A contribuição do jiu-jitsu no desenvolvimento motor de crianças na faixa etária de 8 anos La contribución del jiu-jitsu en el desarrollo motor de niños de 8 años The contribution of jiu-jitsu motor development of children in the age of 8 years |
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*Graduado do curso de Licenciatura em Educação Física, UNIP Faixa marrom de Jiu-jitsu. Professor de lutas **Graduado do curso de Licenciatura em Educação Física UNIP Faixa azul de Jiu-jitsu. Instrutor de lutas ***Graduado do curso de Licenciatura em Educação Física, UNIP (Brasil) |
Adrio Acácio Hattori* Alandesson Da Silva Lima** Letícia Fernandes*** |
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Resumo Este trabalho trata-se de uma pesquisa de campo resultante de pesquisa científica quanti-qualitativa apresentando dados com relação a uma bateria de teste psicomotores. Busca mostrar a contribuição do jiu-jitsu no desenvolvimento motor das crianças não praticantes e praticantes de jiu-jitsu que participam do Projeto Aprender, Conviver e Lutar, que é realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) no EMEF Rodolpho Valle. Tem como objetivo avaliar os aspectos psicomotores das crianças para analisar o seu desenvolvimento motor. A Bateria de Testes tem enfoque específico nas áreas da motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, estruturação espacial, organização temporal e lateralidade. A pesquisa avalia e compara os fenômenos observados. Após a coleta de dados será comparado o nível de motricidade dos praticantes para os nãos praticantes do jiu-jitsu. Unitermos: Avaliação psicomotora. Jiu-jitsu. Desenvolvimento motor.
Abstract This work it is a field research results from scientific research quantitative and qualitative data regarding presenting a battery of psychomotor tests. Aims to show the contribution of jiu-jitsu in the engine of the children not practicing and practicing jiu-jitsu who participate in the Project Learning, Living and Fighting, which is conducted by the Municipal Education (SEMED) in EMEF Rodolpho Valle development. Aims to evaluate the psychomotor aspects of children to analyze their motor development. A battery of tests has a specific focus in the areas of fine motor, overall motor skills, balance, body scheme, spatial structure, temporal organization and laterality. The research evaluates and compares the observed phenomena. After collecting data, the level of motor skills of practitioners and not practitioners jiu-jitsu will be compared. Keywords: Psychomotor evaluation. Jiu-jitsu. Motor development.
Recepção: 09/06/2015 - Aceitação: 02/09/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 209, Octubre de 2015. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Esse trabalho busca mostrar a contribuição do jiu-jitsu no desenvolvimento motor e as diferenças detectadas nesse desenvolvimento, entre crianças que praticam essa modalidade e não praticantes na faixa etária de 08 anos do EMEF Rodolpho Valle localizado na Rua Ituiutaba, 891 - Redenção em Manaus-AM. O tema escolhido é Jiu-jitsu e Avaliação psicomotora, sendo a delimitação do tema: Avaliação psicomotora de crianças praticantes e não praticantes de jiu-jitsu com a idade de 08 anos do EMEF Rodolpho Valle, o projeto Aprender, Conviver e Lutar (SEMED) está funcionando a quase 11 meses nessa escola. O Objetivo Geral é Avaliar as diferenças dos desenvolvimentos motores das crianças de 08 anos praticantes de jiu-jitsu do projeto aprender, conviver e lutar, das não praticantes, para mostrar a contribuição do jiu-jitsu no desenvolvimento motor infantil e os Específicos são Analisar comparativamente; Entender quais os principais aspectos que influenciam essa diferença; Mostrar que o professor de educação física tem a capacidade de trabalhar o desenvolvimento motor através da pratica do jiu-jitsu nas escolas; Descrever como pode ser feito de modo simples e eficaz as abordagens pedagógicas utilizadas nas as aulas de jiu-jitsu; Levantar dados que mostre a contribuição para o desenvolvimento motor das aulas de lutas aplicadas no âmbito escolar. As análises foram realizadas utilizando a Bateria de Testes de Rosa Neto (2002), com enfoque específico nas áreas da motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, estruturação espacial, organização temporal e lateralidade.
As crianças praticantes participam do Projeto Aprender, Conviver e Lutar, que é realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) dentro da própria escola. O Artigo tem como meta avaliar os aspectos psicomotores das crianças para ajudar a entender o seu desenvolvimento motor de modo que estas possam trabalhar de forma contínua para aquisições e melhorias no desenvolvimento cognitivo e afetivo, fazendo assim com que essas crianças cresçam saudáveis e bem mais experientes em termos de domínio motor e aprendizagem cognitiva, em contrapartida e justapondo-se as crianças que não praticam nenhum tipo de atividade e estas acabam tornando-se menos ativas, sedentárias e com carências significativas nas experiências motoras e cognitivas.
Há uma constante necessidade da busca por conhecimento para que não se tenha uma sociedade sedentária e com pouca vivência motora. Projetos como aprender, conviver e lutar que através da pratica pedagógica objetiva o desenvolvimento motor de um modo lúdico e recreativo, não deixando as aulas monótonas e muito menos tradicionalistas que é um fato comum nas práticas das artes marciais. O papel do professor é mostrar os meios para que o aluno consiga se desenvolver. O tema aborda entender as diferenças das capacidades entre as crianças praticantes e as não praticantes, salientando que a pratica do jiu-jitsu no âmbito escolar pode acarretar mais experiência, fazendo com que eles superem seus medos e seus limites de forma saudável e de modo que não venha prejudicá-los. Visa apontar os benefícios motores e também os benefícios psicossociais que o Jiu-jitsu pode fazer com a prática das lutas nas aulas de educação física que traz vantagens para as crianças e adolescentes, proporcionando um desenvolvimento físico, psíquico e social de forma integrada.
Os testes têm como objetivo comparar e avaliar, como uma margem percentual de erro pequena, ou seja, com o máximo de precisão possível, o desenvolvimento motor de modo que possa observar a diferença na evolução e os pontos que precisam ser corrigidos para ajudar a melhorar o desempenho motor das crianças envolvidas e para futuras pesquisas.
Os testes são muito úteis, pois permitem apreciar, com margem de erro muito pequena, a importância dos dados por eles detectados, tanto para populações normais como para aquelas que apresentam perturbações de desenvolvimento de maneira geral. Para tanto, não é utilizado um único teste, mas a aplicação de uma bateria de testes, a fim de examinar a criança sob todos os ângulos. (Rosa Neto, 2002, p.28).
1. Referencial teórico
Na fase do desenvolvimento da criança citado por Piaget (2003, p. 85) como período de operações concretas, “o período de 7-8 a 11-12 anos é o do remate das operações concretas, comparável as dos estágios IV ou V e VI da construção dos esquemas sensórios-motores”. E podemos afirmar sobre o desenvolvimento infantil que, "O desenvolvimento da criança faz-se por impulsões locais, de maneira não unitária, mas segmentar e diversificada. Portanto, é necessário levar em conta as relações mantidas entre os diversos elementos do desenvolvimento”. (Coste, 1992, p.45)
É nessa fase que pode começar a aplicar os jogos de combate como forma de ensinar e fazer com que a criança crie um momento lúdico e de recreação não deixando de vivenciar a aprendizagem motora, mas aprendendo através do simbolismo e da imitação que o mediador ou professor de educação física está ensinando de modo que a criança entre em um jogo de faz de conta narrado pelo mediador.
Enfim, a evolução da criança não se realiza de um modo regular e progressivo, mas um pouco como a evolução histórica da humanidade, por "saltos qualitativos" que se seguem por períodos de lenta maturação e são sucedidos por rupturas, por revoluções. (Coste, 1992, p.45).
As aulas de jiu-jitsu tem a finalidade de trabalhar a mudança de aspectos que são inseridos nessa fase de modo que a criança não perceba, como a cada inicio, termino do treinamento e dos jogos de combate, a criança tem que cumprimentar os colegas ou professores, fazendo assim que tenha uma percepção do outro.
2. Desenvolvimento Psicomotor
O conceito de Motricidade fina segundo Alves (2012, p. 16) é “Motricidade fina é uma coordenação segmentar, normalmente com a utilização das mãos exigindo precisão nos movimentos para a realização das tarefas complexas, utilizando também os pequenos grupos musculares”. “A coordenação visuomanual representa a atividade mais freqüente e mais comum no homem, a qual atua para pegar um objeto e lançá-lo, para escrever, desenhar, pintar recortar, etc.” (Rosa Neto, 2002, p.14).
Já Motricidade global, Rosa Neto (2002, p.16) conceitua como “A capacidade da criança, seus gestos, suas atitudes, seus deslocamento e seu ritmo”. “A coordenação motora global é a condição que deve ser desenvolvida primeiramente no espaço infantil. É o trabalho que vai apurar os movimentos dos membros superiores e também inferiores.” (Almeida, 2010, p.43).
Equilíbrio, para Alves (2012, p. 24) assinala que “Quando a criança consegue manter-se em bom equilíbrio estático e dinâmico, mantendo-se normalmente sobre um pé durante algum tempo, trepa, pula, salta, sofre bem poucas quedas”. “O equilíbrio é a base primordial de toda ação diferencia dos segmentos corporal. Quanto mais defeituoso é o movimento, mais energia consome.” (Rosa Neto, 2002, p.17).
No Esquema corporal “A imagem do corpo representa uma forma de equilíbrio que, como núcleo central da personalidade, se organiza em um contexto de relações mutuas do organismo e do meio”. “A partir do momento em que o indivíduo descobre, utiliza e controla o seu corpo, o esquema corporal é estruturado e passa a ter consciência dele e suas possibilidades, na relação com o meio ambiente em que vive.” (Alves, 2012, p.54).
“A noção do espaço é ambivalente, pois, ao mesmo tempo, é concreta e abstrata, finita e infinita”. “O espaço requer pleno domínio do sujeito para a perfeita integração do ser ao ambiente. Primeiro a criança percebe a posição de seu próprio corpo no espaço.” Este é o conceito apontado por (Almeida, 2010, p.85) Para o desenvolvimento da organização espacial.
O mesmo autor considera que Organização temporal “É a noção de tempo que leva a criança a desenvolver os hábitos do cotidiano e muitas outras atividades rotineiras acontecem em função do tempo, embora muitas crianças tenham grandes dificuldades de perceber esta condição”. “Percebemos o transcurso do tempo a partir das mudanças que se produzem durante um período estabelecido e da sua sucessão que transforma progressivamente o futuro em presente e, depois, em passado.” (Rosa Neto, 2002, p.22).
Lateralidade: Segundo Rosa Neto (2002, p.24) “A lateralidade está em função de um predomínio que outorga a um dos dois hemisférios a iniciativa da organização do ato motoro, o qual desembocará na aprendizagem e na consolidação das práxis”. “Influi na idéia que a criança tem de si mesma, na formação do seu esquema corporal, na percepção da simetria do seu corpo; contribui para determinar a estruturação espacial; percebendo o eixo do seu corpo; a criança percebe também no seu meio ambiente em relação a esse eixo.” (Alves, 2012, p.24).
3. As aulas de jiu-jitsu
As aulas de jiu-jitsu são divididas sete (6) momentos: Roda de conversa, Ginástica dos super-heróis, Ginástica dos animais, Circuito psicomotor, Jogos de combate e Volta à calma.
Roda de conversa: Momento inicial da aula onde as crianças ficam sentadas em posição de escuta e os professores pergunta como foi o dia delas ou sobre o comportamento, passam vídeos, ensinando a criança sair do seu EU e ser mais sociável, mas educada, respeitosa etc...
Ginástica dos super-heróis: Usando o jogo simbólico, o mediador faz alongamento para inicio das atividades com as crianças, fazendo com que elas imaginem que estão em preparo para ser super-heróis, nesse jogo de faz de conta elas imaginam ser diversos heróis como: Super-homem, Thor, Homem de Ferro.
Ginástica dos animais: Nesse momento, as crianças tentam imitar animais de modo que possam trabalhar a coordenação motora global, equilíbrio, esquema corporal, os animais citados no exercício são: Urso, Caranguejo, Jacaré, sapo entre outros.
Circuito psicomotor: Tem como objetivo trabalhar domínio corporal e espacial, lateralidade, equilíbrio, memória visual, atenção e concentração. Os materiais são diferenciados para torna a experiência da atividade mais prazerosa.
Jogos de combate: O principal aspecto desse momento é fazer a criança ter o conhecimento do seu próprio corpo, do seu limite e conhecimento das outras pessoas. Utiliza alguns fundamentos básicos do jiu-jitsu com nomenclaturas diferentes como: Saída de quadril (Saída da montanha), Fechar a guarda (Fechar os cadeados), de modo com que a criança tenha um melhor entendimento do golpe ou da posição. Existe um acervo bom de inúmeros jogos que pode ser aplicado nas aulas como: Jogos de Distância, Jogos de Toques, Jogos de Desequilíbrio, Jogos de Imobilização e Luta no Chão, Jogos de Saudação.
