouxeram pó de chantilly ou emustab de sorvete, batedeira para poder fabricar o creme. Usamos duas aulas, onde trabalho com a disciplina de artes também. Na primeira aula batemos na batedeira o emustab e organizamos em pratos e um espaço com sombra fora da sala de aula.

    A diversão era calorosa, emocionante, espontânea. “a permissão, a liberdade e a espontaneidade são características do lazer, proporcionando estados psicológicos positivos” (Silva e Gonçalves, 2010, p. 21).

    A fabricação do chantilly era o momento mais delicado, pois demorava muito para poder organizar. Separei as perguntas em casa e o mesmo usei uma adaptação do jogo show do milhão, também programa de televisão.

    O professor fazia a pergunta e no sinal de “” quem erguia primeiro a mão e falava “eu” tinha o direito de responder a questão. Se errar, levava torta na cara, se acertava, o colega tinha que levar a tortada. Alguns alunos nem fizeram questão de acertar, queriam mesmo é errar e levar a torta na cara. Por fim, todos se divertiram se sujando uns aos outros.

    Nas fotos abaixo da torta na cara os alunos nos aceitaram a exposição de fotos.

3.     Considerações finais e resultados

    Pode-se perceber que é nesta faixa etária de 13 a 15 anos os alunos gostam de desafios e não simplesmente a bola. O resultado disto ocorreu maior interesse pelas aulas recreativas com desafios em educação física. O lúdico nas aulas de educação física deve ser trabalhado com regras desafiadoras verificando e adaptando de acordo com a idade respectiva.

    Defendida por Silva e Gonçalves (2010, p. 314), “as atividades lúdicas fazem a criança aprender brincando, com prazer, alegria e entretenimento, levando a experiências motoras organizadas e educativas”.

    Além dos jogos motores, fundamentos esportivos, as brincadeiras recreativas contribuem para formação humana, relevantes para outras disciplinas. A satisfação dos professores em relação a participação da sua disciplina teve aumento significativo, uma interdisciplinaridade na escola.

    O professor ou recreador, orientador da brincadeira lúdica é um eixo norteador para uma prática saudável, estabelece limites, horários, gerencia com segurança e ganha satisfação nos resultados obtidos de acordo com trabalho proposto (Silva e Gonçalves, 2010).

    Da participação nas duas atividades apenas 5% dos alunos não quiseram brincar. Conveniente que alguns ainda têm dificuldades de socialização com seus colegas.

    A maneira que o professor expõe suas idéias em forma de ludicidade é um fator primordial chamado de ferramenta pedagógica à aprendizagem. Diante disto, é importante que o professor tenha criatividade no planejamento, busca de novos conhecimentos que possam contribuir nas aulas. Não deixe que suas aulas sejam monótonas por falta de idéias criativas. O aluno dependendo da idade e cultura sente a falta ou nunca se relaciona de forma expressiva; basta incluir novos desafios. Abaixo algumas fotos de como foi as atividades servindo de exemplo para outros profissionais dentro da responsabilidade.

Figura 01. Guerra de bexiga de água

 

Figura 02. Guerra de bexiga de água

 

Figura 03. Guerra de bexiga de água

 

Figura 04. Exemplo de como organizar pra torta na cara

Bibliografia

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Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados