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As características inerentes para o ingresso dos 

atletas da categoria junior na carreira profissional

Las características inherentes para el pasaje de los deportistas de la categoría juvenil a la carrera profesional

 

Educador Físico – UNIPLI RJ

Especialista em Psicomotricidade – IBMR RJ

Centro Universitário Plínio Leite

Departamento de Educação Física

Marcelo Bittencourt Jardim

marcebjardim@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Pretendemos mostrar o perfil que faz a diferença para a permanência nas divisões de base e para a promoção desses jovens ao time profissional. O trabalho aponta as “peneiras” como possibilidade de acesso aos clubes e de ter o sonho realizado, que é um processo seletivo difícil e incerto na carreira desses jovens. Demonstraremos os caminhos a percorrer por esses jovens. Este trabalho, assim, pretende mostrar a força do empresário que cresce a cada dia no futebol brasileiro. O estudo utilizou-se de uma pesquisa bibliográfica na qual foi relatado, por estudiosos das áreas futebolísticas e jogadores já consagrados do futebol brasileiro, o processo da categoria de júnior que é o último estágio para ingressar no time profissional de futebol.

          Unitermos: Futebol. Carreira. Empresários. Atleta.

 

Resumen

          Tenemos la intención de mostrar el perfil que hace la diferencia para quedarse en las divisiones juveniles y la promoción de estos jóvenes al equipo profesional. El trabajo señala los "privilegios" como tener acceso a los clubes y llegar a hacer realidad un sueño, es un proceso de selección difícil e incierto en la carrera de estos jóvenes. Mostraremos los caminos que tienen que recorrer estos jóvenes. Así pues, este trabajo tiene como objetivo mostrar la relevancia del empresario que crece cada día en el fútbol brasileño. En el estudio se realizó una investigación bibliográfica en la que se revela, por estudiosos del fútbol y jugadores consagrados del fútbol brasileño, la categoría juvenil del proceso, que es la última etapa para unirse al equipo de fútbol profesional.

          Palabras clave: Fútbol. Carrera. Negocio. Deportista.

 

Recepção: 20/04/2015 - Aceitação: 07/07/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 207, Agosto de 2015. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    Pretendemos saber qual forma de ingresso e que este fenômeno de identificação social com os ídolos da bola bem sucedidos ocorre não apenas nos círculos esportivos. O sonho e o desejo desses jovens em conseguir uma vaga no “olimpo”, nos quais jovens lutam por um lugar nessa carreira que prometem fama, uma remuneração excelente e muito prestígio num piscar de olhos. Planejamos abordar nesse estudo as formas e caminhos que esses jovens atletas vivenciaram para se aproximar da carreira tão sonhada. Foram selecionados nas chamadas “peneiras” realizadas pelos clubes, ou indicados por empresário? Estão no clube desde a sua formação ou trocaram de clube nas categorias de base?

    As peneiras têm uma função profissional importante, pois para muitos se constituem na única forma de alcançar um espaço nos clubes de futebol. Entretanto existem vários fatores a serem colocados na balança. A carreira não é tão fácil como parece? As peneiras são uma porta estreita para os garotos que tentam ingressar em um clube de futebol (Coura, 2009).

    O jogador pode ser excluído do processo a qualquer momento inclusive nas divisões de base, muitos atletas da categoria júnior que é idade de 18 a 20 anos são negociados para clubes internacionais sem ter atuado pelo time profissional de sua equipe e muitos desses atletas são demitidos de seus clubes quando chegam à idade limite que é de 20 anos eles recebem uma carta de liberação, é uma forma de serem dispensados pelos seus clubes e muitos desses jovens atletas se tornam “andarilhos” do futebol.

    Esses jovens sujeitam a jogar em divisões de acesso e em clubes de baixos escalões, sonhando e esperando com expectativa de uma possível oportunidade de atuar em um grande clube de futebol. Não sabendo de seu futuro como jogador e tão pouco de sua atual condição como atleta nesses clubes, e de seus possíveis caminhos até chegar à ascensão financeira e ao estrelato da mídia, e de atuar em um grande clube de expressão no futebol brasileiro (Coura, 2009).

2.     O perfil do atleta de futebol da categoria júnior: os possíveis caminhos a percorrer

    Pretendemos saber se vale a pena o jovem atleta se sacrificar nas categorias de bases até chegar o último estágio da divisão de base que é a categoria júnior, que é um passo para o time profissional, e o começo de sua carreira. Indicaremos, assim, fatores determinantes para o jovem que está no último degrau das divisões de bases, e tendo um possível ingresso na carreira futebolística profissional.