Volta à calma: Momento final onde ensina os alunos a meditar e relaxar, ensinar como se despedir dos professores, amigos e tatame, com reverencia e respeito.
4. Metodologia
Delimitação do estudo
Este estudo consiste em uma forma de abordagem de pesquisa Quanti-qualitativo que segundo Lima (2009, p.12) “É mais adequada para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utiliza instrumentos estruturados. A interpretação dos fenômenos e a atribuição dos significados são básicas. O ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave.” Também é um procedimento de pesquisa de campo. “Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta.” (Lakatos, 2010, p. 89).
A pesquisa busca avaliar e comparar os fenômenos observados. Neste estudo o fenômeno a ser investigado será o desenvolvimento motor de crianças com a idade de 08 anos do EMEF Rodolpho Valle, localizado na Rua Ituiutaba, 891 - Redenção em Manaus-AM, o estudo é caracterizado pelo estudo profundo de um objeto de estudo, sendo possível observar os efeitos que a variável produz no objeto. Será feita uma avaliação psicomotora com base no livro Manual de Avaliação Motora (Rosa Neto, 2002).
Método e técnica
Será usado o método estatístico, é nesta fase que se calculam números. “A manipulação estáticas permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrências ou significa.” (ANDRADE, 2010, p. 116).
Esse trabalho utilizará o método comparativo após a coleta de dados para comparar o nível de motricidade dos praticantes para os nãos praticantes do jiu-jitsu, segundo Andrade (2010, p. 121) “Este método realiza comparações com a finalidade de verificar semelhanças e explicar divergências”.
Técnica de testes: utiliza instrumentos padronizados com a finalidade de obtenção de dados específicos e quantitativos. “As técnicas de pesquisa acham-se relacionados com a coleta de dados, ou seja, a parte pratica da pesquisa”. (ANDRADE, 2010, p. 117).
População e amostra
Este estudo considera como população os alunos da educação infantil do EMEF RODOLPHO VALLE (Manaus/AM), na faixa etária de 08 anos de idade. Da amostra de campo, serão pesquisados 20 alunos, sendo 10 praticantes e 10 não praticantes dos quais 40% dos pesquisados serão quantificados e avaliados gerando oito a quantidades de alunos com dados tratáveis.
Instrumentos utilizados
Ficha de avaliação do desenvolvimento motor
Será utilizada a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM), desenvolvida por Rosa Neto (2002), que avalia os seguintes aspectos do desenvolvimento motor:
1º. Motricidade fina (óculo manual),
2º. Motricidade global (coordenação);
3º. Equilíbrio (postura estática);
4º. Esquema corporal (imitação de postura, rapidez);
5º. Organização espacial (percepção do espaço);
6º. Organização temporal (linguagem, estruturas temporais);
7º. Lateralidade (mãos, pés e olhos). Instrumentos utilizados
Coleta de dados
A coleta de dados será realizada em cinco (5) etapas, assim divididas:
1º. Etapa: solicitação de autorização da escola.
2º. Etapa: solicitação de autorização dos pais dos alunos da amostra.
3º. Etapa: Avaliação motora da amostra, nos seguintes aspectos: motricidade fina, motricidade global; equilíbrio; esquema corporal; organização espacial; organização temporal e lateralidade.
4º. Etapa: Analise dos Dados.
5º. Etapa: Resultados e Discussões.
5 Resultados e discussão
Foram avaliadas oito (8) crianças na idade aproximada de oito (8) anos ou de 96 meses. Todos os alunos avaliados pelo (EDM) Escala de Desenvolvimento Motor da Escola EMEF Rodolpho Valle, Sendo quatro (4) praticantes de jiu-jitsu, dois (2) meninos e dois (2) meninas e quatro (4) não praticantes de jiu-jitsu, dois (2) meninos e dois (2) meninas. Apesar do desenvolvimento motor avançado, foi constatado que os praticantes apresentam alguns tipos de transtorno ou dificuldade em aprender, mesmo com esses tipos de dificuldades através do jiu-jitsu/judô com há intervenção do profissional de Educação Física, pode perceber um aumento significativo no desenvolvimento motor dos praticantes. Parte dos alunos não praticantes são alunos com boas notas de modo que pode se dizer que são alunos inteligentes mais com pouca vivência motora.
