A prática de exercício físico durante a gestação La práctica de ejercicio físico durante la gestación |
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*Enfermeira Especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Universidade de Almeria **Graduada em enfermagem e magistério infantil pela Universidade de Almeria (España) |
Sonia García Duarte* Laura Nieto López** |
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Resumo O presente artigo pretende relacionar a importância do exercício físico e a gravidez, do ponto de vista do obstetra. As considerações que se estabelecem no artigo vão permitir uma prática mais eficaz da atividade física. Unitermos: Atividade física. Gravidez. Condição física.
Resumen El presente artículo pretende relacionar la importancia del ejercicio físico y el embarazo, desde el punto de vista de la matrona. Las consideraciones que se establecen a lo largo del artículo van a permitir una práctica más eficaz de actividad física. Palabras clave: Actividad física. Embarazo. Condición física.
Tradução: Leandro Pereira da Silva - leandrops@seed.pr.gov.br Licenciado em Educação Física pela Faculdade União das Américas - UNIAMÉRICA Especializando em Alimentos, Nutrição e Saúde no Espaço Escolar pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana - UNILA Professor de Educação Física das redes estadual e municipal de ensino em Foz do Iguaçu – PR (Brasil) Artigo original em espanhol La práctica de ejercicio físico durante la gestación
Recepção: 12/06/2015 - Aceitação: 28/07/2015
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 207, Agosto de 2015. http://www.efdeportes.com |
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1. Introdução
Durante a gravidez a mulher passa por mudanças em nível físico, psicológico e hormonal. Portanto, é importante a prática de exercício físico para conseguir um maior equilíbrio emocional, físico e psicoafetivo. Isto permitirá uma melhora tanto para a mãe como para o bebê.
É conveniente que a mulher grávida realize uma atividade física suave e adequada, com o objetivo de alcançar uma maior conexão com seu corpo e com seu futuro filho. A gestante está sujeita a inúmeras mudanças que alteram sua postura e esquema corporal, e é necessário que se prepare física e emocionalmente para passar por este processo.
A partir dos anos trinta começou-se a recomendar que mulheres grávidas praticassem exercício físico, uma vez que se observou que as mulheres da classe trabalhadora tinham partos mais fáceis que as mulheres que não realizavam nenhuma atividade.
Os exercícios físicos ensinados à gestante durante as aulas de preparação para o parto visam melhorar a capacidade da mulher para o esforço físico envolvido no parto, e a recuperação pós-parto, e ensinam uma série de exercícios para praticar em casa, combinados com diversas técnicas de relaxamento (yoga, treinamento autógeno, sofrologia, relaxamento progressivo de Jacobson, relaxamento coreano) e respiração para se utilizar no período de dilatação e na expulsão.
Em suma, se objetiva o treinamento para o momento do parto, dotando a mulher de habilidades que lhe sirvam como recurso nos momentos de tensão, medo e dor que normalmente sucedem, as quais a colocará em uma posição mais favorável e permitirá o autocontrole e sua colaboração no processo.
2. Objetivos
Com o seguinte trabalho pretende-se expor as considerações a se levar em conta na hora de preparar uma sessão de exercício físico para as gestantes.
3. Resultados
A prática de exercício físico durante a gestação melhora o equilíbrio corporal, reforça certos grupos musculares e os prepara para o esforço do parto, e ainda, dá maior flexibilidade e elasticidade aos tecidos e articulações que são envolvidos no momento do parto. No geral, melhora a condição física aliviando os sintomas molestos da gravidez.
Durante a gravidez deve-se considerar que existem contraindicações absolutas e relativas à hora de realizar exercício. Em seguida passamos a detalhá-las:
As contraindicações absolutas são:
Hipertensão induzida pela gravidez (Pré-eclâmpsia).
Ruptura prematura de membranas.
Ameaça de parto prematuro.
Incompetência cervical – Cerclagem.
Retardo de crescimento intrauterino.
E as relativas:
Hipertensão arterial crônica.
Patologias tireóideas, cardíacas ou pulmonares.
Problemas vasculares.
O planejamento da intensidade do exercício deve-se basear na “prova da conversação”, indicando uma intensidade excessiva quando a gestante não pode manter uma conversação durante a prática do exercício.
Em geral a duração será de 15 a 30 minutos, com uma freqüência de três a cinco vezes por semana.
O planejamento do exercício físico deve considerar as seguintes precauções:
A transição de atividade com carga para atividades em descarga se realizará progressivamente na medida em que o peso corporal vai aumentando.
Deve-se evitar uma temperatura e umidade ambiental elevada, já que pode haver alterações na termorregulação durante a gravidez.
Não serão praticados exercícios em decúbito dorsal por longos períodos a partir do quarto mês de gestação.
Aumentar a ingestão de líquidos após o exercício.
É preciso parar para descansar.
Não levantar grandes pesos para evitar um desvio significativo do fluxo sanguíneo para os músculos que estão trabalhando.
Interromper a sessão de exercícios caso apareça os seguintes sintomas: dor ou sangramento, vertigens ou desmaio, dor pubiana, palpitações, dor nas costas, taquiarritmias e falta de ar ao respirar.
A freqüência cardíaca deve permanecer abaixo de 70% da freqüência cardíaca máxima (para obter a freqüência cardíaca máxima de uma pessoa deve-se subtrair sua idade de 220. Por exemplo, em uma mulher de 30 anos: 220 – 30 = 190; durante a gestação, ao realizar exercício, não poderá exceder 70% de 190, ou seja, 133 batimentos por minuto).
A inclusão de novos exercícios se dará de maneira progressiva, incorporando um ou dois novos de cada vez.
4. Conclusões
O período de gestação não é um impedimento para praticar exercício. Deve-se fomentar a atividade física na gestante, pois desta forma irá garantir que chegue ao momento do parto nas melhores condições físicas possíveis.
Deve-se ter em conta as contraindicações da atividade física durante a gravidez, bem como as recomendações gerais.
Bibliografia
Dueñas, J.L., Bailón, E. & Dotor, M.I. (2005). Proceso asistencial integrado. Embarazo, parto y puerperio. Sevilla: Consejería de Salud.
Fabré, E. (1993). Manual de asistencia al embarazo normal. Sección de Medicina Perinatal. Sociedad Española de Ginecología y Obstetricia.
Sebastiá, G. Munuera, P. & Salgado, I. (1995). Preparación para el parto. Barcelona: Planeta-Agostini.
Sebastiá, G. (2000). Entrenamiento psicofísico en la gestante. Matronas Prof, 1(1), 4-13.
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