    Esses jovens atletas já estão estreando no futebol profissional, eles tem contratos e salários expressivos em seus clubes. O jovem atleta chega cada vez mais cedo nos clubes, entre 8 e 9 anos de idade e vai adquirindo experiências, pelas categorias de base que são divididas por faixa etária até assinarem seu primeiro contrato profissional e estrearem pela equipe principal, muitos desses atletas não chegam a vestir a camisa de seus clubes na categoria júnior e nem no profissional, e são vendidos para clubes do exterior, são etapas preciosas que esses jovens queimam por causa de dinheiro e fama, as categorias são divididas da seguinte maneira: dente de leite de 8 a 9 anos, pré-mirim de 10 a 11 anos, mirim de 12 a 13 anos, infantil de 14 a 15 anos, juvenil de 16 a 17 anos e júnior de 18 a 20 anos de idade, mais muitos deles fazem suas estreias no time profissional sem experiência alguma, queimando etapas importantes que vão fazer falta nessa caminhada de amadurecimento da carreira e muitos atletas são dispensados quando chegam ao último ano de júnior e muitos não estão preparados para fazer outra coisa na vida e outros vão até emprestados ou vendidos a clubes pequenos e grandes do Brasil e internacionais (Coura, 2009).

    E com isso foi divulgada três pesquisas sobre a verdadeira realidade do futebol brasileiro para mostrar para esses jovens a realidade do caminho do futebol profissional e o que eles vão ter que percorrer para chegar ao patamar desejado por eles, essa pesquisa foi feita no ano de 1998 pela Folha de São Paulo 2001pela Confederação Brasileira de Futebol e 2010 pela Confederação Brasileira de Futebol, essa pesquisa tem o intuito de mostrar a realidade do futebol para esses jovens que estão ingressando nas divisões de bases dos clubes e nos processos seletivos do país, ás vezes esses garotos são contaminados pela falsa realidade do futebol brasileiro que é transmitido pela mídia e o resultado dessa pesquisa foi preocupante, essa comparação foi feita em determinados períodos entre os anos de 1998, 2001 e 2010.

    Uma pesquisa feita pela Folha de São Paulo 1998, conclui que as possibilidades dos jovens da periferia do Brasil e desses jovens a chegarem ao sonho de jogar futebol e serem profissionais bem sucedidos são poucas:

  • 52,9% recebem menos de 1 salário mínimo.

  • 30,5% de 1 a 2 salários mínimos.

  • 2,7% de 5 a 10.

  • 1,8% de 10 a 20.

    Segundo documentos do Departamento de registros e transferências da C.B.F., obtidos por Rangel (2002), mostram que 82,7% dos atletas nacionais receberam, em 2001 até 2 salários mínimos, ou seja, 16.785 dos 20. 428 jogadores registrados ganharam até R$ 360,00; 42,62% dos atletas receberam R$180,00 e apenas 3,75% (um número inferior a 1000 atletas) receberam acima de 20 salários mínimos por mês, para complicar 90% dos jogadores que já possuíam o passe livre receberam até 2 salários mínimos, sem dizer que muitos convivem constantemente com o desemprego e sua chance de ser um grande jogador de futebol são remotas. Dos campos de pelada, das divisões de base ou de um time amador até uma grande equipe profissional esse caminho é o sonho de quase todo garoto brasileiro, ganhar dinheiro e fama jogando futebol, muitos tentam mais são poucos que conseguem fazer fortuna no esporte, um mundo que quase todos os profissionais sobrevivem ganhando apenas 1 salário mínimo e alguns não recebem nada (Kalleo, 2010).

    Para quem acha que a maioria dos jogadores ganham altos salários, os números da Confederação Brasileira de futebol a C.B.F. (07/06/2010) surpreendem. Segundo ela, 22.993 atletas profissionais no Brasil, jogadores de futebol profissionais registrados no país estes 11.711, ou seja, mais da metade recebe 1 salário mínimo, 7.330 ou 33% recebem até 2 salários mínimos, 1.811 recebem de 2 a 5 salários mínimos, 739 recebem de 5 a 10 salários mínimos, 531 recebem de 10 a 20 salários mínimos e apenas 691 ou 3% recebem acima de 20 salários mínimos. A grande maioria desses jovens não estão preocupados com o encerramento da carreira, ou seja, com a readaptação social, que é dificultada pela abstração que estes se submetem quando ainda estão atuando nas divisões de base e depois atuando como profissional. Além disso, Moraes (1981) aponta que muitos acabam negligenciando sua carreira nas divisões de bases ou abandonando os estudos para se dedicarem á profissão, que se mostra árdua e repleta de obstáculos, por isso é muito importante para esses jovens assinarem bons contratos e estarem em clubes de grandes expressões do futebol brasileiro e internacional.