Dos praticantes
Aluno A, sexo masculino, 8 anos e 10 meses, data de nascimento 15/12/05, Idade cronológica (IC) de 106 meses, Idade motora geral (IMG) de 109 meses, Quociente motor geral (QMG) de 102, Idade positiva (+) de 03 meses, Escala de desenvolvimento: Normal médio, Lateralidade: DED - Cruzada.
Perfil Motor: Aluno A
Aluno B, sexo Feminino, 8 anos e 8 meses, data de nascimento 05/02/06, Idade cronológica (IC) de 104 meses, Idade motora geral (IMG) de 127 meses, Quociente motor geral (QMG) de 122, Idade positiva (+) de 23 meses, Escala de desenvolvimento: Superior, Lateralidade: DDD – Destro completo.
Perfil Motor: Aluno B
Aluno C, sexo Feminino, 8 anos e 7 meses, data de nascimento 27/03/06, Idade cronológica (IC) de 103 meses, Idade motora geral (IMG) de 110 meses, Quociente motor geral (QMG) de 106, Idade positiva (+) de 07 meses, Escala de desenvolvimento: Superior, Lateralidade: IDD – Indefinido.
Perfil Motor: Aluno C
Aluno D, sexo masculino, 8 anos e 04 meses, data de nascimento 03/06/06, Idade cronológica (IC) de 100 meses, Idade motora geral (IMG) de 122 meses, Quociente motor geral (QMG) de 122, Idade positiva (+) de 22 meses, Escala de desenvolvimento: Superior, Lateralidade: DED – Cruzada, aluno com alta dificuldade de aprendizagem.
Perfil Motor: Aluno D
Dos não praticantes
Aluno E, sexo Feminino, 8 anos e 4 meses, data de nascimento 23/06/06, Idade cronológica (IC) de 100 meses, Idade motora geral (IMG) de 102 meses, Quociente motor geral (QMG) de 102, Idade positiva (+) de 02 meses, Escala de desenvolvimento: Normal médio, Lateralidade: DDD – Destro completo, considerada boa aluna (facilidade em aprender).
Perfil Motor: Aluno E
Aluno F, sexo Feminino, 8 anos e 2 meses, data de nascimento 05/08/06, Idade cronológica (IC) de 98 meses, Idade motora geral (IMG) de 100 meses, Quociente motor geral (QMG) de 102, Idade positiva (+) de 02 meses, Escala de desenvolvimento: Normal médio, Lateralidade: DED – Cruzada.
Perfil Motor: Aluno F
Aluno G, sexo masculino, 8 anos e 01 meses, data de nascimento 03/09/06, Idade cronológica (IC) de 97 meses, Idade motora geral (IMG) de 98 meses, Quociente motor geral (QMG) de 101, Idade positiva (+) de 01 mês, Escala de desenvolvimento: Normal médio, Lateralidade: DED – Cruzada, considerado bom aluno (facilidade em aprender).
Perfil Motor: Aluno G
Aluno H, sexo masculino, 8 anos e 04 meses, data de nascimento 22/06/06, Idade cronológica (IC) de 100 meses, Idade motora geral (IMG) de 79 meses, Quociente motor geral (QMG) de 75, Idade negativa (-) de 21 mês, Escala de desenvolvimento: Inferior, Lateralidade: DII – Indefinido.
Perfil Motor: Aluno H
O gráfico 1 demonstra os valores referentes às idades motoras em anos obtidos dos praticantes e não praticantes de jiu-jitsu, sendo avaliados: motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e organização temporal.
O gráfico 2 demonstra os valores referentes idades motoras em meses obtidos dos praticantes e não praticantes de jiu-jitsu, sendo avaliados: Idade cronológica (IC), Idade motora geral (IMG) e idades da: motricidade fina (IM1), motricidade global (IM2), equilíbrio (IM3), esquema corporal (IM4), organização espacial (IM5) e organização temporal (IM6).
O gráfico 3, demonstra, os valores referentes aos quocientes motores obtidos dos praticantes e não praticantes de jiu-jitsu, sendo avaliados: Quociente motor geral (QMG) e quocientes da: motricidade fina (QM1), motricidade global (QM2), equilíbrio (QM3), esquema corporal (QM4), organização espacial (QM5) e organização temporal (QM6).