    Segundo O Atlas do Esporte no Brasil o futebol mundial movimenta US$250 bilhões de dólares por ano, nos quais US$3,2 bilhões no futebol brasileiro e menos de 1,5% no futebol não é nem mesmo o esporte que arrecada mais dinheiro no Brasil, fica atrás de hipismo e rodeio. Uma pesquisa realizada pela Empresa de Consultoria e Auditoria Deloitte (2010), informa que o futebol brasileiro é o que menos recebe dinheiro cerca de R$ 600 milhões por ano, cifra semelhante movimentada pelo futebol argentino que arrecada R$ 600 milhões por ano.

    O valor do que movimentamos no chamado país do futebol não chega nem perto se quer do que gira na segunda divisão do campeonato Inglês, que é cerca de R$ 1,1 bilhão por ano, perdemos para espanhóis, italianos por causa da nossa moeda que ainda é desfavorável ao euro. Em termos o mercado publicitário brasileiro não é menos do que o mercado publicitário espanhol e italiano, por que não conseguimos fazer um futebol que os enfrente sendo que nós temos clubes com um número de torcedores superior em nosso país, que eles nem sonham em ter por razões óbvias a nossa população é muito maior, do que a população deles o que nós não temos é o mínimo de racionalidade na gestão, “se o Brasil tivesse o mínimo de profissionalismo na gestão do futebol o nosso futebol seria aquilo que no basquete é a NBA nos Estados Unidos” palavras do técnico Carlos Alberto Parreira campeão da copa do mundo 1994.

2.1.     As “peneiras” como possibilidade de acesso aos clubes

    O futebol é hoje uma atividade econômica que envolve valores altos, e com a estabilização na organização dos clubes e campeonatos, com regras claras e pré-estabelecidas, vem exigindo uma maior profissionalização dos clubes e dos jovens atletas a cada temporada que passa, além de trazer novas possibilidades de arrecadar mais dinheiro e, fazer o clube ter realmente um planejamento sério na formação desses jovens talentos (Venâncio, 2010).

    Esse planejamento começa lá atrás, não só visando a equipe profissional, como também nas categorias de base, os períodos de treinamento e preparação dos jovens atletas nas “peneiras” que é um processo de seleção para ingressar em um clube de futebol, o acompanhamento técnico de cada garoto é feito pelos observadores técnicos que são chamados de “olheiros”, é um planejamento de carreira dos jovens atletas que estão iniciando a carreira no futebol (Pedro, 2010).

    Além disso, ao ultrapassar categorias da base do clube, os jovens são analisados e automaticamente nivelados tecnicamente em duas ou três oportunidades, sendo que cada oportunidade eles teriam a visibilidades dentro do clube que estão fazendo o teste e sendo aprovado, o clube poderia absorver esses jovens no seu plantel, tentando assim minimizar as evasões dentro do processo de formação desses garotos, e garantir o retorno financeiro, para cada aprovação nas “peneiras” e nas categorias de base e investimentos feitos em cada um desses jovens valores, o poder de aprovação e de determinar qual o caminho que esses jovens atletas deveram seguir depois de uma bateria de avaliações são dos observadores técnicos do clube, basta usar um planejamento de forma profissional e séria dentro do seu dia a dia para a seleção desses jovens promissores a serem grandes jogadores profissionais (Coura, 2009).

    A formação dos atletas tem que ser colocado em primeiro plano pelos clubes do Brasil dando valor ao crescimento do atleta em etapas do começo da carreira, nas “peneiras” para a preparação do jovem e nas divisões de bases para o aperfeiçoamento até sua profissionalização (Venâncio, 2010).

    Muitas avaliações ocorrem em campos precários com buracos e de terra não favorecendo o futebol arte desses jovens e dificultando suas habilidades, quem passa por esse processo seletivo já pode falar que é um vencedor, nesse processo de seleção, esse jovem sendo aprovado nesse primeiro processo não é garantido a sua permanência no clube esses jovens atletas ainda vão passar por testes nos times federados e depois sendo aprovados são incluídos no plantel do time do clube, mas poucos conseguem a aprovação, os jovens que estão passando por essas avaliações tem que se destacar mais e ter mais qualidade do que os atletas já federados dos clubes e por isso as “peneiras” são considerados o processo de seleção mais difícil do começo da carreira para esses jovens atletas (Chaves, 2010).

    A maioria dos garotos de todo o Brasil querem jogar em um clube grande como o Flamengo e para realizar, primeiro eles terão que passar pela “peneira” do clube. Esses garotos vão ter apenas 4 dias de treino para mostrar se terão condições e potencial para atuar pelo clube, a cada ano mais de mil jovens com idades entre 15 e 18 anos fazem testes para tentar ingressar no Flamengo. Desse grupo no máximo 5 conseguem realizar o sonho de entrar em uma equipe das divisões de base do clube (TV Brasil, Caminhos da Reportagem, 2010).

2.2.     O empresário e sua força

    O perfil desse atleta atualmente tem que se enquadrar nas exigências do mercado futebolísticos com isso muitos clubes do futebol brasileiro estão se adaptando ao mercado internacional, ao futebol e as competições dos países mais requisitados, em alguns países e clubes que contratam esses jovens, esse é o mercado futebolístico atualmente que impõem e dita regras como os jogadores tem que exercer seu futebol e sua profissão dentro dos campos.

    Muitos desses atletas estão saindo de seus clubes e exercendo sua carreira diferente que atuavam em seus clubes de origens, esses clubes com tradições no futebol brasileiro e internacional são muitos exigentes nas seleções de atletas e de contratações para seus clubes, negociações internacionais e até para clubes empresas que seu objetivo é de formar jogadores para o mercado europeu e funciona também como um intermediários para alguns de seus jogadores, são emprestados pra equipes parceiras como Palmeiras e o Botafogo, esses clubes grandes do futebol brasileiro são usados como vitrines e, quando o jovem jogador é vendido ao exterior, eles recebem uma porcentagem do lucro obtido por essas empresas. O objetivo dessas empresas é formar e vender jogadores.

    A empresa Traffic também tem parceria com o time do Manchester United. Nesse acordo, o time inglês pode pedir ao empresário que contrate jovens atletas com idade de júnior nos quais tem interesse para serem treinados e, futuramente, integrados ao seu plantel, seu time principal (Coura, 2009).

    Muitos desses jovens atletas com idade entre 16 a 20 anos são observados por vários clubes europeus pelos seus observadores técnicos fixos no Brasil que são chamados de “olheiros” o trabalho deles é identificar futuros craques. Os observadores afirmam que se o atleta, por exemplo, de 18 a 20 anos que nunca foi convidado para jogar fora do Brasil, provavelmente, não é um talento excepcional. Um exemplo nos clubes alemães e ingleses, as alturas médias são de 1,82 e 1,83 metros, respectivamente, por isso esses jovens talentos da bola são cobrados a serem os melhores de sua posição nos clubes desde cedo. Segundo esses empresários, um bom comportamento, uma família pouco estruturada também conta como um bom requisito para esses jovens realizarem o sonho de jogar futebol internacional (Brandão, 2004).

    E com isso surge no meio do futebol o conhecido “gato” (que é alteração da idade) a oferta feita por esses agentes e empresários é tentadora para alterar a idade desses jovens de classe baixa, simples e aparentemente lícita. Por uma quantia pequena, de aproximadamente R$ 500,00 (que para a maioria das famílias às quais a proposta é feita e muitas das vezes não são recusadas, não é nada pequena e pode significar até mesmo um mês de salário para essa família que vê essa oportunidade para sair da miséria), o empresário que acaba de se apresentar promete “ajeitar a documentação do menino” e colocá-lo em um clube grande. Tudo porque, segundo o engravatado empresário com carregado sotaque da capital, o garoto “tem tudo para estourar e se tornar um grande jogador”, mas bem que podia ser uns dois anos mais novo, e com isso surge mais um “gato” no futebol brasileiro (Moreti, 2010).

    Mais do que uma tentativa de burlar a lei, o fenômeno do “gato” é a constatação de uma mazela social profunda, transformando o esporte em válvula de escape e promessa de redenção financeira para esses jovens (Dasller, 2010).