Quociente motor geral (QMG)
Tabela 1. Classificação dos quocientes motores segundo a EDM (Rosa Neto, 2002)
dos praticantes e não praticantes de jiu-jitsu
Variáveis |
Praticantes |
Não Praticantes |
Quociente motor geral (QMG) |
Normal Alto |
Normal Médio |
Motricidade fina (QM1) |
Superior |
Normal Médio |
Motricidade global (QM2) |
Normal Médio |
Normal Médio |
Equilíbrio (QM3) |
Superior |
Normal Baixo |
Esquema corporal (QM4) |
Superior |
Superior |
Organização espacial (QM5) |
Normal Alto |
Inferior |
Organização temporal (QM6) |
Normal Alto |
Normal Médio |
A tabela 1 demonstra que após as observações das coletas de dados todos os quocientes, exceto o QM4, e principalmente os quocientes da motricidade fina e do equilíbrio, tem diferenças positivas para os praticantes em comparação aos não praticantes de jiu-jitsu do desenvolvimento motor segundo a EDM (Rosa Neto, 2002). Portanto, através da análise dos dados obtidos, é possível constatar avanços positivos no desenvolvimento motor geral das crianças praticantes de jiu-jitsu.
Rosa Neto (2002, p.115). Afirma que “O Desenvolvimento motor se produz pela combinação de influências da maturação e das influências do ambiente”. Para o profissional de Educação Física o Ambiente Escolar é um fator preponderante para ajudar e auxiliar no desenvolvimento motor, só depende do profissional saber utilizar o leque de recursos que a Educação Física é capaz de produzir, sem deixar de levar em consideração todo aprendizado adquirido nas aulas da universidade, não se pode deixar jamais de procurar aprender e aperfeiçoar cada parâmetro aprendido em sala e levar para melhorar a qualidade de vida do ser humano, independente do sexo, idade ou cor, procurando sempre transformar e inovar. O autor diz que, “O conhecimento de provas para avaliar desenvolvimento motor das crianças permite prevenir as dificuldade de aprendizagem escolar. Quando se constata um aluno com problemas em sala de aula, o fato de realizar provas de motricidade pode ajudar a determinar a causas das possíveis alterações”.
Considerações finais
De modo geral, o desenvolvimento motor dos escolares que praticam jiu-jitsu encontra-se acima dos parâmetros da normalidade segundo a EDM (Rosa Neto, 2002), evidenciando que o desempenho motor está correlacionado as praticas das atividades físicas com intencionalidade dentro de um cronograma de atividades estipuladas pelo o Educador Físico, escolas com o EMEF Rodolpho Valle e projetos como o Aprender, Conviver e Lutar, são pontes importantíssimas para o bom desenvolvimento e maturação de crianças que estão saindo do período pré-operacional e começando o período de operações concretas. Através da EDM, pode-se coletar e observar o avanço significativo que o projeto fez com essas crianças, como graduando monta se uma bagagem de capital cultura que pode ser o canal pra trabalha e ajudar futuras gerações da sociedade. A utilização deste instrumento de avaliação oportunizará ao professor a criação de metas educacionais, bem como a identificação de componentes do desenvolvimento motor que necessitam de atenção especial. As intervenções motoras influenciam positivamente na Motricidade fina; Motricidade global; Equilíbrio; Esquema corporal; Organização espacial e Organização temporal. Foram observadas grandes diferenças no nível do desenvolvimento motor dos praticantes para os nãos praticantes. Portanto, a análise referente a esses dados apresentados permite considerar que os objetivos das intervenções motoras se mostraram eficientes no desenvolvimento motor, na atenção e concentração, no relacionamento e no aproveitamento escolar.
Bibliografia
Almeida, G. (2009). Teoria e prática em psicomotricidade: jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. 6ª ed. Rio de Janeiro: Wak.
Alves, F. (2012). Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. Rio de Janeiro: Wak.
Andrade, M. (2010). Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10ª ed. São Paulo: Atlas.
Coste, J. C. (1992). A psicomotricidade. Tradução Álvaro Cabral. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanarabara.
Franchini, E. (2010). Judô: desempenho competitivo. 2ª ed. São Paulo: Manole.
Lakatos, E. y Marconi, M. (2010). Fundamentos de metodologia cientifica. 7ª ed. São Paulo: Atlas.
Piaget, J. (2003) A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Difel.
Rosa Neto, F. (2002) Manual de avaliação motora. São Paulo: Artmed.
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Digital · Año 20 · N° 209 | Buenos Aires,
Octubre de 2015 |