    Segundo Juca Kfouri (2010), “entre as desonestidades intelectuais que se cometem nas discussões do futebol brasileiro uma delas é culpar a lei Pelé e dizer que a lei Pelé tirou o poder dos clubes de escravizar os atletas mais deu o poder para os empresários ficarem de frente na hora da contratação e da negociação para um clube, primeiro lugar á uma diferença brutal é uma coisa que é imposta ou uma coisa que eu tenho livre arbítrio para escolher, antes o tal da lei do passe de eu jogar futebol tinha que ser propriedade do clube de futebol o que é um escândalo de qualquer critério, era uma maneira escravagista de relações trabalhistas que muitos jogadores sofrem com isso até hoje, e ao cabo de meu contrato cumprido quero e vou trabalhar a onde eu bem entender (o jogador), o fim do passe permitiu que eu tenha o livre arbítrio que eu escolho que eu queira um empresário ou não, “eu posso ser bobo e ter um empresário” eu já ouvi de um jogador da seleção brasileira famoso e um dos mais esclarecidos, falei com ele “não consigo te entender porque você com a cabeça que tem e com a família que tem, porque você tem um empresário”, “e ele disse para mim”, “porque para tratar com esses bandidos eu preciso do meu bandido” a resposta para mim é absolutamente clara e cristalina”.

    O empresário passou a ficar tão poderoso que muitos resolveram criar os seus próprios clubes de futebol, um grande exemplo dos empresários que estão ganhando força no mercado do futebol é do Clube Tigres do Brasil o principal clube empresa do estado do Rio de Janeiro, foi criado em 2004 com parceria com uma empresa de produtos químicos, aqui funciona uma espécie de fábricas de jogadores, o objetivo é investir nas divisões de base para lucrar com as vendas dos atletas, com um terreno de duzentos mil metros quadrados e cinco campos oficiais de futebol para treinos de todas as categorias, além do Estádio De Los Larios com capacidades para seis mil pessoas com vestiários bem equipados, piscinas, salas de musculação e de fisioterapia, com chalés que servem como alojamento para esses jovens atletas das categorias de base que vem de outras cidades do Brasil e que moram por aqui, toda esse estrutura vem dando ao Clube Tigres um bom resultado nos campos em apenas cinco anos de existência o clube chegou à primeira divisão do futebol carioca e no ano de 2009 a equipe de júnior foi campeã estadual desbancando potências como Flamengo, Fluminense e outros, os objetivos dos empresários nesse clube é preparar bem os atletas na condição do que o mercado quer e negociá-los, “com o dinheiro da transação, investimos, nas divisões de base para futuras negociações” (TV BRASIL, Caminhos da Reportagem, 2010).

3.     Conclusão

    Este trabalho buscou indicar possíveis caminhos a serem percorridos por jovens das categorias juniores. O que eles vão ter que fazer para realizar o sonho de se tornar um jogador profissional, e qual a possibilidade de ingresso desses jovens, de realmente se tornar um jogador de futebol, bem remunerado e famoso. E o perfil que esses jovens atletas vão ter que se enquadrar para permanecerem nas categorias juniors, e serem requisitados pelo mercado futebolístico. E que os empresários estão comandando os clubes e times do futebol brasileiro.

    Buscamos em artigos e matérias que dão ênfase em sua parte física, técnica e tática, e uma boa formação em um clube no começo da carreira desse jovem, pode acarretar uma possível vitória no futebol. E que as “peneiras” são um caminho árduo e difícil, e que a maioria desses jovens ficam pelo caminho, e que a minoria consegue realizar com muito esforço e perseverança o sonho de ser jogador de futebol bem sucedido e famoso. Que muitos profissionais registrados como jogadores no Brasil vivem com baixos salários, e são marionetes e completamente dependentes de seus empresários, para ingressarem em um clube de futebol do Brasil e internacional.

    Esse trabalho é de suma importância, porque nele tentamos mostrar o outro lado que a mídia, os empresários, e os clubes não divulgam sobre o “outro lado do país do futebol” e que não é muito divulgado pela imprensa esportiva.

Bibliografia

  • Clube Regatas Flamengo. http://www.flamango.com.br/site/notícia/noticia.php. Acesso em julho 2010.

  • Coura, Kalleo (2009). Chuteira que valem ouro. Revista Veja 2112 edição. São Paulo: editora Abril. Acesso em setembro 2010.

  • Esfera Fútbol. http: www.descubrepromessas.blogspot.com/ Acesso em outubro 2010.

  • Jornalismo Esporte Clube. http://jornalismoesporteclube.blogspot.com. Acesso em agosto 2010.

  • Olheiros. http://www.olheiros.net/artigo/ler/2026, acesso em: 9.10.2010.

  • Olheiros. http://www.dassler.blogspot.com. Acesso em outubro 2010.

  • TV Brasil, Caminhos da reportagem “O outro país do futebol”, http://www.tvbrasil.org.br, acesso em: 7.06.2010.

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